POV Madu.

Não podia acreditar no que estava acontecendo, o céu estava simplesmente desabando sobre minha cabeça, a tempos não sentia uma dor tão grande, para ser exata desde que ele nasceu, desde que eu descobri que amor incondicional existe, só de pensar no que podem estar fazendo contra ele fazia uma agonia tomar conta de meu coração, ouvi a agente que me acompanhou do tribunal comunicar que a equipe que cuidaria do caso estava lá embaixo, procurei me acalmar antes de descer, não era fácil, mas era preciso, pelo meu filho, apenas por ele, suspirei enxugando as lágrimas que ainda caiam e tomei coragem para descer e encara minha sala cheia de pessoas armadas.
- Olá de novo senhora, bom como ainda não me apresentei, sou o agente Harpper - se apresentou o mesmo agente que procurou me acalmar no tribunal. - e esta é a equipe que estará no caso, agente Gouveia por favor. - estanquei ao ver o tal agente se aproximar, aqueles olhos azuis que a tanto tempo não via, aqueles traços que tanto me faziam lembrar, meu filho, segurei as lágrimas, e percebi que as reações de Matth eram semelhantes a minha.
- Madu? - perguntou mais pra si próprio recebendo olhar curioso do agente que parecia ser o chefe.

- Vocês se conhecem? - perguntou o tal homem e Matth apenas assentiu ainda me encarando.

- sim, embora não nos vemos a sete anos. - respondeu pedindo para conversar a sós com ele.

Continuei parada no mesmo lugar, agora mais do que nunca minha cabeça estava confusa, suspirei derrota ao perceber que ter Matth por perto me lembrando constante mente, meu filho, me deixaria ainda mais angustiada, continuei fitando o chão até perceber que os dois haviam voltado.

- bom senhora peço que converse um pouco com o agente Golveia, já que como se conhecem, se sentira mais a vontade. - apenas assenti. -enquanto isso passarei o caso para o resto de vocês. - disse para o resto.

- Podemos conversar a sós? - Matth perguntou se aproximando, assenti e subi para o quarto do Juan. - Quanto tempo né. - falou assim que entramos no quarto, observando tudo ao redor e pegando um retrato recente. - ele esta grande. - disse sorrindo triste. - ele tem seus olhos, posso me sentar? - apontou a cama, apenas assenti, eu realmente não consegui mais segurar as lágrimas. - calma, em primeiro lugar temos que nos manter estáveis, para conseguirmos lidar com isso. - quanto mais eu o olhava mais vontade chorar eu tinha. - calma, ei vem cá. - Matth me surpreendeu em um abraço, e pude sentir suas lágrimas caírem em meu ombro. - você pode não acreditar mais, eu nunca deixei de pensar nesse filho um só dia, sempre antes de sair para trabalhar olho a foto que minha mãe mandou. - abriu sua carteira revelando a foto do meu filho. - minha mãe sempre me mandava fotos dele, eu sei que não fui um pai presente, e nem sei se ele conhece um outro pai. - suspirou deixando mais lágrimas caírem. - mas, pode ter certeza que eu farei o possível para traze- ló de volta pra você, agora pelo menos dessa vez você terá que confiar em mim, consegue fazer isso? - perguntou encarando meus olhos e pela primeira vez senti que poderia confiar nele, apenas assenti. - Ótimo, agora precisamos limpar as lágrimas e procurar qualquer coisa que possa nos apontar algo, pode fazer isso? Pode me ajudar a nos ajudar?
- Sim, pelo meu filho. - só pelo meu filho, repeti em pensamento como se fosse uma prece.
- tá, então primeiro eu preciso saber quem costuma frequentar a casa, quem mora aqui, quem costumava saber de seus horários, coisas básica. - assenti, e enxuguei meus olhos respirando fundo.
- bom morar somos apenas eu e ele. - o vi me fitar curioso, mas apenas ignorei. - ele tem uma babá fica três horas com ele de segunda a sexta, ela é a única empregada da casa e como tal sabe todos os horários, fora ela apenas Camila e Jhon frequentam aqui. - Matth encarou pensativo.
- tudo bem, nome e endereço da babá, vou pedir para chegar os antecedentes. - e bom Camila e Jhon são praticamente de família, mas de preferência se eles puderem vir aqui, bom eu vou chamar a agente Katarine para conversar com você, preciso acertar alguns detalhes, vai ficar bem? - ascenti e senti um beijo em minha testa de certa forma saber que ele também estava preocupado com a segurança, do meu anjo, me dava um pouco de conforto.

POV Matth.

O destino só podia estar tirando uma com minha cara, não que eu não quisesse reencontrar a Madu e conhecer meu filho, só esperava que em outra situação, desci a procura do agente Harpper, precisava saber tudo o que ele já sabia, primeiro pedi para Katarine subir e tentar conversar com a Madu, depois segui até os fundos onde encontrei, Harpper no telefone, parecia irritado, esperei que terminasse de conversar antes de começar meu questionário, nada de importante até então, respirei frustrado.

- O pior é que não temos, nem uma pista, desafetos sendo promotora,o que é normal, e eles acertaram o ponto fraco de em cheio. - suspirei ao concordar com ele. - Bom os procedimentos você já sabe, eu tenho que voltar para a base, mantemos contado e se houver algum telefonema, e-mail ou qualquer coisa estranha me ligue imediatamente ok. - assenti, vendo- o se afastar, fiquei um bom tempo imerso em meus pensamentos recordando as cenas do vídeo, quando dei por mim um casal adentrava o portão, observei os por um momento atá ver Jhon me encarar e se aproximar.
- Matth! - exclamou ao me ver. - você sabe que eu deveria socar sua cara né. - bufei sem humor, recebendo o abraço dele e pela primeira vez no exausto dia pude desabar, pelo menos por um momento.