Bad Girls escrita por Mellissa Evans


Capítulo 23
Chapter Twenty-Two: Festa do Pijama.


Notas iniciais do capítulo

Boa noiteeee *-*
E aí prontos pra rirem muito nesse cap?
Bom... infelizmente minha garganta tá inflamada =(
Nos vemos lá em baixo!
Leiam com moderação.
kkkkk'



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POV JASPER



Confesso que fiquei bastante surpreso com a gurizinha. E um pouco decepcionado também. Eu achava que ela ia ser uma daquelas crianças birrentas e mimadas que odiassem futebol e ficassem na laje plantando batata... É meu plano de sequestro foi por água baixo! E como se não bastasse toda a fofura e tendência para o mal, a garota ainda é expert em bombas! É orgulho demais para apenas um tio.

Como Katherine se atreveu a nos abandonar no shopping, eu tive que improvisar. Então parei em frente de uma lanchonete e foi ali, que nossa amizade começou. Digamos que foi “amor á segunda vista” já que na primeira, ela me pareceu uma criança esnobe cruel e insensível.

– Tio Jasper... – começou ela de boca cheia – Por que mamãe fala tão mal de você?

Engasguei-me com o refrigerante.

– Oras... – sorri sem jeito. Rosalie é uma recalcada! – Porque ela tem inveja de mim – Claire riu – Estou falando sério! Ela não suporta a ideia de eu ter nascido homem e ela não.

– Aham, aham – disse entre risadinhas – Ela disse que o senhor é um retardado e que foi abandonado pelos seus pais biológicos bem na porta da igreja. E que a sua mãe de criação te achou e tals – dizia ainda rindo.

Revirei meus olhos.

– Rosalie diz isso porque não quer que ninguém saiba da verdade – sussurrei, olhando para os lados a fim de atiçar a curiosidade da pequena. Aparentemente a mesma é tão ou mais fofoqueira que as tias.

– Que verdade? – perguntou, se inclinando um pouco. Os olhos dela brilhavam em expectativa. Não me aguentei, tive que rir – Fala tio Jazz!

– É que nós somos irmãos gêmeos! – exclamei, novamente olhando para os lados. Voltei minha atenção para ela – Nossa mãe biológica fugiu com o circo quando éramos pequenos e nos mandou para orfanatos diferentes. Daí fomos separados – fiz cara de choro. Claire começou a gargalhar.

– Não acredito! – dizia entre risadas. Ri junto com ela – Você é muito doido tio. O que tinha no leite da minha avó? – perguntou inocentemente.

Cocei minhas duas mãos, fazendo-a garotinha rir ainda mais.

– É segredo de estado Claire. Se eu te contar, vou ter que te matar... – pisquei.

Nós perdemos a noção da hora com as conversas fiadas, e piadinhas infames. E Claire ainda teve a “brilhante ideia” de me obrigar a ir num parque de diversões que tinha por ali. Quando chegamos ao local, o primeiro brinquedo que a criatura quis ir foi num carrinho de bate-bate. Eu preciso dizer mais? Eu bati em todos os carros; fazendo a garota se mijar de tanto que ria e, depois fui perseguido por ela e pelos demais que estavam ali.

Depois fomos num brinquedo que parava lá no alto, cujo nome me foge a memória agora e, adivinhem? Sim, eu chorei de medo. Mas foi engraçado porque, Claire tem uma risada muito bonitinha e acho que quero ter filhos...

– Tio Jazz – disse, assim que saímos de outro brinquedo – Você pode dormir lá em casa hoje? – perguntou sorrindo timidamente. Os olhinhos brilhando.

Eu devia ter dito não! Por que não disse não? Por quê?

– Claro que sim. Por pergunta peste-mirim?

Ela deu de ombros.

– Porque eu quero dar uma festa de pijama hoje e queria que o senhor fosse – disse sorrindo angelicalmente.

– Na sua casa? – perguntei gemendo.

– Sim, oras. Onde mais?

Não sei. Talvez num chiqueiro?

O que nós não fazemos para agradar nossos sobrinhos hein? To começando a achar – ou melhor, a ter certeza – de que essa criaturinha usa o charme dela a seu favor. Só isso para explicar a minha incapacidade em dizer-lhe não.

