Isa P.O.V.

Era notável que o Luca estava estressado com aquilo de precisar resolver tudo, não sei por que ele não tinha se acostumado com isso ainda. De qualquer forma eu aprecio o esforço dele de tentar parecer calmo.

– Entregues – ele disse assim que deixamos Nanda e David no acampamento.

– Oi heróis, vocês ficam para um chá – Quíron, que tinha acabado de chegar para receber seus campistas, nos perguntou educadamente.

– Eu ado... – eu ia responder a ele que poderíamos ficar, mas fui interrompida.

– Sinto muito, mas agente tem que resolver um probleminha né bells? – Eu olhei com uma cara de quem não estava compreendendo nada para ele, que bufou.

– É? – Eu perguntei respondendo, e ele assentiu, se despediu rapidamente por nós dois e quando eu vi eu estava na Itália em um daqueles barquinhos de filme extremamente fofos.

– Eu não... – Ele respirou fundo e me interrompeu.

– Isa, você às vezes é educada de mais e esquece de ver o que esta na sua frente – eu arregalei os olhos – Se agente ficasse mais um minuto lá nessa droga de chá, agente nem precisava tentar voltar pra cá.

– Eu não pensei nisso – eu disse sentindo meu rosto corar por um instante, agente não tinha conseguido ficar em paz nem por um minuto desde que decidimos vir pra cá.

– Tudo bem, mas eu queria muito conversar com você – eu assenti e olhei nos olhos dele.

– Bem eu... Não acredito que tenho que fazer isso pela terceira vez. Devia ser proibido sabia – eu ri, e ele me olhou sério. – Você não deveria rir de mim, tem noção de como isso é...

– injusto? – eu sugeri.

– Exatamente, é super complicado você precisar ter uma ideia diferente toda vez, porque seria chato se eu fizesse a mesma coisa sempre não é? Quer dizer eu realmente... – eu o interrompi com um beijo, eu posso ser desligada, mas quando ele está nervoso com uma coisa tão simples ele fala de mais. – Okay você acabou de estragar o meu discurso todo sabia?

– Desculpa, mas mesmo depois de já ter feito isso duas vezes você parece que está fazendo pela primeira.

– Experimenta fazer isso então, eu comprei isso pra você e bom você quer voltar a namorar comigo de vez, para que eu nunca mais precise fazer isso? – Eu sorri peguei a caixa que ele tinha nas mãos e dei outro beijo nele.

– É claro que eu aceito pela terceira vez, não precisava fazer isso. – Eu abri a caixa e encontrei um colar com um pingente de uma chave.

– A chave do meu coração – okay aquilo tinha sido completamente clichê mas foi a coisa mais fofa que ele já me disse.

– Owt, alguém já disse que você é extremamente fofo? – Ele sorriu e ficou vermelho, mais fofo. Ele colocou o colar no meu pescoço e me deu um beijo, na verdade os beijos estavam muito bons, mas o cara que estava dirigindo o barquinho não gostou muito e ficou resmungando, até que agente cansou dele e paramos no hotel.

– Por um segundo eu pensei que esse cara ia atirar agente na agua, você sabe que eu não gosto muito de agua né? – Eu assenti, nenhum filho de Zeus era muito fã de água, a culpa não era dele. – Por incrível que pareça eu estou cansado.

– Não é tão incrível assim – eu disse tirando os sapatos – agente teve que resolver muitos problemas, se bem que nem foram tantos assim.

– Podia ser pior – eu olhei com uma cara pra ele, de dúvida – Se a minha mãe tivesse ligado seria pior.

– Realmente não sei como ela não te ligou – ele sorriu.

– Eu bloqueei o número dela – eu arregalei os olhos, em busca de que aquilo fosse uma brincadeira, mas não era então eu comecei a rir junto com ele. – Ela não ia nos deixar em paz, eu conheço a mãe que eu tenho.

– Eu não conheço a mãe que eu tenho e agradeço por isso todos os dias, imagina ela querendo participar da minha vida?

– É diferente a sua mãe é a sua mãe, assim como meu pai é o meu pai. Por isso eu considero o Phillip totalmente meu pai (Phillip é o padrasto do Lucas, ele se casou com a mãe dele quando Lucas tinha dois anos), e por que a gente está conversando sobre isso mesmo?

– Sei lá, o que você quer fazer?

– O que você quer fazer? Por mim qualquer coisa serve desde que a gente não saia daqui – Nós estávamos deitados na cama, na verdade eu estava deitada no colo dele enquanto ele mexia calmamente no meu cabelo, e também não pretendia sair de lá.

– Eu não faço a mínima ideia, que tal não fazer nada? – acho que a coisa mais rara do mundo pra nós era não fazer nada, então acabava que se tornava especial não fazer nada. A gente deve ter ficado assim umas duas horas até que caímos no sono.

Lucas P. O. V.

Realmente o dia tinha sido um pouco cansativo, mas foi um dia excelente ou pelo menos parte dele foi excelente, Depois que nós conversamos sobre várias coisas inclusive sobre ir até Hogwarts essa semana, ela me explicou que Dumbledore queria falar com ela. Então perguntou se eu queria ir, e eu aceitei porque se ia ter a tal nevasca provocada como ela mesma disse, o que eu ia fazer em casa uma semana inteira com a minha mãe e com a Bia provavelmente já que a minha mãe vai tentar de tudo pra me fazer voltar com ela o que não ia acontecer nunca mais, pelos Deuses minha mãe consegue ser insuportável quando quer.

Enfim eu disse a ela que iria seja lá oque ela tenha que resolver preferia ir a ficar. Também comentei sobre a questão de passar o fim de semana no sítio da nossa família e ela também concordou em ir comigo, não que eu esperasse que ela discordasse já que ela se dá muito bem com cavalos e adora acampar.
Agente conversou por um tempo e depois ficamos em silêncio, não tínhamos mais nada para falar e não era necessário, assim que ela pegou no sono eu desliguei a luz, dei um beijo na testa dela e fui dormir também.