Enfim, Londres! escrita por troublemaker


Capítulo 1
Hora de mudanças


Notas iniciais do capítulo

Segunda fic amores. Espero que gostem.



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Emanuela nunca se adaptou muito a vida na cidade onde morava. Nunca se tinha nada para fazer aos fins de semana. Era uma cidade extremamente parada para jovens, e principalmente jovem de classe média baixa. Os bares eram caros e as bebidas nem tão boas. Uma das poucas opções era o shopping, havia dois na cidade. Um onde poderia ir ao cinema e mais tarde comer uma pizza, mas calmo para conversas. E o outro, várias opções de lojas e a praça de alimentação mais movimentada.

Lá estava ela num barzinho de rua com os amigos comemorando o fim do semestre. Este bar estava na média do preço, eles costumavam ir muito lá. Principalmente para assistir jogos de futebol e passar as noites de sábado. Estavam todos conversando comentando o que fariam agora nas férias de fim de ano. Manu, porém estava muito quieta e todos perceberam. Ela não queria contar, mas se viu na obrigação.

– É que, período que vem será meu último com vocês... – disse pausadamente, todos olhavam para ela com uma grande interrogação do rosto. – Lembram que eu comentei que faria uma prova para tentar faculdade no exterior? Pois é. Passei para faculdade de College of Law London, em Londres. Como as aulas já começaram lá vou em Julho, quando começa o próximo ano letivo.

Todos sorriram e desejaram boa sorte, um grande parabéns e até um brinde. É claro que sua melhor amiga não havia gostado nada. Ao mesmo tempo em que ficou feliz pela amiga ter conseguido passar ela se sentiu traída por ela não ter contado antes e também por abandona-la assim. Izabella não falou mais nada o resto da noite. Quando voltavam para casa ela finalmente falou.

– Por que não me contou que tinha passado? – ela disse com uma voz triste, porém irritada.

– Eu não consegui. Sabia que iria ficar chateada, apesar de me apoiar você não queria que eu fosse e sei que no fundo estava torcendo para que eu não passasse. Ia lhe contar em breve...

As duas se abraçaram por um longo tempo, ainda havia longos seis meses pela frente e elas com certeza aproveitariam cada dia. Manu já via casas perto da faculdade e procurava emprego, pois precisava se sustentar lá. Seus avós e pais ajudariam nos primeiros meses caso ela não encontrasse nada, mas ela não queria depender deles.

Os meses foram passando e quando ela percebeu já estava fazendo as provas finais. Neste período ela optara por fazer várias matérias extracurriculares para quando chegasse na faculdade já pudesse eliminar algumas mais para frente. Foi então que ela já estava em Junho, havia terminado a ultima prova e foi em direção à secretaria para dar entrada no trancamento do curso.

Todo dia ela conversava com suas amigas, Camila e Karlla. Haviam se conhecido no twitter e desde então se falavam sempre que podiam. Elas estavam mais animadas que Manu por ir para Londres. Apesar de estar acostumada com cidade pequena ela queria um pouco de aventura, rostos desconhecidos e agitação. Por ela já teria saído dali a anos, mas a falta de dinheiro a impedia disso. Como de praxe lá estava ela e seus amigos da faculdade e Izabella no barzinho, comemorando mais um final de período.

Ela só iria para Londres no inicio de Julho, aproveitou os dias que se seguiram com sua família e amigos. Quando faltavam dois dias para o embarque foi surpreendida com uma pequena festa de despedida que seus amigos arrumaram. Divertiram-se e beberam até de manhã cedo. Foram dormir quando o sol nascia e acordaram era cinco da tarde.

Todas suas malas estavam prontas. Algumas caixas já estavam no navio sendo transportadas para lá. Chegariam ao mesmo dia que ela. Comprara um apartamento em Primrose Hill, era relativamente perto da faculdade, podia ir andando enquanto não tinha dinheiro para o carro. Estava na hora, o aeroporto se aproximava e lagrimas já escorriam no rosto de todos. Seu irmão foi abraçado com ela à viagem toda.

Ao fazer o check-in ela voltou para se despedir de todos. Abraçou cada um por cerca de cinco minutos. Todos choravam menos seu avô que tinha um sorriso no rosto, ele era o que mais apoiava sua ida. Sabia que ela era capaz de conseguir o que quisesse lá. Assim que terminou de se despedir de todos sorriu para eles e caminhou na direção da entrada. Deu uma ultima olhada, acenou e seguiu confiante.

Fora a coisa mais difícil que tinha feito. Deixar toda sua família para trás, ir para Londres sem conhecer ninguém. Antes de desligar seu celular mandou mensagens para Karlla e Camila. “Estou para entrar no avião. Falamo-nos em algumas horas de Londres. Não acredito que esta mesmo acontecendo. Amo vocês meninas. Beijos”. Desligou o celular, jogou-o na bolsa e pôs os fones de ouvido. Alguns minutos e eles decolaram.

Ela dormira a viagem inteira, ao acordar podia já ver algumas luzes em baixo. Sorriu e sentiu-se bem. Logo a aeromoça avisou que pousaríamos. Manu começou a sentir borboletas em seu estomago. Não sabia dizer se era de animação ou nervosismo. Pousaram e ela logo foi pegar suas malas. Ao sair de lá o céu estava lindo, um azul claro com poucas nuvens. Lera nos sites que o tempo em Londres mudava constantemente. Um momento era ensolarado e outro chuvoso.

Pegou um taxi que a levou até sua casa. Ela agradeceu com seu inglês puxado no americano e procurou as chaves da casa. Abriu a porta e sentiu-se relaxada. Era de manhã ainda, mas ela já estava morrendo de fome. Provavelmente porque no Brasil ela estaria dormindo. Resolveu comer um pão para mais tarde poder almoçar. Começou a arrumar as roupas no closet do quarto e quando estava acabando sua campainha tocou.

Desceu as escadas correndo e ao abrir a porta era o entregador com suas caixas de mudança. Ele as levou para dentro, havia muitas caixas. Ela agradeceu, deu uma gorjeta e ele se foi, deixando a sozinha novamente. Ela começou abrindo as caixas e colocar as coisas no lugar. Logo a sala ganhara dois sofás individuais, uma cômoda e cortinas. A cozinha, pratos, mesas e cadeiras. E assim continuou arrumando a casa. Só parou quando novamente seu estomago implorava por comida. Ao olhar o relógio não acreditara. Já eram três horas. Subiu, trocou de roupa e decidiu comer algo na rua.

Andou lentamente pela cidade, era linda e o sol ainda estava no céu. Viu um Mc Donald’s ali e decidiu que seria ali que comeria. Tirou seu notebook da bolsa e utilizou o wi-fi que possuía ali. Entrou rapidamente no twitter e contou onde estava. Logo estava no Skype conversando com suas amigas e contando tudo. Sua comida havia chegado e ela desligara a conversa, estava ali comendo e pensando nas coisas quando de repente duas pessoas com capuz e óculos de sol entram no estabelecimento. A princípio não os reconheceu, mas eles se sentaram ao seu lado, quando tiraram o capuz e os óculos não acreditou no que via.



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Notas finais do capítulo

O que acharam?