Eu era a ultima a deixar a sala de aula. Inuyasha nunca mais falou comigo. Ele desistiu de mim? O celular dele estava sobre a mesa, como ele poderia esquecê-lo?

Ao apertar um dos botões e desbloquear o telefone levei um susto a ponto de quase deixar o aparelho cair no chão. Porque a minha foto esta como papel de parede? Ele estava mentindo pra mim o tempo inteiro não estava?

- Por quê? – franzi o cenho e apertei o celular com força. Vibrou: era uma mensagem... Da Kikyo. Pelo visto ele conseguiu o que queria. Será que eu devo ler?

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Inuyasha eu não consigo te entender!

Porque você continua ignorando minhas mensagens!

Você me queria não é? ENTÃO PORQUE ESTÁ ME IGNORANDO AGORA!

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Percebi que havia mais cinquenta mensagens que ela enviou para ele e nenhuma foi respondida. NENHUMA. Mordi o lábio inferior para evitar as lágrimas. O que ele quer afinal? O sol estava se pondo. Já e tão tarde assim? Apressei-me em deixar a sala quando me deparo com ele caminhando em direção a mesma. Ele olhou para minhas mãos e só então eu lembrei que estava com seu celular. Estendi a mão desviando o olhar. Porque ele estava parado? Ele não quer seu celular de volta?

- Não me faça perder mais tempo. – falei fazendo com que ele não só segurasse o celular, mas minha mão também.

- E você vem comigo. – começou a me puxar. Eu não tentei pará-lo. - Kagome eu preciso conversar com você. – Disse parando perto dos armários no corredor.

- Me desculpe, eu li. – me olhou confuso

- Hã? Leu o que? – falou coçando a cabeça.

- A mensagem que a Kikyo acabou de mandar. – ele ficou sério. – Eu queria te perguntar uma coisa.

- Pode falar Kagome.

- Porque você está ignorando a Kikyo. – ele sorriu.

- Ela é só uma insuportável que não para de me perseguir. Não vale a pena eu respondê-la

- Então você me fez de boba por alguém que não vale a pena. – talvez ele tenha notado a tristeza nas minhas palavras.

- No inicio era desse jeito, eu não posso mais mentir. Mas agora é diferente Kagome.

- Eu estava tão feliz, pensando que você poderia corresponder aos meus sentimentos que me esqueci de desconfiar. Porque era assim tão de repente. – abaixei a cabeça. – Eu queria entender porque você fez isso.

- ... -ele fez silencio por um tempo - Kagome, eu não sei como te responder- respirou fundo- Eu estava gostando tanto da Kikyo, que estava disposto a fazer de tudo para tê-la de volta. – Minhas unhas estavam quase perfurando a pele das minhas mãos . Será que ele não percebeu o quanto isso está me machucando? Dóia demais ouvi-lo falando isso.

- Gostava tanto assim dela?

- Sim eu gostava dela. Mas não sinto mais nada. – eu quase suspirei de alívio.

- Mas e você  Kagome, está mesmo com o Kohaku? – percebi que ele estava incomodado.

- Sim.

-ah... E você gosta dele? – assenti com a cabeça. Ele me abraçou. – Gosta mais dele do que de mim? – senti meu coração acelerar e minhas bochechas esquentarem. Talvez eu ainda esteja – Kagome – Meus pensamentos foram interrompidos. – Me daria outra chance? – Usei todas as minhas forças e o empurrei.

- Me deixe em paz! – Ele me encarou meio assustado, ele estava tão confiante? Achou que seria fácil.

Inuyasha On:

Minhas costas se chocaram contra a parede. Ela me encarou irritada

– Me deixe em paz! – Mas apesar de ter levado um susto eu já esperava isso. Eu sabia que ela não me perdoaria assim.

- Sinto muito, mas não posso fazer isso. – me encarou confusa. – Está achando que eu vou desistir? Pelo menos tivemos uma conversa civilizada. – me levantei e comecei a andar. – Avise o Kohaku, que eu ainda vou quebrar a cara dele.

Sango On:

Liguei para Kagome a tarde inteira e nada dela atender.

