Mr. Tomlinson, The Womanizer. escrita por Renata Somerlik


Capítulo 6
Valentina


Notas iniciais do capítulo

olás, acabei de escrever esse capitulo e deu o maior trabalho! mas valeu a pena, ficou enooorme, e espero de verdade que gostem! :D
e cadê os reviews gente? poxa, tenho 22 leitores nessa fanfic mas quase ninguém interage comigo. assim eu desanimo ://



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/248828/chapter/6

10th December, 7 am.

Abro os olhos com dificuldade, a claridade incomoda minha retina. Maldita semana, maldita segunda feira. Maldita São Paulo poluída, barulhenta, e gigante. Maldito Tomlinson que pegou a maior gripe de todos os tempos, maldita bebida que me deixou com baixa imunidade. Maldita febre. Maldito apartamento vazio. Maldito silêncio mórbido.

MALDIÇÃO!

Dling, dlong.

Maldita campainha às sete da manhã também!

_ Ah, é você. – pronuncio de má vontade ao ver Marina encostada no portal.

_ O que foi, não gostou de me ver? – ela se faz de ofendida.

_ Ninguém gosta de ver ninguém às SETE HORAS DA MANHÃ, CACETE.

_ Wow, isso tudo é pelo que aconteceu naquele baile? Eu espero que não, porque foi a uma semana atr..

_ O que? Não. Definitivamente não. – respondo sem ânimo.

_ Então porque tem me evitado? Olha, eu sei que você não sente nada por mim, e que acha que o Harry gosta de mim..

_ Para Marina, é sério, para.

_ Louis, eu não consigo parar de pensar em você, naquele nosso beijo.. – ela diz, e com suas mãos em meu peitoral me empurra para dentro do apartamento.

_ Marina.. – tento protestar, mas seus lábios estão perto demais dos meus. Tenho medo de que uma simples palavra minha possa aproximar-nos ainda mais.

_ Louis, não finja que não sente atração por mim. Eu vi como me olhou aquele dia.. não era só pelo ciúme. Eu sei que não. – ela posiciona sua mão direita em minha nuca e com a outra acaricia meu peitoral nu.

_ Não faça isso, Marina.. não.. – sussurro.

_ Se você não está me impedindo, é porque também quer. Admita logo, Tomlinson. – ela murmura e morde o lábio inferior. Os arrepios tomam conta de todo o meu corpo e não me seguro quando ela roça seus lábios nos meus. Então eu a beijo. Minhas mãos passeiam por suas costas e cintura. Eu a viro de costas para mim e estou prestes a beijar sua nuca quando uma forte tontura me faz cambalear para longe dela.

_ Louis, você está bem? – Marina se aproxima e me conduz até o sofá.

_ Sim, é só uma gripe.

_ Você já foi ao médico?

_ Eu não preciso de um médico, preciso ficar sozinho. Agora, por favor, é melhor você ir. – digo seco, e ela se levante e caminha até a porta.

_ Se precisar de alguma coisa, me liga. – ela dá uma última olhada em minha direção e sai.

_ Eu não vou precisar. – murmuro logo que ela sai. Me levanto com dificuldade e cambaleio até a porta para fechá-la.

_ Oi, Louis. – uma voz feminina soa no corredor e antes de fechar a porta firmo a vista para ver quem era.

_ Oi.. err.. vizinha.

_ Tá tudo bem? Você está.. pálido. – ela se aproxima, parando em minha frente. Abro a porta novamente e por um momento me esqueço de que estou sem camisa. Marie me analisa dos pés a cabeça e cora nitidamente sem jeito.

_ É só uma gripe, nada demais. – sorrio fraco.

_ Mesmo assim. E você não deveria andar assim.. só de calça moletom. Pode ser perigoso, quero dizer, é perigoso.. – ela se embola com as palavras e um riso escapa de mim.

Ela fica linda assim, envergonhada.

_ Ah, você entendeu. – ela completa.

