Let Go Of The Past escrita por theshadowhunter


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Esse capitulo é totalmente Roske, mas as que torcem por Romitri vão poder sorrir no final! O capítulo era para sair mais tarde, mas postei para comemorar o ouro do Brasil! Obrigada pelos reviews e espero que gostem!
Bjs, Gabi (theshadowhunter)



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Eu estava toda dolorida. Meus braços pareciam pesar vários kilos e minhas pernas doíam como se eu tivesse feito uma maratona. Tinha tido um sonho tão bom com Luke… Um pouco pervetido. Ok, bem pervertido. Eu não sabia que era tão criativa assim.

Abro meus olhos com um meio sorriso no rosto que se defez ao ver a luz que invadia o quarto. Olhei para o lado e vi roupas jogadas no chão. Olhei para a cama e vi os lençóis amassados e travesseiros jogados para todos os lados. Não… Tinha sido um sonho!

Me sentei reparando pela primeira vez na camisa masculina que eu estava usando. Após cheira-la, meu sorriso abriu denovo ao sentir o cheiro tão familiar de Luke. Comecei a me lembrar do que havia acontecido. Depois que dormimos, havíamos acordado e a noite havia se repetido com ainda mais vigor. Agora eu sabia porque tanta dor nas pernas.

Vi Luke parado de costas arrumando alguma coisa. Ele parecia estar concentrado, e não tinha visto que eu tinha acordado. Ele estava sem camisa, apenas com uma calça de jeans. Senti o cheiro de café e sorri, tendo uma idéia do que ele estava fazendo.

Me levantei sorrateiramente e o abraçei por trás, deslizando meus lábios por suas costas nuas, sentindo-o se arrepiar.

- Acordada tão cedo? - Perguntou se virando e me envolvendo os braços pela minha cintura. Com esse movimento dele pude ver a mesa de centro arrumada com panquecas, ovos mexidos, bacon e outras coisas deliciosas. Até tinha um vaso fino um uma rosa vermelha.

- Senti sua falta na cama. - Respondi sorridente. Ele me devolveu um sorriso tão lindo que me fez amolecer em seus braços.

- Você fica linda assim. - Sussurou brincando com a beirada da minha/sua camisa. Ele se aproximou do meu rosto e me beijou suavemente. - Trouxe seu café. - Ele sorriu apontando para a bandeija. - Ia levar para você na cama, mas você levantou. - Ele fez bico e eu apertei as bochechas dele.

Nós nos sentamos no sofá e tomamos café alegremente. Ele estava todo bobo e mantinha sua mão junto a minha o tempo todo.

- Vou tomar banho. - Anunciei depois de terminar. Fui em direção ao banheiro, mas algo (ou alguém) puxou a minha cintura e me prensou contra a parede.

- To precisando de um também. - Beijou meu pescoço. - Vou entrar com você.

Eu sorri passando minhas mãos nas suas costas definidas por anos de treinamento. Eu queria, queria muito, mas Christian havia combinado comigo de passar no quarto e me levar ao quarto de Natasha na hora do almoço. Eu iria pegar aquele diário. Não deixaria aquela cretina me intimidar.

- Ah, temos um problema. - Sussurei após beija-lo. - Christian vai me ajudar a roubar o diário de Natasha.

Ele parou de beijar cada centímetro exposto do meu corpo e me encarou.

- Você não vai desistir disso, não é?

- Ela ameçou contar sobre Dimitri e eu. Na época da academia. - Encarei o chão envergonhada.

Ele levantou meu queixo e encostou seus lábios nos meus.

- Vai precisar de ajuda?

Abri um largo sorriso.

- Ela vai em um almoço real, que Lissa organizou à pedido de Christian. Helan e Rupert também vão. Você podia ir lá e vigia-la. Se ela sair você me avisa.

Ele suspirou mas concordou com a cabeça. Após um último (e longo) beijo, fui tomar meu banho.

Pendurei a camisa dele com cuidado e entrei no chuveiro com a água quente. No banho, lembrei da noite passada com Luke. Lembrei das suas mãos suaves e quentes passando pelo meu corpo. Seus belos olhos cinzentos me observando. Seus movimentos precisos e hábeis. Nossa declaração de amor.

Mas junto com esse sentimento quente e alegre das lembranças da noite passada, veio um sentimento frio e pegajoso. O medo.