- Droga! É importante! Porque ela não atende isso logo!

- Sango?

- Até que enfim deu as caras! Onde você estava? E porque esta vermelha desse jeito?

- Não foi nada. – Não é o que eu estou pensando é?

-Você estava com o Inuyasha não estava? – me encarou com os olhos arregalados, tentando arrumar uma resposta. - Kanna andou me contando umas coisas. – Ela sorriu maldosamente.

-Sango o que você descobriu?

- Nada demais, só que ela pode ser expulsa do colégio se descobrirem, de tanto que ela já aprontou.

- O que ela fez?

- Lembra o campeonato entre colégios da cidade? Que classificaria a nossa escola para a próxima fase, o colégio ganharia destaque e dinheiro. Nós perdemos em quase todas as modalidades e não nos classificamos adivinha por quê? Kikyo participou de um grupo de alunos que se juntou para sabotar e dar a vitória para o outro colégio. Ela era a líder pelo que Kanna me contou.

- Porque ela iria querer fazer isso?
- Simples o pai dela é diretor do colégio adversário, foi tudo armado.

- Mas porque ela não está no colégio do pai dela?

- Eles são separados, a mãe dela jamais permitiria isso. Não se preocupe Kanna tem como provar. Vamos fazer com que Kikyo seja expulsa.

Cinco dias depois:

Kagome On:

- Senhor Inuyasha onde pensa que está? – Inuyasha parou com a zona que fazia com os outros meninos na sala. O professor o fuzilou – Pra fora agora! – Bufou e saiu.

Todos riam, mas eu queria entender porque o professor não puniu todos que bagunçaram na aula.

-Higurashi? – será que eu pensei em voz alta?

-S-sim?

- Entregue isso ao diretor, por favor. – peguei a pasta e sai da sala em direção à diretoria. Inuyasha estava sentado no corredor, olhando para mim como se quisesse dizer alguma coisa. Ignorei e continuei meu caminho. Bati na porta, mas ninguém me atendeu, joguei a pasta por baixo da porta e comecei a caminhar em direção a sala de aula, quando de repente uma mão cobre a minha boca e outra me puxa para um corredor.

- Me larga! – dei uma cotovelada na barriga do ser que me puxou.

- Calma Kagome, sou eu. – falou Naraku com um sorriso divertido nos lábios me encarando.

- Da próxima vez, chamar meu nome basta. – tentei retomar meu caminho, mas fui impedida.

- Espera – me colocou contra a parede. – Vamos conversar. – Uma sensação de pânico começou a tomar conta de mim. Começou a se aproximar.

- Me-me larga. – falei tentando me soltar.

- Droga! – falou se afastando de mim depois de eu lhe dar uma joelhada na barriga. – Você não vai embora não! – Comecei a correr e ele atrás de mim. Apertou meu braço com violência. – Falei que você não vai!

- Solta ela! – Inuyasha chegou quase dando uma voadora em Naraku.

- Vai embora daqui idiota! Não se meta nos meus assuntos – apertou meu braço com mais força.

-Mandei você soltar! – meteu um soco em seu rosto fazendo ele me soltar imediatamente. Começaram a brigar.

- Que palhaçada é essa? – chegou o monitor do corredor. – Os três para diretoria agora! Inuyasha arrumando confusão de novo?

- Hey, mas dessa vez... – o monitor interrompeu.

- Agora! – o diretor não estava com uma cara muito boa.

- O que eles dois fizeram? – O monitor contou tudo. – E o que a Higurashi tem a ver com isso.

- A c-culpa não foi do Inuyasha senhor diretor. – Apontei para a marca vermelha em meu braço. – Ele só estava me defendendo dele. – Apontou para Naraku que me fuzilou profundamente.

- Isso aí no seu braço foi ele que fez certo? Mas por quê? – abaixei a cabeça.O diretor respirou fundo como se já soubesse do que se tratava – Naraku eu vou te dar um aviso. Se você tentar qualquer outra gracinha com as meninas será expulso! Já é a terceira vez! - Naraku levantou alterado prestes a sair. – Você esta suspenso! – Bateu a porta com força.