Eu não queria ir para a tal festa do pijama por algumas razões consideráveis: A primeira delas é que, apesar de fazer as unhas e passar chapinha eu sou homem! A segunda é que Alice adora me pintar e vestir como se eu fosse uma bonequinha e, a terceira é porque meus irmãos vão desconfiar se eu não aparecer em casa.

– Então, tu vai ou não? – perguntou ela me olhando com expectativa.

Eu sinto que ainda vou me arrepender disso...

[...]



Não devia passar das onze horas quando nós chegamos em casa. E para minha infelicidade, estavam todos presentes, inclusive Charlie e Renné – os meus sogros adoráveis e com manias tão ou mais estranha que as das filhas.

E não é que eu seja tarado em mulheres mais velhas não, mas, a senhora Renné estava encantadora. Até parece que fez plástica!

– Velhotes! – exclamou Claire correndo em direção deles. Katherine, Bella, Alice e Rosalie me olharam fixamente. Coloquei a mão na frente do cavanhaque, mas já era tarde demais. As viadas já estavam rindo de minha beleza exterior e do meu cavanhaque desenhado com lápis.

– Ora ora! – exclamou Charlie, aparentando surpresa – Mas o que temos aqui? – disse se aproximando – Como vai Cullen?

Sorri, tentando ganhar tempo para descobrir como é que se falava “estou bem Senhor.” Enquanto isso, a minha miniatura de mulher ria que chorava. E as irmãs dela também. Ah sim, essa vai ser uma longa noite!

– JASPER! – gritou Alice – Responde.

Pisquei freneticamente, sentindo minha barriga se contorcer. Oh não! Gases agora não!
Já era tarde. O estrago havia sido feito. E minhas bochechas estavam ardendo furiosamente.

– E-e-estou b-e-m se-senhor – disse com uma certa dificuldade. Ou muita dificuldade. Que seja. Claire me olhava de um jeito engraçado e tentava gentilmente não rir da minha tragédia – Estou bem – finalmente consegui falar com a voz firme. Uma pena eu ter precisado empinar a bunda para isso – E o senhor como vai?

– Um pouco perturbado com isso, mas... – ele coçou a nuca – Vou deixar vocês a sós – exclamou, pigarreando – Vamos Renné – chamou a esposa, sorridente. Ela assentiu e antes de sair da sala, me deu um sorriso falso como quem dizia “Você tem algo enfiado na bunda”

Parabéns Jasper Masen Cullen Swan Hale! Você é oficialmente o retardado número um da família.

– Mas o que diabos foi isso? – perguntou Isabella com os olhos arregalados. As meninas riam com meu desespero. Suspirei fundo.

– Isso foi o seu cunhado fazendo uma entrada triunfal – exclamei, cruzando os braços e piscando para as garotas.

Elas gargalharam e eu, repentinamente, me senti um deus do humor. Ah finalmente encontrei uma vocação!

– O que está fazendo aqui Jasper? – perguntou Alice, comendo uma pipoca.

– Claire me chamou para a festa de pijamas – exclamei, andando na direção delas.

– Você sabe o que as meninas costumam fazer em festas assim, né? – perguntou Rosalie se levantando.

Engoli em seco e recuei alguns passos para trás. Que Deus proteja minha alma!

As outras psicopatas resolveram entrar na onde de Rosalie para minha tristeza e, tinham um sorriso pra lá de suspeito estampado em seus rostos.

[...]



Quinze minutos após me despirem, e me colocarem uma venda no olho. Aqui estou eu. Jasper Cullen. Escutando as risadas histéricas das meninas e da minha amiga traidora, porque claro, se Claire quisesse ela teria evitado tudo isso. Mas não né... Tinha que ser fiel a mãe dela.

– Tio você está lindo! – exclamou a pestinha entre risadas.

– Sério? – perguntei, exibindo um sorriso. O cheiro do brilho labial era tão bom que me vi colocando o dedo na boca e comendo-o.

– Sim, sim – concordou Alice – Mais bonito impossível! – e então voltaram a rir descontroladamente.

Quando a safada da Bella resolveu, finalmente, tirar a venda dos meus olhos. Eu me vi implorando para que ela não tivesse feito isso. Por quê? Eu estava com um sutiã rosa escuro, um short branco que mais parecia uma calcinha e meias coloridas. Sem falar na minha boca que além de carnuda, estava borrada e parecia de prostituta de tão vermelha.

