~ Ligação

– Você está em casa? – era Niall, pela voz ela diria bêbado.

– Estou... Mas estava dormindo.

– Posso passar ai? Quero te ver.

– Niall... Você esta bêbado, não acho que seja a melhor hora para isso. Vá para casa e durma. Amanhã a gente conversa.

– Por que não quer me deixar ir? Eu preciso ver você agora. Eu te amo tanto – ela estava segurando o choro, se sentia um lixo por estar com Nathan.

– Niall, passa para o Paul... Agora.

– Alô? – era voz do Paul.

– Paul... Sou eu Manu. Faz um favor? Leva Niall para casa e garanta que ele não saia até eu estar lá.

– Pode deixar, levo agora?

– Se não for incomodo.

A ligação foi finalizada. Ela colocou apenas um casaco e acordou Nathan. Pediu o carro dele emprestado, ele perguntou e ela resumiu. Falou que voltava logo, só queria garantir que ele não faria besteira e que era para ele ficar lá. Ela saiu tão rápido que não deu um beijo nele ao sair. Ela, ainda de pijama foi para a casa do Niall. Chegou juntamente com Paul. Ele ainda estava acordado e abraçou ao vê-la.

– Obrigada Paul, cuido daqui. – Ele sorriu e voltou para a festa enquanto ela entrava com ele em casa. – Vamos, vou te levar para um banho.

Ela o levou para dentro com certa dificuldade, entrou no banheiro e sentou o mesmo na privada. Começou a tirar a roupa dele deixando o de cueca, ligou o chuveiro e colocou o lá dentro. Ele puxou-a junto, molhando seu pijama todo. A água estava gelada para que ele pudesse acordar, ela o tirou, secou-o e ele conseguiu se trocar. Enquanto isso ela foi para o quarto dele pegar uma roupa para ela. Já trocados ela o levou para cama e ficou até que ele adormecesse. Assim que isso aconteceu, deu-lhe um beijo na testa e sussurrou um “eu também te amo” e voltou para sua casa.

Chegando lá Nath ainda estava acordado, ela pegou sua roupa molhada e colocou no varal. Ele estranhou a roupa e ela explicou o que tinha acontecido e pediu desculpa por tê-lo acordado. Ele não se incomodou, afinal eles, ela e Niall, eram amigos acima de tudo. Como estava tarde ela o chamou para voltar a dormir, desta vez no quarto, a cama era mais confortável. Eles deitaram e logo dormiram.

No dia seguinte eles acordaram já estava na hora do almoço. Ela deu bom dia a ele e eles ficaram na cama com preguiça de levantar. Ela resolveu levantar então, ligou e pediu comida árabe para o almoço. Em poucos minutos chegou e eles almoçaram. Ele ficou ali mais um pouco e depois foi embora. Ela se encontrou sozinha em pensamentos e relembrou da noite anterior, cada detalhe, único. Ela sorriu e então se lembrou do Niall.

~ Ligação

– Boa tarde lindo.

– Boa tarde...

– Como está? Dormiu bem?

– Cansado... Dormi um pouco. Acordei e você não estava mais lá.

– É que tive que voltar para casa.

– Falando nisso... Como chegou a minha casa se não tem carro?

– Era do Nathan... – disse calmamente.

– Ah sim... Ele estava ai?

– Estava. Ficamos assistindo filme e acabamos dormindo... Ele me emprestou o carro para ir te ver.

– Não sabia que estavam tão amigos assim...

– Niall...

– Quer saber? Esquece... Prometi não me meter nisso... Mas me faz um favor? Quando souber sobre seus sentimentos me avisa, estarei esperando por você.

– Niall... – antes que pudesse dizer algo ele desligara o telefone.

Ela começou a chorar e sabia que tinha feito uma burrice, talvez ela precisasse ficar sem os dois. Ligou para Harry e pediu conselhos, afinal ele era seu melhor amigo. Ele disse o que ela pensara. Não ficar com nenhum dos dois e deixar o tempo se acertar. Ela logo saberia o que sente por cada um e teria sua resposta. Ela só tinha medo de não chegar à conclusão nenhuma e acabar sem nenhum.

Ligou para Nathan que voltou correndo para sua casa. Ela lhe contou o que tinha acontecido e desabou a chorar. Ela o abraçou e mais uma vez ele ficou lá, em parte, pois ele tinha medo de deixa-la sozinha nesta circunstancia e segundo porque realmente queria ficar ali com ela. Ela queria falar com ele que não poderiam ficar mais, mas não hoje. Ela estava triste demais para perder ele, era egoísmo ela sabia, mas precisava disso. Foi então, quando ela se acalmou ele cometeu o maior pecado que podia. Cantou sussurrado em seu ouvido.

– In your heart, in your heart, in your heart. I can tell you can fit one more. In your heart, in your heart, in your heart. I don’t care who was there before. I feel you heart cry for love, then you act like there’s no room. Room for me, or anyone. “Don’t disturb” is all I see, close the door, turn the key. On everything that we could be, if loneliness would move out. I’d fill the vacancy…

Ela sorriu ao ouvir cada letra que saia de sua boca. Ela olhou para ele e não resistiu e beijou-o, como se não houvesse amanhã. Aquela musica dizia tudo agora, mas o fato era que talvez tivessem dois em seu coração e ela não sabia qual que ocupava o lado maior, o do amor verdadeiro. Ele ligou para a banda e pediu o dia de folga, ficaria lá com ela.

– É golpe baixo cantar no ouvido dos outros – ela disse rindo

– Sei disso, por isso cantei. – ele riu