Sorrio provocante.

_ Acho que não. – respondo e me aproximo um pouco dela.

_ E-e-eu quis dizer que você po-pode pegar um resfriado. Não, você já está com um. Ah, eu quis dizer que você pode piorar. Quero dizer, a sua gripe.. – ela para, ofegante.

_ Tudo bem, eu entendi. – falo maroto e ela sorri aliviada.

_ Então.. acho que eu vou indo. – ela se aproxima de mim e, para a minha completa surpresa, beija minha bochecha.

_ Hm, ok. Até logo vizinha. – pisco para ela e dou-lhe um tchauzinho.

_ Até logo, Tomlinson. – ela sorri provocante e entra em seu apartamento. Não sei ao certo por quanto tempo fico ali, feito um idiota, encostado sensualmente no portal. Me sinto atordoado com a presença dela de poucos segundos atrás. Mas é que nada me tira da cabeça a ideia de que eu conheço essa garota..

E se eu a conheço.. com toda certeza já peguei.

10th December, 9 am.

É impressão minha ou está mais frio? Acho que a temperatura caiu uns.. sei la, 20 graus?!

Dãã, é a sua febre Louis. F-e-b-r-e. E você precisa de um remédio. Não, pensando bem, de um médico.

Correção: preciso de uma médica! Quem sabe a Aria..

Ai, se ela estivesse aqui.

Foco Louis, foco. Você precisa de um médico, com O no final! Nada de médicas bonitas, cheirosas e elegantemente sensuais.

Coloquei a minha terceira blusa de manga comprida e sai do prédio. Eu estava um tanto indisposto, mas não ia dirigir, e muito menos mendigar um táxi. Caminhei sem pressa pela quinta avenida e, dois quarteirões à frente, virei a esquerda. A sensação de frio parecia aumentar cada vez mais, e pude jurar que vi sinais de geada na calçada.

Finalmente avistei uma farmácia e me dirigi ao balcão onde uma morena atendia a um senhor de idade.

_ Pois não, senhor.. – ela se dirigiu educadamente a mim.

_ Acho que está nevando. Chocolate quente.. eu preciso de um chá para abaixar essa febre. Morena.. meus olhos.. eles estão felizes em te ver. Como está frio, grrr.. chocolate.. por favor, não tire a minha caneca de chocolate, ele ainda está quentinho.. – implorei a ela a apertei meu próprio peito, querendo manter a caneca de chocolate quente comigo.

_ Como é? – ela me olhou estranha.

_ Moça, eu estou com febre.. e frio, muuuito frio. Acho que está geando. Juro que vi flocos de neve lá fora. – respondo meio lerdo.

_ A febre está te causando delírios.. mas, o que exatamente você tem? Já foi a um médico?

_ Eu não quero tomar injeção.. só quero a febre.. que a febre acabe. Não quero o frio.

_ Ah, vejo que não. Venha cá, preciso medir sua temperatura. – ela pega gentilmente em meu braço e me conduz para uma salinha. Pega o termômetro e mede o grau da minha febre.

_ E então, morena?

_ Você está fervendo! 41,5 graus. – ela diz espantada.

_ Hmmmm, pode vir quente que eu estou fervendo.. uh, uh, uh. – digo, numa tentativa fail de cantar. Ela me olha e então começa a rir.

O que eu disse mesmo?

_ Você é assim sempre, ou vai dizer que a culpa é da febre?

_ Assim.. lindo, sexy, charmoso, gostoso? SEMPRE, MORENA. – sorrio.

_ A febre não tem culpa, pelo visto! – ela sorri também e me entrega dois comprimidos e um copo de água.

_ Não vai ter injeção?

_ Não. – ela sorri.

_ Você é a melhor doutora que eu já conheci! – me levanto (rápido demais) e vou em direção a ela, numa tentativa de abraçá-la em agradecimento, porém meu corpo pesa e quase vai de encontro ao chão.

