Isabella Potter escrita por Sophia Burlak


Capítulo 5
Quero ser seu Romeu e quero que seja minha Julieta


Notas iniciais do capítulo

oie, boa leitura!



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Isa P. O. V.

Eu acordei cinco horas no dia seguinte, depois de uma série de sonhos estranhos e normais, como ainda era muito cedo eu resolvi ler a adaptação de Romeu e Julieta que a professora fez, para não perder tempo e ir decorando as falas

ROMEU E JULIETA

(Adaptação da obra de Shakespeare para a turma 3001)

Personagens (16):

– 8 femininos: Julieta, Senhora Capuletto, Senhora Montéquio,Rosalina (ex-namorada de Romeu), Ama, Princesa, MALVINA e Lucrécia (duas criadas dos Príncipes).-

8 masculinos: Romeu, Frei Lourenço, Mercucio, Teobaldo,Capuletto, Benvólio, Príncipe, Montéquio.Sendo das famílias rivais.

Capulettos: Julieta, Teobaldo (primo de Julieta), a Mãe e o Pai.

Montequios: Romeu, Benvólio, Mercucio (sobrinho do príncipede Verona) Pai e Senhora Montéquio.Ajudam Romeu e Julieta: Frei Lourenço, Rosalina e Ama.

PRÓLOGO

(Entram duas criadas)

MALVINA – Você viu, Lucrécia?

LUCRÉCIA – Sim, Malvina, as duas senhoras estão aqui na praça.

MALVINA – Vai dar briga na certa.

LUCRÉCIA – Aquilo são duas cobras venenosas. Qualquer coisa é motivo para as duas famílias brigarem.

MALVINA – A senhora Capuletto está sempre acompanhada pela ama dela, a coitadinha faz tudo.

LUCRÉCIA – A senhora Montéquio é outra que só faz os outros trabalharem pra ela.

MALVINA – O pior é que os homens também estão por aí.

LUCRÉCIA – Temos que avisar os nossos patrões.

MALVINA – Não. Vamos ficar aqui pra ver se alguma coisa acontece...

LUCRÉCIA – Vamos. Não discuta comigo. Os príncipes de Verona vão acabar logo, logo com essa briga.

Cena 1 (Montéquios e Capulettos brigam na Praça)

SENHORA MONTÉQUIO – Rosalina, veja que dia lindo! A praça de Verona é o melhor lugar para compras.

ROSALINA – Sim, Senhora Montéquio. Mas onde estará Romeu?

SENHORA MONTÉQUIO – Romeu me disse que iria convidar Mercucio e Benvólio para virem à praça. Sabem eles que nós temos muitas compras para carregar...

ROSALINA – Sabe, Romeu anda meio distante ultimamente. Até parece que não gosta mais de mim.

SENHORA MONTÉQUIO – Não se preocupe. Os jovens são todos assim: inconstantes. Mas onde estarão aqueles três?

ROSALINA – Ei, veja quem está passando por aqui!

(Chegam Senhora Capuletto e Ama, que está carregando uma sacola de compras)

SENHORA CAPULETTO– A praça está uma porcaria hoje. Os pássaros sujaram tudo, e... veja! Até os mendigos estão fazendo compras! A que ponto chegamos!

AMA – Não são mendigos, minha senhora, são os Montéquios.

SENHORA MONTÉQUIO – Boa tarde, conseguiram comprar alguma coisa?

SENHORA CAPULETTO – Sim, temos dinheiro. Não precisamos vender propriedades e jóias para tanto.

(Chegam Romeu, Benvólio e Mercucio)

BENVÓLIO – Chegamos, senhoras. Estamos prontos para ajudá-las.

ROMEU – Rosalina, senti saudades.

ROSALINA – Não parece, Romeu. Estás muito atrasado. A companhia não está agradável.

MERCUCIO – Ah, refere-se aos Capulettos? Como vai a nata de Verona?

