Save Me From The Nothing Ive Become escrita por KáAndrade


Capítulo 11
Encaixando as peças.


Notas iniciais do capítulo

Então... algumas coisas serão reveladas nesse capítulo. Esperem só :)



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— E aqui é a sala... — Stuckey dizia para Ana. — Tem todos os canais na tv á cabo. Você pode assistir quando quiser, assim como entrar no computador e tudo...

— Não preciso entrar no computador — suspirou. — Eu falava com um amigo, A.X.L, mas ele deve estar achando que estou morta ou sei lá.

— Hum... ok. — Ana percebeu que ele havia ficado tenso. — E... e seu quarto é lá em cima. Primeira porta a esqueda. O meu quarto é o primeiro da direita, se precisar de alguma coisa, sabe onde me encontrar — riu, nervoso, subindo as escadas.

— Espera. — ele parou no penultimo degrau. — eu preciso falar com você.

— Tudo bem — ele desceu as escadas, cautelosamente, sentando-se no sofá. Ana sentou do seu lado.

— Eu sei que talvez você não queira conversar sobre isso, mas... eu preciso te entender. — Stuckey suspirou.

— Olhe, eu não sei porque te beijei. Sério. Foi um impulso e foi idiota, eu não deveria ter feito isso com você, nem com Daniel. — disse. — bem, eu não sei realmente qual é a dele, mas mesmo assim... ele é meu amigo.

— Tudo bem então. Eu também não sei o que estava pensando. Claro que não foi por nada. — ela levantou-se.

— Não... não que você não seja bonita. Você é muito bonita. E muito legal também. Por isso que eu quis te ajudar — disse.

— Tudo bem... — respondeu, confusa. — Eu vou me instalar lá em cima. — sorriu, subindo as escadas de dois em dois degraus e fechando a porta do quarto.

— Idiota! — Stuckey socou o sofá. — isso é coisa de falar pra ela? “Não que você não seja bonita...”


























Ana sentou-se na cama, colocou seu fone-de-ouvido e ligou no último. Tocava uma música do Nickelback, talvez fosse How you remind me. Ela não ouvia a música direito pois seus pensamentos estavam á mil. Primeiro, Stuckey tinha ido até tão longe para vê-la. Depois a beijou. E ainda tinha convidado a garota para morar na casa dele por um tempo. É claro que não havia sido um impulso. Ele havia pensado em tudo aquilo antes de ir para lá, a garota tinha certeza. Mas ela não conhecia o Stuckey tão bem. Nem Daniel. Ela não podia estar apaixonada por Daniel. Não, claro que não. Ela só ficara encantada por ele. É isso. Suspirou pesadamente, abrindo a porta do, agora seu, quarto. Ficou parada por alguns instantes no corredor, olhando a porta fechada do quarto de Stuckey, e resolveu bater.

— Entra Ana — ele gritou, e ela girou a maçaneta. Ele estava em seu notebook, esparramado na cama.

— Hum. Eu pensei se... quer rachar uma pizza? — perguntou.

— Rachar não, Ana. Eu compro, não tem problema — ele sorriu em sua direção, olhando pra ela.

— Mas eu tenho dinheiro aqui... — ele se levantou da cama.

— Não, ok? É sério, se você tá aqui é para ficar melhor do que quer que você esteja passando, não para gastar.

— Tudo bem então — ela disse, descendo as escadas com ele.
























— Hum, essa pizza de quatro-queijos está uma delícia — Stuckey disse.

— E essa de calabresa com catupiry então? — Ana riu, tomando mais um pouco de whisky.

— Você sempre bebe? — ele perguntou.

— Bem, quase sempre. E é bom que você também beba um pouco comigo ou vou me sentir culpada por ter aberto seu whisky.

— Eu falei que você podia abrir, Ana — Stuckey riu.

— Eu sei, mas a casa é sua. — A garota pegou um copo no armário e encheu com whisky para Stuckey. — Toma. E beba tudinho.

— Vou beber — o garoto pegou o copo da mão de Ana, bebendo do whisky.

— Tudo bem, a pizza estava muito boa, mas já são 23:00 e preciso me retirar. — Ana disse, levantando-se e colocando o prato na pia, antes de começar a lavar a louça.

