30 Dias Para Me Esquecer escrita por Molly


Capítulo 17
16ºDia: Saber mais sobre mim?


Notas iniciais do capítulo

oi, oi..obrigada a quem deixou review!!e a kem n deixou: stou esperando por eles com olhinhos de cachorro *-*
bem, n sei se o cap ta muito bom, e se encontrarem erros de acentuação ou algo, é pk o teclado do meu pc ta fudido e so arrumei depois que já havia escrito tdo e n deu tempo de revisar.
boa leitura:



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Senti minha cabeça doer, como se alguém a chutasse de dentro para fora. Eu estava deitada em um lugar escuro, consegui saber isso tudo de olhos fechados, sou muito inteligente!

Abri levemente os olhos e senti minha cabeça rodar, porcaria de ressaca. Pisquei algumas vezes antes de abrir completamente os olhos e vi que estava no “meu”quarto, as janelas estavam fechadas, mas alguma luz entrava pelas frestas.

“eita, bom-dia”– respirei fundo e fechei os olhos me sentando na cama de olhos fechados.

–mal dia, você quer dizer né? - abri os olhos e vi que estava com a mesma roupa de ontem, fui até o banheiro e me olhei no espelho.

“ressaca é foda” – assenti para mim mesma e tirei minha roupa entrando debaixo do chuveiro frio. Lavei o cabelo e fiquei debaixo da água uns 20 minutos tentando lembrar de alguma merda que se passou, nada!

Saí enrolada na toalha e vesti uma t-shirt dos Rolling Stones, uns shorts jeans escuros e desfiados, calcei meus converse brancos com detalhes em metal, assim como a pequena pulseira que coloquei no braço. Tirei a toalha do cabelo e os penteei, desci com eles molhados.

–bom-dia, menina ressaca - sim, esse comentário escroto veio do Tom, mostrei a língua pra ele e sentei ao seu lado, de frente para Georg, que não me olhou.

–vai te catar Tom - ele sorriu e minha cabeça doeu, ao mesmo tempo.

“que coisa mais podre, isso” – ri de leve.

O café estava sendo calmo, os únicos que falavam era Bill, Tom e Kristen, Gustav parecia querer dormir e Georg mal olhou a minha cara, ‘tou achando que falei alguma coisa.

–vamos na praia mais tarde - Bill tirou dos meus pensamentos quando tapei o potinho de geléia.

–quando? - ele sorriu animado e Kristen deu um beijo no rosto de Georg, que sorriu.

–um pouco mais tarde do que ontem, quem sabe ás 16h - assenti e ele sorriu mais ainda. Acabámos o café e uma senhora, que eu não havia visto tirou a mesa. Subi para meu quarto, depois que Gustav disse que me chamaria no almoço. Abri minha bolsa á procura do meu cigarro, não achei.

“você esqueceu”– bati na minha cabeça me repreendendo - “hey, eu to aqui, se você não se lembra!”

–cala a boca - começava a sentir raiva de tudo, nessas horas meu Marlboro me ajuda, mas não o encontro. Saí do quarto e bati na porta do quarto do Tom, depois de ouvir um “entra”abri a porta.

–o que foi? - ele se olhava no espelho, é: você não ouviu mal, ele se olhava no espelho.

–você tem cigarros? - ele virou e me olhou sorrindo.

–não, Georg vai comprar, desce com ele - maldição!

–ok - bati a porta enquanto ele se virava para o espelho, respirei fundo e bati na porta do quarto dos dois.

–quem é? - ela gritou e juro que meus ouvidos tremeram.

–sou eu Kristen, o Georg ‘tá aí? - passos e depois ele abriu colocando a camisa no lugar e sério - ah!oi Georg - levantei a mão esquerda.

–oi - ele coçou a testa.

–hum…o Tom disse que você vai comprar cigarros, posso ir com você, ou você pode comprar pra mim? - ele sorriu de lado.

–vem comigo, assim a gente conversa - meu corpo gelou, não, eu não queria conversar com ele.

Ele foi até uma cômoda e pegou a carteira, ouvi o barulho do chuveiro ligar, Kristen estava no banho. Saímos do quarto e ele fechou a porta, descemos as escadas devagar e saímos de casa.

–é aonde? - o sol estava quente naquela hora do dia.

“porque, mera observação, o sol já foi frio uma vez na vida”

Continuando…

–não muito perto, nem muito longe, mas vamos a pé e aproveitar - droga! Não que eu não goste de andar, não eu não gosto, mas ir a pé significa: conversa.

–claro - abaixei a cabeça, dávamos passos curtos, sem pressa, tive que tirar a dúvida da cabeça - Georg eu… - levantei o olhar e olhei pra ele - eu disse alguma coisa estranha ontem? - ele sorriu olhando para a frente e depois me olhou.

–coisas que bêbados falam - sério? Nossa! - mas, nada de diferente ou anormal - assenti ainda inconformada, silêncio, mas desta vez foi ele quem o quebrou - você…disse algo sobre… - abaixei a cabeça olhando para meus tênis brancos: lembrei do Tom, coitado - sobre sentir minha falta - meu coração parou e mordi o lábio inferior - acho que é…alguma coisa com teu…noivo - soltei o ar devagar sem ele perceber.