Medo de ser pega. Medo de que alguma coisa desse errado. Medo que Tasha espalhe a foto pela Corte. O banho, antes agradável, se tornou ruim. Eu estava nervosa.

Tinha enfrentado inúmeros Strigois sem nem hesitar, mas a possibilidade de ser pega pela Tasha era bem mais apavorante. Eu nem conseguia imaginar o que ela poderia fazer com Christian se soubesse que ele estava me ajudando, mesmo ela sendo parente dele.

Ela havia perdido uma pequena vantagem: Luke já sabia sobre eu e Dimitri. Mas ela ainda podia fazer um belo estrago.

Sai do box e fui para o quarto enrolada na toalha.

Luke estava esparramado na cama e seu olhar me acompanhou enquanto andava até o armário.

- O almoço é que horas? - Perguntou.

- Daqui há 45 minutos. - Respondi pegando uma calça jeans, um suéter cinza e uma sapatilha também preta. Precisaria me mover com facilidade e me misturar com a multidão em caso de uma fuga. - É melhor ir tomar banho, não? - Me deitei na cama do lado dele, segurando fortemente a toalha. Não seria legal se Chris entrasse no quarto agora.

- Não quero tomar banho. - Sussurou ele deitando em cima de mim, mas apoiando seu peso em seus braços do lado da minha cabeça.

- Então o que quer fazer? - Perguntei mordiscando o lóbulo da orelha dele.

Em resposta, ele segurou meu queixo e me beijou docemente. Seu peso caiu sobre mim quando ele colocou as mãos na toalha me provocando.

- Bem, você está de toalha, deitada na cama. - Ele passou os lábios no meu pescoço fazendo uma corrente elétrica percorrer meu corpo. - O que acha que eu quero fazer?

Ele voltou a me beijar, mas dessa vez foi ferozmente, com pressa. Percorri minhas mãos por suas costas e parei na sua nuca, apertando e trazendo-o para mais perto.

Ele segurou minha coxa e a envolveu em sua cintura, acariciando-a. As coisas estavam esquentando rapidamente.

Até que ouvimos uma batida na porta.

- Ignore. - Disse Luke. - Daqui a pouco vai embora.

- Eu ouvi isso. - A pessoa do outro lado da porta falou.

Luke suspirou irritado, mas saiu de cima de mim para atender a porta. Eu fui logo para o banheiro me vestir. Enquanto pentiava e secava meu cabelo, ouvia as vozes dos dois homens no quarto.

Quando saí encontrei um belo par de olhos azuis na minha direção.

- Rose. - Ele sorriu.

- Christian. -  Sorri de volta.

- Está pronta? - Perguntou.

- Quase. - Andei até o armário e peguei um casaco preto e uma pequena mochila.

- Vai tomar cuidado? - Perguntou Luke caminhando até mim.

- Vou. - Prometi. Ele encostou ses lábios rapidamente nos meus.

- Vou dar um jeito de te avisar, caso ela saia antes da hora. - Disse Luke.

Christian indicou a porta e saímos. Toda ansiedade de antes voltou e vi minha respiração acelerar.

- Onde é esse almoço? - Perguntei curiosa tentando me distrair.

- No salão. O mesmo do baile. - Ele respondeu. A menção ao baile me deixou ainda mais apreensiva.

Em silêncio, apressamos nossos passos até chegar ao quarto de Natasha na ala real.

Por sorte, não havia ninguém no corredor.

Christian se abaixou, recolheu uma chave escondida no tapete e abriu a porta. Após entramos, ele a trancou e colocou a chave no bolso.

O quarto era enorme e digno de um quarto da realeza. Havia uma cama king-size com belas mantas vermelhas, um grosso tapete bege, um sofá de couro preto e uma Tv de plasma grudada à parede. O mais impressionante era o enorme lutre repleto de velas. Havia flores vermelhas e velas espalhadas por todo o quarto, que possuia duas porta: Uma que dava para o gigantesco banheiro e outra que dava para o igualmente grande closet.

- São 4 diários. - Informou Christian que com um movimento de mão acendeu todas as velas do quarto antes que eu pudesse alcançar o interruptor. - Ela nunca viaja sem eles.

- Então deve ter alguma coisa importante neles. - Começei a procurar dentro do colchão, onde ficavam escondidos os diários em filmes.

