Mr. Tomlinson, The Womanizer. escrita por Renata Somerlik


Capítulo 2
Aria




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2nd December, 9 pm.

Droga, droga, droga! Porque mesmo eu fui pedir os malditos comprimidos pra vizinha?

Ah é, acho que foi porque você estava com uma puta dor de cabeça, quase morrendo de uma ressaca do caralho, que adquiriu em um buteco fudido na madrugada de ontem. Só por isso, Louis. É bem pouco, é.

_ Harry................... Niall...............  Liam? – chamo desesperado por ajuda. O Zayn eu nem tento. Sei que ele dorme feito uma pedra, então..

_ O que é? – algum deles (parecia a voz do Harry!) milagrosamente responde, uma meia hora depois.

_ Preciso de papel.. e de um remédio.. minha dor de cabeça não passou, e eu to num estado deplorável.. – pedi. Era constrangedor demais aquela situação, mas eu precisava de ajuda! E nessas horas não dá pra escolher demais.

_ Argh, cara, que nojo! – ele responde e faz careta.

_ Harry, me escuta. Eu preciso mesmo da sua ajuda. Você precisa descobrir o que exatamente é esse comprimido que a vizinha me deu, porque eu tenho que saber quanto tempo “isso” vai durar.. – quase implorei por sua ajuda.

_ Ok, vou ver o que consigo! – ele respondeu e saiu.

Boa Louis! Ontem você tava com a maior gata (e outras duas, um pouco mais cedo..) nas suas mãos, totalmente entregue a você, e agora tá aqui, nessa situação de merda (literalmente!), incapaz de ir lá e quebrar a cara da vizinha que te ferrou com esses comprimidos. Parabéns, você brilhou.

_ Voltei! E não tenho boas notícias. – Harry falou. – Bem, me disseram pra te dar um copo de água com laranjinha..

Eu o olhei torto. Aquilo não fazia sentido.

_ E no que isso vai adiantar?

_ Me parece que é bom pra diminuir.. é.. isso aí mesmo. – ele apontou para a minha situação um tanto cômica e riu.

_ Ah, hm, obrigado então. – peguei o copo contrariado e o tomei de uma vez. Não podia ser pior do que as várias doses de wisky misturado com cerveja e uma terceira bebida (da qual eu não consigo me lembrar o nome.. talvez fosse gim, ou guarapã, ou eu não sei.. g-alguma coisa?) que eu havia tomado na noite anterior. Mas, quer saber? Era pior sim! Putamerda, que negócio.. ur, não sei nem explicar, minha língua pinica só de lembrar. É azedo e incrivelmente ácido ao mesmo tempo; nunca tomei nada parecido.

_ HAAAAAAAAROLD! Volta aqui! – gritei pelos seguintes minutos, que pareceram se arrastar como horas, até que finalmente “melhorei” e consegui sair dali.

_ Niall? Liam? Harry? ZAAAAAAAAAAYN? Alguém? – chamei. O apartamento estava vazio.

Fui até a cozinha e bebi um pouco de água. Aquela tal “água com laranjinha” parecia mais uma laranjinha com laranjinha, na boa!

O telefone começa a berrar e o procuro feito louco. Essa dor de cabeça vai acabar me matando.

_ Alô? – finalmente o encontro e atendo.

_ Louis, ainda bem que saiu daquele banheiro! Ouça: nós estamos aqui no Royale.. me desculpe, cara, mas você não dava sinal de melhora e nós não podíamos simplesmente ficar aí com você.  – Harry falou. Um breve silêncio se instalou entre nós até que resolvi quebrá-lo.

Ok, eles não fizeram por mal.. precisavam ir.

_ Tudo bem. Vou ficar em casa hoje. – respondi o mais pacificamente que consegui.

_ Se você quiser, pode passar aqui mais tarde.. mas preciso te contar que o negócio já estará feito. Sinto muito, mas você vai ficar de fora dessa vez. – ele diz baixo, com uma voz de falsa compaixão, e eu sinto vontade de atravessar o telefone e dar-lhe um belo soco.

Não acredito que aquele traíra fez isso! Harold, seu grande filha da puta!

Digo apenas um “ok”, e desligo o telefone.

2nd December, 11 pm.

Pego a embalagem da lasanha que milagrosamente encontrei na geladeira e leio as instruções. Coloco-a em uma vasilha adequada e depois no forno elétrico. Assim que ele apita, tiro-a lá de dentro e levo um prato para a sala.

