I Need You Tonight And Ever escrita por Beatriz Moreira


Capítulo 4
Capítulo 4 - Princesa


Notas iniciais do capítulo

Desculpa não ter postado ontem. Imprevistos.
Segue no twitter: @annab_901



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Fomos pra casa dele. Eu ainda chorava e o John não parava de sangrar. Fui no banco de trás com ele. Ajudando-o. Eu não sabia o que fazia com ele. Eu o olhava com os olhos quase fechando, como se tivesse morrendo. Será que ele estava morrendo mesmo? Será que os ferimentos foram muito graves? Ele sangrava demais. Pedi pra Kat nos levar pra minha casa onde eu pudesse cuidar dele direitinho. Meu Deus, por que eu pedi pra ele me defender, por que!? Eu não devia ter feito isso. Eu não devia tê-lo levado lá. Ele tinha que ter ficado em casa, no canto dele. Eu não consiguia parar de chorar. E por que eu 
chorava tanto? Era culpa? Devia ser. Chegamos. Ele não conseguia nem andar sozinho direito, tadinho. Eu e Kat, nós, ajudamos 
ele a chegar na cozinha. 

- Kat, vai dormir. Pode deixar comigo. - Falei pegando as gases e as molhando na água corrente.

- Não. Vou ficar aqui e ajudar. Vocês estão assim porque eu fui pra lá. Se eu não tivesse ido, todos estáriamos bem.

- Tá, mas Kat, o que meu pai estava fazendo com você?

- Seu pai tava lá? Não vi.

- Sim. E você viu. Quando te encontarmos você estava com ele. E depois ficou dizendo que ele tava te pertubando. O que ele queria?

- Desculpa, Ann. Eu não lembro mesmo. - Falou ela com uma cara de arrependida. Sinceramente, não sei se acredito nela.

Eu estava cuidando do John, quando ele abriu os olhos e me perguntou porque. Mas ele não falava o restante da frase. Bom, a camisa dele estava cheia de sangue. Pedi a Katharinne pra pegar uma camisa do meu pai pra ele mas ela queria mesmo é dar um banho nele.  Safada demais. Nem naquele estado, ela parava de safadeza. Tirei a camisa dele e o sentei perto do box do banheiro. Ligamos o chuveiro e o molhei. Lavei o rosto dele com muito cuidado. Percebi que o sangue saia de um rasgo que tinha na cabeça. Olhamos uma para a outra e decidimos levá-lo ao hospital. Foi o que fizemos.

Fomos ao hospital, mas tivemos que voltar. Não tinha médico pra cuidar dele. Lembrei de um vizinho meu que era médico. Será que ele sabe dar ponto?Fomos pra casa dele.

- Senhor Ray? Desculpa, estar aqui essa hora.

- Quem é? Anne?

- Sim, senhor. O senhor sabe dar pontos? - Perguntei, mostrando a parte rasgada.

- Claro. Entrem e sentem ali na cozinha. - Falou. - Mas o que aconteceu pra abrir tanto assim?

- Ele... Ér, ele entrou numa briga. - Falei quase chorando. - Por minha culpa...

- Ah... E por que por sua causa?

- Porque eu briguei com meu ex e ele queria bater no John - Menti. Saimos de lá um pouco melhores. John já conseguia andar direito, mas voltamos pra minha casa. Arrumei um cantinho pra ele no meu enorme quarto. Separei um colchão que é usado no Natal pelos hóspedes e estendi no chão perto da cama da Katharinne. Peguei umas roupas do meu pai pra ele usar pra dormir, forrei a cama dele, peguei um  travesseiro confortável e um edredom bem quentinho. A noite estava muito fria. 

- Ann, não te entendo. Você o odeia, mas hoje não largou ele. Chorou por ele, cuidou dele a noite toda e agora tá forrando a 
cama pra ele. Sério, por que?

- Por que Kat? POR QUE? Você se enfiou naquele lugar ao invés de ir pra casa. E fomos te procurar. Acabei voltando àquele lugar nojento pra te resgatar com ele e, por minha culpa, ELE APANHOU FEIO! Realmente não sei porque ajudar. - disse ironicamente. 

- É... Tá, mas...

- Sem mais, Katharinne!!! - gritei a interompendo. - São quatro horas e quarenta e sete minutos da manhã. Temos escola e vou 
ter que explicar a minha mãe porque não irei a escola e porque tem um garoto todo lanhado dormindo no meu quarto. - Falei sem 
paciência.

- Nosso. Nosso quarto, Anne.  

John voltou pro quarto. Na verdade, acho que ele escutou a briga do lado de fora do quarto. Ajudei-o a deitar, já que estava cambaleando de sono.- John, desculpa. Boa noite.

- Falei dando um beijo no rosto dele.

- Ann? 

- Oi.

- Boa noite. - Ele respondeu. Sorri.

O dia amanheceu e eu não preguei o olho. Eram sete da manhã e o sono estava chegando agora. Minha mãe bateu na porta.  Levantei. Avisei a ela que eu e Kat não estávamos bem e que não iríamos a escola hoje. Ela consentiu e pegou um remédio esquisito pra nós tomarmos. Disse que tomaria. Menti. Ela foi trabalhar (Sim, minha mãe é cadeirante, mas trabalha. Ela quer se sentir normal) disse que voltaria mais tarde hoje. Voltei pro quarto e deitei. Fechei os olhos e pensei: "Por que eu chorei desesperadamente por causa do Collins?" Eu não entendia.

Quando já estava quase dormindo, senti uma mão alisando meus cabelos castanhos. Abri os olhos e o John estava lá, com aquele cabelo castanhos liso e bem cortado e os olhos. Os olhos mais lindos do mundo. Como nunca havia percebido isso? Ele deu um sorriso cansado e falou:

- Volta a dormir, minha princesa.

Como assim? Minha princesa? Mas só voltei a dormir, ou tentar. Discutíamos depois.


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Notas finais do capítulo

O capítulo foi curtinho, mas deu pra perceber o clima entre eles né? HAHAHAHA
Já já posto o próximo :)
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