— Ah, meu Deus Ana. Deixa isso comigo. — Stuckey se levantou, tentou tirar o prato da mão de Ana, mas tudo o que conseguiu foi se sujar com a espuma. Ana começou a rir. — droga!

— Você é muito burro John. — Ana continuava rindo.

— Eu não sou burro — protestou ele, jogando um pouco de espuma na blusa de Ana.

— Hey!

— Você disse que eu sou burro, isso não é verdade. — disse ele, com uma cara triste.

— Bem, em vez de me sujar, que tal se limpar? Deixa que eu arrumo essa cozinha, é o mínimo que posso fazer por você — Ana disse, antes de voltar a lavar a louça.

— Então tá. — ele disse, tentando tirar a espuma com a mão. — Como se tira essa merda?

— Acho que você vai ter que por essa blusa pra lavar, John.

— Tudo bem. — disse ele, parando na soleira da porta da cozinha e virando-se pra Ana. — Vai pra faculdade amanhã?

— Eu não sei. Te aviso amanhã cedo — ela disse, voltando sua atenção para a louça. — Boa-noite.

Boa-noite. — ele sorriu, fechando a porta da cozinha e deixando Ana sozinha.





















Ana acordou de madrugada, e por um minuto, não sabia aonde estava. Então se lembrou da noite anterior e sorriu. Estava na casa de Stuckey, estava bem. Desceu as escadas o mais silenciosamente possivel, e foi até a cozinha, queria fazer um café quente e bem forte. Tinha bebido muito whisky.

Enquanto o café estava coando, ela se sentou na cadeira com os olhos fechados, quase dormindo. Quase não ouviu quando o café ficou pronto. Pegou uma caneca qualquer, enxeu seu copo de café e sentiu seu cheiro, estava delicioso. Quando se virou, não teve tempo de fazer alguma coisa. Tinha derrubado todo o conteúdo da caneca em cima de Stuckey.

— AH! — ele gritou. — Café. Café quente. Puta que pariu! — ele fez menção de tirar a camisa e Ana fechou os olhos. — Muito melhor. Porque está com os olhos fechados? — perguntou ele.

— Porque... você está sem camisa — sussurrou ela, ignorando seu lado criança e abrindo os olhos novamente — Desculpe, eu não sabia que você tava aí atrás.

— Você está aqui a pouco mais de 24 horas e já me deu prejuízo — disse, rindo.

— Fazer o que — ela deu de ombros — desculpe, sério.

— Não esquenta — ele riu. — eu estava brincando.

— Eu sei. —Stuckey pegou um pouco de café.

— Na verdade eu senti o cheiro do café, e tive que vir tomar um pouco. Sou viciado em café. — disse, sentando-se na cadeira — sabe que horas são?

— Não faço ideia — Ana respondeu. Por algum motivo que ela ainda não sabia, ficou tensa. — Bem, acho que vou dormir, John. Até amanhã.























— Bom-dia! — Stuckey sorriu quando Ana entrou pela porta da cozinha. — Então você decidiu ir na faculdade, é?

— Sim. Já fiquei uma semana fora, né — disse, pegando uma torrada e um pouco de café. — você já tomou café-da-manhã? — perguntou.

— Acabei de acabar. — riu. — achei que ia sozinho pra faculdade hoje, de novo.

— De novo?

— Bem, é. Eu morava com o Daniel antes — Ana demorou alguns segundos para digerir a informação.

— Hum... E... quando você foi me visitar lá naquela clareira, você ainda tava morando com o Daniel? — Stuckey passava o peso de uma perna para a outra. Sabia que tinha falado demais.

— Eu estava — sussurrou.

— Então quando você me fez aquela proposta de eu me mudar para cá... você ainda não estava morando aqui... e então, depois daquela noite você veio.

— Sim. — disse. — Ana, nós vamos nos atrasar... — Ana o interrompeu.

— Foda-se a faculdade. — suspirou. — E o Daniel não sabia disso? Não sabia que você tinha feito essa proposta pra mim? Não sabe do beijo?

— Claro que não! — ele se apressou.