Essas dores todas acabaram por me deixar com muita fome. E, nossa, essa lasanha tá chamando meu nome, sério. To parecendo até o Niall..

Me sento em frente à TV de 60 polegadas da nossa ‘incrivelmente tecnológica’ sala, e ajeito o prato de lasanha e a coca em meu colo. Passo aleatoriamente pelos canais e acabo deixando em um filme de ação. Encontro explosivo é o nome.

Levo um pedaço de macarrão à boca, mas infelizmente sou interrompido pelo barulho da campainha. Me levanto, irritado, e vou até a porta.

_ Oi. – a garota em minha porta diz timidamente.

_ O-oi. – gaguejo.

_ Eu só vim saber se você estava bem.. minha tia ficou preocupada com você. – ela desviou o olhar, notavelmente sem graça. – Até vim aqui mais cedo, mas os seus amigos disseram que você estava passando mal.. então tomei a liberdade de trazer o número de uma amiga minha que é médica.. ela pode vir dar uma olhada em você, se você quiser.. – ela disse.

_ Err.. obrigado, não precisava se incomodar.. – falei gentilmente e ela sorriu de leve.

_ Toma, é o número dela. Fique a vontade para ligar, se quiser. – ela tirou do bolso um pequeno pedaço de papel com o número e me entregou.

_ Pode deixar.. eu vou ligar sim. – sorri.

_ Então.. acho que é isso! – ela murmurou, e já ia saindo quando a chamei.

_ Ei, vizinha, não quer entrar? – falei. Ela me olhou um tanto surpresa e eu acho que corei. – Sabe.. acabei de assar uma lasanha que, sinceramente, está dos Deuses! – sorri.

Ela veio em minha direção, quase entrando no apartamento, mas então parou. Do nada.

_ Eu acho melhor não.. quem sabe outra hora! Mas obrigada pelo convite.. – ela saiu em direção ao seu apartamento e, antes de entrar, se virou para mim. – e não coma toda a lasanha se não quiser passar mal de novo. – fiz que sim com a cabeça e ambos fechamos nossas portas com um meio sorriso no rosto.

Voltei para o tapete e comi meu prato de lasanha em menos de cinco minutos. Bebi meu copo duplo de coca e me esparramei no sofá assistindo o resto do filme. Minha cabeça girou. Impaciente com aquilo, peguei o papel e disquei o número que a vizinha havia me dado.

_ Alô? – uma voz elegante soou do outro lado da linha.

_ Alô? Oi, eu sou o Louis.. vizinho da sua amiga Marie.. – comecei, sem jeito.

_ Ah, sim, me desculpe Louis, é que eu não reconheci a voz..

_ Tudo bem, eu que peço desculpas..

_ Não se preocupe. Mas, no que posso ajudar?

_ Bem, ela que me passou seu número e disse que eu poderia te ligar.. que talvez você possa me atender, já que não estou passando bem.

_ Sim, e onde exatamente você mora?

_ O apartamento é o do lado esquerdo do dela.

_ Ok, entendi. Não demoro.

_ Obrigado.

Agora é esperar Louis. E esperar que ela seja bonita, quem sabe..

Fui até a cozinha guardar as coisas e enquanto lavava os talheres ouvi a campainha.

Hum, essa foi rápida.

Ajeitei minha roupa e passei a mão pelos cabelos, bagunçando-os de leve. Eu tinha que estar apresentável, porque, convenhamos, não é todo dia que se recebe uma médica de voz sensual (é, esqueci de mencionar!) e elegante altas horas da noite no seu apartamento.

Abri a porta. Engoli em seco.

Puta merda, ela é muito gata! A médica mais gata que já conheci, pra ser sincero.

_ Oi, você deve ser o Louis. – ela sorriu e estendeu a mão.

_ Oi, sou eu mesmo. E você é a..

_ Aria, muito prazer.

_ Aria. – repeti seu nome feito um bobo. – Vem, entra. Fique a vontade.

Ela passou por mim e pude olhá-la de costas..

Elegante, bonita, boa, sensual, médica..

_ E então, Louis, o que você tem? – ela se virou para mim e fui obrigado a parar de olhá-la.

_ Eu?

_ Sim, você.. – ela me olhou confusa. Devia estar me achando um idiota.

_ Ah, doutora.. eu bebi todas e mais um pouco ontem e acordei com uma bela de uma ressaca e uma dor de cabeça infernal hoje.. mas aí houve uma confusão e acabei tomando o remédio errado, o que teve consequências, e eu ainda estou com a dor de cabeça e não sei o que era esse remédio que tomei enganado. – disparei a falar. Quando terminei ela estava sorrindo.

