Slide Away escrita por letter


Capítulo 19
Capítulo XVIII - Bônus


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, outro bônus como prometido, e capítulo super rapidinho já que vocês comentaram muito *-* É importante as notas finais por isso leiam, ok? E como eu acabei de escrever, a Paula ainda não betou, por isso relevem os erros, logo ela vem substituir o capítulo



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O pergaminho na mão de Draco Malfoy jazia amassado e embolado. A tinta a muito desbotara, não pelo tempo, como era o costume, apenas pelo fato de que ora sim, ora não, ele tirava o maldito pergaminho de seu bolso para correr os dedos e os olhos por cada palavra. E essa se tornara sua rotina. Ele relia e relia, vezes seguidas, horas seguidas. Não conseguia desgrudar os olhos, e não conseguia entender como as coisas aconteceram tão perturbadoramente rápidas de mais.

Draco se lembrava de ver Lucius tomar seu café da manhã lendo o profeta diário como era rotina e costume. Ás costas do jornal – Draco não entendera na época como – ele conseguira avistar nas miúdas letras aquele nome que tanto amava: Hermione Granger. Havia uma foto, antiga foto, deduzira isso ao ver que na foto sua Hermione usava cabelos presos e o uniforme da Grifinória, e estava com diversos livros na mão. Sim, era antiga a foto. Três anos atrás, talvez quatro. Fingindo indiferença ele pediu o jornal ao pai e leu com custo uma manchete. Na verdade, pequena noticia, não chegava a ser manchete, apenas uma pequena nota ao fim do jornal: “Anunciado a data do tão esperado casamento entre Hermione Jane Granger, e Ronald Arthur Weasley” era o tema. Draco sentiu seu coração desacelerar, quase chegando ao ponto de não bater, e só então notou que na foto, Ronald Weasley estava ao lado de Hermione Granger, assim como Potter. Engolindo em seco, leu a noticia:

“Há alguns meses atrás, o auror Harry Potter, mais conhecido como o eleito que derrotou o Lorde das Trevas, deixou escapar em uma pequena entrevista ao Profeta Diário, que seus dois fiéis e melhores amigos, estavam muito ocupados para dar entrevista ao seu lado, pois estavam prestes a juntar às tralhas, palavras do próprio Potter. E confirmado pela própria senhorita Granger, futura senhora Weasley, o casamento será no fim da Primavera, será uma cerimônia pequena, apenas para amigos e familiares. Os convites logo serão enviados...” Rita Skeeter banalizara o resto da noticia com suas peculiaridades sempre esperadas, Draco não sabia como ainda deixavam aquela bruxa escrever alguma coisa.

Mas o resto da noticia não importava, Draco nem se lembrava do que havia lido. Era algo sobre Harry Potter e Gina Weasley, ou como era conhecida hoje em dia, Gina Potter. O fato era, Hermione Granger se casaria.

A ira o dominara no momento, ele não conseguia se controlar. Subiu para o quarto e esmurrou a parede. Seus dedos sangraram, mas ele não se importou. Num súbito acesso de raiva, Draco sentiu algo quente descer pelo seu rosto. Não posso chorar. Não vou chorar, pensou o loiro consigo mesmo. No mesmo momento Hades, sua coruja negra, entrou pela janela e colocou um envelope vermelho sobre a escrivaninha.

No seu intimo ele sabia o que estava dentro, e não queria ver.

Mas Draco era impulsivo, não controlava suas atitudes. Com paços curtos e de forma demorada caminhou até a escrivaninha. O envelope vermelho se ajustou em suas mãos, e depois do que lhe pareceu horas, ele o abriu.

Um convite flutuou para fora e se colocou a sua frente, e uma doce e reconhecível voz, falou de forma branda:

“Você está convidado para a cerimônia de matrimonio entre Ronald Arthur Weasley e Hermione Jane Granger. A ser realizada no dia 05 de junho, próximo. Contamos com sua presença”

O convite que se pendia no ar, logo voltou a se colocar aberto em minhas mãos.

As mesmas palavras ditas estavam escritas, com um acréscimo de hora e local, anfitriões e uma frase de algum poeta trouxa sobre o amor.

Seria ironia receber de presente de aniversário o casamento de sua amada com outro?

Passados se três longos meses, Draco lia e relia o convite, e ainda não acreditava no que estava lendo.

Hermione, Hermione, Hermione, cantarolava ele constantemente.

Era verdade que vivera um curto romance com Hermione Granger em seus tempos de escola, ela o ajudara em uma época onde ninguém mais podia, ela enxergara nele o que ninguém mais via ou um dia poderia acreditar que havia dentro de Draco.

