Meu Maroto Favorito escrita por imyourvenus


Capítulo 17
Amos não estava mais ali. Era Potter.


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey, penúltimo capítulo galera ='/

Agradeço pelos reviews, respondi todos! *-*

Obrigada pelas recomendações perfeitas, Giovanna Donatelli e BabiMonteiro, amei muito mesmo! ;3

Leiam o capítulo todo e com atenção!

Boa leitura, e nos vemos lá embaixo!



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Lily Evans.

Me lembre de nunca mais adormecer no sofá.

Dormir naquele espaço mínimo me rendeu boas dores.

E isso não estava nem perto de ser o pior.

Sinceramente, eu não precisava de todas aquelas olheiras e de toda aquela cara inchada.

Eu já sou estranha naturalmente, mas o cosmos parece estar querendo dobrar essa minha “capacidade”.

Pra resumo de conversa, fui acordada de uma forma realmente espetacular, e se você tiver o mínimo de inteligência perceberá que isso foi uma ironia.

Era uma ligação dos meus pais, e eles falaram que só vão voltar por volta de um ou dois meses, oque não é nada bom já que tenho passado muito tempo sozinha e estou à beira da loucura.

Sim, por que Lene vive agarrada com Sirius, Dorcas está envolvida demais em seu curso de teatro, Petúnia se perdeu na casa da morsa gigante chamada Válter, e eu fiquei pra escanteio. Como sempre.

Mas vamos ver o lado bom da coisa, hoje Amos virá me buscar para sair. Eu espero, de verdade, que ele tenha finalmente percebido que precisamos passar mais tempo juntos.

Como você já deve ter percebido eu tenho certo dom para acordar tarde, então, só pra variar acordei bem depois da hora do almoço.

Não que eu estivesse com fome, por que é meio impossível depois de tanto brigadeiro e batata frita.

Então fui cuidar das minhas queridas olheiras.

Graças a qualquer um que queira as graças, Petúnia deixou todos aqueles cremes que custam uma fortuna no banheiro de seu quarto. Pode parecer estranho, mas eu sinto falta de Petúnia, ela me diria qual deles era pra passar e a função de cada um deles visto que eu estava totalmente perdida dentro daquela pequena amostra de salão de beleza cor de rosa.

Passei alguns no rosto e no cabelo, não tinha nada pra fazer mesmo.

Já eram mais ou menos 4:00 da tarde e eu não havia feito nada, quero dizer, 7:00 horas devia estar tudo pronto pra chegada de Amos.

Não vou falar que estava ansiosa ou algo do tipo, por que não estava. Mas eu realmente queria voltar a ficar como no começo, querendo parar o tempo em todos os nossos encontros, afinal, o sentimento não pode ter simplesmente desaparecido.

Eu ainda não tinha retirado os cremes, mas fui escolher a roupa.

Peguei um short simples e uma blusa de alças finas. Se Lene visse isso, perguntaria se eu estava querendo levar um pé na bunda ou algo do tipo, e que eu deveria ir mais ‘sensual’. Mas quer saber? Cansei de fingir ser oque eu não sou, ou seja, cansei de fingir que gosto de usar roupas que Lana Brown aprovaria. Amos tem que aceitar o meu jeito.

Tomei um banho pra tirar todas aquelas pastas da superfície do meu corpo. Deixei meus cabelos secarem naturalmente, não estava com a menor paciência de fazer cachos, porque “combinam comigo” segundo Dorcas.

Arrumei toda a bagunça e fui ver televisão.

Poderiam ter se passado dias ou semanas que eu nem iria notar, eu estava tão nervosa a ponto de esquecer de comer. E sim, isso é bem incomum.

Amos chegou depois da hora. Bonito, já começamos a noite de uma forma errada.

– Oi Lily, eu tive alguns problemas... Vamos?

Ele estava perfeito como sempre, roupa perfeita, cabelos perfeitos e de alguma forma aquilo já não me encantava mais.

– Claro Amos, pra onde vamos?

– Surpresa.

Ele abriu a porta do carro pra mim e eu entrei.

...

Amos já dirigia por cerca de uma hora e já tinha bebido no mínimo seis garrafas de cerveja, todo aquele cavalheirismo já não existia mais.

Ele revezava sua mão direita, uma hora no volante e outra na minha coxa que estava nua por conta de eu estar usando um short.

