Will You Be My Angel? escrita por Danika


Capítulo 10
Pára, por favor...




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- Minha deusa, desculpem. - Pedi, assim que o Alex desapareceu em direção ao seu quarto.

- Na boa, não tens culpa nenhuma. - Disseram os rapazes.

- Eu avisei que era má ideia deixá-lo aqui ficar. - Disse a Ash em português e eu fulminei-a com o olhar.

Como é que o Alex foi capaz de fazer aquilo ao Zayn quando eu o tinha avisado que se voltasse a arranjar problemas o metia na rua? Como é que ele foi sequer capaz de bater num convidado meu quando ele não lhe fizera nada?! Ele podia ter cancro mas isso não lhe dava o direito de se armar em rei do mundo.

- Estás bem, Zayn? - Perguntei, olhando para o seu nariz que não parava de sangrar.

- Não te preocupes, eu fico bem. - Ele sorriu mas eu podia ver que lhe doía.

Puxei-o pela mão e levei-o até à cozinha onde arranjei gelo e, com cuidado, meti-o no seu nariz. Ficámos assim, em silêncio, comigo a meter-lhe gelo no nariz e ele a olhar-me atentamente, fazendo-me corar ligeiramente sob a minha pele morena.

- Pára. - Disse eu, ao fim de algum tempo.

- O quê? - Perguntou ele confuso.

- De olhar para mim, está-me a deixar envergonhada. - Respondi e senti a cara queimar para dar ênfase à minha afirmação.

- Desculpa... - Disse ele mas não parou de olhar.

Ri baixinho e tirei o gelo do seu nariz para averiguar a situação. Tinha parado de sangrar e já não estava com tão mau aspeto. Sentia remorsos por causa do que o Alex fizera. A culpa era, em parte, minha, pois se eu não o tivesse deixado ir viver connosco, ele não teria feito isto ao Zayn.

- Está melhor. - Informei-o, metendo o gelo em cima da bancada, ao mesmo tempo que evitava olhar para ele.

- Obrigado. - Ouvi-o dizer muito perto de mim.

- Não tens de quê. - Respondi, afastando-me para ir buscar um copo e enchi-o com água, bebendo-a, na esperança que o meu desejo de o beijar desaparecesse.

Ele aproximou-se de mim por trás, abraçando-me pela cintura, e beijou-me o pescoço, arrepiando-me.

- Zayn... - Sussurrei, sem forças para falar mais alto graças ao estado em que ele me estava a deixar.

- Hum? - Fez ele.

- Pára... - Pedi num sussurro fraco.

- Queres mesmo que eu páre? - Disse ele, virando-me para ele, continuando a beijar-me o pescoço, segurando-me pela cintura e puxando-me para si, colando os nossos corpos.

- QUE POUCA VERGONHA VEM A SER ESTA?! - Gritou o Louis à porta da cozinha, salvando-me.

Afastei-me do Zayn, corada e fui buscar as caixas das pizzas para as meter no lixo. Voltei para a sala sem falar com nenhum dos dois. O que tinha acontecido ali? Aquilo não podia estar a acontecer, não podia mesmo. Eu tinha de me controlar. Fui para o meu quarto, na tentativa de me acalmar, mal o Zayn voltou para a sala. Deitei-me na cama, fechei os olhos e tapei a cabeça com a almofada. Como era possível ter-me derretido às mãos do Zayn tão facilmente? Aliás, como era possível que ele se tivesse atirado a mim daquela maneira tão rapidamente quando mal nos conhecíamos? Passados alguns minutos, senti alguém deitar-se ao meu lado. Esse alguém beijou-me os braços e começou a subir-me a camisola à medida que me virava para ele, tirando-me a almofada da cabeça e beijando-me. Quando me tentou tirar a camisola de vez, recuei e abri os olhos.

- ALEX?! O QUE RAIO PENSAS QUE ESTÁS A FAZER?! - Gritei

- Até parece que não estás a gostar! - Disse ele, metendo-se em cima de mim e beijando-me à força.

- Solta-me! - Ordenei, tentando sair de debaixo dele mas era impossível, o miúdo era mais forte que eu.

Ele continuou beijar-me à força e a tentar tirar-me a blusa à força. Isto estava tão errado!