_ Hey, calminho aí. – ela me apoia em seu corpo e me coloca de volta na cadeira.

_ Isso tudo é vontade de se livrar de mim? – ela brinca.

_ Não, não, não. Que isso morena, me livrar de você nunca. – sorri feito bobo para ela.

_ Acho melhor você ficar aqui até que o remédio faça efeito. Não é bom que saia sozinho nesse estado.. ainda mais em São Paulo.

_ Eu moro aqui perto..

_ Mesmo assim. Não tem alguém para quem você possa ligar e pedir que te busque não? Um irmão.. amigo.. sua namorada?

_ Não. Não tenho nada disso. Meus amigos me abandonaram, aqueles filhos da puta.

_ Tenho certeza que não. – ela ri baixo.

_ Porque você não vai comigo, então? É aqui pertinho, e eu te pago o táxi da volta.

_ O que? Eu não posso..

_ Pode sim. Não vai querer que um paciente seu saia por aí passando mal, vai?

_ Eu não sou doutora.

_ MAS VAI SER. – me levantei, ainda zonzo, e quanto meu corpo vacilou ela se apressou em responder.

_ Tudo bem, você venceu..

_ Eu sabia, morena. – pisquei para ela.

_ Morena? Haha, meu nome é Valentina.

_ Bonito nome.. só perde pra dona. – ela ri.

_ Você é um bobo, sabia?!

_ Bobo? Meu nome é Louis. Mas pode me chamar de Lou. Lou-co por ti. – brinco. Ela ri alto e logo depois tampa a boca, envergonhada.

_ Acho que você já pode ir embora sozinho. Está em perfeitas condições, pelo que vejo..

_ Não, por favor, não me deixe. Eu posso ter uma recaída. – faço beicinho.

_ Você precisa mesmo é de um óleo de peroba. – ela faz uma careta engraçadinha e eu acabo rindo.

_ Eu não sou cara de pau, só estou tentando te impressionar. – brinco de novo.

_ Não vai funcionar. – ela responde provocante.

_ Vai que cola, né.

_ Haha. Mas e então, vamos ou não?

_ Ô, mas é claro!

Ela tira seu jaleco branco e me dou conta de sua beleza morena em contraste com as roupas branquinhas. Seu cabelo escuro é liso e vai até o meio das costas. Seus olhos são mel e seu nariz é pequeno e pontudinho. Lindo.

_ Você é muito bonita. – digo assim que pisamos na calçada.

_ Obrigada. – ela me olha e sorri tímida.

_ Hey, eu estou com um pouco de fome. Ainda nem tomei café hoje. Tudo bem se a gente passar na padaria?

_ Ok, mas eu não posso demorar.

10th December, 9:45 am.

_ Já paguei, vamos? – eu a chamo.

Ela se levanta e vem em minha direção. Parecia até aquelas cenas de filme, em câmera lenta, quando a gostosona popular passa (desfilando) por todos que a invejam como se eles nem existissem.

NÃO ESTOU CHAMANDO ELA DE GOSTOSONA.

Mas, ela bem que tem um corpão.

Atravessamos a rua, de volta à quinta avenida, e um trovão alto interrompe meu pensamento.

_ Ih, parece que vai chover. – ela comenta.

“Que coisa mais clichê”, penso.

_ Acho melhor a gente parar em algum lugar, antes que a chuva pegue a gente no caminho..

_ Eu não posso, tenho que voltar pra farmácia..

_ Ah, que seja, vamos correndo então.

Ela me olha medrosa e então concorda. Entrelaço nossas mãos e começamos a correr por debaixo das marquises de um prédio ou outro que tem ali, enquanto a chuva engrossa.

Atravessamos duas ruas sem nem olhar muito e algumas buzinadas foram ouvidas. Nossas respirações estavam um pouco ofegantes e meu corpo variava entre o calor da correria e o frio da febre.

