My Lover escrita por AnaTheresaC


Capítulo 37
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Personagens que vão aparecer neste capítulo: http://asminhasfanfics.blogspot.pt/2013/03/my-lover-personagens-do-capitulo-37.html



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/246940/chapter/37

Capítulo 37

Entrámos no casino e o empregado que estava na entrada colocou-se atrás de mim para eu tirar o casaco. Assim fiz e ele pegou nele, olhando-me com espanto e quase babando-se. Entregou-me meio trémulo a etiqueta com o número e Klaus pegou na minha mão, entrelaçando os nossos braços e dando um olhar mortal ao pobre coitado. Ele engoliu em seco e virou-nos as costas, provavelmente com medo de represálias.

-Escolhe a tua ementa – sussurrou ele ao meu ouvido, totalmente sexy.

Olhei em redor. Havia todo o género de comida. Mais um olhar em redor e reparei num homem moreno, de olhos azuis, a olhar intensamente para mim. Não devia de ter mais do que 35 anos e era muito elegante, com uma bebida na sua mão. Ergueu-a quando me viu a olhar para ele.

-Ele – sussurrei para Klaus, inclinando-me um pouco para o meu noivo.

-Ótima escolha, love. Eu vou escolher aquela.

O seu olhar direcionou-me para uma mulher alta e loira, que estava a atrair a atenção de todos os homens à sua volta.

-Boa sorte para a tirar daquele ninho – disse e dei-lhe um beijo na face, limpando logo de seguida o batom que tinha ficado na sua bochecha.

-Boa sorte para o tirar daquele cubículo.

Funguei.

-Não desconfies dos meus poderes, Niklaus.

-Não desconfies dos meus, então – apertou a minha cintura possessivamente, largando-a logo de seguida.

Dirigiu-se para a mulher e dois segundos depois, segui na direção do homem.

-Posso? – indaguei, tirando o seu copo de whisky da mão de dando um gole. – Bourbon. O meu favorito.

Entreguei-lhe o copo, e vi o quão surpreendido estava por me ver ali, diante dele.

-Qual é o seu nome?

-Christian – respondeu ele, pigarreando e apontando para Klaus. – Não é o seu acompanhante?

-Conhecemo-nos há muito tempo – fui vaga, deixando o mistério no ar. – Mas ele está sempre interessado noutras mulheres.

-A sério? Parece difícil de acreditar. Uma mulher tão bonita como você ao lado, devia de ser difícil tirar os olhos de si.

Sorri.

-Obrigada pelo elogio. Mas, o lado bom é que ele dá-me liberdade.

-Máxima liberdade para máxima confiança.

Olhei-o, surpresa.

-Precisamente.

Ele encolheu os ombros e bebeu um pouco do whisky.

-Não queria ser intrometido, mas o meu trabalho é observar as pessoas.

Fiquei ainda mais surpresa.

-Trabalho com a polícia dos colarinhos brancos. Observar faz parte da minha profissão porque, caso não saiba, os CEOs são ótimos mentirosos.

Abri um grande sorriso para ele e apresentei-me:

-Samantha Blackwell – apertámos as mãos e não deixei de notar no quanto a sua era quente, suave e segura. – Gostaria de ir para um lugar mais privado?

Hipnotizei-o e ele concordou.

-Claro. Para onde quiser.

Troquei um olhar com Klaus, que estava do outro lado da sala de jogos, com a mulher caidinha por ele. Sorriu para mim e acenou com a cabeça.

-Vamos – falei para Christian e desfilei pelo salão, com ele ao meu lado. Entrelaçámos os braços e sorri falso.

Então, em vez de sair pela frente do salão, desviei-o e entrei com ele na casa de banho das senhoras. Estavam lá duas mulheres, mas eu hipnotizei-as a sair.

-Isto não era o que eu estava a pensar como privado – comentou ele mas eu calei-o com um beijo luxuriante.

