Equipe Jaylor

Samantha.

Ketchup ? James definitivamente tinha enlouquecido. Mas fazer o que?

Desci a colina cuidadosamente. Passei pelo chalé de Hera. Ouvi um ruído. Me encostei na parede, mais achei melhor não arriscar a ficar colado naquele lugar. Aliás, sempre diziam que o humor da rainha dos céus não era dos melhores.

O Chalé de Afrodite. Aquele lugar com cheiro gostoso.

Eu gostava de me referir assim ao chalé de Afrodite. Era um lugar meigo, com cortininhas cor-de-rosa. Ás vezes meigo demais, admito. Talvez tão meigo que chegava á me dar vontade de vomitar. Fazer o que?

Eu não conhecia muitos campistas de Afrodite. Uma vez lutei com uma na arena. A visão geral das pessoas para os filhos de Afrodite é : Um bando de garotos e garotas emperecutados que não fazem nada.

Não é bem assim.

Nesse meu caso, a menina era realmente boa com aquelas facas. Ela girava aquilo com uma facilidade impressionável. Ela era até bonita, mais quase me matou. O problema é que ela era extremamente simpática, e você ficava quase hipnotizado ao tentar bater naquele rosto maquiado.

Era o poder do charme. Se todos os filhos de Afrodite o usassem, eles seriam imbatíveis.

Pensando bem, é melhor assim.

Eu conversei com essa menina, era bastante simpática. Senti um pouco de pena de quando ela e seus irmãos acordarem e passarem aquilo na cara. Fazer o que?

Abri a janela com o grampo, muito fácil. Comecei a jogar todos os tipos de cremes e produtos pelo ralo. Não demorou muito tempo pra encher todos de novo. Tudo bem, demorou um pouquinho. Mais quando eu estava saindo pela janela e novo...

- Samantha ? – Uma luz se acendeu. Era a tal da menina  que eu tinha lutado aquele dia. Ela estava de roupão.

- C.D.P. – Disse simplesmente. Imediatamente seu rosto assumiu um tom assustado – Só não passe nada na cara, ok?

Ela pensou em reagir. Mas somente assentiu e fechou a porta, pulei a janela e caminhei através da escuridão.

Taylor.

Os filhos de Poseidon são uns lerdões.

Nem precisei abrir a porta com o grampo, eles tinham deixado aberta. Tarefa fácil essa.

Entrei e despejei o liquido no chão. To mando cuidado para ficar bem longe daquilo. Agora eu tinha que esperar secar, e verificar se tinha funcionado.

Sentei na varanda da frente do chalé. Abri a minha mochila. O que fazer para passar o tempo? Abri o meu caderno. Fiquei rabiscando o que via. Eu não desenho nada bem. E não é mentira. Eu não tenho o costume de desenhar, nem tempo pra isso.

Vários minutos se passaram. Me frustei com aquele desenho ridículo. 5 minutos, só faltavam 5 minutos. Arranquei uma folha e comecei a escrever com a minha letra torta:

James ♥ Taylor

Cara, eu sou muito boba. O James? É besteira, bobagem... Eu só estava fazendo isso por causa dele, mas mesmo assim...

Uma porta se abriu atrás de mim. Um campista de Poseidon havia acordado!

E o mais impossível de tudo. Ele não escorregou. Uma questão de tempo.

Era Percy, não estava surpresa. Ele costumava ter alguns pesadelos á noite.

O que fazer? Eu tinha várias alternativas. Mas tem coisa mais clássica do que sair correndo?

Eu tenho sorte. Muita sorte. Percy escorregou no momento exato em que eu resolvi correr. Sumi na escuridão. Mas depois de uns instantes, me virei e olhei novamente.

Ele havia desaparecido.

Bom, ele deveria ter entrado de novo no chalé, não é mesmo? De qualquer maneira. Não era problema meu.

James.

Já havia instalado os irrigadores por sensor no chalé de Ares. Foi relativamente fácil e rápido.

Eu tinha que voltar para o ponto de encontro. Mas uma coisa me impediu. Um vulto, próximo ao chalé de Poseidon. Um grito abafado. Tão baixo que ninguém seria capaz de ouvir.

Caminhei até o chalé. Estava tudo limpo. A porta estava aberta, entrei e olhei para o chão, Taylor já havia passado por ali, afinal.

Taylor, Tayzinha... Por falar nela...

Peguei o papel amassado no chão da varanda, em suas letras tortas, estava escrito :

James ♥ Taylor

Sorri para o papel. Precisava encontrar Taylor.

Corri para o ponto de encontro. Mal conseguia parar de sorrir.

Ela estava lá, sentada. Linda como sempre. Seus cabelos pretos voando por causa do vento.

- Você foi rápido – Ela sorriu, então notou a minha expressão. Ela se levantou – Está com esse sorriso bobo por que?

Abri o papel. Ela baixou os olhos para ler, estava no escuro, não dava pra entender muita coisa. Mas ela reconheceu imediatamente. Taylor corou.

- James... onde você achou isso?

- Eu te amo Tayzinha. Te amo demais.

Puxei-a pela cintura. Ela nem tentou me impedir dessa vez, afinal.

Eu e Taylor nos beijamos.