Sai do hospital com uma Helena eufórica do lado, e não tinha como negar que eu também estava um menino lembrei que o sonho do meu pai era ter um filho homem, sempre dizia que era pra que se algum dia ele  chegasse a faltar teríamos um homem pra cuidar de nós das três mulheres da vida dele.

- Madu está me ouvindo? - balancei a cabeça voltando minha atenção para Hele.

- desculpe só estava pensando em algumas coisas.

- tudo bem, querida eu só estava dizendo que terei que te deixar em casa e voltar logo pro hospital. - sorriu de lado olhando para minha barriga.

- sem problemas Hele, vou aproveitar para descansar um pouco. 

- Madu um menino, um neto isso é muito estimulante. - sorri diante da empolgação dela.

- sim um pequeno príncipe. - disse passando a mão sobre minha barriga.

 Hele fez o caminho até a casa dele bem rápido apenas me deixando e saindo em seguida, entrei em casa indo direto para meu quarto, tinha decidido ir ao cemitério troquei novamente de roupa e peguei meu celular desci as escada colocando meu fone de ouvindo e levei um susto ao abrir a porta e dar de cara com o Matth, enquanto uma dúvida ecoava em minha mente falar ou não o sexo do bebê para ele.

- minha mãe esta em casa? - perguntou acho que só por perguntar.

- não ela já foi para o hospital e bem eu estou saindo então caso vá sair tranca a porta ok. - disse passando por ele deixando o fato sobre o bebê de lado.

De casa até o cemitério era relativamente perto então logo já me encontrava caminhando entre os túmulos, diante do clima nostálgico que o lugar transmitia em outro momento só de pisar ali já estaria em prantos, mas hoje meu coração estava incrivelmente calmo, me joelhei próximo ao jazido de minha família e em um depois de um longo suspiro comecei a falar.

- Oi família, Pai, Mãe, Sam, vocês não sabem como minha vida está de cabeça pra baixo, tantas coisas me aconteceram coisas que no começo me confundiram, mas hoje é para isso que busco forças para seguir em frente eu não o que vocês achariam sobre isso, mas sei que estivessem aqui nada disso teria acontecido, nem sei por que estou me enrolando tanto de qualquer forma é come se eu estivesse realmente perante vocês dizendo que estou grávida, até posso  imaginar a reação da Sam gritando e pulando feito uma louca. - sorri diante de tal pensamento e permaneci longos minutos em silêncio. - Bem não sei bem o que Papai pensaria, mas tenho certeza de que a mamãe me apoiaria desde o primeiro momento eu sei que demorei pra vir visitar você me desculpem, mas eu tenho uma surpresa principalmente Pai, embora não saiba o que você pensaria em primeiro momento sei que depois de saber que é um menino, isso mesmo um menino, você iria se render a esse bebê eu sei disso, porque você papai foi o melhor homem que esse mundo já perdeu, amo vocês e precisa contar a vocês que agora não estarei mais sozinha, bom agora eu preciso ir embora que o bebê já está com fome. - sorri ao ouvir meu estomago roncar. - Até logo meus amores.

Peguei meu celular e liguei para o Gui não demorou muito para ele atender.

Ligação on ~

 - alô. - atendeu.

- Oi Gui tudo bem?

- Oi Madu tudo sim, a Hele te avisou sobre a consulta?

- avisou sim ela perguntou se você tinha me avisado.

- então eu tinha ficado de avisar você, mas to resolvendo umas coisas aqui e terei que viajar hoje, mas volto no domingo.- falou um pouco sem graça.

- entendi, mas esta tudo bem?

- sim esta é apenas algumas formalidades sobre a faculdade que ficaram pendentes, mas passo pra te ver antes de ir tudo bem?

- ok, só que não estou em casa.

- esta no hospital? Posso passar te pegar já estou no carro.

- não eu estou no cemitério.

- então me espera ai na frente que eu já passo ai ok.

- ok até mais beijo. - me despedi desligando o celular.

Ligação off ~

Me despedi mais uma vez da minha família e segui para entrada do cemitério, não demorou muito para avistar o carro do Gui, entrei o cumprimentando com um beijo.

- tudo bem? - perguntei segurando sua mão.

- tudo, mas tenho que viajar hoje para resolver pequenos detalhes, e você como foi o exame? - perguntou começando a dirigir.

- foi bem deu para ver o sexo e tudo. - respondi casualmente.

- e tudo que você tem a dizer é que deu para ver o sexo, eu quero é saber o sexo. - perguntou eufórico.

- então é um menino. - falei passando a mão na minha barriga.

- que legal Madu um meninão e os padrinhos já sabem?

- não só vou ver o Jhon e a Camila amanhã. - sorrimos uma para o outro e passamos o curto caminho que faltava em silêncio.

- Pequena volto no domingo a noite, te ligo quando chegar ok. - perguntou estacionando o carro.

- Ok então até domingo. - sorrir ao ser puxada para outro beijo.

- cuida bem desse menino viu. 

- pode deixar, nos vemos domingo. - acenei saindo do carro e esperei até que ele desaparecesse de vista. - droga. -murmurei ao constatar que havia esquecido minhas chaves no carro do Gui.

Apertei a campainha na esperança de ter alguém em casa, apertei acho que umas vinte vezes sem resultado suspirei derrota e me sentei próxima ao portão esperando alguém chegar, 5 minutos mais tarde finalmente vi a porta da sala ser aberta, mas continuei sentada.

- você que estava apertando a campainha? - Mattheus perguntou coçando os olhos.

- sim demorou heim.

- ah desculpe se você demorou pra me acordar. - falou debochado. - mas você mesma pediu para fechar a casa e não levou as chaves?

- eu levei, mas esqueci no carro do Gui. - bufou ao abrir o portão e murmurar algo indecifrável.

Passei por ele indo direto para cozinha estava realmente com fome e para minha decepção só tinha coisas saudáveis e realmente não era o que eu queria encarei a a geladeira por longos minutos antes de desistir que uma pizza se materializasse ali. a fechei e corri pra sala precisava falar com o Jhon urgentemente, Disquei o número já decorado por mim sem sucesso ele já deviria estar em aula pois seu celular só dava na caixa postal desisti e me joguei no sofá e fiquei fitando o teto eu precisava de uma pizza era tipo aqueles desejos de grávida.

- se não quiser ficar trancada aqui, recomendo que venha fechar o portão. - Matth surgiu minutos mais tarde pronto para sair.

- vai sair. - perguntei por perguntar.

- sim vou em uma pizzaria. - disse dando de ombros até ouvir meu estomago roncar e começar a rir. - quer ir junto pode vir. - o encarei sem emoção. - ah qual é, é só uma pizza quer vir vamos logo. - disse virando e saindo, suspirei fundo antes de segui-ló.