New Mamodo Battle! escrita por HikariShi


Capítulo 5
Um dia como qualquer outro... Ou não...


Notas iniciais do capítulo

Gente, peço desculpas pela imensa demora, mas é que eu estava sem PC e sem net, aí, sabem como é.

Esse capítulo foi feito nas presas, mas no próximo to incluindo mais gente, e essas paradas. Esse aqui foi apenas para passar o tempo. Apenas para não demorar mais, entendem?

O próximo vai ser melhor.

Espero que gostem. ♥



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 — Shou! Shou, você tem que acordar!

 — DESGRUDA DE MIM, ZATCH!

O lourinho saltou da cama logo em seguida, sem retirar o sorriso gigantesco do rosto, enquanto corria pelo espaçoso quarto do prodígio da família Takamine, que nesse momento estava se sentando na cama e bocejava para tentar retirar o sono do corpo. Avaliou atentamente a animação de Zatch e lembrou que era sábado, ou seja, não haveria escola. E além de não ter escola houvera marcado de sair com Akane e Sawada. Os três iriam ao zoológico já que Zatch e Rops insistiram ao ver um comercial na televisão falando sobre os animais e tudo o mais, e por pura educação – e por insistência suprema de Sawada – convidaram Akane, que hesitou, mas acabou aceitando.

Shou revirou os olhos ao lembrar-se da bela garota de madeixas longas e rosas, que sabia levá-lo aos extremos com apenas uma palavra. Desde que se conheceram no dia da luta da equipe do livro negro, Shou e Akane não conseguiam ter uma relação amigável. A personalidade serena que o Takamine havia desenvolvido no decorrer dos anos parecia destruída com a presença da linda menina, e perdia a paciência ao vê-la usar as suas costumeiras provocaçãozinha de meia-tigela. Um desejo estranho sobressaia seu corpo, mas se mantinha quieto, apenas para não fazer nada errado e para que ela cansasse, mas era impossível. O ruivo nunca vira alguém falar tanto quanto Shiori Akane.

Ignorando a animação de Zatch, saiu da cama e foi fazer sua higiene matinal, para logo se arrumar e partir para o local de encontro. Ao termino de seu longo banho quente, Shou vestiu uma camisa de manga curta verde-musgo, uma jaqueta preta de capuz, jeans escuros, tênis igualmente preto, algumas pulseiras finas em seu pulso esquerdo, e um crucifixo em seu pescoço pendurado. Após se vestir e avaliar se estava bom, ou não, penteou cuidadosamente suas madeixas ruivas e sorriu para resultado que adquirira. Passou um perfume e pronto. Colocou algumas coisas básicas em uma mochila e colocou a carteira e o celular – junto do fone – nos bolsos, para descer e ir tomar um café da manhã saudável junto de sua família.

Sua mãe, Takamine Shizuka, era uma doce senhora de trinta e nove anos que não se importava em cuidar da mais absurda pessoa do mundo. Tinha longos cabelos ruivos e doces olhos cor de caramelo que estavam sempre envoltos por uma frágil maquiagem. Era um tanto baixinha, mas bonita e Shou a amava mais do que tudo em sua vida. Ela tinha mãos de fadas e tudo o que preparava era delicioso, por isso não iria dispensar o café da manhã saudável e reforçado que ela preparara com tanto carinho naquele dia. O seu pai, Takamine Kiyomaru, era um pouco mais sério e firme, completara quarenta anos a alguns dias e parecia mais jovem do que deveria. Os cabelos dele eram negros, rebeldes – assim como os do filho – e seus olhos eram de azuis, como o céu. A altura estatura de Shou fora herdada dele, e isso o deixava satisfeito. Era inteligente demais, e Shou sabia de quem puxara sua inteligência alarmante. Amava aquela família.

 — Bom dia — disse Shizuka beijando Shou na bochecha e Zatch na testa. A família já havia se acostumado com a presença do lourinho. — Ansiosos para irem ao zoológico? — perguntou abrindo um belo sorriso.

 — Não. — respondeu Shou serenamente, mordiscando um pedaço de torrada.

