Lembranças De Um Verão escrita por Sarah Colins


Capítulo 27
Capítulo 26 – Piquenique


Notas iniciais do capítulo

Oi amigos, tudo bem? ^^
Aviso que o capítulo de hoje está bem romântico *-* Espero que gostem
_____________ATENÇÃO________________
Estou escrevendo o capítulo seguinte agora e para isso preciso fazer uma pergunta muito importante para vocês. QUANTOS ANOS VOCÊS TEM? Respondam por favor, quero escrever da melhor forma e de acordo com a faixa etária dos meus leitores ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/247439/chapter/27

Mesmo com o recente e “não muito agradável” episódio que havíamos vivido ali há pouco, eu achei que a clareira seria o lugar perfeito para o nosso piquenique. Então tomei a dianteira e fui guiando Percy até lá. Ele segurava a cesta que agora estava muito mais pesada do que quando eu havia deixado meu chalé. Acho que ele tinha gostado do local que escolhi. Pelo menos não protestou quando nos aproximamos de lá.

Parei de andar quando estávamos bem no centro do descampado. Tirei minha mochila das costas e peguei uma toalha bem grande que havia trazido dentro dela. Desdobrei e a estendi no chão. Percy deixou a cesta em cima dela e depois também tirou a mochila das costas. Qualquer um estaria se perguntando por que nós dois havíamos trazido mochilas para um simples piquenique. Eu não poderia responder por ele. Mas eu nunca andava sem minha bagagem com alguns itens indispensáveis para um semideus. Cantil de néctar, um pouco de ambrósia, minha adaga, filtro solar e outras coisas mais.

Sentei-me na toalha e logo fui abrindo a cesta para pegar as coisas. Ainda não tínhamos tomado café da manhã então eu estava faminta. Peguei uma garrafa térmica que tinha trazido com suco de laranja, que eu esperava que ainda estivesse gelado. O tempo sempre era bom ali no acampamento e no verão, até de manha bem cedo fazia muito calor. Tirei da cesta também dois copos de plástico e os deixei no chão. Depois comecei a investigar o que eu iria pegar primeiro para comer. Havia realmente muita coisa ali.

- Achei que não fosse querer voltar aqui nunca mais – disse Percy enquanto se sentava na toalha a minha frente. Levantei os olhos para ele encarando-o com curiosidade.

- E porque eu não ia querer mais voltar aqui?

- Sei lá... Talvez não tenha gostado muito da nossa última experiência por aqui – ele dizia aquilo com um sorriso e expressão tranquila. Pelo jeito ele também não se incomodava de estar ali de novo.

- Bom, depende de que parte você esta falando – falei lançando um sorriso tímido – Se for depois da chegada de Afrodite, pode até ser. Não foi a melhor coisa do mundo receber a visita dela de novo.

- E quanto ao ‘antes da chegada dela’?

Ele conseguiu me deixar super sem graça com aquela pergunta. Meu rosto deveria estar vermelho como um tomate. Tentei fingir que pegava alguma coisa dentro da cesta só para não ter que olhar para ele naquele momento. Tirei de lá algumas torradas e um pote de geleia de framboesa. Ele continuava em silêncio esperando minha resposta, então decidi que era melhor parar de bancar a boba. Que mal tinha eu falar de como me sentia? Não tinha nada demais eu contar pra ele que na verdade eu tinha gostado e muito do que acontecera ‘antes da chegada de Afrodite’.

- Talvez seja exatamente por isso que eu não tenha gostado muito da visita dela. Porque até sermos interrompidos estava bom.

- Bom? Eu diria que estava excelente – ele parecia não ter nenhuma dificuldade de assumir aquilo, o que me deixou com uma inveja muito grande dele. Queria poder falar assim naturalmente sobre as coisas que eu sinto – Mas sabe, pode ser que hoje seja ainda melhor.

Quando o olhei ele estava me lançando aquele olhar travesso que eu já conhecia. Mas dessa vez também estava carregado de outra coisa que eu não conseguia definir o que era. Mais sério e também mais penetrante. Como se ele soubesse o quanto o brilho de seus olhos mexia comigo e quisesse usar aquilo a seu favor. O pior de tudo era que eu não me importava se ele de fato estivesse fazendo isso. Acabei dando um meio sorriso antes de responder.

- Com certeza hoje será bem melhor. Mas antes acho que primeiro precisamos comer pelo menos um terço do que trouxemos, né? - abri a tampa da cesta novamente e procurei por algo específico lá dentro. Quando o encontrei, olhei para Percy – Fiz uma coisa pra você, mas não sei se vai gostar...

- O que fez? – ele mal podia conter sua curiosidade tentando olhar dentro da cesta de piquenique.