- E então o que vai fazer comigo? – perguntou Inuyasha. Coçou o queixo.

- Acho que vou te liberar dessa vez. – Inuyasha já ia comemorar. – Mas não faça de novo! Não se resolve isso com pancadaria ok? E quanto a você Higurashi, se Naraku fizer qualquer outra coisa fale comigo imediatamente. – assenti e fomos liberados logo em seguida.

- A aula já acabou? – Disse olhando todos os alunos saindo de suas respectivas salas.

- Pelo que parece sim – Sango veio junto com Kohaku.

- Oi Kagome! – Veio Sango sorridente na minha direção – Adivinha quem está nos esperando lá fora?

- Osagi? – perguntei.

- Sim, vamos tomar um sorvete? – assenti

- E eu não ganho sorvete? – perguntou Kohaku.

- Não, hoje só para as meninas. – falou Sango me puxando. Kohaku ficou olhando pra mim, parecia bravo.

Sango começou a me puxar para fora do colégio, mas Osagi não estava lá.

- Ué? Pra onde ela foi? – fomos procurá-la pelo pátio, e chegamos no jardim. – mas o que? – Sango falou assustada.

- Err... – me virei e também vi  a cena.

- S-SANGO, K-KAGOME! Não é o que vocês estão pensando! – Osagi estava aos beijos com um aluno.

- Quem é ele? – perguntou Sango.

- Eu não sei! – ela disse nervosa e vermelha.

- Hããã. Como assim você não sabe? Você estava...

- Não acredito, você não lembra de mim?? – perguntou o menino.

-... Não. E por favor, NUNCA mais faça isso ou eu chamo a policia! – estava vermelha, mas dessa vez de raiva! Ela parou para fitar alguém atrás de nós. - Kohaku?

- Nossa, não sabia que você era atirada assim Osagi...

- Espera Kohaku!

- Calma! Não é como se eu me importasse com você. Com licença. – foi tão ríspido com as palavras que até eu me arrepiei. Pude sentir a tristeza da Osagi.

- Mas você! – Sango virou enfurecida – porque você fez isso de chegar e beijar a menina sem mais nem menos? Isso é assédio! Quer morrer?

- Nossa como você é irritante em garota! – Senti a raiva crescer no interior da Sango. Fechou os punhos com muita força.

- Kagome, me ajude a ocultar o corpo mais tarde!

- Você não me assusta. Se fazendo de durona hein? – Autocontrole não pensamos que a Sango tinha. Ela não reagiu. Parecia... Calma? – Osagi, não se lembra de mim? Estudávamos juntos lembra? – Ela arregalou os olhos.

- Masamori?

- Conhece ele? – perguntei.

-Conheço, e vocês também. – olhei pra Sango.

- Acho que não...

- Não se lembram? Ele entrou na primeira série!  Sempre arrumava confusão com você Sango. – Sango estreitou os olhos.

- Nunca vi essa criatura antes. Muito mal educada por sinal.

- Quem quis partir pra agressividade hein?

- Sango sempre estudou uma série abaixo da minha. Mas confesso que também não lembro de você. – falei

- Eu costumava ficar só com a Osagi, por isso não se lembram de mim. – no final todos fomos tomar sorvete, mesmo que Sango ainda quisesse voar no pescoço dele. Despedimos-nos dele, e só nos três fomos caminhando até a minha casa.

- Não tem problema mesmo a gente ficar lá um pouco Kagome?

- Não que isso Sango! – olhei para Osagi meio triste. – Osagi, você está bem? – ela assentiu.

- Peço perdão por ele. Não sei por que ele está agindo assim. - falou Sango.

- Não me leve a mal Kagome. Mas porque você aceitou ficar com ele? –Osagi perguntou. Sango olhou pra mim assustada.

- C-como assim ficar com ele? – Sango me olhou desconfiada.

- Longa história... – Chegamos em casa, e eu contei tudo.

-ELE O QUE? Porque não  me contou isso Kagome!

