A Casa Imoral escrita por Ao Kiri Day


Capítulo 16
Os sentimentos de um homem


Notas iniciais do capítulo

Gente. Vou fazer algo pervertido, mas vai ser só um pouquinho.
Uhh, Len sendo assediado, que acham? Kkk Boa Leitura!



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O rosado tinha um sorriso enquanto cumprimentava as pessoas que acenavam para ele e Len. O loiro parecia interessado em saber o porque de estar ali tão repentinamente.

_Bom, eu soube de uma festa no bairro e fugi de casa sem a Mizki perceber. Eu achei que poderia te encontrar por aqui. –Yumma bebericando um líquido de um... (daqueles copinhos tradicionais de sake).

_E achou. Mas Roro-san, eu não posso aceitar a proposta do Tonio-san. –Len abaixando os olhos surpreendentemente femininos com a maquiagem.

O samurai pareceu pensar, ficando longe do barulho e da curiosidade do loiro. Len mexeu um pouco no vestido, percebendo o quanto era confortável aquele modelo.

_Relaxe. É verdade que a oportunidade não bate duas vezes na mesma porta, mas pra você... Essa oportunidade vai bater tantas vezes quantas vezes for preciso. Você está virando assunto, sabe? –Yumma.

Len corou, não imaginava que sua voz e seu jeito desajeitado ia chamar tanta atenção. Teve vontade de perguntar o porque disso, mas o rosado desviou o assunto.

_Mizki disse que eu vou poder me livrar um pouco desse universo da fama, mas ainda vou ser perseguido. –Yumma sorrindo.

Len riu, não imaginava como seria uma vida sendo stalkeado constantemente. Ele também tinha pavor disso.

_Len-kun. Não é que eu queira passar todos os meus problemas pra você, mas eu acredito que você seja o tipo de pessoa que aguenta essa pressão. –Yumma.

Len estreitou os olhos. Será que ele tinha mesmo essa capacidade? Duvidava de si mesmo. Sem Rin ele não conseguiria, com certeza.

_Ficar longe das pessoas que você gosta. Essa é a coisa que mais afeta a vida de pessoas como eu. –Yumma olhando seriamente para algum lugar daquele salão.

Len desviou seu olhar do maior, buscando algo que o distraísse um pouco. Fechou os olhos tentando identificar qual a música que tocava, mas seu ato foi impedido por um abraço.

_LEEN! Finalmente te encontrei. Eu estava me cansando de te procurar. Eu queria conversar com você. –Meito sorrindo enquanto cumprimentava Yumma sem ter idéia de quem era.

_Meito-san, é que eu estava um pouco ocupado... Espera. Como sabe que sou eu? –Len olhando-o confuso.

_Ah. –Meito fez uma expressão desagradável.

_?

_Abracei o Zorro e levei uma cotovelada no estômago. Sua irmã é muito violenta... Mas ela ficou bem convincente naquela roupa. –Meito rindo.

_É né...? –Len rindo.

Yumma sorriu. Disse que precisava ir, tinha trabalho pra fazer e se despediu com uma reverência típica, saindo da casa do moreno.

Meito se virou para Len com um largo sorriso.

_Len-kun! E sobre aquela foto? Ela ainda está rodando nas redes e todo mundo da escola e até meus parentes estão perguntando sobre aquilo. –Meito se sentando sobre a mesa.

_ “Ele ainda não esqueceu disso?!” –Len com cara de tacho.

_Nee, Len-kun... Por que beijou minha foto? Podia ter feito qualquer outra coisa para me zoar. –Meito fechando um olho e mantendo o sorriso brincalhão nos lábios.

Len sentiu seu rosto ferver. No que ele estava pensando quando fez aquilo?! Será que Nero tinha posto alguma coisa na sua bebida? Ou no sorvete?

­_A-aa... Eu estava meio alterado, sabe? –Len.

Meito fez um bico e se levantou, segurando a mão de Len com força, mas ainda com suavidade.

_Tudo bem, duquesa, vamos dançar. –Meito puxando Len para o centro.

_ “IHHH! Não posso dançar com o Meito-san! O Nero vai me matar!!!!” –Len chorando desesperado.

Meito, assim que a música se tornou um acorde do violino ao acompanhamento das teclas do piano, tomou a cintura do lado direito de Len, e entrelaçou os dedos de sua mão esquerda.

Havia uma rosa em cada costa das mãos de Len, entrelaçadas em fios pretos que escorriam no ar.

Len ficou extremamente sem jeito com o olhar enevoado de Meito. O pirata elegante estava com um brilho no olhar que lembrava demais seu namorado.

O maior se moveu delicadamente, fazendo-os balançar conforme a música, e daquela posição, Len conseguia ver Kuro e Rin dançando tão apertados e aconchegados um no outro que foi impossível conter um sorriso.

Meito girou Len devagar, e o movimento longo fez alguns jovens dos lados perceberem a cena. Len até que gostava de dançar, mas não percebia que as atenções eram voltadas para si devido à roupa extravagante e sua cinta liga, que atraía instintivamente os olhares masculinos. Assim que dava passadas para os lados junto com Meito, suas coxas se apertavam um pouco e a meia se esticava, delineando a forma roliça de sua perna.

_Len-kun? –Meito juntando os corpos e dançando próximos.

_Hm? –Len.

Len desviou o olhar por cima do ombro de Meito e fechou os olhos. Até que era bom ficar daquele jeito... Era quente e acolhedor. Meito era diferente da Meiko-san. Todos sabiam que Meito era tão beberrão quanto a irmã, mas ele sabia a hora de parar, e nessas horas, ele ficava tão carinhoso como um gatinho.