SENHORA CAPULETTO – Vai bem, senhor Mercucio. Mas acho muito ruim o sobrinho do príncipe de Verona estar com os Montéquios.

(Chegam Teobaldo e o Capuletto)

TEOBALDO – Estes senhores estão a importuná-la, cara tia?

SENHORA CAPULETTO – Oh, caro sobrinho Teobaldo e senhor meu marido (suas mãos são beijadas). Talvez...

CAPULETTO – Isto é um ultraje. Desembainhem suas espadas, biltres!

BENVÓLIO – Com prazer! Verão o aço de nossas espadas em vossos corpos pestilentos!

(Mulheres retiram-se em pontos diferentes para torcer, enquanto os homens brigam. Música. Chega o Príncipe de Verona. Todos fazem reverência e acaba a briga)

PRÍNCIPE de Verona – Hoje não, senhores. Vivem brigando, não aguentam um dia sequer?

PRINCESA de Verona - Até tu, meu sobrinho Mercucio, pare de Brigar.

PRÍNCIPE - Montéquios, venham comigo? Capulettos, espero vocês hoje à tarde para uma conversa muito séria.

PRINCESA – Estas brigas têm que acabar. Até vocês, senhoras, Compartilhando desta selvageria!

(Todos saem. Música).

Cena 2 (Rosalina e Romeu, depois Benvólio e Mercucio)

ROSALINA – Quer saber de uma coisa, Romeu. Não estou mais a fim de namorar contigo.

ROMEU – Por quê?

ROSALINA – Tu és muito imaturo, vives te metendo em brigas, teus amigos são uns malucos.

(Chegam Mercucio e Benvólio que assustam e brincam com Rosalina).

BENVÓLIO – Como está o namoro?

ROSALINA – Acabou. Romeu, de agora em diante serei só tua amiga para brincadeiras.

ROMEU – Abraça-me.

(abraçam-se)

MERCUCIO – Vamos ao baile de máscaras na casa dos Capulettos?

Todos – Vamos!!!

BENVÓLIO – Mas... espera aí! Na casa dos Capulettos? É briga na certa.

MERCUCIO– Meu tio, o príncipe, mandou convidar a todos... e o velho Capuletto vai ter que aguentar os Montéquios.

ROSALINA– Já vou preparando um vestido.

(Saem todos. Música animada)

[...}

Obviamente eu não acabei de ler para eu não chegar atrasada, entrei no banheiro tomei um banho e vesti meu uniforme*, assim que saí Lucas também já estava vestido e pronto para sair.

– Bom dia princesa - ele disse naturalmente.

– Princesa é? – Ele percebeu o que tinha dito e ficou vermelho

– Foi mal, força do hábito. – Eu sorri amigavelmente

– Tudo bem, E ai já deu uma lida no roteiro? – Perguntei mudando de assunto e acabando com o clima.

– Não, eu não tive tempo, e aliás quando você leu que e nem vi? – Ele me perguntou

– Acordei muito cedo hoje e resolvi adiantar. – Ele assentiu

– Só por curiosidade que horas você acordou?

– Cinco. – Eu respondi, dessa vez eu tinha acordado por necessidade mesmo, os sonhos estavam um pouco mais estranhos que o normal.

– Surpresas durante o sono? – Eu suspirei e assenti. – Achei que só eu estava tendo sonhos estranhos mas pelo visto.

– Pois é, sabia que não ia conseguir dormir de novo então nem tentei. – Ele sorriu. – E sobre os sonhos depois a gente conversa sobre eles pode ser alguma coisa importante.

– Certo, claro. – Ficamos em silêncio de novo.

– Acho melhor você ir antes que a sua namorada faça outro escândalo – Eu disse e ele revirou os olhos me fazendo rir.

– Você tem razão, eu necessito terminar com ela. – Eu parei de rir.

– Espero que eu não tenha nada a ver com isso, não quero que faça coisas... – ele me interrompeu.