_ Ei, vamos parar um pouco. Você não pode ficar debaixo dessa chuva, não quando está com quarenta graus de febre. – Valentina para em baixo do toldo aberto de uma loja e me obriga a parar também.

_ Mas eu tenho que chegar em casa logo pra tirar essas roupas ensopadas. To com muito frio, grrr. – sinto meu corpo tremer um pouco.

_ Mas a chuva tá forte.. não dá, Louis. – ela diz contrariada.

_ E agora? – pergunto quase entrando em desespero. O frio só aumenta e a chuva também. E, pra piorar a situação, a chuva se torna de vento e molha ainda mais nós dois. Meu corpo estremece mais forte e sinto meu queixo bater involuntariamente.

_ Louis, tá tudo bem? – ela pergunta aflita.

_ Frio, muito frio.. – murmuro.

_ Vem, vamos ter que esperar essa chuva acalmar um pouco. – ela me abraça e nos sentamos em um cantinho na porta de uma loja fechada. Me aninho em seus braços e percebo que ela também está com frio. Sinto ódio de mim por não poder aconchegá-la em meus braços, protegendo-a do frio, mas nada posso fazer. Não tenho calor nenhum para oferecer a ela nesse momento. Irônico, não?! Logo eu, que estava esbanjando fervura com meus 40 e poucos graus agora a pouco.

10th December, 10:25 am.

_ Louis, a chuva afinou um pouco.. acho que devemos ir. Ela não vai parar tão cedo. – Valentina murmurou contrariada e infelizmente tive que me desfazer do aconchego de seus braços.

_ A gente vai chegar ensopado. – me lamentei.

_ Pelo menos você vai chegar.. e eu que ainda vou ter que fazer todo o caminho de volta depois? E com essas roupas encharcadas não posso trabalhar. – ela comentou e involuntariamente meu olhar foi parar em seus seios. Sua blusa branca, molhada pela chuva, havia grudado em seu corpo.

_ Vem! – peguei sua mão e puxei-a para a rua. Tudo para que eu não me aproveitasse da situação..

Estou orgulhoso de mim, que cara gentil e correto eu fui agora! Quase posso dizer que mereço um troféu Joinha! Quase..

_ Corre, é por aqui. – indiquei o prédio do outro lado da rua e atravessamos mais três esquinas até chegarmos lá.

_ Finalmente! – ela comentou, aliviada.

_ Acho que não sinto meus dedos. – falei entrando em meu apartamento. Valentina riu.

_ Você precisa de um banho quente, pra ontem!

_ Você também!

_ Você primeiro.

_ Não, eu não posso te deixar aqui toda molhada e passando frio assim. Você pode tomar banho na minha suíte e depois pegue uma camisa e uma calça de moletom no meu closet.

_ De forma alguma! Você precisa desse banho mais do que eu. – ela insistiu.

_ Então tomaremos o banho juntos! – brinquei.

_ O quê? Não, NÃO, mas o que.. – ela se atrapalhou com as palavras e eu ri.

_ Você é teimosa, e ingênua. – sorri malicioso.

_ Não sou não.

_ Então vem logo, prometo que não olho sua bunda! – pisquei para ela e recebi um tapa como resposta.

_ Você é muito abusado.

_ Eu estou tentando ser gentil, agora vem, anda! Nossas roupas já estão encharcadas mesmo.. aí a gente toma o banho e depois troca de roupa. Sem constrangimentos. – peguei em sua mão e a levei até a minha suíte. Percebi que ela estava sem graça com aquela situação, mas nós precisamos mesmo de um banho quente!

_ Louis, acho melhor eu não.. – ela começou.

_ Ei, fica calma, eu não vou me aproveitar de você. – olhei em seus olhos, tentando acalmá-la.

Ela assentiu e entramos no Box. Abri o registro e fiz sinal para que ela chegasse mais perto e ficasse debaixo daquela água quentinha também; ela pareceu relutante, mas acabou obedecendo.