 — Sim! — cantarolou Zatch em pé sobre a cadeira que se acomodava. — Estou ansioso para ver os animais, unu! Principalmente os leões! — Seus olhos brilharam ao falar isso e Shizuka riu.

 — Oh sim, os leões — repetiu Shizuka sorridente. — Quem mais vai com vocês?

Shou quase paralisou ao ouvir aquilo, mas relaxou e continuou a apanhar uma das panquecas, para deliciá-la logo.

 — A Akane, o Sawada, o Rops e o Wonrei — disse Zatch contando nos pequenos dedos, orgulhoso por ter se recordado. — A Akane e o Shou não se gosta, sabia? Eles brigam o tempo inteiro, é muito estranho.

 — Zatch.

 — O Sawada-san não tem nem mais paciência para separar ou impedir a discussão deles...

 — Zatch!

 — Da última vez o Shou e a Akane quase se bei...

 — CALA A BOCA, INFERNOS!

O louro calou-se imediatamente caindo sentado na cadeira e cruzou os braços. Shizuka lançou ao filho um olhar repreensor, mas manteve o papo quieto. Kiyomaru não mencionava nada, apenas lia seu jornal e se divertida internamente com tudo o que ouvia.

O café da manhã terminou normal e Shou saiu apenas para escovar os dentes novamente, mas logo voltou para convocar Zatch e os dois saírem para o local de encontro.

Estava ansioso...

*-*

Shiori Akane nunca se sentira tão nervosa para um encontro entre amigos como naquele momento, e não mentiria ao dizer que passara uma hora inteira apenas para escolher uma roupa para esse passeio. Merda, sua vontade era de gritar e xingar todos, mas manteve-se controlada e fria, observando atentamente todas as roupas em seu closet, sendo observada atentamente por Wonrei que tentava entender o que se passava com Akane. Por que tanto nervosismo apenas para escolher uma roupa para sair?

A rosada abandonara o vestido branco tomara que caia com detalhes em rosa e azul, peça de roupa que ela era apaixonada, e revirava todas as outras roupas que possuía, e não se satisfazia com nenhuma delas. Wonrei já estava pronto e mantinha seu livro no colo – os dois eram muito precavidos –, acompanhando a menina com os olhos. Akane andava de um lado para a outra ansiosa apenas com suas peças intimas já devidamente maquiada e penteada. Wonrei suspirou pesadamente e se levantou deixando o livro sobre a cama dela, guiando-se até o closet da menina, que se virou para observá-lo e entender o que o mamodo estava tentando fazer.

Atirou para a menina três peças de roupas, que a fizera sorrir. Era uma regata preta, uma saia justa branca e um longo casaco branco, além de sandálias de salto pequenas. Boas roupas para passear... E era de coloração neutra, não chamaria tanta atenção quanto o programado, e daria para esconder sua katana numa boa. Levaria uma bolsa onde guardaria algumas coisas que necessitasse como carteira, celular, alguns objetos femininos e o livro de Wonrei.

Estava pronta para sair. Já havia tomado café da manhã, já havia lavado a louça suja, já havia arrumado sua cama e já estava totalmente arrumada. Mas por que esse sentimento de nervosismo ainda latejava em sua mente, fazendo-a se arrepiar e sentir uma sensação gostosa no estômago, como se mil borboletas estivessem ali.

 — Você parece ansiosa, Kane — comentou Wonrei inocente.

 — Como?

 — Eu disse que você parece ansiosa — repetiu cuidadosamente, analisando suas próprias palavras para ver se falara algo de errado. — Tem algo te atormentando, Kane? — perguntou cuidadosamente, abrindo um sorriso suave.  

Akane assumiu uma expressão surpresa ao ouvir essa pergunta vinda de Wonrei e mordeu, involuntariamente, seu lábio inferior. Na mente de Akane aquela pergunta era ridícula, não havia nada a atormentando, era só um passeio entre amigos. Apenas isso. Mas por que seu corpo não reagia assim? Por quê? Suspirou pesadamente, reassumindo sua expressão normal, um tanto quanto fria e olhou para Wonrei, que deu uma risadinha.

 — Não, não tem Wonrei — respondeu com firmeza.

 — Definitivamente tem, você mordeu o lábio, e você só faz isso quando nervosa — disse o mamodo passando os dedos entre os próprios fios bagunçados. — É o Takamine? Ele é o que está te atormentando?

