Little London Girl escrita por itsClaraMalik


Capítulo 1
Cold afternoon, hot coffee


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Essa é minha primeira fic do One Direction e já estou escrevendo faz um tempo. Espero que gostem e recomendem pra outras pessoas :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/248941/chapter/1

- Ei, olha por onde anda! – Reclamei ao sentir uma dor na cabeça. Eu estava sentada na calçada, pensando, quando senti a porta atrás de mim ser aberta e bater em minha cabeça.

O garoto que abriu a maldita porta passou direto. Mal educado.

- Não vai pedir desculpas? – Levantei e fui até ele, que me ignorou novamente. Puxou um cigarro do bolso, mas não chegou á acendê-lo, pois bati em sua mão, fazendo com que o cigarro caísse.

Ele bufou e passou as mãos pelos cabelos.

- Por que fez isso? – Perguntou, calmamente. Revirei os olhos e dei as costas pra ele. – Você não tinha o direito de fazer isso! – Ele gritou, perdendo sua postura de classe.

Continuei andando, como se não tivesse escutado.

- Tudo bem, me desculpe. – Ele falou, senti que se aproximava. Sua voz era grossa e rouca, um tanto sexy.

- Desculpado. – Falei e sorri cínica.

- Não vai pedir desculpas por ter jogado meu cigarro no chão? Era o último! – Arqueou as sobrancelhas, parecia não estar acreditando.

- Fumar faz mal à saúde. Você deveria parar. – Dei de ombros. Ele suspirou, frustrado. Agora estávamos andando lado a lado.

- Todos dizem isso, mas é um vício, sabia? – Ele reclamou.

Sorri.

- Vícios não existem, você os cria com a sua imaginação. É só imaginar que tem algum vício que pronto, se torna um viciado. – Falei. Ele riu.

- Isso é sério? Uma adolescente me dando lição de moral? – Debochou.

- Você é tão bobo. – Rebati.

- Ainda não cresceu o bastante pra aprender uma ofensa de verdade ou o papai não te deixa falar palavrões? – Zombou novamente. Me irritei.

- Não fale do meu pai, em momento algum lhe dei permissão pra falar dele. – Alterei meu tom de voz. Vamos lá, aquilo já estava ficando ridículo.

- Desculpe, irritadinha, pensei que soubesse se defender. – Riu.

- Você é um imbecil. – Apressei o passo. Escutei sua risadinha sarcástica de novo.

- Calma, não precisa me ofender desse jeito! – Ironizou, ficando ao meu lado de novo.

- Olha só, essa caminhada já está ficando chata, para de encher. Aí eu vou pro meu lado e você pro seu. Todos felizes! – Reclamei, tentando me concentrar em qualquer outra coisa.

- Então vamos tornar isso legal, só depende de você, rabugenta. – Ele sorriu, parando de andar, me virei e o vi estendendo a mão pra mim, como quem está prestes a fechar um contrato.

De má vontade apertei sua mão.

- Ainda preferia a opção de cada um seguir o seu caminho. – Murmurei, fazendo-o rir.

- Qual é o seu nome? – Perguntou, começando a “caminhada legal”.

- Claire. – Respondi. – E o seu?

- Zayn, mas pode me chamar de Zayn. – Ele sorriu.

- Não entendi. – Falei, confusa.

- Isso foi uma piada. – Sua expressão era engraçada.

- Ah. Tudo bem então, Zayn. – Dei ênfase em seu nome.

- Você tem quantos anos? – Continuou.

- 17. – Respondi.

- Legal, eu tenho 19. – Sorriu. – Fez 17 esse ano? – Perguntou.

- Tá legal, desde quando isso é um questionário? – Perguntei, já incomodada, que menino chato.

- Quer que eu seja legal ou não? – Chutou uma pedrinha. Assenti.

- Fiz esse ano. – Respondi, por fim.