_ Hey, você se importa se eu tirar um pouco dessas blusas? É que estou com no mínimo umas três só de frio.. – fiz careta. Valentina riu e assentiu levemente ruborizada.

Levei minhas mãos até a barra do meu suéter e puxei-o sem dificuldade. Valentina se afastou um pouco e tirei a segunda blusa, também de frio, que estava um tanto colada em meu corpo..

_ Nossa.. você devia estar mesmo com frio. – Valentina comentou divertida.

_ E como! – respondi e tirei a terceira e última blusa de frio, ficando apenas com uma camiseta azul clarinha de manga curta que estava ainda mais colada e definia quase todo o meu abdômen. Peguei as três blusas de frio e joguei-as em um canto qualquer do banheiro.

_ Valentina, pode chegar mais perto, eu não mordo. Olha só pra você, está tremendo de frio.. vem cá, fica aqui debaixo do chuveiro. – peguei em sua cintura impulsivamente e a puxei para debaixo do jato de água quente. Ficamos cara a cara, os corpos quase colados. Sua blusa branca, agora completamente transparente, realçava sua pele morena. E, eu não havia reparado antes mas, ela era bem mais nova que eu.

_ Tu-tudo bem, eu já estou a-a-quecida. – ela desviou o olhar do meu, e só então percebi que minhas mãos ainda estavam em sua cintura.

_ Err, pode pegar aquela toalha ali. E escolha o que quiser do meu closet. – apontei minha toalha para ela e soltei-a para que ela saísse do Box.

_ Ok. – ela pegou a toalha e saiu do banheiro, fechando a porta.

Louis, Louis, o que você está fazendo.. seu idiota, porque não a beijou?!

Fiquei mais alguns minutos aproveitando o calor aconchegante daquela água escorrendo por todo o meu corpo e finalmente saí do banheiro, ainda vestido. Andei cauteloso pelo meu quarto, com medo de assustá-la caso ela estivesse.. sei lá, trocando de roupa.

Ah, não. Xô pensamento!

_ Nossa, que cheiro.. – ouvi um sussurro vindo do meu closet. Me aproximei silenciosamente da porta e pude vê-la com a minha toalha perto do rosto.. e ela parecia ter gostado do meu perfume. Valentina estava de lingerie e apenas com uma camisa social minha por cima. Seu cabelo negro molhando a camisa e deixando-a um pouco transparente na região da cintura e quadril.

Desviei o olhar. Eu não podia perder o controle. Eu havia dito a ela que não me aproveitaria dela..

_ Lo-Lo-uis? – ela gaguejou olhando assustada para mim.

_ Er, oi, desculpa, eu não quis te assustar. – falei sem jeito.

_ Não, eu é que peço desculpas.. o closet é seu, eu já estou de saída.. – ela disse olhando para o chão e veio rapidamente em direção à porta; eu, na tentativa de impedi-la, fui também.

_ Me perdoa, eu não quis te desrespeitar.. não tava te espionando nem nada.. eu pensei que você já estivesse vestida.. – me desculpei.

_ T-t-tu-d-o bem. – ela disse, visivelmente desconcertada com a nossa aproximação repentina. De repente a porta do closet se tornara pequena demais para nós dois, e inevitavelmente ficamos presos ali, colados um ao outro, sentindo as respirações quentes e quase ofegantes de ambos. Os cabelos negros molhando a camisa que ela vestia e as bochechas coradas de Valentina só faziam com que eu me perdesse ainda mais da razão.

Deus, eu juro que não era a minha intenção acabar fazendo isso.. mas, o senhor há de convir que no momento está difícil resistir.

Sem mais pensar, levei minhas mãos até sua cintura e numa troca rápida de olhares selamos nossos lábios. Aquilo era inevitável.