E estava agressivo.

Toda vez que eu perguntava alguma coisa – até mesmo se podia mudar a rádio –, ele me mandava calar a boca. E minha coxa já estava com marcas de tantos apertões que havia levado.

Mas eu não reclamei. Seria ainda pior.

Eu estava com medo.

...

Depois do que pareceu ter sido uma pequena parcela da eternidade Amos parou o carro e me mandou sair.

Depois de ativar o alarme e tudo o mais, pegou um dos meus braços e praticamente me arrastou.

Meu medo tinha triplicado, afinal, o lugar não era nenhum hotel cinco estrelas.

Muito pelo contrário, era uma cabana no meio de um pequeno pântano, muito escuro e frio por sinal.

Eu não fazia ideia de onde estávamos e o porquê de estarmos ali. Mas sim, uma pequena parte de mim desconfiava o motivo, e aquela pequena parte fez meu corpo inteiro estremecer.

Mas Amos não faria nada, afinal, Amos era Amos o eterno cavalheiro.

Ironicamente eu já estava começando a desconfiar disso.

Ele destrancou a porta da cabana e me empurrou pra dentro, entrou também e logo em seguida a trancou novamente.

Aquele pequeno e imundo espaço me causou repulsa.

– Oque foi Lily, não está gostando?

Ele estava perto, perto demais para o meu gosto.

Eu não sei como e nem quando, mas quando percebi Amos já estava me beijando loucamente e não parecia estar feliz com o fato de eu não estar correspondendo, eu estava mais para estatua do que para uma pessoa.

Ele me agarrava de uma forma violenta e eu tinha certeza que aquelas marcas não desapareceriam tão cedo.

Pouco a pouco ele foi me empurrando pra uma grande e velha cama que havia no local.

Meu pescoço já estava ardendo, minha boca estava com um leve gosto de sangue e minha coxa dolorida quando Amos resolveu ser ainda mais ousado.

Eu não falava nada. Não conseguia achar a minha voz, era como se ela estivesse perdida em um abismo profundo dentro de mim.

O tecido do meu short, tanto como a da minha blusa, era bem leve então Amos não teve maiores problemas em rasga-lo.

Ele beijava e acariciava todo o meu corpo quando resolveu pular para a parte que lhe interessava.

Ele estava tendo dificuldades para abrir o zíper de sua calça. Eu tentei pensar em uma saída, mas meu corpo não queria se mover, eu tinha perdido a capacidade de falar.

Amos conseguiu abrir a calça e já estava praticamente sem ela quando um barulho ensurdecedor na porta o fez tirar a atenção do que estava fazendo.

E o barulho veio de novo.

E de novo.

E eu estava com mais medo ainda, não se sabe quem mais frequentava aquele lugar.

Não sei oque se passou na cabeça de Amos para simplesmente ignorar o barulho e focar novamente sua atenção em mim.

Ele segurava com força minha coxa e estava beijando meu pescoço de forma violenta, e os beijos estavam descendo cada vez mais.

Mas não foi muito longe, por que a coisa que estava fazendo o barulho finalmente atingiu seu objetivo e conseguiu derrubar a porta.

– Larga ela agora, Diggory.

Eu estava com meus olhos fechados, mas eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar...

Era Potter.

– Ou você vai fazer oque? - Amos disse com uma voz carregada de deboche e desprezo.

– Digamos que eu não vou me responsabilizar pelos meus atos.

E de repente os dois já estavam batendo um no outro como se suas vidas dependessem daquilo.

E eu ainda era incapaz de abrir meus olhos ou me de mover.

E a briga continuava.

Eu queria gritar para Potter ir embora, não queria que se machucasse por minha causa.

Então, do nada ouvi alguém correndo para fora da cabana, e pouco tempo depois o barulho de um carro partindo.

Se Potter conseguia dirigir, não devia estar muito machucado.

Ouvi ruídos de passos em minha direção. Ótimo, começaria tudo novamente.

Eu ainda estava meio deitada, meio encolhida encima da cama quando ele se ajoelhou no chão, se apoiou no cochão e disse com uma voz doce e que de alguma forma me passou segurança:

– Acabou.

Amos não estava mais ali. Era Potter.