Esse pensamento voou longe. Len sentiu que a dança estava se afastando do centro, e ainda que estivessem abraçados e ainda em movimentos leves, o meio da pista ficava longe, e a luz ficava mais escura.

_Meito-san? Porque viemos para esse lado? –Len olhando-o curioso.

Meito mordeu um lábio com a visão do loiro corado e tão próximo. Len viu o perigo naquele movimento, mas assim que tentou se afastar, discretamente, Meito agarrou seus pulsos e o prendeu em seu corpo.

Len esperneou, queria sair dali.

_M-Me solte... –Len tentando afastar o medo.

Meito não sorria, tinha a boca entreaberta, os olhos vermelhos brilhando intensamente. Uma mão sua soltou Len, e percorreu as costas do menor, descendo pelo tecido branco do vestido.

Alcançou a área perigosa e tocou inicialmente os dedos na área fofa e macia, fazendo Len corar forte e ofegar com medo.

_M-Meito-san, você bebeu?! –Len tentando afastá-lo com a mão no peito do moreno.

Len sentiu algo úmido em seu pescoço causando arrepios e foi o suficiente para que tivesse certa força para empurrá-lo, mas ainda era forçado a ficar ali longe das vistas.

_Me solta, Meito-san! –Len puxando seu pulso.

Meito o agarrou novamente, em um abraço forçado e voltou as mãos para o traseiro do menino, que fechou os olhos com o aperto. Seus dedos se fecharam no tecido da blusa de Meito e seus olhos fecharam-se apreciando aquele toque íntimo.

As mãos de Meito não eram enormes, eram rudes, mas eram macias. Os dedos massageavam sua bunda por cima do tecido e aquilo por mais que não quisesse sentir e admitir, era bom e viciante.

A sensação de ter a carne firme apertada era gostoso. Len não queria fazer, mas era novo e sensível a qualquer tipo de contato assim. Repentinamente se lembrou de Nero e aquele ato de Meito começou a ganhar um sentido mais declinável.

_Me larga! –Len empurrando-o com toda a força que conseguia.

Len tremia. Meito parecia estar entorpecido com o que fez e com o que via, segurando suas próprias mãos e passando os dedos pelo cabelo, tendo certeza de que não estava nada bem.

_L-Len-kun... –Meito se afastando um pouco para não amedrontar ainda mais o menino.

Len abaixou o rosto vermelho e apertou seus punhos com força. Quem sabe assim a tensão não ia embora?

Len olhou em volta. Precisava achar o Nero, estava sentindo culpa, estava se sentindo mal. Ele não queria atrapalhar Rin e Kuro, eles pareciam muito felizes, não queria estragar isso.

Assim que o encontrou, encontrou também outro ser loiro. Agarrada ao corpo de seu namorado, a garota de streap tease beijava com força total o loiro de olhos opacos.

O coração de Len disparou e seu instinto dizia para ir lá e dar uma surra na biscate.

_ “Eu não sou uma garota pra fazer isso. Eu sou homem...tenho que agir como um.”

Len baixou o rosto. Meito percebeu também, mas ele não era a pessoa certa para fazer nada agora, estava bêbado e não poderia se desculpar depois pelo que fizesse.

Len se virou dizendo que ia embora, mas que não culpava o moreno. Assim que chegava perto da saída, Len ainda tinha os olhos presos na cena de Nero e Lilly se agarrando.

_ “Não acredito...”. –Len passando reto e longe.

E o loiro sentia as lágrimas acumulando em seus olhos, logo seus pés estavam no caminho para o portão, mas seu braço foi segurado.

_Len! –Nero.

Len virou-se para o loiro-opaco e nada do que esperava aconteceu. Ao invés de chorar e sair correndo, a primeira coisa que veio em sua mente o surpreendeu.

_ “Não posso bater nela, mas posso bater nele”. –Len ganhando uma cara séria.

O loiro fechou o punho e desferiu toda sua força contra o rosto do ex-namorado. Nero caiu sentado no chão com a mão no rosto. Len tinha mais força do que aparentava certamente.

Havia deixado uma marca vermelha gigantesca na bochecha esquerda de Nero. Este o olhou ainda arrependido e Len mantinha um olhar de ira e revolta.

Naquele momento pela primeira vez, Len se sentiu superior e mais homem (mesmo dentro de um vestido).

Naquele momento, Len se sentiu mais feliz do que em qualquer outro dia normal. Era como o dia em que Kyte e Gackpo os salvaram: alívio, alegria, orgulho próprio.

Nero observou quando Mikuo correu atrás de Len tentando acalmá-lo. O garoto de vestido estava já na esquina, acompanhado de Mikuo, com a cabeça erguida e nenhuma lágrima escorrendo.

O loiro-opaco entendeu que já tinha perdido sua chance. Conhecia o garoto melhor do que ninguém... E concluiu que ninguém tem duas oportunidades com Kagamine Len, pelo menos não mais.

Continua


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Notas finais do capítulo

e nee? Olhem...ao mesmo tempo que deixei-o mais feminino, tive um ataque de machismo e fiz o Len virar homem. Já chega né? Chororô não é minha praia e pra entrar no mundo da perversão, o drama tem que ser chutado em direção à lixeira.
Então as coisas vão esquentar. Entenderam nee? O Len é homem agora e vai para de chorar. Muahahahahahahaha! Sejam bem vindos ao meu mundo sem piedade! Kkkkk até + e bai bai Nero!



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