- ... – fiquei em silencio, Osagi parecia aliviada.- *suspiro* Podemos discutir esse assunto depois? Temos que pensar no plano na festa, é hoje a noite.Vai ser nossa primeira tentativa.- Osagi se levantou para ir.

- Osagi, você já vai? – perguntei.

- Sim, tenho coisas a fazer agora. – e saiu. O que deu nela?

A NOITE...

- A gente pode se dar mal falando isso na frente de todo mundo também! – falou Sango.

- O que importa? Pelo menos entregamos aquela que arruinou a chance do nosso colégio crescer – falei.

-Está mesmo pronta? – Assenti .Meu celular tocou era uma mensagem

- Quem é? – perguntou esticando o pescoço curiosa.- Desviei o olhar e Sango fechou a cara.- O que ele quer dessa vez?

-Ele quer conversar comigo.

- E você vai?

- Dá tempo? – ela suspirou.

-Não demore! – saí e cheguei ao local marcado.

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Em cinco minutos

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- Ainda vai me fazer esperar... – balbuciei. Parei em frente à escada. – Devo ir embora? – senti um arrepio na espinha. Olhei para trás e nada. Todas as salas estavam trancadas por causa da festa. A única iluminação estava voltada para a escada. De repente a luz apagou e ficou tudo escuro. Dava pra ouvir dali o falatório apavorado no auditório.

-Idiota! – ouvi uma voz atrás de mim, senti algo se chocar contra as minhas costas. – Eu estava caindo.

Inuyasha On:

Estava tudo escuro. Tropecei em alguma coisa que rapidamente se acendeu. – Mas o que o celular da Kagome faz aqui? – falei pegando o aparelho do chão. A luz acendeu  assim que me virei e  vi sangue na escada. Desci e vi um corpo estendido no ultimo degrau. O desespero tomou conta de mim assim que o reconheci.

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- Ouviu isso? – a secretaria perguntava ao diretor – correram em direção aos gritos. As pessoas ficaram confusas menos as que reconheceram a voz. Sango não conseguia se manter em pé, sendo ajudada por seu irmão.

Miroku e Inuyasha tentavam estancar o sangue dos ferimentos. Inuyasha estava louco, se culpando.

- Já liguei para a emergência – avisou a secretária. Trinta segundos se passaram.

- PORQUE ESSA DROGA DEMORA TANTO! –Inuyasha gritava. Kikyo e Kanna chegaram.

-O que está acontecendo aqui? – perguntou Kikyo.

- Kagome sofreu um acidente! – falou Miroku. Ele olhou confuso para Kanna- O que foi?

Kanna olhava fixamente para a cena. Kagome com um rasgo na cabeça, Inuyasha desesperado. Parecia que ela ia enlouquecer!

–Kanna?KANNA? – Kikyo deu uma cotovelada nela. – Quer que suspeitem de nós? – sussurrou.

- Nós?- pensou. – Mas o que eu fiz?

- Por aqui! – orientava a secretaria. – Vou avisar a família.

- Me deixe ir por favor! – implorava Sango chorando. – o diretor suspirou.

- Pode ir, mas eu vou de carro logo atrás. Mais alguém?

-Eu! – gritou Inuyasha

- Você vai Taisho? – perguntou o diretor.

- Sim. Eu sou o namorado dela.

- Ok então.

- O QUE? – Kohaku ia impedir, mas Miroku o segurou tampando a sua boca o mais forte o possível. – Inuyasha fuzilou Kohaku antes de sair pela porta da frente. – MIROKU SEU IDIOTA.

- Ele fez bem. – Sango falou.

-Ta defendendo ele??? – Kohaku indignado.

- Você esta obrigando a Kagome a ficar com você. É preferível que o Inuyasha vá!

- Como se atreve?? – Kohaku esta ficando alterado. – Você só tem me criticado nos últimos dias!

- Você só tem feito coisas erradas, queria que eu parasse e assistisse meu irmão afundando.

- GRRRR – Miroku se intrometeu na conversa.

- ELA SÓ QUER O SEU BEM!

- NÃO SE META MALDITO! – Kohaku avançou para cima de Miroku.

- AAAAAAAAAAh! – Sango começou a gritar.