In Love With Her escrita por naty


Capítulo 5
Desastrada, eu? Nem um pouco!


Notas iniciais do capítulo

hey meninas stou de volta *---*



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DUDA

Ainda estávamos rindo como um bando de hienas quando Ana se soltou do garoto que havia saído sabe-se lá de onde e nos olhou parecendo um pouco confusa.

Gargalhei alto ao ver seu rosto todo borrado com o batom rosa que ela usava.

Rafael, um pouco mais solidário que eu, ofereceu um guardanapo para que ela se limpasse.

Quando consegui manter minhas risadas sob controle, perguntei:

-- O que foi aquilo?

-- Um beijo, já ouviu falar?

-- Peraí! Não vai me dizer que aquele é...

-- O Guto? Sim, o próprio - Ana respondeu sorrindo enquanto pegava sua bolsa

-- Ô perua, vai aonde? - perguntou Rafa

-- Vou ao cinema com o Gustavo - respondeu simplesmente

-- O garoto que você disse que tava ficando?

-- Sim, aquele que acabou de me... er... bem, vocês viram

-- Opa, perai! Volta a fita, você não acabou de sair do cinema loira? - perguntei

-- E já tô voltando! E não esperem por mim! - disse indo em direção ao garot que estava parado no meio da praça de alimentação com cara de paisagem, enquanto a esperava.

-- Coisa de loira! - disse rindo

-- Ei! - reclamou Rafael

-- Sem ofensas Rafa!

Terminamos de comer e os meninos se despediram pois pegariam um onibus para irem para casa e eu e a Manu resolvemos voltar a pé mesmo, já que morávamos pertinho do shopping.

Fomos conversando sobre besteiras e coisas sem muita importância durante todo o caminho. Ás vezes, eu percebia uns olhares meio estranhos da Manu para mim. Eles pareciam ser um misto de carinho, admiração e curiosidade, e apesar de serem olhares ternos, eles me assustavam pra burro!

Acho que ninguém nunca tinha olhado para mim daquela maneira. Sempre que eu percebia esses olhares, Manu ficava completamente vermelha e olhava para qualquer outro lugar que não fosse meu rosto.

Vendo-a me encarar daquele jeito, me despertava sensações esquisitas que eu não sabia muito bem como descrever. O mesmo aconteceu dentro do cinema, toda vez que Manuela me tocava, ou me olhava, eu me sentia como alguém importante, como se mil holofotes estivessem apontados para mim. Aquilo, definitivamente era estranho e ela agora ainda tinha dado para me olhar como se quisesse ver tudo que havia dentro de mim, como se quisesse enxergar minha alma ou revirar meu coração e ver seu conteúdo.

Em alguns momentos, Manu abria a boca como se quisesse me perguntar algo mas não tivesse coragem. E eu continuava andando, mas sem tirar os olhos dela, esperando o que quer que ela quisesse dizer, tentando adivinhar seus pensamentos. Foi num desses momentos que eu fiquei tão concentrada em tentar decifrar o que ela pensava ao me olhar daquela maneira, que não olhei para a frente, tentando entender aqueles ohos azul esverdeados, que me estabaquei no chão.

É isso mesmo! Eu tropecei em meus próprios pés e caí no meio da rua. Eu fazia muito isso. Agora imagine você a cena, uma anta bípede de quase um metro e oitenta de altura, tropeçando no meio da rua e caindo como uma criança.

Um desastre total!

-- Ai meu Deus! Tudo bem Duda? - perguntou Manu com preocupação enquanto me ajudava a levantar do chão.

Eu sou uma tonta mesmo!

-- Eu tô bem, só ralei as mãos - respondi, já de pé e morrendo de vergonha pelo ocorrido

-- Tem certeza que não se machucou?

-- Tenho sim, eu já tô acostumada com isso - sorri meio sem graça

-- É, percebi que você é bem desastrada - respondeu sorrindo

Onde tinha um buraco para enfiar a cabeça numa hora dessas?

-- Ei, Duda, eu posso ficar com eles para mim? - Manuela perguntou sorrindo quando chegamos em seu condomínio

Eu já tinha me virado para ir embora quando ela me chamou de volta com a sacola que continha meus livros em mãos.

Fiquei tão apavorada de vergonha com aquele tombo, que nem percebi que os livros tinham caído, muito menos que Manu os havia pego do chão.

-- Brigada Manu, só não esqueço a cabeça porque não tem jeito! - disse pegando a sacola de suas mãos

-- Por nada, mas eu os quero emprestados depois! Eu simplesmente adoro Jane Austen!

-- Então somos duas! Assim que terminar de ler, eu te empresto, combinado?

-- Combinado!

-- Bem, te vejo por aí então - disse e me abaixei para abraçá-la e lhe dar um beijo na bochecha.

Já mencionei que ela tinha cerca de 1,65m contra meus 1,80m?

E adivinha o que aconteceu?

Exatamente! Sou tão desastrada que errei o lugar e acabei beijando o canto de sua boca. Manuela ficou mais vermelha do que eu achava que fosse possível e eu saí dali praticamente correndo, tão envergonhada quanto ela.

Cheguei em casa quase colocando os bofes para fora!

O que foi aquilo?

Tudo bem, era normal de acontecer esse tipo de acidente. Mas será que era normal eu sentir todos os pelos do meu corpo se eriçarem no momento que toquei o canto de sua boca? Será que era normal meu coração ter disparado na hora?

Infelizmente, eu achava que não!

Mas que porra é essa que tá acontecendo comigo?


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Notas finais do capítulo

oq acharam? mereço reviews?
bjinhos



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