– Eu não suporto ela, só estamos juntos por que... você conhece a minha mãe né, sabe como ela é. – Eu assenti, a mãe dele sabia ser insuportável. – Mas você também é um bom motivo. – Eu arregalei os olhos.

– Não faça escolhas que você não quer por causa de mim. – Ele suspirou.

– Como eu já disse, eu também não suporto a Bia. – Eu assenti – É mesmo melhor eu ir indo, até daqui a pouco. – Ele me deu um beijo no rosto que gerou um pequeno formigamento.

– Até – eu respondi e ele sorriu e saiu.

Assim que ele saiu, eu terminei de arrumar meu cabelo e troquei a capinha do meu Iphone aproveitando para verificar a hora, como eu ainda tinha algum tempo comecei a ler e marcar minhas falas no roteiro, porque como a professora já havia dito o roteiro era adaptado então nem todas as partes eram iguais às do original, e como seriam as duas primeiras aulas fui adiantando, até porque tinham muitas falas.

Eu li até mais ou menos a metade do roteiro quando o despertador tocou e eu tive que ir para aula, passei no meu armário antes para pegar o livro da aula seguinte e fui para o auditório aonde sempre aconteciam as aulas de teatro, cheguei e me sentei na frente a pedido da professora, assim que o sinal que indicava o início da aula tocou ela começou a falar.

– Gente eu conversei com o diretor e ele disse que por conta do teatro vocês terão pelo menos três aulas por dia, essas aula vão acontecer após as outras aulas porque obviamente são aulas extras porém valem ponto e quem faltar vai acabar perdendo os ensaios e se não for um personagem secundário eu posso ter que fazer uma substituição por faltas, é só isso. Hoje eu vou começar com vocês dois - ela apontou pra mim e para o Lucas. – Romeu e julieta cena quatro. – Ela disse e eu e ele nos levantamos para começar a cena, o cenário já estava pronto o que facilitava os ensaios.

ROMEU – Aqui estou como combinado. Aquela é Julieta? – Lucas começou, com o texto na mão porém sem lê-lo.

(Julieta aparece na janela)

JULIETA – (sem ver Romeu) Romeu, Romeu! Ah! por que és um Montéquio? Mas como estou apaixonada... (Julieta, enfim, vê Romeu) Como conseguiste entrar? – Eu começo minha interpretação também sem ler.

ROMEU – Pulei o muro. Está escuro e teus parentes não conseguiriam me ver. – Ele continua

JULIETA – Se pegam podem te matar! – Eu digo assim que ele acaba.

ROMEU – O que me mata é o amor que sinto por ti. – Por um segundo pareceu que ele não estava muito no personagem quando disse isso, pareceu que ele disse para mim.

JULIETA – Tu me amas de verdade? – Eu perguntei já meio confusa se ainda estávamos interpretando.

ROMEU – Juro pela lua. – Ele disse seguindo o roteiro porém olhando intensamente para os meus olhos.

JULIETA – A lua? A lua muda de fazes todas as semanas. Não jures pela lua. Não jures por nada, só por ti mesmo. – Eu disse também seguindo o roteiro.

ROMEU – Então eu juro por meu coração... – Ele disse com um olhar ainda mais intenso.

JULIETA - Para! não jures; - Eu disse já com raiva pela cena demorar tanto.

ROMEU – Então eu saio daqui sem um beijinho? – Ele pareceu retomar o personagem.

JULIETA – Só depois de casada.

ROMEU – Então vamos casar. Amanhã mesmo falaremos com Frei Lourenço e vamos nos casar.

JULIETA – Sim, eu aceito. Vou me encontrar contigo amanhã por volta das dez da manhã.(A Ama chama dentro).Adeus, Romeu. Estão me chamando.

(sai)

ROMEU - Oh! que noite abençoada! Tenho medo. Este sonho é bom demais para ser realidade.

– Lindo, mas vocês podem repetir só uma vez, pra conferir. – Ela disse batendo palmas e tirando minha atenção do olhar de Lucas sobre mim, o que tinha sido aquilo?

