Acordei no dia seguinte com meu pai me chamando.

–– Vamos Annie. Hoje você não pode faltar.

Levantei sem questioná-lo e tomei um banho demorado. Desci para tomar café e em seguida sai de casa. Mas resolvi não ir ao ponto de ônibus, pois não queria encontrar Maysilee, e fui andando.

Cheguei no colégio e vi Finnick, ele veio em minha direção e sorriu.

–– Oi Annie!

Fiquei perplexa, não sabia se respondia, se o abraçava, se o chamava para conversar... Só sei que vi no meio da multidão um olhar distante. Era o olhar que me machucava desde o dia em que descobri os sentimentos dessa pessoa. Era Maysilee.

–– Finn –– me doía chamar ele assim –– Eu volto já.

Fui atrás de Maysilee, porém ela entrou em uma sala que eu não consegui identificar. Entrei em cinco portas diferentes, até que a encontrei. Maysilee estava sentada em uma carteira, sua bolsa estava no seu colo e ela chorava copiosamente.

–– May... –– disse, cautelosamente e ela me olhou. Tomou um susto pois não havia me visto entrando, e enxugou as lágrimas rapidamente.

–– Annie...

Abracei-a e ela soluçava bastante.

–– Desculpe Annie. Por favor, pare de se preocupar comigo –– ela se afastou do meu abraço –– Eu quero que você seja feliz com Finnick.

–– Para Maysilee! Eu preciso me preocupar com você. Porque você é minha melhor amiga.

Enxuguei uma lágrima que escorria pelo seu rosto.

–– Annie, me entende –– ela deu uma pausa –– Eu não tenho nenhum direito de estragar o namoro de vocês. Por favor, finja que eu nunca senti nada pelo Finnick!

–– Tarde demais, May –– eu disse –– Porque eu vou terminar com ele.

E na mesma hora eu vi Finnick na porta, em pé, olhando incrédulo para mim.