Seus Olhos. escrita por Jee Fernandes


Capítulo 7
Triste despedida.


Notas iniciais do capítulo

olha eu aqui outra vez...



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POV Madu.


Abri meus olhos com um pouco de dificuldade, pois minha cabeça ainda doía, olhei ao redor e percebi estar no meu quarto na casa de Helena, como fui parar ali eu não sabia.


Flash back on


Eu havia saído cedo, por volta das cinco e pouco da manhã, tinha me decidido que já estava na hora de visitar minha família, fui para o cemitério andando mesmo já que não era muito longe, apenas uns quatro quarteirões, pra ser sincera não fazia ideia de como agiria diante da lapide das pessoas que mais amei na vida, assim que vi os nomes e as fotos me ajoelhei no gramado e comecei a chorar acariciando as pedra fria, onde estavam gravados os nomes de meus entes mais queridos.


– Oi. – disse para a lapide, como se fossem eles que estivessem diante de mim. – mãe, pai, Sam. – as amargas lagrimas já caiam em meu rosto. – Sinto a falta de vocês,  por que vocês tiveram de partir e me deixar aqui, isso é tão injusto sabia?  Mãe sinto saudade de você pedindo para te ajudar a arrumar a casa, de toda vez que você se arrumava para sair vinha até mim e dava uma voltinha para eu ver como tinha ficado, de cada palavra que me dizia quando eu estava triste, ah mãe como eu queria que você estivesse aqui, todos vocês. Pai se lembra de quando descobriu que eu tinha dado o meu primeiro beijo? Você surtou, e de como dizia que os garotos eram assunto proibido, até os 30 anos pelo menos?. – ri sem humor. – pois então eu te decepcionei pois eu já tive 2 namorado escondidos, quer dizer mamãe e Samanta sabiam e me ajudavam, desculpe por favor. Ah Sam como eu gostava de implicar com você, de mandar você arrumar meu quarto em troca de eu não contar ao papai sobre suas brigas na escola, como a Mila  e por causa de um garoto que você nem sabia o nome, como eu te queria aqui para poder falar o quanto te amo e quanto eu pirei quando você nasceu, na verdade eu achava que era uma bonequinha que mamãe tinha comprado pra mim, mas ai a mamãe deixou eu te segurar no colo, com ela junto claro, e você vomitou em mim, eu pedi pra ela te jogar fora, eu até tentei fazer isso quando já éramos maiores, mas não deu certo é minha irmã a verdade é que eu te amo que sempre te amarei. – a essa altura o choro estava incontrolável, e sentia uma dor imensa no meu peito, como se meu coração tivesse sido arrancado a força, fiquei calada por um bom tempo só sentada pensando, nem sabia quanto tempo havia se passado, já que a bateria do meu celular tinha acabado, não me importava com a fome ou com a cede nada iria me tirar dali, até eu me sentir preparada para isso, as lagrimas haviam secado, agora eu estava só ouvindo meu mp3, e assim foi até sentir fortes dores de cabeça e uma fraqueza inevitável devido não ter me alimentado, quando sentia frias gotas de chuva tocarem meu corpo tentei me levantar para ir embora, e minhas pernas fraquejaram e eu cai ajoelhada novamente, esperei um pouco deixando a chuva me molhar, quem sabe ela não possa levar embora aquela tristeza que tomava conta de mim? Se deu certo não sei, só lembro de tentar levantar e novamente cair, e antes da escuridão me tomar por completo primeiro eu vi um par de olhos azuis e depois apenas escuridão.


Flash back off.



Levantei e fui direto para o banho, um longo e quente banho, pra raciocinar direito. Arrumei-me e desci pra falar com a Helena,  já se passavam das 19h00, encontrei Hele junto com Matheus sentados na cozinha.


– oi. – disse os fazendo olhar pra mim.


– Madu como você esta?. – Helena disse vindo me abraçar.


– eu estou bem agora. Só não lembro como voltei, a ultima coisa que lembro é de estar no cemitério e apagar.


– Vem senta aqui, vou te contar como você chegou em casa. – a obedeci e sentei, de frente pra ela e ao lado do traste. – Bom como você lembra de tudo, só o que tenho a dizer é que o Guilherme, o anestesista do hospital onde eu trabalho, ele estava visitando o tumulo da mãe e te viu cair , ele te levou pra casa dele por causa da chuva e como o pai dele é medico, ele mesmo te examinou, colocaram o seu celular pra carregar e viram minhas chamadas, depois que me ligaram eles trouxeram você, e o Gui levou você pra sua cama, aparentemente esse desmaio foi por conta de a Senhorita ficar o dia todo sem comer, por tanto vamos jantar todos juntos pela primeira vez. – disse ela sorrindo.


– bom então eu preciso agradecer esse tal do Gui né. – disse sorrindo.


– o Gui é um amor mesmo. – Helena disse com um sorriso de canto e Matheus bufou. – olha só que filho ciumento, só por que eu vivo dizendo que ele é como um filho pra mim.


– que ciúmes o que. – disse o mal humorado. – a gente não ia jantar não então vamos logo já estão prontas? não estão né, então vão se arrumar.



Helena e eu subimos e nos arrumamos rapidamente, logo estávamos a caminho do restaurante italiano que Hele havia escolhido, tivemos um jantar ótimo bem tranqüilo e quando voltamos cada um seguiu seu rumo, eu fui pro quarto, o traste também foi pro dele, já Helena ainda tinha que ir pro hospital como ela era plantonista tinha uma rotina bem corrida.

Subi pro quarto, mas nada do sono aparecer, pelo menos no dia seguinte não teria aula. Pouco depois de ouvir o carro de Helena sair, um certo alguém entrou no meu quarto sem ao menos bater.


– o que você quer?. - perguntei sem paciência.


– calma só quero conversar um pouco.


– sobre?


– o que aconteceu hoje, minha mãe ficou preocupada.


– desculpa, mas eu prefiro esquecer o dia de hoje.


– tem certeza que quer esquecer, pois eu tenho um jeito fácil quer experimentar?


– que jeito? – perguntei desconfiada.


– desse. – disse mostrando uma jarra com a mesma mistura da noite passada. – bebe comigo?


– só um pouco. - disse pegando um copo, estava precisando mesmo esquecer, nem que só por um momento, mas precisa esquecer minha triste despedida.


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Notas finais do capítulo

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