- Isso – tirei lá de dentro uma forma com quatro cupcake azuis, com glacê azul e decorados com pequenas estrelas de açúcar azuis. O queixo de Percy caiu e ele ficou sem dizer nada por alguns instantes – Sei que não é a mesma coisa de quando sua mãe faz, mas eu tentei.

- Você quem fez? Eu adorei! – ele disse enfim. Pegou a forma de minhas mãos e a deixou de lado enquanto vinha em minha direção para me beijar. Depois do beijo ficou me olhando nos olhos, segurando minhas bochechas com as mãos – Acho que sou oficialmente o cara mais sortudo da fase da terra por ter você como namorada.

- Sinto ter que concordar com você! – ri ao ver a cara que ele fez do meu comentário – Quem mais iria te chamar para um piquenique ao ar livre e te fazer cupcake azuis?

- Não sei. Talvez existam mais garotas dispostas a fazer de tudo para me agradar... – eu fechei a cara e já ia começar a protestar quando ele me puxou pelo braço e me fez cair em seus braços assustada – Mas claro que não dou a mínima pra elas. Só me interessa ser agradado por você!

Fiz um sinal negativo com a cabeça como se quisesse dizer “você não presta!”. Ele abaixou o rosto levemente e me beijou. Me deixei levar pelo beijo e coloquei meus braços em volta de seu pescoço. Ele mantinha os dele em volta do meu corpo, me segurando firmemente. O beijo era urgente e intenso, mas pouco a pouco Percy foi diminuindo o ritmo dos movimentos até parar. Separamos nossas bocas lentamente e ele ficou me olhando por um momento.

Depois voltamos a ocupar nossas posições iniciais, sentados comportadamente na toalha. Peguei algumas frutas e pães na cesta e começamos a comer. Percy devorou boa parte das coisas que tinha colocado lá dentro. Fiquei me perguntando se aquilo realmente duraria até a hora do almoço. Foi quando peguei um cacho de uvas verdes que Percy resolveu usar sua imaginação e começar uma brincadeira. Primeiro ele pegava as frutas e dava em minha boca, e fazia com que eu fizesse o mesmo. Depois ele se empolgou mais e me desafiou a pegar um morango de sua boca. No inicio achei aquilo tudo muito tonto, mas depois confesso que começou a ficar interessante.

Quando já estávamos satisfeitos, deixamos a cesta de piquenique de lado. Passamos a nos ocupar apenas um com o outro. Comecei segurando sua mão e acariciando seu cabelo. Ele terminou deitando a cabeça em seu colo esticando o corpo sobre a toalha que ainda estava cheia das migalhas do que tínhamos comido. Continuei com a mão em seu cabelo. Seu rosto estava virado para cima e ele me olhava. Toquei levemente a sua fase e depois com o dedo indicador fui percorrendo as linhas de seu rosto. Queixo, nariz, sobrancelha, boca. Era como se eu estudasse cada detalhe. Ele apenas fechou os olhos e pareceu não se importar de eu fazer aquilo.

- Apesar de ter os olhos e o charme de seu pai, seu rosto me lembra mais a sua mãe – disse enquanto ainda continuava tocando o rosto dele.

- É? – respondeu ele só para não ficar sem dizer nada. Sua voz era sonolenta. Decidi parar de fazer aquilo antes que ele dormisse.

- Tá confortável ai? – sorri olhando para ele. Ele apenas abriu os olhos de leve ao perceber que eu havia parado de acaricia-lo.

- Muito. Mas acho que já abusei muito da sua boa vontade. Por que não trocamos agora?

Ele disse aquilo já se levantando para ficar sentado sobre o chão. Se afastou alguns centímetros para ter espaço para eu me deitar. Ele me estendeu a mão e me puxou gentilmente. Deitei a cabeça em sua perna e senti que meu braço esbarrava em alguma coisa. Quando eu percebi no que eu havia batido já era tarde demais. O suco já havia se esparramado pela toalha e minha blusa havia ficado toda molhada na parte de trás. Me levantei na mesma hora amaldiçoando em grego antigo.

- Ah não! – foi o que eu disse a tocar minhas costas e sentir que ela estava ensopada de suco de laranja. Percy pegou alguns guardanapos que havíamos trazido, mas ao que parecia aquilo não serviria de muita ajuda – Não acredito que consegui fazer isso Eu sou um desastre mesmo!

- Na verdade, eu achei que ficou bem melhor assim – disse ele ao analisar a minha situação.

- Cale-se, cabeça de alga! Não é momento para brincadeiras.

- Mas eu estava falando sério... Ok, desculpa – ele parou quando eu lhe lancei um olhar de reprovação.

- Pegue minha mochila, acho que eu devo ter trazido alguma toalha e uma camiseta extra – disse apontando a minha mochila no chão.