Fora semanas gloriosas, no começo Draco se martirizara por ceder seus sentimentos a uma sangue-ruim, tudo o que ele mais desprezava estava entulhado em uma pessoa só, e de repente ele estava desviando de sua missão dada pelo Lorde das Trevas para poder se agraciar com a garota.

As coisas chegaram a um ponto em que Draco já não se importava mais, todas as noites relatava em um diário suas experiências com a jovem Granger, a fim de que mesmo com o passar do tempo ele pudesse capturar as imagens que havia esquecido, os momentos que sua consciência havia perdido.

Mas por fim tão rápido como tudo começou tudo se acabou. Severo Snape matara Dumbledore e Draco já não podia colocar os pés em Hogwarts, tentara contato com Hermione, mas não recebia uma resposta. Ela o odiava agora e ele sabia. Ela odiava o fato de durante um ano achar que havia conseguido mudar Draco, e no final das contas ver que ele era tão ruim ou pior do que ela imaginava o que ele podia ser.

Porém o destino sempre gosta de se divertir com as pessoas e um dia ao lado do santo Potter e da fuinha do Weasley ela aparece em sua casa. Sua tia a tortura na sua frente, e enquanto ouvia seus gritos e via as lágrimas escorrendo no rosto de Hermione, Draco percebeu que já mais a teria novamente, ele queria pular na frente de Hermione, se colocar entre Bellatriz e ela, mas era covarde de mais para isso. Noites se passaram em claro depois disso com Draco desejando poder voltar no tempo e poder ter mudado aquele momento.

Mas ele não podia, ele não o fez, e agora deveria esquecer Hermione, e logo quando ele mais precisava esquecê-la, Draco conheceu Astoria Greengrass e já não mais pensava na garota.

Depois da batalha de Hogwarts, Draco sonhava constantemente com a garota Granger, no começo não ligou, sonhos são apenas sonhos, mas depois... Depois ele se esbarrou com ela algumas vezes e sentira diferente quando a olhara nos olhos... Depois... Depois ele vira que talvez não a houvesse esquecido como julgava ter feito.

Se encontraram algumas vezes para tomar café, colocar as novidades em dia. No começo fora algo inocente, até que em um desses encontros Draco e Hermione terminaram em uma cama de um hotel barato qualquer.

Durante sua vida ele errara muito com Hermione, se dispusera a tentar voltar se aproximar e consertar as coisas. E então quando toma sua decisão a sangue-ruim resolve se casar com a maldita cenoura ambulante!

Draco se amaldiçoava mentalmente diversas vezes ao dia. Bem feito, pensava ele consigo, Você não a merece. E isso foi pra você aprender.

Mas Draco queria consertar seus erros, queria ter uma chance com a Granger, apenas uma chance para que ela o conhecesse, uma chance para ela pensar duas vezes, e se depois disso, ela ainda encolhesse o Weasley, de bom grado ele se forçaria a esquecê-la.

Draco amassou mais uma vez o pergaminho nas mãos e voltou a guardá-lo no bolso do paletó. Uma lufada de ar brincava com seus cabelos enquanto ele fitava a catedral a sua frente.

Olhou para trás e viu que seus pais estavam conversando animadamente com os sogros e com sua noiva ao lado, que embora ainda não tivessem se casado já carregava seu herdeiro no ventre.

No começo Lucius quase deserdara Draco por engravidar Astoria antes mesmo de se casarem, no dia seguinte já o obrigou a noiva e agora dali não há muitos dias estaria nessa mesma catedral fantasiado de noivo.

Aproveitando que ninguém prestava atenção em sua pessoa, Draco adentrou a catedral.

Podia ver a fuinha do Weasley já no altar, vestido de negro parecendo uma pamonha empanada conversando animadamente com Harry Potter.

Havia muitos convidados, Draco notou, e uma porta escondida ao lado da sacristia se abriu trazendo mais convidados ainda, na verdade, convidadas notou Draco ao ver que todas eram mulheres as que saíam de lá, e todas ele conhecia de sua época em Hogwarts.

Não fora difícil raciocinar que de onde saíram aquele grupo de mulheres bem vestidas e risonhas deveria ser onde estava Hermione, a noiva do dia.

Por impulso as pernas de Draco tomaram vida própria e começaram a seguir rapidamente para lá, torcendo para que ninguém o visse entrar no recinto reservado.

Um sorriso presunçoso nascera aos seus lábios ao ver que estava dentro de um projeto de salão, onde havia várias araras de vestidos, espelhos reluzidos de diversos tamanhos, e vários produtos que sem sombra de dúvidas as mulheres usavam como maquiagem.

