Yellow. escrita por Misha Minion


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Geeente, desculpem pela demora, eu sei que faz muitos dias que não posto aqui. Tô na reta final na escola, com muitas coisas pra estudar e muitos trabalhos pra fazer, aí eu fico com pouco tempo pra escrever e postar. Mas tento o máximo. Aqui vai mais um capítulo. Ah, e não esqueçam de comentar se estiverem lendo, por favor. Dá ânimo pra continuar. :)



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"Você é mesmo terrível nisso", Dean diz com um sorriso. Castiel o olha de relance com o cenho franzido, mas seus olhos logo voltam para o punhado de cartas em suas mãos, sobrancelhas trincadas juntas enquanto ele tenta decidir o que fazer.

"Nunca fui muito de jogar", explica ele, ainda franzindo a testa ", e eu não tenho amigos que gostam de poker." Ele encara as cartas por mais alguns segundos e pega quatro delas, colocando-as viradas para baixo na mesa entre eles. "Eu vou levar quatro."

Dean revira os olhos e o entrega quatro novas cartas do topo do baralho. "Você só pode fazer isso se tiver um ás, sabe."

Cas olha para Dean e inclina a cabeça ", eu pensei que não era pra compartilhar com o adversário o que eu tenho na mão."

"E não é", diz Dean pela décima vez desde que começaram a jogar five-card stud ", mas essa era a regra, quando você pega mais quatro, diz para a outra pessoa o que você tem." Cas pega suas novas cartas e suspira, já desapontado. Dean sufoca uma risada, tanto para poupar o orgulho de Cas quanto suas próprias costelas. Rir geralmente levava à tosse, o que levava à dor e consequentemente à uma invasão de enfermeiros. Ele não queria ter que lidar com os enfermeiros noturnos, eles geralmente eram mal-humorados.

Tendo em mãos seu segundo par de setes e um rei para o kicker, Dean mantém seu rosto cuidadosamente imparcial, não que isso fosse tão importante, já que Cas não entendia absolutamente nada sobre poker.

"O que você tem?", Ele pergunta e Cas mostra suas cartas, um par de quatros lamentável e não muito mais. "Eu ganhei de novo", vigas Dean, mostrando seu trinco de 7. Cas faz beicinho enquando Dean começa a embaralhar as cartas novamente.

"Eu não gosto de poker", ele resmunga e Dean sorri.

"Desculpe, este baralho foi a única coisa que Sam conseguiu contrabandear pra mim. Se ele tentasse trazer Monopoly, provavelmente seria pêgo. " Responde Dean, tentando não fazer piada pelo fato de Cas já ter perdido dele umas 10 vezes seguidas.

"Que tal Go Fish? Você é bom nesse? "

Cas assente e Dean o entrega sete cartas do baralho.

"Anna e eu costumávamos jogar isso quando mais jovens", Cas diz e Dean se lembra da ruiva que apareceu para visitar Castiel no dia anterior.

Ele não estava certo se gostava dela, que passara seus primeiros 20 minutos de visita gritando com Cas por ele estar doente de novoDean ainda não tinha perguntado o que levou Cas a estar no hospital, mas ele acha que não é a sua primeira vez, depois que o sermão acabou ela suavizou o tom, provocando Cas sobre a visita dos prostitutos. Dean passou a maior parte daquele dia acordando e caindo no sono, e apagou de novo durante a visita de Anna antes que conseguisse descobrir se ela era da família, uma namorada, ou algo mais.

Cas começa a partida pedindo por jacks.

"Então, Anna. Ela é ... bom, " Dean começa, "Você tem algum dez? "

Cas aperta a língua entre os dentes e os dedos sobre um de seus cartões. "Ela é um pouco arrogante e pode ser bastante assustadora, mas sim, ela é muito gentil quando quer. Tem algum quatro? "


"Go Fish. E sim, eu ouvi um pouco da bronca que ela te deu ontem. Não é meio mau gritar com alguém só por estar doente?" Dean olha para suas cartas e decide pedir rainhas.

"Bem, eu estive dando entrada no hospital durante os últimos dois meses direto, principalmente pelo meu próprio problema em ir procurar ajuda médica antes que as coisas fiquem mais sérias, então eu entendo por que ela fica chateada comigo. Isso já é rotina pra nós, de qualquer maneira. Eu faço algo estúpido, ela grita comigo. É assim desde que éramos crianças." Cas faz uma pausa antes de acrescentar: "Três? "

Dean entrega-o a carta e morde os lábios, imaginando se seria rude perguntar sobre seu relacionamento com Anna. Ele olha para suas cartas, calmamente debatendo com ele mesmo, mas decide apenas perguntar logo. "Você e Anna, vocêd, uh, amigos próximos ou algo assim? Ah, e tem algum cinco?"


