*de manhã*

Abri os olhos devagar, já era de manhã, pois meu quarto estava todo claro, por causa dos raios de sol que entravam pela janela do quarto, peguei o celular e marcavam 10h35, levantei da cama, tomei um banho, coloquei uma camiseta, uma calça jeans, um moletom e um tênis. Fui para a sala e meu pai não estava lá, estranhei.

– PAI? VOCÊ ESTÁ EM CASA? – eu gritei e tudo continuou em silêncio.

Lembrei que ele trabalhava, então, provavelmente não estaria em casa, só voltaria às 18h00. Fui na cozinha, abri a geladeira e estava quase vazia, a fechei. Saí de casa, passei pelo Starbucks, comprei um café e um pedaço de bolo, comi lá mesmo e continuei andando, para a casa do Harry. Entrei no elevador e quando parei no 5º andar e alguém abriu a porta do elevador.

– Ah, boa dia Bia... – o Liam falou, me dando um abraço.

– Bom dia Liam! – eu respondi, me soltando do abraço.

– O que você está fazendo aqui? Há essa hora?

– Ah... Eu vim falar com o Harry! Bem, eu vou indo, depois a gente se fala, tchau!

– Tchau! – ele falou, entrando no elevador, enquanto eu saia dele.

Bati na porta do Harry e ninguém abriu a porta, toquei a campainha e o mesmo aconteceu, ninguém apareceu, liguei no celular dele.

*ligação on*

– Alô? – ele falou, com uma voz sonolenta.

– Harry? Vem abrir a porta pra mim!

– Ah, é você Bia... Já estou indo, espera só um minuto. – ele respondeu, mais animado e desligando o celular.

*ligação off*

Depois de alguns segundos, ele abriu a porta, com o cabelo todo bagunçado, com uma cara de quem tinha acabado de acordar e percebi que ele estava só de cueca...

– Vem, entra! – ele falou, bagunçando ainda mais o cabelo. – Que horas são?

– 11h00! – eu falei, sentando no sofá.

– Nossa... Você quer comer alguma coisa?

– Não Harry... Obrigada! Eu já tomei café.

– Ah, tudo bem. – ele falou, sentando do meu lado no sofá e se virando para mim. – Então? O que você queria falar comigo?

– Bem... – eu olhei para ele e ele ainda estava só de cueca. – Primeiro, você poderia colocar uma roupa, por favor?

– Por quê? Está com medo de não resistir a toda minha gostosura? – ele falou, rindo, eu queria falar “NÃO ME PROVOQUE!”, mas apenas abaixei a cabeça, corando. – Espera, eu já venho.

Ele saiu da sala, eu fiquei admirando seu apartamento, era lindo... Depois de alguns minutos, ele voltou, com uma calça e uma camiseta toda amassada, com o cabelo arrumado e sorrindo. Ele sentou do meu lado no sofá, igual da outra vez.

– Melhorou agora? – ele perguntou, sorrindo.

– Sim! Então... É que eu vou para o Brasil amanhã, eu preciso resolver algumas coisas sobre alguns documentos...

– Ah... – ele falou e deu para perceber que ele estava bem triste. – Logo agora que a gente estava começando a ficar juntos... Quanto tempo você vai demorar lá? Mais ou menos?

– Por volta de três semanas... – eu falei, triste também. – Mas depois, eu vou voltar, não se preocupe.

– Espero mesmo... – ele falou, me fazendo rir. – Eu vou sentir sua falta!

– Eu também. – eu falei, abraçando ele. – Agora, eu tenho que ir embora, eu tenho que comprar as passagens...

– Ah, tudo bem então... – ele falou, me levando até a porta. – Até o dia que você voltar?

– Acho que é... – eu falei, dando outro abraço nele, mas dessa vez, foi mais demorado.

– Não esquece de mim, tá? – ele falou, me soltando do abraço e dando me dando um selinho.

– Claro que não... – eu falei, saindo do apartamento dele. – Agora, eu tenho que ir Hazza... A gente se vê logo... Tchau.

– Tchau Bia... – ele falou e eu entrei no elevador.

Saí do prédio. Eu resolvi avisar os outros meninos e as meninas por mensagem mesmo...

“Então... Eu estou indo para o Brasil amanhã, terça-feira, e só volto daqui umas três semanas, preciso ver uns documentos, mas eu volto! É isso. :) xxxxxxxx.”

Mandei para todos, depois de alguns minutos, eles responderam, me mandando “boa viajem”, “boa sorte”, “volte logo”... Eu apenas sorri com as respostas deles. Cheguei em casa, liguei o computador e comprei minhas passagens. Fui para a cozinha fazer o almoço, porém, eu não sabia fazer comida direito, resolvi fazer um miojo mesmo... Ficou HORRÍVEL, mesmo assim, comi daquele jeito mesmo, fiquei a tarde inteira navegando na internet, até a hora que meu pai chegou.

– Filha? – ele falou, entrando no meu quarto.

– Ah, oi pai... Eu já comprei as passagens, ok? – eu falei, mostrando o comprovante da compra.

– Ah, tudo bem filha... Então, suas coisas já estão prontas?

– Sim, já está tudo pronto, pego o voo amanhã às 09h00...

– Hum... Tudo bem! Eu vou fazer uma jantar, quando estiver pronta, eu chamo...

– Ok pai! – eu respondi e ele sai do quarto, fechando a porta.

Depois de um tempo, ele me chamou, eu jantei fui para o meu quarto, dormir. No dia seguinte, ele me chamou, me levou para o aeroporto, peguei o avião e fui para o Brasil.

*POV Harry*

*2 semanas depois*

Desde que a Bia tinha voltando para o Brasil, eu andava triste, agora que eu tinha descoberto que a Bia também gostava de mim, ela estava indo para o Brasil, ficar lá por três semanas, na verdade, agora, só falta uma semana para ela voltar, porém, acho que, quando ela voltasse, ela ficaria comigo, para sempre... Resolvi pegar meu caderno, e começar a compor, é isso pode ser um pouco gay, mas, eu componho músicas, quando estou triste, ou feliz, ou quando me sinto inspirado...

"Shut the door,

Turn the light off

I wanna be with you

I wanna feel your love

I wanna lay beside you

I can 't hide this even though I try

Heart beats harder

Times escapes me

Trembling hands touch skin

It makes this harder

And the tears stream down my face…”

Parei de escrever e senti uma lágrima escorrendo por meu rosto... É, eu amava a Bia... Eu sempre compunha as músicas, mas nunca as realmente, transformava em músicas, elas só ficavam escritas, levantei do sofá, peguei meu violão, que estava no meu quarto, voltei para a sala, e comecei a tocá-lo e fui encaixado a parte da música que eu já tinha escrito... Estava tocando, até que alguém bateu na porta.