Maldito Ruivinho escrita por Ally


Capítulo 36
O começo do fim


Notas iniciais do capítulo

Gente só para lembrar, to postando pelo celular, desculpa se tiver algum erro. ;^;



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Chegamos juntos na escola, de mãos dadas. Pude perceber olhares curiosos em cima de nós, mas agora que Lauren não estudava mais em Sweet Amoris, não importava. Seguindo os corredores, de longe pude avistar o mais novo Bad Boy da escola, David. E ao seu lado uma garota. Supus que seria a irmã tão falada dele. Ela tinha os olhos azuis claros, e o cabelo comprido na cor castanho médio. Usava uma maquiagem pesada, e roupas extremamente vulgares. Um decote enorme, e uma calça jeans rasgada. Conforme eu e Castiel andávamos, mais próximos ficávamos deles que vinham na mesma direção. O corredor estava vazio, parecia cena de filme americano quando a patricinha da escola se depara com a nerd nada popular. Finalmente nos cruzamos no corredor, passando uns ao lado dos outros. A garota pousou seus olhos em mim, e deu um sorriso sinistro. David também sorria, como se algo muito horrível fosse acontecer. Depois de uma guerra de olhares entre nós quatro, cada um seguia para sua sala. Até lembrar que tinha que conversar com David sobre a festa de ontem. Soltei da mão de Castiel e fui atrás dele, antes que entrasse em sua sala.

– David. – Gritei pelo seu nome fazendo ecoar por todo o corredor. Ele que estava ao lado da garota, se virou e olhou para mim curvando a sobrancelha, depois deu ás costas e continuou andando como se não me conhecesse. Mas o que foi isso?

– Mariana. – Castiel me puxou pelo braço. – O que tá fazendo? Conhece esse garoto? – Ele parecia irritado.

– E-Eu... Conheci ele na festa... – Menti. Castiel colocou a mão na cabeça e seu rosto ficou vermelho.

– Fica longe dele! – Ele ordenou. – Entendeu Mariana?

– Porque? Você conhece ele Cast? – Indaguei e ele ficou mais furioso ainda.

– Não importa! Só fica longe dele. – Ele encerrou o assunto me puxando para dentro da sala, onde todos nos olhavam.

– Cast... Você não é daqui, vai para sua sala, eu sei me virar. – Murmurei para ele que ainda estava vermelho.

– Eu te encontro no recreio. – Ele me deu um selinho rápido que me fez corar quando percebi que o professor e os alunos encaravam.

– Srª Mariana, sente-se imediatamente. – Exclamou a professora batendo o pé.

Fui para o meu lugar, Lysandre estava cabisbaixo lendo algum livro. Eu sentia falta dele como amigo, acho que já era hora de fazer as pazes. Esperei o sinal do intervalo bater para falar com ele. Todos os alunos saiam inclusive Melody e Morgan que passariam o recreio juntas já que o Nath tinha faltado. Lys continuou lendo algo na sua carteira, ele parecia muito concentrado, ou pelo menos fingia estar.

– Lysandre, posso falar com você? – Ele ergueu os olhos em minha direção.

– Mari... – Ele fechou o livro que lia. – Tudo bem?

– Sim. Lys, desculpa não ter ligado, eu gosto muito da sua amizade, será que podemos voltar a ser como éramos antes? Sinto falta de você. – Percebi que um sorriso surgiu em seu rosto, ele veio em minha direção e me abraçou.

– Também senti. – Não pude ver, mas sentia que ele estava sorrindo. – Eu queria muito saber como você tava, principalmente agora depois que... Bem você sabe. – Ele voltou a sentar na cadeira. Do que ele estava falando?

– Depois do que? – Me sentei ao seu lado. –

– A volta de Debrah a escola , Castiel está atordoado com isso, imagina você. –

As palavras dele ecoaram fundo na minha mente por alguns instantes, DEBRAH? Flashbacks se passavam na minha cabeça, Verônica dizendo sobre sua filha ter problemas com a escola no passado, a ficha roubada ser justamente a de Lauren... A irmã de David, a garota no corredor... Era a Debrah? Nunca tinha visto uma foto dela antes, estava confusa e ao mesmo tempo triste. O primeiro amor de Castiel estava de volta. E o pior, ele sabia disso. Porque não me contar? Sentia um aperto forte no peito, coisas ruins estavam para acontecer, principalmente do jeito que ela olhou para mim, eu a imaginava totalmente diferente, como uma garota serena, doce. Tudo que vi foi vulgaridade e um sorriso sinistro. Como Robert chegou a dizer que éramos parecidas? E porque ela estava de volta? Julgando pela ficha roubada de Lauren, ela só podia querer uma coisa, vingança. E David estava a ajudando, como pude deixar ele me embebedar? Sabe se lá o que ele teria feito enquanto estava bêbada. Droga, como coisas assim acontecem comigo? Sentia meu rosto ferver, uma mistura de emoções tomava conta de mim, raiva, tristeza, medo, mas acima de tudo raiva. David ia pagar.

– Tenho que ir Lysandre. – Falei séria caminhando em direção a porta, ele me olhou confuso, mas, assentiu.

Procurei David por todos os lugares, faltavam dez minutos para o intervalo acabar, e eu não o encontrava. Só faltava um lugar em que ele poderia estar. Subi as escadas para o pavilhão de cima, que ainda estava em reforma. Assim que passei pelo corredor, vi uma sombra de alguém perto do bebedouro. Era ele.

– David! – Me aproximei enquanto ele se virava me fitando.

– Mariana. – Ele sorriu. – Como foi de ressaca?

– Cala a boca! – Por pouco não soquei sua cara. – O que fez comigo aquela noite depois de me embebedar?

– Eu te embebedar? – Ele deu um riso agudo. – Você se embebedou sozinha com aquela garrafa de vinho. Eu até te disse para ir com calma, mas você não me escutou. – Ele continuava rindo. Me lembrava um pouco mais agora de ontem, eu mesma tinha tomado aqueles goles de vinho por conta própria...

– E o que fez comigo depois que estava bêbada? – Desconfiei tentando não fitar seus olhos violetas.

– O que eu fiz? – ele falou dando ênfase na palavra “eu”. - Você ficou me chamando de anjo e tentando me beijar. Mas como eu sou bonzinho, te levei para casa sem nem tocar em um fio de cabelo seu. – Ele sorria irônico. Meu rosto esquentava, estava corada.

– P-Porque eu acreditaria em você? - Mordi o lábio.

– Você não tem muita escolha não é, boneca.– Seu polegar passou pelo meu rosto acariciando-o.

– David. Me conta a verdade. - Tirei sua mão. – Sei quem é sua irmã, e sei também que você sabe de toda historia. Me conte quais são as intenções dela voltando para Sweet Amoris depois de tanto tempo, você pode me ajudar. – continuei enquanto ele prestava atenção.

– E porque eu faria isso? – Ele se aproximou me prensando contra a parede. Seus olhos violetas intimidadores penetravam fundo nos meus, estava corada demais para reagir.

– P-Porque senão digo para todos que você me embebedou! – Chutei o meio de suas pernas com meu joelho. Ele recuou se curvando com dor.

– Caramba! – Ele apertava os olhos grunhindo. – Você joga sujo Mariana. – David se recompôs se aproximando novamente de mim. Vou te contar o que Debrah quer, mas não é por essa sua ameaça barata, tenho os meus motivos. – Ele sorriu e me deu as costas andando como se nada tivesse acontecido. – Te mando uma mensagem. – Ele disse ainda andando. Fiquei sozinha no corredor proibido quando escutei o sinal do intervalo bater.

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