Christian se juntou à busca, caçando os diários em todo lugar.  O quarto não tinha muitos móveis, o que facilitou a busca.

- O que você resolveu? - Chris perguntou batendo suavemente nas paredes procurando algum esconderijo secreto. - Sobre Dimitri?

- Terminei com ele. - Faleu firmimente me dirigindo para o closet.

Ele me olhou erguendo uma sombrancelha.

- Ele aceitou? Simples assim?

- Simples assim. - Dei de ombros. Aquela mulher podia ser uma cretina, mas tinha bom-gosto. No closet havia um armário lotado de vestidos de festa. De todas as cores e todos os modelos possíveis e imagináveis.

- Bem, eu não sabia que você era tão inocente. - Ele surgiu no closet. - Ou assim tão burra.

Lançei meu melhor olhar mortal e ele recuou um passo.

- O que você quer dizer com isso, garoto tocha? - Perguntei ameaçadora.

- Que ele não vai desistir de você. Ele gosta de você. - Ele respondeu e eu abaixei minha cabeça, me sentindo culpada por ter sido tão cruél com Dimitri.

- O que eu poderia ter feito? - Sussurei. - Tasha nunca deixaria.

- Ela não tem que deixar. - Christian se abaixou do meu lado. - Mesmo que você não se lembre, você já superou muito coisa. Coisas piores do que a minha tia.

Ele afagou o topo da minha cabeça e voltou para o quarto.

Afastando qualquer pensamento sobre Dimitri para longe, continuei procurando, até ouvir um grito de vitória.

- Achei! - Berrou Christian. Ele apareceu na porta segurando dois pequenos livros de veludo vermelho.

Corri e peguei um da mão dele, não sem antes abraça-lo fortemente.

Eu corri para o quarto olhando para a preciosidade que eu tinha na mão. O diário de Tasha. Eu podia faze-la pagar por tudo que ela me ameaçou.

Mas a minha alegria sempre dura pouco. No segundo seguinte o celular no meu bolso tocou e pude pelo ver visor o nome de Luke.

O sinal.

Natasha estava vindo.

As chamas das velas se apagaram como se um ser invisível tivesse soprado sobre elas. Chris ouviu o barulho e me encarou, sabendo o que aquele barulho significava, e esperando que eu tomasse a liderança. Não podíamos sair e correr o risco de dar de cara com ela. Também não podíamos continuar aqui e sermos pegos.

O jeito seria arriscar. Peguei os diários e enfiei na mochila, puxando o Chris e enfiando ele no grande closet. Peguei o celular e liguei para Luke. Não podia deixar que ele me ligasse enquanto tivessemos presos aqui com Tasha.

- Ela saiu. Estava falando com Lady Zeklos sobre uma jóia e foi embora. - Luke despejou as palavras.

- Eu sei. Eu sei. - Rodei no closet procurando um lugar para nós esconder. Todos eram pequenos demais e estavamos perdendo preciosos segundos. - Preciso desligar.

- Rose! - Ele tentou protestar mas fui mais rápida, e deliguei.

Então ouvi o barulho de chaves na porta. Olhei paralisada para Christian pronta para mandar-lo se esconder no banheiro com a mochila enquanto eu enfrentava Tasha, mas ele estava parado, com uma esfera de fogo nas mãos, gesticulando urgentemente para que eu entrasse em no armário cheio de vestidos que eu havia admirado mais cedo. Corri e entrei no espaço quente e apertado. Christian apagou a esfera e fechou a porta. Em exatos 5 segundos depois a porta foi aberta.

Ouvimos passos leves seguidos de passos pesados, mas silenciosos.

- Ela me pediu emprestado. - Uma voz fina respondeu. Tasha, é claro.

- Isso não explica porque você me chamou aqui. - Outra voz. Dessa vez grossa e com um inconfundível e leve sotaque russo. Meu coração acelerou vorazmente. Christian acendeu uma pequena faísca para observar meu rosto e garantir que eu não iria correr para os braços do homem ao lado da piranha no quarto. Coloquei uma expressão vazia no rosto e soprei a minúscula chama, temendo que ele colocasse fogo nos vestidos. Ou que ele visse as lágrimas ameaçando brotar nos meus olhos.

Eu amava Luke, mas ouvir a voz dele fazia a minha cabeça se perguntar se realmente era certo aceitar a chantagem imunda de Natasha.