 — Argh! Claro que não! Aquele ruivo idiota. Ele nunca conseguirá me atormentar, pelo amor. — Jogou o cabelo para trás, abrindo um sorriso sarcástico para o mamodo, que a fitava. — Hunf, cada uma que você inventa Wonrei.

O mamodo revirou os olhos quando a Shiori virou as costas para apanhar a bolsa e partir para o lugar onde encontraria todos. Wonrei sabia que essa história entre Shou e Akane daria o que falar. Quando essa batalha estivesse quase no fim, os dois estariam juntos, tinha absoluta certeza disso. Ela não ficaria sozinha quando fosse embora novamente. Talvez essa batalha mamodo realmente tenha feito bem para algumas pessoas, e faria um bem ainda maior para as pessoas do outro mundo.

Akane segurou firmemente a bolsa nas mãos e fitou-se no espelho pela última vez apenas para comprovar-se que estava linda. Seu corpo estava ansioso, as borboletas em seu estômago pareciam muito agitadas, e suas bochechas estavam coradas – sendo disfarçado pelo blush – pelo nervosismo que estava tomando-a desde que a convidaram para esse passeio. Chamou Wonrei para que pudessem sair e suspirou pesadamente.

Estava ansiosa...

*-*

Sawada Lawliet perguntou-se durante horas se aquele passeio iria ser uma coisa boa ou uma coisa ruim. Não era por receio de que encontrariam mamodos por lá, e que tivessem que eliminá-los – duvidava muito se algum mamodo apareceria por ali –, mas sim porque Akane e Shou estariam no mesmo ambiente durante horas e horas. Os dois, sempre que se encontravam por acaso, acabavam em uma briga irritante – mesmo que Shou fizesse todo o esforço para ignorá-la – e Sawada sempre acabava tendo que separar, já que Wonrei parecia ter medo de Akane.

Caminhava calmamente até o zoológico com o pequeno Rops animado em seu ombro direito. Por mais que achasse que aquele passeio resultasse em brigas e mais brigas envolvendo o casal anteriormente dito, não estragaria o dia de Rops e de Zatch. Os dois insistiram muito para vir, para no final o passeio ter sido um desastre completo. Levou a mão até a cabeça de seu pequeno mamodo, fazendo um suave carinho ali, que foi bem recebido pelo pequenino.

Ficou satisfeito por ter escolhido ir a pé do que de carro. O transito estava horrível. Pelo visto muitas pessoas resolveram sair hoje. Quis rir, mas manteve-se impassível, apenas observando como costumava fazer desde sempre.

 — Sawada!

Virou-se para trás e viu a bela Akane correndo em sua direção com Wonrei vindo logo atrás dela. Sorriu para a ela.

 — Bom dia Akane. Wonrei.

O mamodo sorriu.

 — Bom dia Sawada. Olá Rops. — sorriu Akane. — Animado para ir ao zoológico?

Rops assentiu sorrindo largamente.

 — Que bom. Vamos indo?

 — Vamos sim — concordou Sawada, olhando em volta. — Você não veio com o Shou?

 — Graças a Deus, não. Por quê?

 — Por nada. Vamos indo.

*-*

O local estava cheio.

Seria quase impossível encontrar com Shou e Zatch no meio daquelas pessoas. Sawada suspirou e apanhou o celular dentro do bolso da mochila que carregava nas costas, procurando em seus contatos o número de Shou, para saber onde ele e Zatch estavam. Akane não parecia preocupada. Ela estava com Rops em seus braços e mostrava os primeiros animais do zoológico, ou seja, os pássaros. Wonrei estava ao lado dela, parecendo tão animado quando o mamodo pequeno no colo de sua parceira.

Ao achar o número de Shou, resolveu mandar uma mensagem a ele. Seria melhor.

“Já estamos aqui te esperando no zoológico. Perto dos pássaros, bem na entrada. Não demore.”

Feito.