- Eu também. – Informou, um sorrisinho inconveniente estampado em seus lábios.

Ficamos calados por algum tempo. Senti o vento frio tocar minha pele, quase desprotegida. Me arrepiei.

A tarde estava fria em Londres, como sempre.

- Claire? – Escutei Zayn me chamar.

- O que foi? – Perguntei.

- Está com frio? – Perguntou novamente.

- Não. – Neguei. Nesse exato momento mais uma corrente de vento frio soprou contra minha pele, fazendo meus dentes baterem uns contra os outros, de frio. Ele sorriu.

- Pega. – Me estendeu seu sobretudo e seu cachecol, ficando só com uma blusa de manga comprida, feita de lã, eu acho.

- Você vai morrer congelado, pode ficar. – Recusei.

- O cavalheirismo ainda não morreu, vamos, aceite. – Sorriu de novo, me estendendo as peças novamente. Peguei-as e cobri meu corpo. Bem melhor.

- Obrigada. – Agradeci e sorri.

- De nada. Que tal tomarmos um café? O dia está frio, temos que tomar alguma coisa quente. – Aquilo me parecia uma desculpa.

- Pode ser. – Ele estava sendo bem legal. Sorriu.

Enquanto ele ia andando fui observando o modo como ele andava, chamava a atenção. Ele mantinha sua postura, a calça meio caída e um olhar sexy. Seu jeito era totalmente atraente.

- Perdeu algo aqui? – Zayn me tirou de meus pensamentos cada vez mais insanos sobre ele. Percebi que meus olhos estavam parados exatamente em sua bunda. Corei.

- N-não. – Abaixei a cabeça, envergonhada. Ele tinha uma expressão divertida.

- Não tem problema, já estou acostumado com garotas me olhando. – Ele sorriu, convencido. Senti vontade de me enterrar.

- Ah, cala a boca. – Eu estava cada vez mais constrangida e ele não estava ajudando nem um pouco.

Parei de falar com ele durante o caminho, tudo o que eu queria era entrar em um buraco e nunca mais sair de lá. Algumas vezes podia ouvi-lo rindo baixinho.

- O que você vai querer? – Zayn perguntou ao entrarmos na Starbucks. A fila pra fazer os pedidos estava enorme, de repente me fazendo desistir de “esquentar o corpo”.

- Não precisa pedir pra mim, Zayn. Além do mais, essa fila tá enorme, até fazermos os pedidos já escureceu. – Falei, vendo o bolo de gente esperando em frente ao balcão.

- O quê? Desculpe, não entendi o seu pedido. Pode repetir, por favor? – Ele riu, estava entrando no meio do bolo humano.

- Um chocolate quente. – Sorri. Ele realmente estava sendo legal.

Enquanto via Zayn desaparecer ali no meio, resolvi sentar. Escolhi a mesa no fundo da cafeteria. Eu estava apreciando a bela vista que a grande janela de vidro proporcionava, quando vi Zayn andando em direção à nossa mesa.

- Demorei muito? – Sorriu. Eu estava bastante surpresa, quanto tempo ele passou ali? Meio minuto?

- Como conseguiu fazer os pedidos tão rápido? – Perguntei, aquilo era algum milagre?

- Qual é, eu tenho prioridade. – Ele piscou. Sentou-se de frente pra mim. Peguei um lenço de papel e me distraí. – Você parece uma criança assim. – Ele comentou, rindo baixinho.

- Assim como? – Larguei o lenço, que agora tinha o formato de coração.

- Sei lá, você é pequena e brincando com esse lenço parece uma criança... Fofa. – Ele pareceu se embolar com as palavras, aquilo sim foi fofo. Ri.

- Uau, obrigada por me chamar de pequena. Isso foi muito gentil. – Brinquei.

- Ah, não foi nada. – Brincou também.

- Com licença, Sr. Malik, aqui está o seu pedido. – Uma garçonete veio até nossa mesa com uma bandeja. Ela estava exibindo seu lindo sorriso branco.