- Senti saudades sua. - A piranha respondeu melosa.

- Estou de guarda, Tasha.

- Só um beijo? - Pediu ela. Chris fingiu ter ânsias de vômito e eu tapei a boca segurando o riso.

- Tasha... - Suspirou Dimitri.

- Me beije. - Pediu ela com mais firmeza. Mas havia algo estranho no tom dela. A voz antes aguda e irritante havia se tornado aveludada e convincente. Eu já tinha escutado esse tom peculiar, e pela cara do Garoto Tocha, ele também. Então lembranças me atingiram e revivi vários momentos em que Lissa convencia as pessoas a fazerem o que ela queria, como Tasha fazia com Dimitri agora.

Usando compulsão para ele a beijar.

Mais uma vez segurei o riso, que se desfez ao ouvir sons de beijos. Lábios roçando uns nos outros.

Tentei ignorar. Pensar em outra coisa. Mas eu estava dolorosamente consciente dele beijando outra a poucos metros de mim. Pior ainda, beijando aquela vadia. O fato que ele fora compelido a isso não diminuia meu ódio, pelo contrário, apenas o aumentava. O que a piranha poderia manda-lo fazer?

"Eu estava com Luke agora". Tentava me manter pensando nisso. Mas sentia ciúme e raiva da Natasha.

Era possível uma pessoa amar dois homens ao mesmo tempo?

- Rose... - Dimitri sussurou. Isso me despertou dos devaneios e por um momento pensei que meu esconderijo fora descoberto.

- O que você disse? - Natasha perguntou áspera.

Christian se voltou para mim o máximo que pode no espaço apertado. Eu o ignorei, prestando atenção no desenrolar da conversa dos dois.

- O que você disse? - Ela repetiu aumentando o tom de voz.

- Tenho que ir. - Isso foi a única coisa que Dimitri disse. Depois ouvi os passos deles se digirindo para a porta. Tasha continuava parada no mesmo lugar, estática.

Em seguida, foi desferido um violento soco na porta do armário onde eu e Christian estavamos escondidos. Ele tentou chegar para trás, me esmagando ainda mais contra o fundo.

- Não acredito! - Berrou Natasha irada. - Aquela. Vadia! - Outro soco, dessa vez em outra porta.

Ouvi o barulho de várias coisas se quebrando. Chis e eu não ousávamos respirar. Se ela nos pegasse nesse estado, era capaz de nos atear fogo ali mesmo.

Ainda me xingando violentamente, ela procurou alguma coisa e saiu do quarto, batendo a porta estrondosamente.

Nós esperamos cerca de 10 minutos para ter certeza que ela não iria voltar. Quando achei que era seguro, empurrei Christian que saiu hesitante.

O closet estava iluminado apenas por algumas esferas flutuantes de Christian, que examinava o estrago feito por Natasha em duas portas, inclusive a nossa. Ele olhou para mim com as sombrancelhas erguidas e um sorriso malicioso no rosto.

- Cale a boca. - Avisei apontando para o seu rosto. Ele ergueu as mãos, em sinal de rendição. Eu verifiquei os diários na bolsa e ao ver que continuavam ali, puxei Chris para fora do quarto. Ele trancou a porta e voltou a esconder a chave no tapete.

Nós fomos andando pelo caminho mais longe até o quarto, porém a que ficava longe do salão.

- Está entregue. - Disse Christian quando chegamos em frente ao quarto.

- Obrigada pela ajuda. - Sorri. - Seria complicado sem você.

- Complicado? - Ele ergueu uma sombrancelha.

- Difícil. - Corrigi.

- Impossível. - Sugeriu ele.

Revirei os olhos.

- Quando eu terminar de ler, passo para você. - Disse me referindo aos diários.

- Ok. - Ele olhou para os lados nervoso. - Vou indo.

Ele saiu andando e eu entrei no quarto.

- Rose! - Cabelos loiros se misturaram com os meus quando Helena veio afobada me abraçar. - Porque você não disse o que ia fazer? Um aviso teria sido bom. - Reclamou ela.

- Você tinha saído.

- Mas estava aqui a noite. - Rebateu ela.

- A noite eu estava... Ocupada.

Ela deu um sorriso malicioso.

- Sei como. - Ela sentou no sofá.

- Pare de entrar na minha cabeça! - Ordenei irritada e envergonhada.

