2 anos depois

Vocês podem conferir as imagens gravadas exatamente dois anos atrás, de quando o mundo teve seu primeiro contato alienígena conhecido, e foi protegido pelo grupo de homens corajosos denominados de Vingadores...

A repórter continuava narrando os acontecimentos que fazia aniversário e na tela um conjunto de imagens gravadas pelos civis que tentavam se proteger do ataque mostrava aos telespectadores as cenas terríveis vividas em Nova Iorque. Um homem no alto de um prédio parecia ser o comandante do ataque, mas em todos os vídeos seu rosto aparecia distorcido de forma que não se podia reconhecê-lo.

- Ai, já estou cansada desses americanos que acham que são o centro do universo, viu! – declarou Rose jogando-se no sofá ao lado de Tom e dando lhe um beijo no canto de sua boca enquanto pegava um punhado da pipoca que estava na travessa sobre o colo dele. – Vamos assistir algo melhor... ou fazer algo melhor – sorriu maliciosamente para ele ao desligar a tevê pelo controle remoto.

Tom pousou a bacia com a pipoca na mesa de centro da sala e puxou Rose para seu colo, de forma que a pudesse beijar prolongadamente. Ela tinha sido tão boa para ele desde o começo, quando despertara sem qualquer recordação de quem poderia ser, e agora estavam noivos. O casamento seria dentro de três semanas e ambos estavam excitados com a aproximação da data, embora Rose ressentisse que o irmão, Heath, estivesse ausente para competições de halterofilismo no exterior.

 - Eu ainda não acredito que a Terra sofreu um ataque alienígena e eu não consigo me lembrar disso – disse Tom agora que tinham parado o beijo. – Aliens não existe... isso contraria qualquer lógica.

- Senhor Lógica, nem tudo é o que parece. Para mim, por exemplo, você veio de outro mundo! E caiu de pára-quedas na vida, se quer saber. Vou fazer mais pipoca, você comeu quase tudo, seu guloso!

- Não, pipoca não. Faça um daqueles seus pudins que eu gosto tanto... É por isso que Andrew gosta tanto de você no trabalho: ninguém cozinha melhor que vocês com essas suas mãos... – Então ele começou a beijar as mãos de Rose e ela riu um pouco.

- Tudo bem, pudim. Vou aproveitar e levar um pouco para nosso novo vizinho; vamos fazer uma visita mais tarde, o que acha?

- Por mim está tudo bem. Mas você viu o tamanho dele... quase como Heath, Rose. Tem que ser um pudim bem grande – Tom brincou enquanto a seguia para a cozinha, abraçando-a pelas costas e beijando-lhe o pescoço.

Mais tarde eles tocaram a campainha da casa ao lado. A varanda estava cheia de caixas vazias, resultado da mudança recente, e quando o visinho abriu a porta para eles, Tom entreviu mais caixas ainda cheias dentro da casa. O homem louro abriu um grande sorriso para os dois em sua porta e por algum motivo Tom associou o sorriso dele ao sol.

- Vocês moram aqui do lado, não é? – perguntou ele, ainda sorrindo. – Eu estava pensando em fazer uma visita quando terminasse de arrumar tudo... Está uma bagunça por aqui, então não reparem se eu não chamar vocês para entrarem. Eu sou Thor.

- Oi, Thor! Esse aqui é o Tom, meu noivo; e eu me chamo Rose.

- Nós trouxemos pudim – disse Tom, apontando para o pacote escondidos sob os guardanapos nas mãos de Rose.

- Nossa, obrigada! Vai ser meu jantar... ainda não consegui descobrir como preparar a comida...

- Nunca morou sozinho antes? – sugeriu Rose, com ar de quem sabe das coisas.

- Não – respondeu Thor, com seus olhos azuis elétricos passando do Rosto de para o de Tom. – Meus pais decidiram que era bom eu passar algum tempo longe de casa, para tentar aprender algo sobre ter mais responsabilidade...

- Oh, bem, nesse caso, por que você não se junta a nós hoje para o jantar? Rose e eu ficaríamos felizes se você pudesse, não é mesmo querida?

- Sim, vamos! Você pode ficar conversando com Tom enquanto preparo tudo.