– Draco? – perguntou uma conhecida voz, e quando se virou se deparou com uma Hermione em pé ao lado do que parecia ser uma porta para um banheiro.

Ela estava linda como ele jamais a vira algum dia. Um vestido rodado e branco, com uma cauda que se arrastava ao chão, os cabelos caíam em cascatas pelas costas, e a maquiagem tão suave que apenas servira para realçar seus traços. Tão natural, tão Hermione.

– Você me convidou – respondeu o rapaz secamente.

– Sim... – murmurou ela – Fico feliz que tenha vindo – era mentira, Draco podia ver pela forma que Hermione falava, sabia dizer quando ela estava mentindo ou não, ela o convidara apenas pela mera formalidade que havia entre todos os bruxos do mundo bruxo – Mas você não devia estar aqui – notou ela andando até ela, ela andava com uma graciosidade imensa, como se estivesse flutuando no ar.

– Eu queria vir lhe dar os parabéns e os pêsames – explicou Draco.

Hermione esbugalhou os olhos.

– Quero dizer – continuou Draco – Parabéns por ser casar, e meus pêsames por ser com o Weasley .

– Não precisava ter vindo por isso – rebateu ela – Você não vai estragar meu dia.

– Não era minha intenção mesmo fazer isso – Draco soltou um pesado suspiro, não poderia enrolar mais tempo – Hermione, tem certeza de que quer fazer isso? Se cassar com Ronald? Ainda a tempo de se desistir.

– Não tenho motivos para desistir, eu o amo – respondeu ela sem pestanejar.

– Como me amou? – perguntou Draco arqueando uma das sobrancelhas.

– Ouvi dizer que Astoria está grávida – rebateu ela prontamente.

– Vou entender isso como um “eu ainda te amo Draco, mas não vou desistir de Rony porque você não está disponível.”

– Cale a boca – falou ela balançando a cabeça – Eu amo o Rony, e se eu quisesse ficar contigo Draco teria feito isso há muito tempo atrás, não teria desistido.

– Não minta para si mesmo Granger! – exasperou o Draco – Você me procurou depois da batalha, devo te lembrar todas as noites que passamos nos hotéis baratos do beco diagonal?

– É isso que você interpreta como amor? Algumas momentos passageiros?

– Duvido que alguma vez você sentiu com ele o que já sentiu comigo.

– Não estrague meu dia Draco, não estrague minha vida – pediu a garota.

– Então eu lhe dou uma única chance Hermione, olhe nos meus olhos e fale que já não me ama, já não me deseja, fale Hermione.

Draco se aproximou e a segurou por ambos os braços para que ela o olhasse.

Hermione olhou em seus olhos, abriu a boca para falar, mas nada saiu.

Draco balançou a cabeça.

– Eu sabia – disse ele.

– Isso não quer dizer nada – respondeu ela tentando se desvencilhar de seus braços.

– Muda tudo – disse ele – Mesmo eu sabendo que você ainda vai entrar pela porta da frente dessa igreja e vai tomar Weasley como marido, isso muda tudo.

Hermione abriu novamente a boca para falar, mas dessa vez foi silenciada pelos lábios de Draco que a interromperam.

– Não – ela o afastou abruptamente.

Mas Draco não ligou e voltou a beijá-la, no começo Hermione não permitiu, tentou afastá-lo, mas Draco insistiu, por fim ela cedeu e abriu os lábios dando passagem a Draco retribuindo o beijo.

– Não – sussurrou ela entre o beijo, tão fraco que não tinha certeza que Draco ouvira até ele responder.

– Uma última vez – pediu Draco sussurrando de volta, levantando-a nos braços e colocando sobre uma das mesas onde havia tantas maquiagens que agora caíra todas no chão – Você também quer – murmurou Draco com seus lábios sobre os de Hermione.

– Uma última vez – ela concordou.



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Notas finais do capítulo

Romiones não me odeie, por favor, pretendo fazer um capítulo dos dois kk Bom esse capítulo é um capítulo modificado de uma antiga fic que eu tinha, então eu tentei caprichar nele, espero que tenham gostado. Mesmo esquema, comentem muito que durante a semana já posto o próximo *-* Beijinhos.
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Não curto muito Dramione, mas tenho admitir que adorei o capítulo!! Passei pra avisar que ele está devidamente betado e que pode conter alguns errinhos, por causa do cansaço, so sorry... Feliz Natal a quem estiver lendo e não deixe de fazer a Letter feliz com um comentário ^^