- Não foi bem minha culpa. - Respondeu ela.

Eu ignorei e puxei os diários da mochila.

- O importante é que eu consegui. - Faleu triunfante levantando os pequenos cadernos. - Peguei os diários.

- Roubou. - Acusou ela, mas pegou um dos livros da minha mão.

- Peguei emprestado. - Corrigi. - E adivinha quem apareceu lá com ela?

- Dimitri. - Ela respondeu distraídamente lendo o livro.

- Pare de entrar na minha cabeça! - Repeti jogando a mochila vazia nela.

- O que você queria que eu fizesse? - Perguntou ela. - Quando Luke nos contou seu plano maluco e disse que Tasha tinha saído, eu tinha que saber o que ia acontecer com você.

- Mas que linda. Toda preocupada. - Belisquei as bochechas dela e ela me afastou.

- Faz alguma coisa de útil. - Ela respondeu maldosa.

Peguei o diário restante e começei a ler.

Não tinha nada de mais. Era só um relato fútil das festas e do dia-a-dia da piranha.

Mas uma parte realmente me chamou a atenção.

"Dimitri não sabe denada. Ele nem suspeita.

Essa é a parte boa de ser da realeza. Os segredos sujos correm soltos. Para sobreviver aqui tem que ter amigos. Não só os poderosos. Os empregados da realeza também são importantes. Talvez tanto quantos seus patrões.

Se eu não fosse 'amiga' da Selena, nunca saberia do segredo de seus patrões. Eles confiam nela e ela vive em sua casa, por isso ouviu essa notícia chocante.

Poucas pessoas sabem do que Dimitri fez. Espancou seu pai até a inconsciência. Mas aquele não era seu pai.

Selena ouviu o verdadeiro pai dele conversando com sua esposa.

Que vários homens da realeza traíam sua esposas não é nenhuma novidade. Mas saber quem é o pai verdadeiro pai de Dimka foi uma surpresa. Até para mim.

Nathan. Natha Ivashkov."

Eu deveria contar isso para Helena, mas não consegui. O choque me impediu de falar ou pensar em outra coisa.

Dimitri era filho de Nathan Ivashkov. Adrian era filho de Nathan Ivashkov.

- O que foi? - Perguntou Helena. - Que cara é essa?

- Dimitri. - Respondi em voz baixa. - É filho de Ivashkov.

- Filho do pai do seu ex-namorado? - A voz de Helena demonstrava surpresa e choque. - Meu Deus. - Ela cobriu a boca com as mãos.

Eu precisa me distrair. Pensar nisso me fazia me sentir mal.

Peguei o diário e levantei, andando pelo quarto. Os olhos de Helena me acompanhavam, com medo de que eu tivesse um surto de raiva.

Eu li e reli o texto, tentando ver se o que eu havia lido era um mal-entendido. Continuei lendo rapidamente o diário, procurando saber se Natasha iria desmentir o que ela tinha acabado de arfirmar. Ela não o fez.

Continuei lendo, na esperança que alguma coisa contrariasse o que ela tinha dito.

Só parei quando senti uma forte onda de surpresa pelo laço.

Olhei para Helena e ela fitava o nada com o diário esquecido no colo.

- Que foi? - Me ajoelhei em frente a ela.

- Christian. - Balbuciou ela. Peguei o diário e li onde o nome de Christian aparecia.

"É uma pena que Chris não saiba. Às vezes penso em contar para ele, mas não sei se ele reagiria bem.

Provavelmente não. Descobrir que seus falecidos 'pais' eram estéreis não ia causar uma reação muito boa.

Sabe, às vezes me sinto culpada. Por ter forçado os pais deles virarem Strigois. Quando eu passava pelo quarto vazio, sentia um aperto no coração. Chris me adorava. Acho que ele sentia essa ligação entre nós dois. Depois do 3 terceiro aborto, eu queria ter um filho. Eu queria meu filho de volta. "

Parei de ler e larguei o diário como se ele queimasse a minha mão. Agora entendia a expressão de Helena.

O Garoto Tocha era filho da Piranha.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? O que acharam sobre o segredo de Tasha? E sobre Dimitri ser irmão do Adrian?
Como será que Dimitri vai reagir quando souber da notícia?
E lembrem-se, quanto mais reviews, mais rápido postaremos! ;)