–é, eu…quando estou bêbada falo dele bastante, desculpa - ele negou sorrindo e colocando a mão nos bolsos.

–não sabia que fumava - ri com o comentário.

–fumo sim, mas é só quando me sinto mal ou “acabada”. aí uma coisa má pra todo mundo, acaba fazendo me sentir bem

–entendi - assentiu e continuamos com nossos passos curtos.

Chegamos em uma pequena lojinha, uma senhora estava na caixa.

–bom-dia - ela sorriu assentindo e entramos na loja, ao longe vi a máquina: tirei algumas moedas do bolso e fui até lá, enquanto Georg perguntava alguma coisa á senhora.

Enfiei os 4 euros e 85 na máquina, apertando o código logo depois, alguns segundos e a caixinha branca e vermelha caiu. Georg comprou os cigarros e voltamos para casa, agora falávamos sobre como tudo com Kristen estava indo bem. Ele dizia que eles confiavam um no outro e ela era engraçada, bom saber.

“Sentiram a ironia?”

Chegamos em casa e todos estavam na sala conversando; resolvi subir para meu quarto enquanto todos ficavam conversando na sala.

Me deitei na cama, cansada e olhei para o teto.

“você não disse nada de mais ontem, esquece isso”– bufei olhando para o branco.

–como você sabe? - parei olhando para a janela - se eu não lembro, como minha consciência vai lembrar? - silêncio.

A porta abriu e levei um susto.

–já batia na porta, né? - olhei para o ser gigante de roupas gigantes também.

–pra quê? - se deitou ao meu lado na cama.

–e se eu estivesse nua Tom? - ele sorriu e tirou os olhos do teto para me olhar sorrindo.

–aí seria melhor ainda - bati em seu peito, enquanto ele ria. Voltei a olhar para o teto, agora acompanhada de Tom, que depois de rir, não disse mais nada.

–o que você veio aqui fazer? - olhei para ele séria e ele me olhou.

–você ‘tá estranha - neguei com a cabeça - tá sim Molly - respirei fundo e ele me olhou sério.

–’to cansada, ok? - continuou me olhando como se não acreditasse - sério Tom - sorri falsamente e ele sorriu, sabia que não havia acreditado e que iria voltar ao assunto mais tarde.

–ok - deu de ombros.

*

*

O resto do dia correu “bem”, não falei muito com Kristen e Georg, apesar de eu estar ali para empurrá-lo em cima dela, eu não estava para isso hoje.

Eram 23h, peguei meus headphones pretos e me olhei no espelho uma última vez. Eu usava um vestido camisa verde florescente, umas collants pretas acinzentadas, meus converse baixos pretos, uma touca preta e os headphones. Desci as escadas com cuidado, a luz da cozinha estava acesa e de lá vinham as vozes de todo mundo, com cuidado peguei as chaves em cima da mesa e saí de casa. Nos fones tocava “If I had a gun*”, caminhava devagar pela calçada e pisei na areia. Fui até as rochas e me sentei bem lá no fim, perto do mar calmo.

Disquei o número e sorri, esperando ele atender.

–alô - sua voz saiu curiosa e feliz ao mesmo tempo, sorri.

–oi, oi - ouvi um riso do outro lado e sorri mais ainda - tudo bem? - olhei para o mar e senti um vazio, de novo.

–sim, e com você? Pensava que não ia me ligar - ri baixo.

–bobo, eu ‘to bem sim, não liguei antes porque não tive tempo - a verdade é que eu não lembrava, sempre que pegava o celular, Georg aparecia e eu esquecia de tudo.

–ok - pausou - como está indo por aí? - respirei fundo e fechei os olhos.

–bem, aqui é muito bonito e… - abri os olhos devagar - bastante calmo - ouvi um “ahum” do outro lado - e aí? Novidades?

–não muitas, quando chegar aqui vai dar de cara com meu novo amigo, tou dividindo apartamento agora - sorri com a ideia.

–que bom, qual o nome dele?

–ah! Quando você chegar eu te digo, vai ficar na expectativa - ri e no canto do olho vi alguém chegar e sentar.

–ok então - sorri de lado olhando pra ele - falo com você depois Gheorge, pode ser? - um cão latiu.

–ok, beijos Molly, te amo - engoli em seco.

–eu também - desliguei o celular e olhei para ele que olhava o mar sorrindo - oi - abaixou a cabeça e depois me olhou.

–oi - sorriu, mordi o lábio - te atrapalhei? - neguei com a cabeça - posso falar com você? - ri de lado.

–claro Georg - ele sorriu e assentiu com a cabeça.

–eu…quero saber tudo sobre você - foi direto, fez meu coração parar e meu sangue gelar - acho que…você sabe sobre minha vida, quase tudo, então eu queria saber da tua - engoli em seco - pode ser?

Como contar pra ele sobre minha vida, sendo que ele faz parte de no mínimo 90% dela?

–claro - disse com uma voz trêmula.


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Notas finais do capítulo

*a musica If I had a gun-Noel Gallagher's High Flying Birds, é de 2011 gente, e n 2007, mas finjam que é c:
bem gente, é isso por hj.
Próximo capitulo vai "esquentar" um poko mais xD
bjs e deixem reviews!!



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