Ela fica linda sorrindo. Sua voz acalma e é sensual. Ela é sensual. Porra Louis!

_ E quais foram as consequências desse remédio por engano?

_ Eu fiquei.. fiquei..

_ Ficou.. ?

_ Fiquei a tarde inteira no..

_ Eu preciso saber pra poder te ajudar, Louis.

_ Banheiro. – pronto, falei.

_ Hum.. laxante, provavelmente. – ela disse.

Ela séria estava ainda mais linda! E nem riu da minha desgraça..

_ Sim.. e quanto à dor de cabeça? Você poderia me passar um remédio ou algo do tipo.. é que não to mais aguentando essa dor. – pedi.

_ Bem, não tenho nenhum remédio aqui comigo.. mas eu posso fazer algo, se você quiser.

_ Se fizer parar a dor, eu aceito!

Ela foi até sua maleta e tirou de lá um estojo de metal com algumas agulhas. Olhar para elas me dava calafrios, mas achei melhor esconder isso. Ela não precisava saber que eu era um medroso.

_ Não se assuste, eu não vou simplesmente sair fincando agulhas em você.. isso é uma terapia e tem toda uma técnica que é chamada acupuntura. Pode se deitar aqui no tapete, por favor. – ela se ajoelhou ao lado da minha cabeça e abriu o estojo.

_ Doutora, não quero parecer medroso, mas isso funciona mesmo? – perguntei divertindo-a.

_ Funciona, Louis. Você vai ver. – ela sorriu e tocou minha testa, afastando alguns fios de cabelo que estavam ali. O toque de seus dedos finos e macios provocou uma sensação boa em mim, me fazendo fechar os olhos e suspirar.

_ Apenas relaxe.. eu prometo que não vai doer. – ela sussurrou e espetou a primeira agulha em minha testa. Senti um leve formigamento na região, que aumentou à medida que mais agulhas eram espetadas ali.

Enquanto esperava, ela sussurrava palavras que eu não entendia. Fiquei tão relaxado que acho que até dormi.

_ Louis, se sente melhor? – ela perguntou enquanto retirava as agulhas, algum tempo depois.

_ Sim.. to me sentindo uma Maria-mole. – brinquei. Ela me olhou de um jeito bonitinho e riu.

_ Então funcionou. Se está relaxado, fico feliz. – ela se levantou e foi até a maleta guardar as agulhas.

_ Sim..

_ Então, acho que já vou indo. Precisa de mais alguma coisa?

_ Acho que não.. e quanto é a sua consulta particular?

_ Ah, não, quanto a isso.. não se preocupe. Eu não posso cobrar.

_ De forma alguma! Eu te tirei da sua casa a essa hora, você teve o trabalho de vir até aqui e tudo.. devo ter atrapalhado a sua noite..

_ Eu não quero dinheiro, Louis.

_ Não? – a olhei desconfiado.

_ Não. Eu ainda não peguei o meu diploma, estou estagiando e é isso o que eu fiz hoje, aqui, com você. Não posso cobrar por isso. E você não atrapalhou nada.. eu não tinha planos para essa noite mesmo, anão ser que assistir TV a cabo e comer lasanha conte.

Sorri.

Ela é minha alma gêmea, cara!

_ Eu fiz isso.

_ Isso o que?

_ Assisti TV a cabo e comi lasanha.. na verdade, foi logo antes de você chegar e ela estava divina!

_ Não acredito! – juro que vi seus olhos castanho escuro brilhando quando ela disse isso. Ela parecia uma menina deslumbrada enquanto me olhava. Ela era a perfeita menina mulher, com toda a sua sensualidade e seu charme de vinte e poucos anos.

_ Acho que ainda tenho um pouco dela no forno..

_ Seria ótimo! Estou mesmo com fome.

_ Senta aí. Vou lá pegar..

Ela me deu um sorriso estonteante e não sei como cheguei até a cozinha. Peguei o que precisava e voltei à sala. Ela estava sentada no tapete, exatamente como eu estava antes..

_ Aqui. Você deu sorte, ainda está quentinha.. – entreguei o prato a ela e o copo duplo de coca, como o meu. Ela me encarou e sorriu novamente.

Ela precisa parar de fazer isso.. 

_ Como você sabia? – ela perguntou, se referindo ao copo duplo de coca.