- Obrigado. – Zayn agradeceu. O sorriso da garçonete aumentou.

- Pode assinar isso aqui? É pra minha priminha, ela adora vocês. – Ela pediu. Ele assentiu, com um sorriso largo também. Assinou o papel e o devolveu pra moça, que sorriu e agradeceu.

- Esse tratamento VIP tem direito até a sobrenome e mimos? – Arqueei as sobrancelhas e ri.

- A fama tem suas vantagens. – Ele piscou, pegando sua xícara de chocolate quente.

Tudo bem, confesso que sabia que conhecia aquele rosto de algum lugar e o fato de ele ter saído de dentro de um estúdio de gravação era estranho, mas até agora não tinha percebido que ele era famoso.

Assenti, desconfortável. Eu devia ter notado.

Peguei um dos Muffins que estavam ali e devorei-o em alguns segundos. Zayn estava me observando e rindo.

- É, eu não tenho modos, mas você não tem nada que ficar me olhando enquanto eu como. – Falei, de boca cheia. A verdade é que eu como demais quando fico nervosa. E agora é um caso em que fico nervosa, afinal, não é todo dia que se pode interagir com um famoso.

Ele riu, fazendo uma cara de “olhe e aprenda”, enquanto comia seu Muffin como uma pessoa civilizada. 

- Ok, aí já é humilhação demais. – Fechei a cara, logo em seguida tomei um gole do meu chocolate quente. – Ai!

- O que foi? – Zayn perguntou, preocupado.

- Queimei minha língua. Droga. – Xinguei baixinho. Ele estava contendo uma risada. Eu merecia o prêmio de desastrada do ano.

- Vou pegar uma água pra você. – Ele levantou, rindo.

Esperei um pouco, minha língua não estava mais ardendo tanto. Zayn voltou, segurando uma garrafa de água. Ele se sentou.

Estendi minha mão pra pegar a garrafa, mas aí aconteceu o verdadeiro estrago: empurrei a bandeja, fazendo a xícara de Zayn cair sobre a blusa dele.

- Quente! – Ele gritou. As pessoas ao nosso redor estavam nos olhando, assustados, provavelmente. Me xinguei mentalmente por aquilo.

- Ai, meu Deus, me desculpe! – O desespero bateu, joguei o cachecol em cima dele, pra que ele pudesse se enxugar. Palmas pra mim. Essa não era bem a minha ideia de “esquentar o corpo”.

- Estamos quites. – Zayn riu, enquanto enxugava a blusa.

- Não está chateado? – Perguntei, mordendo o lábio inferior.

- Tá brincando? Isso foi épico! – Ele sorriu. Senti um grande alivio.

- Mas deve estar ardendo, eu joguei chocolate quente em você e... Ai, droga, como sou desastrada. Me desculpe. – Fiquei nervosa.

- Tá tudo bem, ardeu um pouquinho, mas já passou. – Zayn tentou amenizar meu desespero.

Abaixei a cabeça, agora eu estava mais envergonhada do que quando ele me pegou olhando pra bunda dele, minutos ou horas atrás.

- Desculpe, Zayn. – Pedi de novo. Ele riu.

- Quer andar por aí? – Perguntou, mudando de assunto.

Assenti. Nos levantamos e Zayn foi até o caixa, pra pagar.

- Podemos ir? – Perguntei, assim que vi ele voltando pra perto de mim. 

Zayn sorriu, levei isso como um “sim”.

- Porque saiu daquele jeito do estúdio? – Quebrei o silêncio. Estávamos andando há dez minutos, e ninguém tinha falado nada até agora.

- Problemas na banda. – Suspirou. – E você, por que estava sentada na calçada de um beco? – Ele riu.

- Eu estava pensando. Meu namorado e eu terminamos esta manhã. – Respondi, com certo desânimo na voz.