E as lágrimas reprimidas vieram mesmo com os olhas fechados, e pequenos soluções me escaparam.

– Shiii, eu estou aqui. Ninguém mais vai te machucar.

E eu chorei mais, e mais alto.

James Potter.

Eu não sabia oque fazer.

Simplesmente não sabia.

Lily estava ali, do meu lado se desfazendo em lágrimas e tremendo como se tivesse Mal de Parkinson.

Eu não sabia oque falar ou como agir, ela não falava e nem se movia. Só chorava.

As marcas da brutalidade de Diggory já começavam a ficar evidentes na pele alva de Lily.

E mesmo assim ela continuava linda.

Aquela cabana era fria até mesmo pra mim que estava de moletom, imagine pra ela que estava apenas de lingerie.

Automaticamente tirei meu moletom e coloquei ao seu lado, fui até onde estavam suas sapatilhas e as peguei, mas antes de voltar a minha posição inicial, dei uma olhada em Lily.

Assim meio que de longe a situação parecia ainda pior.

Ela era como uma criança com medo de algo e estava encolhida como quisesse que tudo acabasse logo, seu choro era como um veneno pra mim. Cada vez mais mortífero.

Fui até ela e sussurrei baixinho, como se fosse um segredo muito secreto e que ninguém mais pudesse ouvir. Imaginei que assim ela se sentiria mais segura, mesmo sem ter um motivo aparente.

– Já acabou, Lírio. Quando você quiser nós vamos embora.

O choro parou imediatamente e ela abriu os olhos.

Os olhos dela transmitiam um misto de agradecimento, vergonha, arrependimento, e medo.

Medo de eu continuar oque Amos começou.

Foi um gesto idiota, eu sei. Mas mesmo assim, levantei as sapatilhas dela para que pudesse ver.

E ela pareceu entender oque nem eu mesmo tinha entendido.

Ela se levantou calmamente e com alguma dificuldade, pois a tremedeira só estava piorando.

Ela olhou das roupas rasgadas para mim.

Então lhe entreguei o moletom.

Depois disso ela sorriu levemente.

E aquele sorriso... Eu não sei explicar, mas me deixou feliz. Como se eu fosse especial.

Ela vestiu o moletom e as sapatilhas.

E eu senti uma satisfação imensa quando a vi com meu moletom, não que tenha ficado muito bonito, pois era o dobro de seu tamanho. Mas pra mim e somente pra mim, ela estava mais do que linda.

Saímos da cabana em silêncio, Lily ainda estava tremendo quando entramos no carro.

A viagem era longa, mas ela não dormiu ou falou.

Ela estava sentada no banco do passageiro olhando pela janela quando finalmente chegamos.

– Lily? Nós já chegamos.

Ela assentiu e estava com certa dificuldade para abrir a porta do carro, então eu saí e abri pra ela.

Fiz uma reverência boba e ela deu uma pequena risada.

É, ela estava mal mesmo.

Ela entrou em casa e deixou a porta aberta, como me convidando para entrar.

Achei que seria falta de educação não aceitar.

Entrei e a segui pra onde eu sabia ser seu quarto.

Ela se deitou e não disse nada, deixou todas as luzes do quarto ligadas.

Eu fui até o pequeno abajur que ficava ao lado de sua cama e o apaguei, desliguei a luz principal e estava prestes a sair quando ela falou pela primeira vez:

– Potter... Não vai não.

A voz dela saiu bem baixinha e rouca.

– James.

Eu falei com uma voz suplicante indo até ela.

– James.

Ela sussurrou como se estivesse arquivando isso mentalmente.

Me deitei ao seu lado, e devo admitir que fiquei completamente surpreso quando ela deitou sua cabeça em meu peito e fechou os olhos novamente.

Eu a envolvi em um dos meus braços, e com a mão livre comecei uma série de caricias no topo de sua cabeça.

E eu me sentia feliz. Como se ali fosse o lugar onde eu sempre quis estar.



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Notas finais do capítulo

Heeeeeey babes, só eu que estou triste por só faltar 1 capítulo? ='/

Amei os comentários e comentem novamente, okay? u.u


Eu devo estar esquecendo de falar alguma coisa pra vocês, como sempre, mas se eu lembrar envio por MP ou coloco nas notas do próximo.

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Beijões, comentem e recomendem! ('=