_ Eu não sabia. – sorri. Ela me olhou admirada e então se perdeu na montanha de lasanha que estava em seu prato. Algumas vezes bebia goles da coca e em outras apenas me olhava.

Ela é tão.. diferente.

_ Acho que não consigo comer mais. – ela me estendeu o prato meio sem graça e eu inevitavelmente encostei em sua mão.

_ Que bom que gostou. – falei.

_ Estava ótima, a melhor lasanha que já comi.. só não ganha da minha! – ela disse. Fingi estar decepcionado e ela riu.

_ Então eu acho que preciso provar dela, porque eu duvido que ela seja melhor que a minha! – falei e sorri em tom desafiador.

_ Combinado! Você vai ficar louco com a minha lasanha. – ela me lançou um olhar quase 43.

Cara, essa mulher tá fazendo coisas.. ela tem que parar com isso, senão eu vou ficar louco é com ela!

_ Vou esperar ansiosamente.

_ Agora eu vou mesmo. – ela pegou suas coisas e se dirigiu à porta.

_ Espera, fica mais.. quero dizer, você.. não precisa ir. – falei.

_ Eu tenho mesmo que ir. – ela se aproximou de mim e me beijou na bochecha.

Se controla Louis.. se controla. Mas, caramba, isso já é sacanagem.. ah, foda-se, ela estava pedindo para ser beijada!

Levei minha mão direita até seu rosto e o posicionei de frente ao meu. Fitei seus lábios por um breve momento e então eu a beijei. Passei meus braços por sua cintura, trazendo-a para junto do meu corpo. Ela interrompeu o beijo e me fitou confusa.

_ Louis, n..

_ Shhh, não negue. Eu sei que você quer. – rocei levemente meus lábios nos dela e desci para seu pescoço, dando mordidinhas ali. Ela se deu por vencida e passou seus braços por meu pescoço. Voltei a beijá-la e lentamente caminhei com ela, conduzindo-nos até a parede. Senti seu corpo encostar-se à superfície e a prendi ali. Segurei seus pulsos acima de sua cabeça e intensifiquei o beijo. Ela correspondia com a mesma vontade e quando lambi o lóbulo de sua orelha ela gemeu em meu ouvido. Não preciso nem dizer que aquilo estava me deixando maluco, né? Tomei seus lábios novamente, sem conseguir me decidir entre seu pescoço e seu decote. Ela suspirava entre um beijo e outro e arfava enquanto eu deixava chupões em seu pescoço. Até aí tudo bem.. eu estava no comando. Mas quando ela mordeu minha orelha e beijou meu pescoço.. a coisa mudou. Eu, inconscientemente, me entreguei às suas carícias. Ela subia e descia suas mãos por meu abdômen e achei melhor tirar logo a minha camisa, assim facilitaria para ela. Levei suas mãos até a barra da minha blusa e a ajudei a tirá-la, lentamente, desfrutando daquele momento. Quando a tiramos, ela pousou suas mãos em meu peitoral e dedilhou meu abdômen até o fecho da minha calça. Confesso que fiquei arrepiado. Mas então era a minha vez de provocar.. virei seu corpo de costas para mim e comecei a beijar sua nuca. Ela rapidamente se arrepiou com o toque frio de meus lábios e eu não pude conter o sorriso. Ainda em nossas posições, levei meus braços até a barra de sua blusa e quando fiz menção de puxá-la para cima, ela me parou.

_ Louis.. não me entenda mal, mas eu preciso ir. – ele se afastou. Sua respiração estava pesada, assim como a minha.

_ Aria, você não pode.. – comecei. Não pude acreditar no que estava ouvindo.

_ Eu posso e eu preciso. – ela se aproximou da porta, mas não a deixei sair.

_ Você não vai sair daqui. – sorri malicioso e fui até ela puxando-a de volta para a parede. Assim que a prendi de novo, ela protestou.

_ Louis, você não po..  ela começou, mas a interrompi com um selinho.

_ Aria, fica. Fica comigo. – acariciei seu rosto e comecei a beijar seu pescoço mais lentamente. Eu queria e iria arrepiá-la até o último fio de cabelo. Mas não seria por acaso.

_ Tudo bem, eu fico. – ela sussurrou. Eu sabia que ela não diria não. Mas fiquei feliz em ouvir da boca dela. Sorri vitorioso e levei minhas mãos, dessa vez com a ajuda dela, até a barra de sua blusa e levantei-a até a altura do sutiã.

Eu disse que iria arrepiá-la até o ultimo fio de cabelo, e isso começa agora.


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Notas finais do capítulo

continuo?



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