As meninas como já eram de se esperar, estavam rolando no chão chutando o ar e chorando de tanto que riam. Olhei fixamente para o meu rosto, que estava cheio de blush e meus olhos estavam com uma sombra pra lá de chamativa. Fora o lápis de olho e o rímel!

Como elas conseguiram me transformar em um gay em quinze minutos? Como?




Rasguei meu vestido de festa preferido
Mandados expedidos para minha prisão
Acho que preciso de uma cerveja de gengibre
Isso foi uma falha épica



Revirei os olhos e só então percebi que estava usando um colar de perolas. Sorri, colocando as mãos na cintura. Esquecendo-me por completo da presença de certos piruás...

– Estou um arraso! – exclamei, afinando a voz. As meninas explodiram em gargalhadas. Mas, se elas pensam que isso ficaria assim... Ah estavam redondamente enganadas! – Agora... – dei meu melhor sorriso de psicopata, fazendo o sorriso delas murchar – É a minha vez! – e então gargalhei maleficamente.

– C-omo assim nossa vez? – perguntou Bella se encolhendo.··.

[...]



Ao som da Shania Twain – Man I Feel like Woman. Eu obriguei as engraçadinhas a se despirem e a colocar as roupas dos pais delas. E elas me obedeceram! Estavam todas lindas, mas, Claire... Estava uma princesinha com a gravata roxa!

E eu ainda desenhei bigodes e cavanhaques nas meninas. Bella e Alice estavam de samba-canção, com um chapéu semelhante ao da Madonna em Express Yourself. Estavam apenas de sutiã roxo e com meias masculinas.

Já Rosalie e Katherine estavam usando sungas brancas e de sutiã vermelho. As meias eram das mesmas cores que os das meninas.


Fotos da última noite
Acabaram online
Eu estou ferrado
Oh tudo bem
Está tudo embaçado
Mas eu tenho certeza que arrasamos
Maldição



O som estava no último volume e nós estávamos em cima da cama, fazendo a nossa melhor performance. Ah se Beyoncé estivesse nos assistindo! Com certeza ela morreria de inveja, afinal, nós somos muito talentosas!

Eu conheço um lugar
Onde a grama é realmente mais verde
Quente, molhada e selvagem
Deve ser a água
Bebericando gim e suco
Deitadas debaixo das palmeiras (e pronto)
Os garotos
Quebram seus pescoços
Tentando dar uma espiadinha (em nós)


Nós jogávamos os cabelos para trás – e eu estava de peruca sim, eu admito – e rebolávamos até o chão, segurando as escovas de cabelo em um dos braços. Depois nós fazíamos uma dança maluca e cantávamos um trecho da música. Foi bem, bem divertido!

Além da dança, nós fizemos duas panelas de brigadeiros e pegamos garrafas de Vodca.

– Jasper... – Bella sorriu, coçando as mãos. Nunca tinha me tocado, mas ela parece o cérebro de Pink & Cérebro – Pegue o seu celular!

Franzi o cenho, jogando meus cabelos ruivos para trás. Cruzei as pernas, fazendo as meninas rirem.

– Por quê?

– Vamos passar alguns trotes! – e então riu diabolicamente, até que se engasgou com a bebida.

Fim do Capítulo.



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Notas finais do capítulo

Espero q tenham gostado..
Mini-spoiller do próximo cap:
"Destranquei a porta e fui em direção a minha cabeceira. Minhas costas ainda doíam devido o impacto do chute e minha cabeça doía igualmente. Peguei o celular e disquei o número.
- Isso não está dando certo!
- Emmett? perguntou ela confusa O que...
- Escuta eu a interrompi - Isso não está dando certo. Eu vou pular fora!
- O que? Por quê? Tânya vai ficar...
- Pouco me importa o que Tânya acha ou deixa de achar! Eu não vou dar continuidade a esse plano desgraçado. Está me entendendo? E fale para Irina parar de ligar!
Não esperei ela responder, simplesmente desliguei o celular e joguei-o na parede. Em seguida, sentei-me na cama. A imagem da garotinha chorando no parque era de partir o coração. E o pior é que eu sei perfeitamente quem ela me lembra.
Droga Emmett! bufei, deitando-me na cama. Fechei os olhos, mas a primeira coisa que me viera à mente fora o rostinho angelical da garota. Que de anjo não tinha nada."
Bjinhos e até amanhã amores ♥