Guardou o celular no bolso e se aproximou do trio que brincava com os animais. Os pássaros estavam voando pela jaula enorme, às vezes pousavam sobre um dos troncos, ou pequenos pedaços de madeiras presas, com água e frutas espalhadas pelo local. Akane mantinha no rosto uma expressão um tanto quanto feliz, como se ficar ali esperando e vendo pássaros a animasse.

A rosada não sabia como explicar o que estava sentindo, mas sua animação era sem precedentes. Era algo tão gostoso e natural, que Akane não o segurou como normalmente faria, apenas o soltou mais, deixando que seu rosto fosse marcado pelo belo sorriso que não conseguia mais tirar do rosto. Não sabia explicar essa necessidade surreal de sorrir, de rir dos pássaros coloridos que voavam, mas queria continuar a sentir até que algo acabasse com o encanto.

Desde que perdera seus pais quando tinha doze anos, Akane não sabia mais o significado da palavra “felicidade”. Ela se fechara para o mundo, mantendo-se em apenas um silencioso universo em sua própria mente, onde vivia sozinha. Onde tudo era escuro. Até que foi encontrada e salva por Wonrei quando achou que estava sozinha novamente. A solidão começou a abandoná-la, e Akane viu aquele seu escuro mundo solitário se desfazer. Wonrei era sua companhia. E iria aproveitá-la até acabar perdendo-a com o fim dessa batalha mamodo. Olhou para o mamodo de cabelos claros ao seu lado, observando com um sereno sorriso os diversos pássaros ali dentro e desejou que aquela batalha nunca terminasse. Desejou que Wonrei nunca abandonasse. Desejou nunca mais ficar sozinha.

Wonrei virou-se para ela, algumas mechas de seu bagunçado cabelo batendo em seus olhos claros, e seu característico sorriso suave – com uma áurea protetora – tomou-lhe as feições. Lembrava-se daquela solitária garota, sempre caminhando sozinha e com uma aura de tristeza em torno dela – tanto na escola quanto em casa –, e comparava com a Akane que estava vendo agora, sorridente e feliz. Essa batalha realmente havia feito bem para algumas pessoas, mas temia como ela ficaria quando seu livro acabasse sendo queimado ou se acabasse vencendo, e indo para o mundo mamodo. Curiosamente, ele desejou que aquela batalha nunca terminasse. Desejou que nunca a abandonasse. Desejou nunca mais deixá-la sozinha.

 — Hey! Pessoal! Chegamos!

A linha de pensamento de ambos foi cortada ao ouvirem a ofegante voz de Zatch, que vinha correndo com Shou alguns passos mais atrás dele, andando bem lentamente e com uma expressão impassível, que lhe parecia ser característica. Rops saltou dos braços de Akane e correu até o amiguinho louro, movimentando os braços e apontando para os pássaros, atraindo a atenção de Zatch logo então.

 — É curioso como o Rops e o Zatch se deram tão bem, mesmo sabendo que são inimigos. Pelo menos nessa batalha. — comentou Sawada que tinha ao seu lado Shou, e via Akane se aproximando.

 — Para o Zatch não existem inimigos. Todos são bons. — disse Shou de olho nos três mamodos que estavam juntos na jaula dos pássaros. — Fico me perguntando o quanto ele vai se prejudicar com isso.

 — É uma personalidade boa para um rei — murmurou Sawada. — Se o Zatch ganhar, ele vai ser um ótimo rei, eu tenho certeza disso.

Shou sorriu.

 — Também tenho.

 — Mas não vai ser o Zatch o vencedor dessa batalha — interrompeu Akane com ambas as mãos na cintura e um sorriso de canto sarcástico. — Ele pode ser um bom rei, e tudo o mais. Até concordo que a personalidade dele é ótima para um rei, mas Zatch não vai ganhar.

 — Posso saber o porquê, senhorita “sou foda demais”? — debochou Shou, erguendo uma de suas sobrancelhas.

Akane estreitou um tanto os seus olhos, mas não retirou de sua face o sarcasmo e o sorriso.

 — Por que o ganhador é o Wonrei! — declarou convicta. — Eu o tornarei rei, e ele será o maior rei do mundo mamodo! — exclamou.

 — Tá certo. — disse Shou revirando os olhos. — Continue sonhando Akane. Só venha falar comigo quando você acordar, ok? — alfinetou.