Céus, como era fácil deixar os homens à beira da loucura só com um beijo! Prensou-me contra uma das portas dos cubículos individuais, pensando que estava em vantagem. Mas enganava-se.

Klaus chegou e mordeu-lhe o pescoço por trás. A mulher que trazia com ele gritou, horrorizada. Assim que Christian tirou as suas mãos de mim, corri para ela, que tinha lágrimas no rosto, borrando a sua maquilhagem que anteriormente estava imaculada.

Mordi-lhe o pescoço e ela tentou fugir, mas não a deixei. Quando deixou de lutar, começou a implorar.

-Love, deixa-me provar – pediu Klaus, tocando-me no ombro e afastei-me da minha presa.

Olhei para ele e sorri. Depois olhei para Christian, que estava de olhos arregalados, perplexo perante o que estava a ver.

Voei para a sua ferida no pescoço e ele não fez nada, apenas ficou parado e quando senti que ele estava a perder as suas forças, larguei-o. Caiu no chão, inconsciente. Rasguei a sua camisa, fazendo vários botões soltarem-se e com a minha unha desenhei um perfeito “S” no seu peito. Ergui-me e olhei para o trabalho bem feito.

E logo de seguida arrependi-me. Eu e Klaus tínhamos atacado duas pessoas inocentes. Christian tinha sido simpático comigo e percebeu o que se passava entre mim e Klaus num piscar de olhos. Nunca nenhum humano tinha sido tão compreensivo comigo como ele. Olhei para a mulher, que ainda respirava, mas permanecia inconsciente. Será que eles mereciam aquilo que tínhamos acabado de fazer?

-Love? Estás a chorar? – Klaus chamou-me e cruzou o seu olhar com o meu. – Samantha…

Abraçou-me com força, mas percebi que ele não sabia o que se estava a passar comigo.

-Vamos embora – disse ele, saindo comigo da casa de banho com um braço por cima dos meus ombros.

Foi até ao rapaz que me tinha guardado o casaco e entregou-lhe a senha. Ele trouxe logo o casaco, olhando preocupado para mim. Klaus colocou-me a peça de vestuário por cima dos ombros e apertou-me contra si com força.

Entrámos na limusine que tínhamos alugado e fechei os olhos com força, sentindo o remorso e agonia tomarem conta do meu corpo.

Klaus não disse nada durante o percurso até ao hotel. Felizmente tinha percebido que não estava na disposição de atacar mais pessoas, especialmente numa discoteca.

Dirigimo-nos ao elevador e ele continuava a apertar-me contra si, talvez com medo que eu caísse no chão. Entrámos no quarto e atirei o casaco para cima do sofá beije, entrando na casa de banho rapidamente. Tirei toda a minha roupa e os sapatos e entrei no duche, tentando limpar aqueles sentimentos com a água límpida e cristalina.

Quando notei, Klaus também tinha entrado e abraçou-me com força.

-O que aconteceu? – perguntou ao meu ouvido. – Por favor, conta-me.

Pensei em ficar calada, mas isso só iria contribuir para a frustração dos dois.

-Eles eram pessoas inocentes, Klaus. Da última fez que fiz aquilo, estava numa discoteca com Bridget e com a humanidade desligada. Não gosto de…

Beijou-me a bochecha e encostou a sua testa á minha face.

-Agora já percebi. Obrigado por teres sido honesta comigo.

Suspirei.

-De nada.

-Não voltaremos a fazer isto – afirmou ele. – A não ser que queiras. E agora vou deixar-te sozinha com os teus pensamentos.

Saiu do duche, enrolando-se numa toalha e saindo graciosamente da enorme casa de banho. Permaneci ali, deixando a água quente confortar-me a alma.

©AnaTheresaC


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Já tenho a fanfic quase acabada! Gostariam de saber o que vai acontecer (ou seja, que eu relatasse a 4ª temporada)?
XOXO