Fazendo o que a professora mandou repetimos a cena toda, e foi pior que dá primeira vez, ele parecia tentar me fazer entender alguma coisa mas eu não sou assim tão boa em interpretações por meio de um texto já feito, ou talvez eu fique um pouco confusa quando o assunto é ele.

– Vocês ficaram realmente perfeitos fazendo esse papel, eu diria que ficou melhor que os atores que interpretaram o filme, até parece que estão mesmo apaixonados. – Eu arregalei os olhos, não é por menos que pareça isso. - Cena três completa inclusive o beijo. – Ela completou, inclusive o beijo, droga, espero que ele já tenha terminado com a Bia.

Cena 3 (No baile de máscaras na casa de Julieta)

AMA – Já preparei tudo, senhora Capuletto.

SENHORA CAPULETTO – Tens certeza, Ama?

AMA – Sim, mas onde estará Julieta?

SENHORA CAPULETTO – Veja, está chegando aí. Linda máscara, filha.

JULIETA – Mamãe, estou muito feliz. Ótima ideia de comemorar meus quinze anos com um baile de máscaras. Mas... e os convidados? – Eu disse quase me esquecendo da fala, eu estava um pouco nervosa e isso me deixava mais nervosa porque eu nunca fico nervosa!

SENHORA CAPULETTO – Já chegarão, minha filha. Mandei distribuir convites para todas as famílias.

AMA – Até para os Montéquios?

SENHORA CAPULETTO – O Príncipe praticamente nos obrigou. Disse que seria bom para aproximarmos.

JULIETA – Que bom, mamãe! A briga das famílias é um tormento para toda Verona. – A cada palavra eu me sentia pior.

SENHORA CAPULETTO – Não creio que virão.

(Chegam Romeu, seus Pais, Benvólio com máscaras)

SENHORA CAPULETTO – Boa noite, senhores. Sejam bem vindos. Quem são?

MONTÉQUIO – Só poderemos revelar mais tarde. Afinal, num baile de máscaras...

SENHORA CAPULETTO – Pois é!

MONTÉQUIO – Meu filho, vim a esta festa só por insistência tua.

BENVÓLIO – Acalme-se, senhor Montéquio. Vamos nos divertir.

(Chegam os Príncipes com Mercucio)

PRÍNCIPE – Parabéns a todos pelo lindo baile.

PRINCESA - Estou feliz de ver todas as boas famílias de Verona confraternizando juntas.

(Todos aplaudem, meio a contragosto. Chegam Teobaldo e Capuletto.).

TEOBALDO – Viste, senhor Capuletto, quem veio à festa?

CAPULETTO – Sei, são os Montéquios. Mas te acalma, temos que aceitar a presença deles. Afinal os príncipes praticamente nos obrigaram a convidá-los.

(Música. Todos dançam. Romeu tira Julieta para dançar, e depois num salão da casa dos capuletos eles se põem a conversar)

ROMEU – (a Julieta) – Se minha mão profana o relicário em remissão aceito a penitência: meu lábio, peregrino solitário, demonstrará, com sobra, reverência. – Ele continuou fazendo a mesma coisa que estava fazendo na outra cena mas ele parecia tão nervoso quanto eu.

JULIETA – Ofendeis vossa mão, bom peregrino, que se mostrou devota e reverente. Nas mãos dos santos pega o paladino. Esse é o beijo mais santo e conveniente. – Eu continuei sentindo que estava estragando a cena clássica do livro.

ROMEU – Os santos e os devotos não têm boca? – Ele continuou e comecei a sentir minhas mão suadas.

JULIETA – Sim, peregrino, só para orações.

ROMEU – Deixai, então, ó santa! que esta boca mostre o caminho certo aos corações.

JULIETA – Sem se mexer, o santo exalta o voto.

ROMEU – Então fica quietinha: eis o devoto. Em tua boca me limpo dos pecados. (Beija-a.) – Ele se aproximou de mim, era perto de mais para conseguir pensar até que fomos interrompidos e eu suspirei de alívio

– Eu não tolero isso, pra que beijo em? – Beatriz disse com os braços cruzados.

