Annabeth Liddel POV

– Eu não gosto de você como você quer que eu goste. Você é meu amigo. Pronto. Eu estou começando a achar que você é muito obsessivo.

– Um dia você ainda vai se arrepender. – Ah ta, garoto. Acredito muito que eu vou me arrepender mas... Opa... Uma lâmpada acendeu encima da minha imaginária mente. Cherie.

– Eu preciso de um tempo. Talvez eu aceite as suas propostas. – Hmmmm, sô tarada. Pra encher o Juca da esperança eu dou um beijinho no canto na boca dele.

Hmmmm, sô safada mesmo. Eu saio da cozinha e eu até posso ver o sorrisin tarado na cara dele.

– Anninha! – Pffff... Esse Jake fio da mãe.

– Dae cumpadi. – Nossa virei mano agora. Vou cantar Projota, vestir short curto, boné de aba reta e camiseta da Oakley. Faço QUESTÃO de me sentar bem perto do Juca e BEM longe do Andy. Muahahaha meu plano vai dar certo.

Agora vou ficar um tempinho aqui, vegetando com a cambada e depois vou por o meu plano em prática.

BA DUM TSSSS

(...)

Vou aproveitar que todos estão distraídos com o desenho da Casa do Mickey e vou ligar pra Daddie e chamar ela pra cá.

– Alô, Cherie? Finalmente me atendeu né criatura divina! – Nossa nem pra falar no telefone essa vaca para de comer!

– Alô. To comendo. – Não falei? Por isso que ela demora pra responder. – Mas pode falar. E aí? Esqueceu de mim né? Iria esquecer da Cady também se ela não trabalhasse com você.

– Cala a boca e me escuta. Tem como você vir aqui pra minha casa? É coisa de vida ou morte. Mais pra morte. E venha com aquela roupa do nosso segundo show... Aquele de 1999.

– Hã? AQUELA roupa?

– Você é surda? Venha com aquela roupa sim e venha rápido. Ah... Não entre no meu apartamento. Entre no da frente. Eu não vou estar aqui. Só um garotinho besta e você vai ter que fazer o que tem que fazer com ele e... Eu quero pegar vocês no flagrante entendeu? Fala que você foi no Starbucks procurar a gente e achou que ainda estávamos no apartamento e veio verificar... Sei lá. Minta. Quando eu chegar, minta. Você sabe o que fazer... Tudo... Já me ajudou com o Jeff. Ah, não esqueça de um detalhe: Deixe a porta do quarto ABERTA.

– Ah, você quer que eu seduza um amiguinho seu? Podexá.

– VENHA AGORA.

– Ta né... – Aff... Gente lerda ninguém merece viu?

– Quem? – Pfffff... Andy fez curso pra assustar as pessoas só pode, por que né...

– Qual é a sua vida de fininho atrás dos outros, Andy?

– Calma. Com quem você tava falando?

– Uma menina da minha antiga banda. Vou encontrar Cherie no Starbucks. Quer ir? Chama o resto do povinho e vamos no meu Cadillac.

– Ta. – Muahahaha eu sou um cérebro por um todo mesmo. Juca nunca gostou de café e o Starbucks é uma cafeteria e pra complementar a minha maleficidade ele ainda ta dormindo. Morram com a minha inteligência.

(...)

– Um capuccino com muita canela. – Eu peço à guriazinha com aquele negocinho de anotar o pedido.

– Eu um chocolate. – Andy

– Eu e o Jake queremos aquele Frapuccino. Tem como por pimenta nele?

– E eu quero um café normal sem açúcar.

(...)

Cherie (Daddie) POV

– Aff... Seduzir esse garotinho aí? Fácil. – Eu sussurro olhando pro garoto adormecido com a cabeça escorada no braço do sofá. – An... Moço?

– O que? – Ele pergunta se espreguiçando. – Quem é você? Cadê o pessoal?

– Sou Cherie. Amiga da Anna. Ann... Você é muito bonito sabia? Eles saíram... Foram tomar um café e passear... Você quer se divertir um pouco antes que eles cheguem? – É notável que ele bebeu um pouco. Pf... Isso vai ser muito fácil.

– Eu nem te conheço.

– Quer conhecer melhor?

– Não.

– Argh. Vem aqui. – Eu me sentei no sofá e o fiz ficar sobre mim. Cinco segundos antes dele quase comer a minha boca. Eu estou quase. Pego o celular disfarçadamente e envio um ‘ok’ pra Anna.

Agora é só trepar no quarto dele e rezar pro plano da Anna dar certo. Falando em quarto... Ele já ta me levando pra lá. Garotos são tão fáceis...

Annabeth Liddel POV

Ah. Eu recebi uma mensagem dela. Tudo vai dar certo! Os cafés chegam e eu tomo quase todo o capuccino de uma só vez, quanto nervosismo!

– Vai se afogar criatura. – Andy jogando macumba. Ê povinho que me ama viu?

– Não vou. Bebam logo... Eu quero ir pra casa. Anda! Anda! Sem enrolação, Jake. – Nossa, quando eu fico nervosa eu dou a louca em todos os sentidos. Afinal... Eu estou nervosa.

– Mas você que nos chamou e essa tarde ta tão proveitosa e... – Cansei do Ashley. Quem adota esse cãozinho vira-lata?

– Psss... Quietos. Tomem essas porcaria e vamos logo pra casa.

(...)

3...2...1. Eu estaciono o meu Cadillac do lado da moto do Andy. É agora.

Porra, mas esse elevador não sobe logo? Eu aperto compulsivamente o botão do terceiro andar e essa merda fica enrolando.

– Vai quebrar o botão desse jeito. – CC.

– E se eu quebrar? – Argh. Fiz dourotado em grocisse. Enfim... O elevador chegou no nosso andar e eu corri pra abrir a porta. Noooooossa, mal entro e tem algumas peças de roupas jogadas no sofá e o vestido que a Cherie usou no nosso segundo show, em 1999.

Como se eu tivesse com muita curiosidade, caminhei sorrateiramente até o quarto do Juca e nossa, esses caras acham que não tem vizinhos por que só falta gritar...

– Anna o que... – Aff Andy intrometido... Eu to tentando encarnar uma personagem dramática aqui sabia? Enfim...

E abro a porta. Abro não... Empurro e ela faz um estrondo enooooooorme que assusta o meu queridinho ficante adúltero.

– A-Anna? – Juca fica com os olhos tipo... Muito arregalados. Eu pisco pra Cherie e ela sorri de volta.

Ah... Eu sou uma gênia.

– Oi Anna tudo bem? – Cherie merece um prêmio nobel pela sua atuação. – A gente só tava... Sabe... Difícil de explicar.

– Não... Por mim tudo bem... Podem continuar com o que estavam fazendo. Eu só fiquei com curiosidade. Desculpe a interferência. – HAHAHA sou muito troll.

– Eu estou confuso. – CC fala depois de fechar a porta do quarto do Juca pra mim.

– Me diga: Quando você não está confuso? – Eu sorrio eu seguro o braço do Andy. – Andy vem comigo por favor.

(...)

– É isso. Agora eu não tenho nem um tipo de ligação com o Juca agora. – Eu fico arfando depois de contar pela centésima vez pro Andy o que realmente aconteceu.

Andy Sixx POV

É agora ou nunca.