Quando entrei, vi dois policiais acompanhados por três mulheres muito bem vestidas conversando alegremente com Maria. Caminhei lentamente até eles. Tirei meus fones e dei um abraço em Maria.

-Boa tarde Maria. – Eu disse para ela, com um sorriso simpático no rosto.

-Boa tarde querida. Vai pro seu quarto, toma um banho e volta aqui o mais rápido possível. – Ela falou olhando em meus olhos sorrindo.

-Por que? – Falei curiosa e assustada.

-Não discute, vai logo.

Não pensei duas vezes e fui andando, taquei a bolsa na minha cama, tomei um banho rápido e coloquei minhas roupas.( http://ak2.polyvoreimg.com/cgi/img-set/cid/55805303/id/h7OKpGbmR5urdHhThnR8FQ/size/y.jpg) e fui para a entrada. Quando cheguei la só Maria estava la com sua bolsa verde e o motorista da casa estava la conversando com ela. Me aproximei silenciosamente e a cutuquei.

-Finalmente. – Ela só podia estar brincando. Eu não tinha demorado!- Vamos temos muito o que conversar.

Segui ela até o carro e ficamos em silencio por algum tempinho e enquanto isso minha cabeça tentava encontrar uma razão por tudo isso, mas nada.

-Mary, querida tenho uma novidade. As suas tias estão aqui em São Paulo, elas estão nos esperando na delegacia.- Ela disse sem rodeios. Não tive nenhuma reação. COMO ASSIM ELAS JÁ HAVIAM CHEGADO?! – Querida, você esta bem?

-Estou, estou muito bem. Só um pouco surpresa. – Mas depois de associar as coisas a realidade caiu sobre mim e eu abri um sorriso enorme e derrubei umas lagrimas, de alegria. – AAAAAAAAH MINHAS TIAS CHEGARAM! – soltei um grito. E nós caímos na gargalhada.

-Acho bom que esteja feliz. Mas as coisas não são fáceis. São três tias e todas elas não tem filhos e querem sua custodia. – Ela disse calma e olhando fundo nos meus olhos.

-É, eu sei disso. Mas bem que elas podiam adotar o Andrew, a Reeh, a Nanda e o Calvin. Já pensou?! Seria tão legal. – Eu disse sorrindo e zuando com a minha falsa esperança.

-Você podia dizer isso a elas, talvez gostem dessa ideia. – Ela disse sorrindo.

-Vou dizer.

-Chegamos- Anunciou o motorista.

-Agora é com você, vamos. – Maria disse e saímos do carro em direção a entrada da delegacia.

-Bom dia, Maria Figueiredo? – O cara no balcão disse se dirigindo a Maria.

-Eu mesma. – Ela respondeu muito simpática como sempre.

-O delegado te espera na sala dele.

-Obrigada. Vamos Mary. –Ela segurou minha mão e me levou até uma salinha onde três mulheres estavam sentadas conversando em inglês. SORTE MINHA QUE EU SABIA FALAR INGLES (graças as vezes que roubava os cadernos perfeitos do Calvin para estudar, o Zaza e a minha média 10 perfeita na escola)

-Ola. – Maria disse com um sorriso aberto.

-Oi, você deve ser Maria, certo? – Disse uma mulher(http://2.bp.blogspot.com/_Qyf9wiFkb2w/ScrqXKj1uhI/AAAAAAAAA84/uS5A1hX1s4A/s1600/anne+hathaway+(Rainha+Branca).jpg), em ingles.-Prazer te conhecer, sou Tina. E elas são Catarina- ela apontou para uma mulher(http://www.marcosproenca.com.br/wp-content/uploads/2012/07/Fernanda-Brumana_mp2.jpg).- E Jessica(http://24.media.tumblr.com/tumblr_m3m7qsV3GH1ronuz3o2_500.jpg).- Apontou para outra que parecia ter a mesma idade. As três cumprimentaram Maria.

Quando me viu, Abriu um sorriso e seus olhos brilharam.

-Oi tia. Eu sou a Mary. –Eu disse sorrindo feito uma boba e com os olhos cheios de lagrimas. Ela me abraçou forte quase me matando esganada.

-Como é bom te conhecer! Irmãs venham aqui. – Ela puxou Catarina (que decidi que vou chamar de Katy de agora em diante u.u) e Jessica (Jessie u.u)

Dei um abraço apertado nelas e todas começaram a chorar. Até mesmo Maria não conseguiu controlar as lagrimas. Depois de tanto chorar e perguntar coisas típicas do tipo “VOCÊ TA BEM?” ou “TA NOMORANDO?” ou “COMO TA A ESCOLA?” nós conversamos por uns vinte minutos e parecia que não nos víamos há apenas alguns meses. Papo vai, papo vem, o delegado resolver intervir e perguntar se elas iriam fazer algum acordo para ver quem ficava comigo, ou se iriam levar as coisas mais “para frente”.

-Sabe tias, eu poderia ficar com uma de vocês e as outras adotarem meus únicos amigos que moram comigo na casa. – Eu disse sorrindo e fazendo o meu olho do gato de botas.

Elas se entre olharam e sorriram.

-Quantas pessoas são? – Perguntou tia Jessie.

-Bem, tem a Nanda, a Reeh, o Andrew e meu irmão Calvin. – Eu disse confiante, como se fossem apenas POUCOS ADOLECENTES.

-E qual o seu plano para dividir? – Ela perguntou.

-Eu e Nanda em uma casa. Reeh em outra e Calvin e o Andrew na ultima. – Eu sorri abertamente olhando intercaladamente para cada uma delas.

-Por mim tudo bem, enquanto a vocês meninas? – Ela finalmente disse e eu não conseguia acreditar! Ela só pode ser louca!!

-Por mim também. – Katy e Tina disseram em coro.

-OMG! EU AMO VOCÊS! MUITO OBRIGADA! –Gritei alegremente pulando da cadeira e dando um abraço apertado em cada uma delas.

Ficamos na delegacia o dia inteiro, não prestei a mínima atenção no que eles conversaram, só sei que foi engraçado ver que os policiais precisaram de um tradutor para poderem entender minhas tias. No final do dia fomos todas para a casa, minhas tias iam ficar la apenas esta noite pois queriam conhecer suas futuras “filhas” e ”filhos”. Quando chegamos la cada uma foi para seu quarto e combinamos de nos encontrar no refeitório em meia hora. Eu já estava pronta, sai e quando cheguei la elas estavam conversando com as meninas e os meninos. Fiquei confusa. MUITO CONFUSA.

-Oi gente. Perdi alguma coisa? – Eu disse me sentando entre Calvin e Reeh.

-Oi Marisita. Não perdeu nada. Elas só nos contaram as novidades maravilhosas! – Disse Nanda toda animada e feliz. Na mesma hora, Reeh me deu um abraço de urso, quase me matando. E depois que me soltei Calvin me esmagou e me deu um selinho na bochecha.

-Vocês me amam muito. – Eu disse enquanto todos riam.

-Bem, vamos começar o interrogatório! –Disse Calvin esfregando as mãos uma na outra, olhando para as tias e sorrindo. La vem!