– é a peça e você não tem que gostar ou não. – A professora respondeu a ela. - Vocês podem repetir e continuar por favor. – Assentimos e eu percebi que a respiração dele também estava mais acelerada que o normal.

ROMEU – (a Julieta) – Se minha mão profana o relicário em remissão aceito a penitência: meu lábio, peregrino solitário, demonstrará, com sobra, reverência. – Ele deu início a cena novamente, porém eu estava um pouco mais calma, era só um beijo afinal.

JULIETA – Ofendeis vossa mão, bom peregrino, que se mostrou devota e reverente. Nas mãos dos santos pega o paladino. Esse é o beijo mais santo e conveniente.

ROMEU – Os santos e os devotos não têm boca?

JULIETA – Sim, peregrino, só para orações.

ROMEU – Deixai, então, ó santa! que esta boca mostre o caminho certo aos corações.

JULIETA – Sem se mexer, o santo exalça o voto. – Eu comecei a sentir minha respiração ficar mais rápida de novo por mais que eu me esforçasse e tentasse me convencer de aquilo não era nada de mais.

ROMEU – Então fica quietinha: eis o devoto. Em tua boca me limpo dos pecados.

(Beija-a.) – Ele se aproximou e tirou meu cabelo para orelha e encostou nossos lábios em um beijo calmo, e melhor do que ele deveria ser, por mais que eu não pudesse eu senti falta daquilo, interrompemos o beijo e tentamos prosseguir com a cena normalmente.

JULIETA – Que passaram, assim, para meus lábios.

ROMEU – Pecados meus? Oh! Quero-os retornados. Devolva – me - os.

JULIETA – Beijais tal qual os sábios.

(A ama chega)

AMA - Senhora, sua mãe está a chamá-la.

JULIETA – Sim, adeus, meu caro mascarado. (sai)

ROMEU - Minha cara senhora, quem era a moça com quem acabei de dançar?

AMA – É Julieta, a filha do senhor desta festa.

ROMEU – Destino! Meu amor nascido de meu mais terrível ódio.

(Todos saem do baile. Julieta fala com a Ama)

JULIETA – Ama. Quem era o mascarado com quem estava a dançar?

AMA – Ah, senhora. Era Romeu, um Montéquio.

JULIETA – Leve este bilhete a ele. Peça que se encontre comigo amanhã, depois do por do sol.

AMA – Sinto que isto não dará certo...

(Luz apaga. Música. Fim do Baile) – Eu suspirei quando a cena acabou e desci um pouco rápido demais para o palco

– Ótima interpretação de todos, na próxima aula quem não decorou o texto eu quero decorado em! – Ela disse se referindo a algumas pessoas que leram, escutamos o sinal tocar e a professora pediu para falar comigo.

– Está escrito na sua ficha que você sabe desenhar e eu não encontrei ninguém para desenhar os figurinos ainda, acha que consegue? – Eu assenti – Não vou poder te dar pontos extras por isso.

– Tudo bem, eu posso te mostrar alguns desenhos e se você gostar, manda produzir se não tenta outra pessoa.

– Muito obrigada, e ótima interpretação hoje, quero que continuem assim. – Eu sorri para ela antes de responder.

– Pode deixar, tchau professora. – Eu me despedi

– Tchau. – Ela sorriu se despedindo também.

Eu peguei meus livros e meu roteiro e já estava saindo da sala quando alguém me puxou, eu ia gritar mas ele tampou minha boca e eu suspirei.

– Que susto. – Ele riu. – Não tem graça.

– Tem sim, você nunca leva sustos, tinha que ver a cara que você fez. – A culpa disso é sua, eu pensei.

– O que você quer? – Eu perguntei um pouco impaciente.

– Relaxa okay, eu só preciso te dizer uma coisa de suma importância. – Eu assenti relaxando um pouco.

