Será que ela vale voltar para casa?

–Liam o tempo está passando.Você vai?-Zayn perguntou esperançoso.Eu olhei para Aleksandra em busca de que ela tentasse me impedir,mas não ela ficou quieta na dela sem mais nem menos.

–Eu...-Tentei me pronunciar sem sucesso ela me corou bruscamente.

–Vai.Eu te peço.-Ela segurou minha mão e eu senti elas frias.

–Eu não posso...-Tentava achar uma desculpa.O pior é que eu queria ir.Voltar a ver a minha família que perdi injustamente,e até o Peter que sempre foi meu amigo.As pessoas da cidade os antigos bares e o clima frio da minha doce e amada Inglaterra.Só que eu fiz uma promessa para ela eu tenho que cumprir.E as promessas que fiz para Annabeth?Nunca vão ser cumpridas?

E se eu matar o Niall eu volto,se eu for agora eu também vou voltar.Se ela não que ir embora eu não posso mudar nada.E quem sabe se ela voltasse e eu desse um jeito de Aleksandra viver a juventide perdida?!

O nosso amor é impossível,não tem quase nem meio mas,sem entretantos e vírgulas.Uma história com apenas um capítulo,sem uma continuação,não pode ser um conto de fadas,afinal um conto com um final triste não pode ser considerado bom o bastante.Nem pode se transformar em filme:O casal fantasma que busca pelo amor... no inferno.

Quem sabe isso não seja o certo a ser feito.Uma nova chance para mim e se ela quer isso,que seje.

–Eu vou!-Falei decidido sem olhar para ela.

–Isso é ótimo.-Zayn sorriu se abaixando para retirar o espelho do baú reluzente.Com todo cuidado ele o botou no meu campo de visão,pode distinguir o espelho,de um tamanho médio;de uns 40 cm.

–Agora é só entrar.-Louis gesticulou mão na direção do espelho.Um ri de nervoso.

–Como assim?Eu vou ser sugado por ele por um acaso?-Perguntei debochado usando o meu raro sarcamo.Fiz escárnio apontando para o espelho e para meu corpo.

–Apenas chegue perto.-Zayn me chamou e assim que cheguei senti uma pressão querendo me puxar para dentro do espelho,a caverna ficou escura as velas estavam se apagando uma por uma e Louis ria alto e de bom tom zombeteiro.-Agora entre.

Eu tentei hesitar,olhei para a menina dos olhos azuis e nada,ela me olhou com frieza e desviou os olhos os fechando.Dei um leve adeus para o mundo e então,parei de lutar contra a força que me fazia ser sugado pelo espelho.

–Eu te amo.-Gritei enquanto o espelho me puxava.

Fui desintegrado,me senti em pequenos pedaços flutuando sobre um furacão,negro,frio e fedorento.Umas imagens rodaram minha cabeça e tudo virou uma confusão há minha frente.A voz da Annabeth se fundiu em minha cabeça e senti meu corpo colidir em alguma coisa sólida.

Meus olhos ainda estavam fechados,com dificuldade abri um dos olhos e me percebi que tinha voltado a minha pátria,doce Londres lar doce casa.

Era noite e eu estava no bar,no mesmo dia que voltei da guerra.O dia da minha morte,para ser mais exato do meu assasinato.Eu estava do lado de fora,exatamente o mesmo clima da hora em que morri,eu me lembro de tudo minha vingança foi nutrida por esse momento uma revanche.

–Moçoila.-A voz repugnante do homem,o inglês mais nojento da face da Terra Elton.Ele sempre quis se casar com Annabeth,a inveja dele por mim é tão grande e tão mortífera que nem sei como um dia fomos amigos.

–Elton.-Meus dentes se trincaram com raiva e meu punho se fechou.Eu já vi isso é como um filme que você vê sempre e acaba gravando cada fala,ou então um livro que você sempre sabe o que vai acontecer no próximo capítulo.

–A Annabeth... Não vai... Te querer... Feio.-Ele estava embriagado,totalmente extasiado.Sei cheiro de álcool se espalhou pela calçada do bar drinks man.De todos os odores o do Elton é oque mais fétido:cheiro de traidor.

Senti seus passos pesados com a bota -ainda da guerra- vindo em minha direção.

Ele estava com uma garrafa quebrada em sua mão direita,e sem esquecer de seu canivete suiço na outra mão além do a arma.

Me preparei para isso.Em um rápido momento o desarmei do canivete,o tomei para mim,ele em impulso conseguiu fazer um pequeno rasgo em minha mão com a garrafa.Sua arma branca agora sob meu controle.Ele tentou pegar o canivete da minha mão então enfiei o mesmo na mão com a garrafa,assim á fazendo cair ao gão e se quebrar.Ele gritou de dor e em menos segundos eu havia pego o canivete de sua mão -que não parava de jorar sangue- ainda sangrando,ele ficou desarmado.Esqueci da arma.Com dificuldade ele tentou pegar a arma no colt,só que eu fui mais rápido e veloz.Dei um soco em sua barriga o fazendo ficar desnorteado,sua mão sangrava e ele tentava reagir sem conseguir ao menos ficar de pé.

Ele tombou com o chão,agora sem a arma e sangrando.

–Como você saiu vivo da guerra?-Zombei dele caido se contorcendo de dor.

Andei em busca da minha casa,o lugar onde cresci o meu mundo.

Entrei na rua Street progress,minha casa com as cortinas e velas apagadas.Eu não pude me conter.

Corri até minha casa bati na porta e minha irmã me atendeu:

–Liam.-Ela pulou em meus braços Ruth.Que saudade.-Você voltou.-Ela mal conseguia falar seu rosto ficou vermelho de alegria ou quem sabe espanto.

–Eu preciso fazer uma coisa.Muito importante.-Dei um beijo estalado em sua bochecha e corri pela rua até a casa da Annabeth.O pai dela não ia me deixar entrar há essa hora,então fui para os fundo da casa dela.

Taquei pedrinhas e pedrinhas em sua janela,sem parar até ver um rastro de luz vindo de trás das cortinhas bordadas.

Uma imagem de um anjo apareceu na janela,com seus cabelos presos em um coque e uma visível camisola.

Ela não disse nada nem ao menos demonstrou nenhum sentimento,por eu estar ali.

Será que era melhor eu ter continuado em um lugar a qual eu não pertenço?

Eu havia desistido e estava saindo de seu quintal quando passos leves chegaram por trás de mim.As mãos dela.

–Liam.-Sua voz foi baixa então seus lábios traduziram suas palavras.

Um toque dos lábios dela aos meus,um momento desejavél por quelquer um,uma menina como ela tão... Aleksandra.

Não.Isso não ta pode estar certo!

–Eu esperei muito por esse momento.-Disse ao momento em que nossos lábios se separaram.

–Eu tenho que te dizer...

–Pode confiar eu estou aqui,assim como prometi.-Sorri para ela a abraçando.

–Sabia que você voltaria,sempre soube.Liam você é um homem que cumpri suas promessas.-Ela me abraçou mais forte e minhas mãos deslizaram para sua cintura.

Estranho... Promessas?

Por um momento umas imagens de uma menina com grandes olhos azuis e afeições doces rodou minha cabeça,dois rapazes também um com olhos claros e outro moreno.Eles riam alto fazendo a menina chorar,em uma caverna...

Deve ser apenas mais um devaneio,afinal eu sai vivo da guerra hoje.