— Então porque diabos você fez isso tudo? — gritou.

— Olha Ana, eu já te expliquei, e se você não quiser mais ficar aqui eu entendo, mas estava morrendo de preocupação.

— Hã?

— É uma expressão...

— Eu sei que é uma expressão! — exclamou. — desculpe, eu só... acho que já ouvi essa... — seus olhos se arregalaram.

— O que? — Stuckey perguntou.

























— Felipe, sua irmã já voltou pra casa? — Daniel perguntou.

— Ela tá bem, mas ainda não voltou pra casa... — disse. — ela me ligou, mas não me disse onde estava.

— Sua irmã é complicada — Daniel riu, mas Felipe mantinha uma expressão séria.

— Cadê o Stuckey? — Felipe indagou, curioso. — ele está sempre atrás de você, parece até sua sombra.

— Eu não sei onde ele está. Ontem combinamos de fazer alguma coisa depois do jantar, mas ele não apareceu. Obviamente estava pegando alguma garota, para não ir lá — suspirou — e ele também não veio pra cá hoje e não me avisou de nada. Não sei o que está acontecendo com ele.

— E aí cara? — Stuckey apareceu do lado de Daniel, sorrindo. — Estavam falando sobre mim?

— Estávamos — Daniel respondeu. — porque não foi na minha casa ontem, precisávamos falar sobre o A.X.L...

— O que é A.X.L? — Felipe perguntou.

— Nada — Daniel não deu importância. — Porque não foi lá?

— Tinha coisas mais importantes pra fazer, Daniel. E já disse que não vou mais te ajudar com isso... — sussurrou.

— Ah, oi Felipe. Oi John. — Ana passou ao lado dos garotos, sorrindo e acenando. — vejo você na sala. — disse, subindo as escadas. Fez questão de ignorar Daniel.

— Como ela sabe que seu primeiro nome é John? — Daniel perguntou, curioso.

— Não sei — deu de ombros. — Vamos logo para a sala, Daniel.






















— Ana? — Daniel apareceu em seu campo de visão, assim que ela deixou a sala de aula.

— O que quer? — perguntou, friamente.

— Tenho uma surpresa pra você... — Ana o interrompeu.

— Não quero nada que venha de você.

— Ah, por favor. — disse, postando-se na frente de Ana e segurando seus ombros. — Sei que não mereço a sua confiança, mas me dê uma chance. — a garota respirou fundo.

— Não vou te dar chance alguma. Se me der licença, eu preciso pegar uma carona com... um amigo meu — disse, agora começando a andar mais rapidamente.























— Eu já disse que o Daniel não é confiável... — Stuckey disse, pegando um pouco de coca-cola.

— Eu sei! Mas não posso fugir dele pra sempre, posso? — perguntou ela, pegando um pedaço de pizza — Isso aqui parece o paraíso — Ana riu. — pizza todo o dia.

— A questão é... — Stuckey continuou. — Se você ainda gostar do Daniel, ele vai dar um jeito de descobrir, e vai usar isso a seu favor.

— Não entendo como um cara tão legal como você virou amigo dele — disse, distraidamente.

— Bem, é uma longa história, se quer saber. Devo uma pro Daniel e, quando éramos menores, ele não era assim — suspirou. — fazer o que. Tenho que continuar apoiando-o.

— Acho que você devia sair dessa... sabe, tem muitas outras pessoas legais por ai pra você se relacionar. — Ana disse, contornando o balcão e sentando-se na mesa da cozinha.

— Tipo você...

— Tipo eu — Ana riu. — mas tenho certeza que vai se cansar de mim daqui á pouco.

— Eu duvido muito — Stuckey disse, sentando ao seu lado.

— Só não vamos mais falar de Daniel, ok? Quero comer em paz.

— Você é quem manda. — Stuckey piscou para ela. — vou pro meu quarto, tá? — disse, levantando-se com o pedaço de pizza inacabado na mão e a coca-cola. — A gente se vê amanhã.









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Notas finais do capítulo

E aí??????????????????? O que acharam do Daniel ser o A.X.L? Acham que ele gosta da Ana de verdade? E o Stuckey?



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