"Go Fish. Acho que nós somos. Eu sou o mais novo, mas ela é a mais próxima de idade de mim do que nossos irmãos mais velhos. Nós crescemos muito próximos um do outro. "

"Ela é sua irmã, então?"

"Mmhm," Cas balança a cabeça e Dean morde o interior de sua bochecha para tentar não sorrir como um idiota. Tentativa falha. Esse era um tipo de coisa totalmente nova para Dean. Ele nunca foi de despertar sentimentos por alguém tão facilmente, mas algo sobre seu companheiro de quarto fazia isso tudo paracer totalmente simples e natural. A sensação de ter sua companhia era boa, até reconfortante. Até o momento, qualquer um que o conhecesse diria que ficar preso num quarto de hospital seria a definição mais próxima de tortura para Dean Winchester, mas, por incrível que pareça, com Castiel alí aquela não estava se saindo uma tarefa tão difícil assim para o mecânico.


Quando eu acordei com ela gritando com você, eu achei que ela fosse mais como uma esposa ou uma namorada ou algo assim.

Oh, Cas diz, piscando pra ele acima de suas cartas. Não, ela é muito mais suave com a namorada do que comigo. Você tem algum ás?

Dean o entrega uma de suas cartas e pede por uma carta de 2 antes que ele perceba o que Cas acabou de lhe contar. Ah, ele diz, sua imaginação pronta para processar a idéia de uma ruiva com uma namorada, preferivelmente loira. Cas parece ler os seus pensamentos através do olhar e faz careta.

Urgh. Não seja um porco. Ela é minha irmã.

Dean lhe dá um sorriso tímido. "Desculpe, desculpe".

Eles jogam por mais um tempo, Cas não mais disposto a falar sobre sua irmã agora que Dean tentou fantasiar sobre ela, mas cada vez que Dean tenta se desculpar, Cas o ignora.

Cas acaba ganhando o jogo e volta para sua cama quando Dean começa a recolher as cartas.

Dean olha para o relógio e vê que já são quase cinco da manhã. Ele está começando a se sentir cansado de novo apesar de ter passado a maior parte do dia anterior dormindo. Ele percebe que ainda não viu Cas adormecido uma única vez, ele está sempre desperto assistindo TV ou conversando com alguém que vem visitá-lo ou com uma enfermeira que passa por lá de vez em quando pra bater um papo. Castiel é aparentemente muito popular em todo o hospital e familiarizado com a equipe de médicos depois de estar lá tantas vezes, e Dean sente uma estranha sensação de presunção por dividir o quarto com ele.

Tá cansado? Dean pergunta, depositando as cartas em cima de uma bandeja na mesa.

"Na verdade não", responde Cas do seu lado da sala, "Eu não durmo muito."

"Então, você só tá com raiva de mim."

"Não, eu não estou com raiva", diz Cas depois de um pouco de hesitação, pegando o controle remoto e ligando a televisão no mudo. Dean vira a cabeça para ver Cas franzindo a testa embaixo de suas mãos, ignorando o programa que passava na TV.

"Eu juro que não sou um porco o tempo todo", diz Dean oferecendo um sorriso, mas Cas não vira para vê-lo. "Quer dizer, sinto muito. Eu não sou um idiota de propósito." Cas ainda não está olhando para ele, e Dean começa a ficar um pouco desesperado agora. Ele começa a divagar, "Sam sempre briga comigo por isso, também. Ele fica puto porque eu estou sempre envergonhando ele na frente de Jess, mas ela não parece se importar muito. É provavelmente por isso que eu nunca pôde manter uma namorada firme. Ou namorado, tanto faz".

Ele fala antes que perceba o que acabara de admitir, mas dessa vez pelo menos Cas vira para olhá-lo. A expressão em seu rosto é de surpresa, mas não muito mais. Dean considera isso um bom sinal.

"Então. Hum. Desculpe, é o que estou tentando dizer. Tudo bem? "

"Sim, Dean. Nós estamos bem. "

"Ainda bem.", Dean diz, sorrindo.

Silêncio por um instante. Castiel volta o seu olhar para a TV.

"Ou caso contrário eu ficaria louco". Essa última frase saiu mais alto do que pretendido, mas antes que pudesse se arrepender, o olhar terno seguido de um sorriso perfeito que Cas o lançou fez com que valesse a pena não saber segurar sua língua.

"Ah, mas não fale à Anna sobre eu ser um porco, eu não quero ser gritado também." Ele conseguiu dizer.

Cas ri e promete que não vai, e logo Dean cai no sono com o som daquele riso penetrando os seus sonhos...


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Notas finais do capítulo

CO
MEN
TEM!
kthxbye