Como Apenas Conhecidos escrita por dream3r
Bom, pra começar bem a história eu tinha uma queda por ele no colegial, não éramos próximos ou algo do tipo. Os amigos dele não eram próximos de mim e eu mal falava com eles. Conclusão: não tínhamos um meio de contato, a não ser um clube inusitado criado meio as espreitas, criado pelo meu professor – inclusive uns dos melhores que já tive – que nos proporcionava maravilhosas aulas de português e literatura, que tinha o objetivo geral de chamar atenção de meninos e meninas do colégio para poesia. Mas tudo era de um jeito diferente, possuíamos codinomes o meu era algo vergonhoso que não merece nem ser mencionado.
Bem, nesse clube eu e Marcos, ou meramente Mark, como o chamavam - participávamos assiduamente, junto com algum grupo um tanto inusitado e bizarro do colégio, todos os encontros tinham uma pauta interessante e tínhamos até 24 horas para postar no site oficial do nosso clube, com nossos codinomes, a nossa poesia. Somente nosso professor sabia quem estava por trás dele.
Em dia quente de verão, o colégio estava praticamente as moscas no horário de encontro do grupo. Como estávamos quase em férias, somente eu e alguns outros havíamos chegado. Eu era/sou tímida então fiquei quieta no meu canto, mas de repente ouvi:
-Ei, você aí!
Olhei pra trás um pouco esquiva e perguntei:
-Eu?
-Sim você, disse Mark.
Ele nunca havia falado comigo desde o início do ano, pensei comigo mesma.
-O que será que ele quer? – pensei
-Então, Elisangela...
-Elizabeth – disse corrigindo-o, com toda minha educação.
-Ok, Elizabeth – falou ao revirar os olhos – de que turma você é?
-Bom, eu sou da mesma turma que você desde a 8ª série – falei eu, um tanto nervosa e muito chateada por ser colega dele há mais de 2 anos e ele nem se quer saber meu nome direito. Mas ele era atleta, possuía muitas garotas, quem era ele pra saber o nome de uma pobre plebéia como eu?!, pensei.
-Sério? Você senta no fundo, Elisa?
-Não, bem na frente, e por favor, me chame de Elizabeth.
-Como preferir. Já vi que você é um tanto marrenta.
Bom eu era mesmo, não nego.
-Hum, bom o professor está chamando, acho bom irmos, -
avisei-o.
Ele pegou meu braço, como um forma de me trazer de volta e disse:
-Adorei falar com você, Eliza...beth.
-Tudo bem, Marcos.
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