_ Eu nã.. – ela tentou dizer. Calei-a com um beijo. Deslizei minhas mãos por suas costas fazendo com que a camisa que ela vestia subisse um pouco, deixando uma parte de sua calcinha a mostra. Seu cabelo tinha um cheiro bom, adocicado, e no momento em que invadiu meus pulmões, eu perdi o controle. Desci minhas mãos para o quadril dela, levantando-a, e instintivamente ela entrelaçou suas pernas em minha cintura. Apertei-a de encontro a mim e caminhei para dentro do closet. Valentina não parecia mais a garota tímida que estava tomando banho comigo a poucos minutos atrás.. ela beijava toda a extensão do meu pescoço e arranhava minha nuca de maneira provocante. Continuamos nos beijando até que encontrei uma parede em que não houvesse roupas. Coloquei-a de volta ao chão, mas sem parar o beijo. A medida que eu avançava um passo ela recuava um, e não demorou para que seu corpo se encontrasse preso entre a parede do closet e o meu corpo. Ela parou o beijo em busca de fôlego, e eu aproveitei para beijar seu pescoço e colo. Ela gemeu baixo e colocou suas mãos em meu peitoral, deslizando-as sobre a camisa ainda molhada. O contato de suas mãos frias sobre a fina malha que cobria meu abdômen me causou arrepios. Parei o beijo e encarei aqueles olhos mel que agora ardiam de desejo. Levei minhas mãos até a barra de minha camiseta e puxei-a, me livrando da quarta e última blusa. Ela acompanhou o movimento com o olhar e voltou a pousar suas mãos em meu abdômen, dedilhando toda a parte entre a minha cintura e os ombros incrivelmente largos que a academia me proporcionara. Beijei Valentina com calma e gentilmente desabotoei o primeiro botão da camisa que a vestia. Continuamos nos beijando, enquanto eu desabotoava o segundo, terceiro, quarto.. e quando cheguei ao último botão, ela interrompeu o beijo e tirou ela mesma a camisa, ficando apenas de lingerie rosa bebê. Suspirei. Como ela era linda.. seu corpo, seu rosto, seu cabelo.. sua pele morena, seus olhos mel, seu nariz pontudinho.. toda linda. E era por isso que eu não podia avançar. Ela tinha apenas 17 anos, e eu não queria força-la a nada.

_ Valentina, me desculpe.. eu perdi o controle.. eu não devia.. – me abaixei mais que depressa e peguei a camisa no chão, entregando a ela para que a vestisse de novo.

_ É claro.. eu peço desculpas também.. eu não devia.. – ela disse totalmente envergonhada, vestiu seu uniforme molhado e saiu às pressas, me deixando ali, plantado.

_ VALENTINA, ESPERA! – gritei. Corri até a porta e a vi prestes a entrar no elevador. Me aproximei dela e a beijei. Eu estava confuso, não queria que ela fosse embora daquela maneira. Queria beijá-la, tocá-la, mas não poderia passar disso.

_ Nós não temos que fazer nada. Não vai embora não.. fica, fica comigo, até porque você não vai querer sair na rua com essa transparência toda. – brinquei. Ela sorriu envergonhada e segurei sua mão levando-a de volta ao apartamento.

_ Você é terrível, sabia? – ela sentou-se no chão da sala, em frente à TV, e sorriu quando eu me sentei ao seu lado e entreguei minha camisa social para que ela a vestisse de novo.

_ Eu sei. – sorri convencido e roubei-lhe um beijo.

_ Atrevido! – ela fingiu estar brava e eu ri da carinha que ela fez.

_ Sabe de uma coisa? Eu sempre achei que camisas sociais masculinas ficam melhor nas garotas.. – Valentina sorriu de lado e se aninhou em meus braços.

_ Será que dá pra parar de me cantar? – ela brincou cruzando os braços e nós rimos.

Ela era incrível, e boa parte daquela tarde eu passei admirando-a sem nem mesmo perceber..



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

o que acharam do Lou respeitar ela? hahaha, acham que ele ta tramando alguma, ou só está mudando um pouco o comportamento dele?
beijos, amoras e até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mr. Tomlinson, The Womanizer." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.