– O que? – Eu perguntei mais calma

– É que, não importa quantas pessoas eu namore ou quanto tempo eu ficar longe de você, eu nunca vou ficar feliz, eu não posso ser feliz sem você, eu ainda te amo e eu não quero que isso mude, eu não quero outra pessoa, eu quero que seja exatamente como foi em Nárnia, eu quero ser sempre seu Romeu e quero que você seja sempre minha Julieta – Ele disse se aproximando de mim de novo e me beijando mais intenso que dá primeira vez, nós não tínhamos mais nenhuma peça para nos interromper mas eu ainda assim pensava que era totalmente errado então eu parei o beijo e ele me olhou confuso. – Que foi? Eu disse ou fiz algo errado?

– Não, quer dizer sim. – Eu respirei fundo. – Eu também não quero que seja diferente e é claro que eu também amo você mas é errado você me beijar sendo que você ainda está com a Bia. – Ele suspirou.

– Eu sei, mas eu não podia esperar nem mais um minuto, eu vou terminar com ela okay? Eu já te disse que eu e ela, é só por causa da minha mãe que meio que me forçava a voltar pra ela em todos os nossos términos.

– Isso não vem mais ao caso.

– Okay, então quando eu terminar com ela... – Eu o interrompi.

– Nada mais vai nos impedir de ficar juntos. – Ele ia me beijar de novo mas eu esquivei e ele riu. – Já falei que não é legal.

– Enquanto eu tiver namorada não mas quando eu não tiver. – Eu ri.

– Ai agente conversa.

– Okay. – Ele me deu um selinho que eu não pude esquivar e saiu da sala.

Esperei minha respiração voltar ao normal e também saí da sala e fui em direção a sala da nossa próxima aula química.

O dia passou um pouco mais rápido que o normal e depois de seis aulas finalmente estávamos nas duas últimas que seriam de música.

– Oi gente o meu nome é Rita e eu sou a nova professora de música de vocês – Ela se apresentou como todos os professores estavam fazendo. – NA aula de hoje eu quero ver o que cada um pode fazer e quero que tentem compor uma música, não vale nota e não precisa necessariamente ter letra.

Algumas pessoas resmungaram mas mesmo assim começaram a atividade, compor músicas não era um problema para mim eu gostava de compor as vezes, porém eu tinha uma mania de compor músicas sem tocar ai depois eu tocava e via se ficava bom, em meia hora eu acabei a minha com letra e tudo, a professora leu e pediu para mim tocar no piano e cantar para a sala, e eu fiz o que ela pediu obviamente, abrindo as apresentações na aula daquele dia

Angels

Here we are my love
Imperfect portrait of us
I'm fading faster
You're falling further
So deep into us
I can hear the angels calling

I'm losing grip
Barely breathing
How'd we let it come to this
Down on my knees
I pray God give me
One more chance
To make thing right for us

Yes, it hurts so good
We'd try to stop if we could
It's taken over
Killing us slower
We surrounded our lives
I can hear the angels calling

I'm losing grip
Barely breathing
How'd we let it come to this
Down on my knees
I pray God give me
One more chance
To make thing right for us

It's a beautiful place to be
Lost in misery
With the one you love
That should be enough
Enough
That should be enough
Enough
That should be enough

I'm losing grip
Barely breathing
How'd we let it come to this
Down on my knees
I pray God give me
One more chance
To make thing right for us
One more chance
To make thing right for us

(Tradução e música)*¹


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Notas finais do capítulo

*http://1.bp.blogspot.com/_aFJ6zQW7An4/TGlGWcr0hJI/AAAAAAAAAxE/evxncxx4Oho/s1600/Blair-Waldorf-College-Fashion.jpg
*¹https://www.youtube.com/watch?v=-t2AoL8SxrI
Eu realmente amo essa musica, se não gostarem podem fingir que puis outra no lugar. Eu mereço comentários?
Recomendações??
Divulguem a fic se estiverem gostando!!



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