 — Quer uma batalha então, Takamine? Para mostrar quem é o mais forte? — desafiou, segurando a bolsa com força.

Sawada olhava de um para o outro, e se alarmou com essa última frase da menina, se aproximando do casal meio afobado. Os olhos azuis de Shou faiscaram ameaçadores e ele colocou a mão na alça da mochila para pegar o livro de Zatch. Segurou a mão de ambos, fitando de um a outro com uma expressão de firme repreensão.

 — Chega. Guardem a força de vocês para quando forem lutar contra inimigos, não quando forem lutar contra amigos, ok? — disse Sawada. — Somos uma equipe, esqueceram? E eu tenho certeza de que o Zatch não aceitaria lutar contra o Wonrei, e vice-versa. Controlem-se.

 — Ela quem começou!

 — Ele quem começou!

 — Não me interessa quem começou! Só me interessa que não aja mais um rei bondoso lutando aqui. Se vocês dois forem os dois últimos mamodos, aí sim, lutaram entre si. Mas não são. Ainda devem ter mais de oitenta crianças mamodos para que vocês lutem, que tal acalmar? Viemos por eles, não por lutas. Que tal ser discreto? Mesmo que só um pouco? — sugeriu. — Affe, vocês dois cansam, sabia? Nossa.

Se a cena fosse um desenho, com certeza estariam voando raios dos olhos de Akane e de Shou, que ainda se fitavam irritados.

 — Isso ainda acaba em namoro. — murmurou Sawada puxando os dois até os três mamodos que observavam os pássaros. — Ei, que tal irmos ver os felinos? Leões, tigres? — sugeriu atraindo a atenção deles.

 — Unu! — concordou Zatch.

*-*

O passeio houvera sido incrível.

O sexteto estava sentado no gramado reservado para piqueniques, para que as pessoas pudessem estender suas toalhas e sentarem para comer, ou qualquer outra coisa. Sawada havia trazido uma enorme toalha para que pudessem se acomodar e depois juntou dinheiro com Shou para que pudessem ir comprar coisas para um lanche. Deixaram a tarefa de cuidar e de arrumar tudo por ali para Akane e Wonrei, que assumiram o papel e fizeram tudo, tendo ajuda de Zatch e de Rops, que estavam cansados. Com certeza dormiriam após comer.

Os rapazes chegaram instantes depois com os braços cheios de coisas para comer. Coisas doces e coisas salgadas. Ajeitaram tudo e depois começaram a comer, sobre brincadeiras e risadas. Zatch e Rops, assim que terminaram de comer, caíram no sono deitados na toalha, e todos ali decidiram descansar para depois pegarem um ônibus para ir embora. Sawada, que tinha o corpo pequenino de Rops adormecido sobre o seu, acabara pegando no sono também e Wonrei seguira por esse mesmo caminho, deixando acordado apenas Akane e Shou, que estavam deitados com as cabeças bem próximas. Uma do lado da outra, mas ambos olhavam fixamente para o céu. Akane acomodava a cabeça de Wonrei em sua barriga, e acariciava os bagunçados cabelos lilases com carinho. Shou tinha o corpo de Zatch deitado em um de seus braços, e também acariciava os fios louros do menino, mas todos estavam em absoluto silêncios.

 — Por que você gosta tanto de brigar, Akane? — perguntou Shou baixinho. — Por que nós dois não podemos conviver em paz? — brincou.

 — Porque esse acaba sendo meu jeito de... Affe, de me expressar para com as pessoas que eu gosto, entende? — respondeu no mesmo tom baixo. As bochechas assumindo um suave tom rosado que agradou Shou particularmente.

 — Mas esse seu jeito acaba afastando as pessoas de você — murmurou Shou, virando a cabeça na direção de Akane, que repetiu o movimento. — Sorte sua eu gostar de desvendar enigmas. Muita sorte sua. Ainda irei te fazer sorrir verdadeiramente para mim.

 — Tente a sorte, geniozinho.

 — Vamos estar juntos no fim... Sua irritante...

 — Te fode, bobão!

Sorriram um para o outro com desdém e viraram o rosto, sem dormir.

Estavam felizes.


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Notas finais do capítulo

É isso.

♥33



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