Percy pegou o que havia pedido e me entregou. Eu fiquei segurando aquilo sem saber o que fazer a seguir. Eu pedia para ele olhar para o outro lado ou me trocava ali mesmo na frente dele? Ok, essa sim era uma decisão difícil a se tomar. No ritmo que as coisas estavam indo entre nós eu achava que seria um pouco ridículo lhe pedir algo assim. Mas ao mesmo tempo eu ainda tinha um pouco de vergonha dele. Era muito mais fácil ficar desinibida enquanto estávamos nos beijando do que quando ele estava li na minha frente me olhando. Percy pareceu perceber o meu desconforto e então se levantou e foi até mim. Ele pegou as roupas que tinha me entregado e voltou a coloca-las na mochila. Fiquei sem entender nada olhando para ele.

- Esquece isso, tenho uma solução muito melhor!

Ele apenas disso aquilo, me deixando sem entender nada. Pegou minha mão e foi me conduzindo. Eu já ia perguntar onde estávamos indo, mas não foi preciso. Chegamos a beira do riacho de água limpa que havia lá perto. Percy, sem cerimônia alguma, tirou a camisa e os sapatos e pulou na agua. Fiquei olhando enquanto ele mergulhava avançando alguns metros e depois retornava a superfície.

- Vem! – disse ele olhando para mim e fazendo um gesto com a mão.

- Então essa é a sua incrível “solução”? – perguntei tirando sarro dele.

- Sim. Eu já ia fazer você entrar aqui comigo mesmo de qualquer jeito. Então o seu “banho” de suco acaba ficando como uma desculpa perfeita!

- Certo, herói. Você venceu! – disse me rendendo a sua logica. Tirei as sandálias de dedo e soltei os cabelos. Depois fui caminhando até a agua. Estava muito fria, mas com o calor que estava fazendo era agradável.

Continuei avançando lentamente até chegar bem perto de Percy. Ele me olhava atentamente e esperava. A agua batia quase em meu ombro no lugar onde estávamos. Quando cheguei perto o suficiente ele levou as mãos até minha cintura por debaixo d’água e me puxou para junto de si. Eu coloquei ambas as mãos em seus braços e apertei de leve. Então ele me beijou. Seus lábios podiam estar frios e molhados, mas conseguiram me fazer sentir ainda mais calor do que já estava. Subi minhas mãos pelos seus ombros e toquei seu pescoço como já era de costume. Ele subiu as mãos pelas minhas costas me apertando mais forte contra seu peito.

Deixamos com que os beijos nos envolvessem cada vez mais. Eu sabia que ali não era a hora nem o lugar certo para fazer o que quer que seja que estivéssemos querendo fazer. Mas resolvi não tentar refrear nossas ações. Resolvi deixar as coisas fluírem mais um pouco para ver até onde chegaríamos. Percy mostrou que estava querendo o mesmo que eu quando deu uma leve mordida em meu lábio inferior. Depois disso sua boca deixou a minha para explorar meu pescoço. Apenas fechei os olhos ao sentir seus beijos.

As mãos dele desceram de novo para minha cintura e eu senti que ele segurava na borda de minha camiseta. A água fazia com que minha roupa ficasse instável e flutuasse um pouco o que permitiu que ele facilmente levantasse minha blusa. Deixei que ele tirasse aquela peça de minha roupa quase sem notar. Voltei a beijá-lo totalmente imersa naquelas sensações que tomavam meu corpo. Só cai em mim quando Percy agilmente abriu o fecho do meu sutiã com os dedos. Abri os olhos e parei o beijo no mesmo instante. O movimento da agua quase fez com que a peça se soltasse do meu corpo sozinha. Cruzei os braços sobre mim para evitar que isso acontecesse.

- Annie, eu não... Me desculpe. Eu agi sem pensar e...

- Tudo bem. Não tem que se desculpar. Eu só acho que aqui não é o lugar apropriado para isso... – eu dizia ao olhar seu rosto que de repente se iluminou de felicidade.

- Então quer dizer que você queria continuar?...

- Sim – respondi com muito esforço para não deixar de sustentar seu olhar.

- O que acha de mudarmos o nosso piquenique para o chalé de Poseidon? – disse ele enquanto seu olhar percorria meu rosto e parava em minha boca.

- Acho que não seria má ideia.

Ele me deu o sorriso mais lindo do mundo e me ajudou a sair da agua. Antes disso recoloquei minha camiseta e tentei ajeitar meus cabelos molhados. Eu nunca vi alguém arrumar tão rápido uma cesta de piquenique e duas mochilas. Em menos de dois minutos estávamos deixando a clareira. Talvez eu estivesse errada, mas eu desconfiava que Percy estava tão ansioso quanto eu para chegarmos logo ao seu chalé...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Acesse meu blog e divirta-se: http://triipe.blogspot.com.br/
beijos e bom fds!
@SarahColins_