- Ele era um cara de sorte. – Zayn comentou. Senti minhas bochechas queimarem.

- Ah, você diz isso porque não me conhece. – Falei, me encolhendo.

- Não conheço tanto, mas já vi o bastante pra saber que você é especial. – Ele sorriu, parecia orgulhoso de suas palavras.

- Você chama de especial as pessoas que jogam chocolate nas outras? Bom, eu costumo chamar de desastrada. – Ri. Ele revirou os olhos.

- É, talvez você seja um pouquinho... Muito desastrada, mas continua sendo especial. – Dessa vez ele riu, o acompanhei.

- Você só está tentando ser gentil. – Falei. Ele franziu a testa.

- Gentil? Com a garota que derrubou chocolate quente em mim? E por que eu faria isso? Aceite que você é especial e pronto. – Ele falou, fazendo uma careta.

Fiquei calada, esperando sua risada. Ele não riu. Aquilo não era mais um de seus sarcasmos? Mas ele estava sendo gentil, sim! A menos que com especial ele quisesse dizer com algum problema mental.

- Você podia parar de jogar na minha cara que eu molhei e quase queimei você. – Falei, enfim, fugindo do assunto “especial”.

- Por que vocês terminaram? – Me ignorou.

- Na verdade foi ele quem terminou. Ele disse que precisava de alguém maduro, que ele pudesse apresentar pros pais. – Falei, amarga. Não queria ter que repetir aquelas palavras.

- Azar o dele. – Zayn falou. Agora estávamos dando voltas em uma praça.

- Como você tem coragem de sair assim, sozinho e desprotegido? – Perguntei, curiosa.

- Às vezes eu acho que ainda sou um garoto normal. – Confessou. Assenti.

- Sabe que eu poderia estar tramando a sua morte no exato momento em que você bateu com a porta na minha cabeça, não sabe? – Brinquei. Zayn riu.

- Sei. – Respondeu, dando de ombros.

- E isso não te deixa com medo? – Perguntei, fazendo uma expressão maligna.

Ele negou com a cabeça.

- Uma garotinha fraca como você não conseguiria matar uma pessoa. – Debochou. Fingi estar ofendida e dei um tapa leve no seu braço. – Ai, como esse tapa doeu. – Ele debochou novamente. Revirei os olhos.

Passamos o resto da tarde ali, conversando. Zayn era uma ótima companhia.

- Já está ficando tarde, preciso ir pra casa. – Falei, vendo que não tinha mais ninguém por ali.

- Já? – Zayn fez uma carinha fofa.

Assenti.

- Meu pai me esgana se eu chegar tarde em casa. – Revirei os olhos. Odiava isso.

- Quer que eu te leve? – Ofereceu. Neguei com a cabeça.

- É um pouco longe daqui, não dá pra ir andando. Vou pegar um Táxi. – Falei, sem graça. Minha casa não era nem um pouco longe, mas meu pai era muito rígido com meninos, ele só gostava do James.

- Então é isso. A tarde foi incrível. Obrigado. – Zayn disse, sorrindo.

- Eu digo o mesmo, obrigada. E me desculpe pelo chocolate quente voando em cima de você. – Sorri também. Eu estava me virando pra ir embora, quando Zayn me chamou.

- Pode me dar seu número de telefone? – Pediu. Assenti.

- Me dá o seu celular. – Falei. Ele puxou o celular do bolso e me deu. Gravei meu número lá. – Pronto.

- Obrigado. Qualquer dia a gente podia... Sei lá, quem sabe... Sair? – Perguntou, se enrolando todo.

Ri.

- Pode ser. – Sorri. Ele sorriu e acenou. Dei meia volta e saí andando, a caminho de casa. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso haha
Me encontrem no twitter @minadomalik
E deixem reviews dizendo o que acharam.
Até semana que vem!
Xx



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Little London Girl" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.