- Vais aprender que és minha e não te vais andar aí a enrolar com outro e a dar-me para trás por causa dele! - Disse ele.

- Sai, Alex! Nem acredito que te deixei vir para aqui para curares o cancro.

- És tão burra. Eu não tenho cancro, miúda. Foi só uma desculpa pra te ter de volta. Já vi que tens outro na mira mas vais ser minha à mesma! - Disse ele.

Eu congelei, parando de lutar para fugir, coisa que fez com que ele me despisse as calças, a camisola e a roupa interior em poucos segundos enquanto eu lutava para recuperar do choque. Ele tinha-me mentido? Como... como é que ele fora capaz? Quem era aquele monstro? Como é que o meu Alex de outrora se tinha tornado nisto?

Quando finalmente recuperei do choque, o Alex entrou dentro de mim, violando-me, e eu contorci-me, tentando fugir, mas era inútil. Eu não ia conseguir fugir. Por isso fiquei ali quieta, a chorar em silêncio, enquanto ele acabava de me violar, penetrando-me violentamente repetidas vezes, enquanto o seu pénis me magoava por dentro como se levasse múltiplas facadas na vagina de cada vez que ele entrava em mim e gemia à medida que recebia prazer do ato nojento que estava a cometer comigo à força.

- Pára, por favor. - Chorei.

- Oh, princesa, mas eu sei que estás a gostar. Vá lá, entrega-te a mim e esquece o outro. - Disse ele, ofegante, à medida que continuava a penetrar-me de maneira ainda mais violenta do que aquela com que começara, como se estivesse esfomeado e precisasse disto urgentemente para saciar a fome.

Ele gemeu em cima de mim quando atingiu o auge, deixando o seu esperma explodir dentro de mim e rodou para o meu lado, olhando para mim com um sorriso. Quando viu que eu chorava, acariciou-me a face.

- Não chores, princesa... Agora somos só tu e eu... - E beijou-me novamente.

Com isto, ele saíu do quarto, todo contente consigo mesmo, deixando-me ali sozinha e núa na minha cama até ao Zayn entrar pelo meu quarto adentro e tapar os olhos ao ver que eu estava núa. Ao ver que eu não reagia, ele destapou-os e viu que eu chorava, imóvel, na minha cama. Ele aproximou-se de mim a correr e puxou-me para cima, sentando-me. Não conseguia falar, não conseguia nem pensar em mais nada a não ser que o Alex me tinha violado e que nenhum dos presentes em minha casa tinha dado por isso.

- Nikky, o que te aconteceu? - Perguntou ele, limpando-me as lágrimas.

Ao ver que eu não respondia, ele ajudou-me a levantar e levou-me para a banheira na casa de banho do meu quarto. Meteu-me lá dentro e ligou a água, ajudando-me a lavar. Aos poucos, recuperei do choque e lavei-me sozinha enquanto ele ficava ali a ver-me, talvez por medo que eu entrasse novamente em choque ou cometesse alguma loucura, mas sem olhar para o meu corpo nú, coisa que eu achei estranho mas não liguei. Só queria lavar-me e tirar esta sensação de estar suja de dentro de mim.

Saí do banho e o Zayn estendeu-me uma toalha. Enrolei-me nela e fomos para o meu quarto onde eu vesti o meu pijama fofo e voltei a sentar-me na cama. Agora que estava ali ao pé do Zayn, recuperei aos poucos a noção das coisas e abracei-o à medida que deixava as lágrimas caírem numa cascata pelo meu rosto.

- Ele violou-me, Zayn... Ele veio aqui e violou-me. - Chorei, abraçando-o com força.

- Quem? Quem é que te fez isso, Nikky? - Perguntou ele e eu pude ouvir a raiva contida na sua voz.

- O Alex... - Murmurei no meio de um soluço.

Senti o Zayn ficar tenso junto a mim.

- Eu já venho, ok? Prometo que não demoro. - Disse ele, afastando-se. Assenti e ele saíu do meu quarto.

Passados alguns minutos, ouvi o Louis gritar algo como "O QUE ESTÁS A FAZER, ZAYN? ÉS LOUCO?!" e saí do meu quarto, correndo em direção à sua voz e encontrei o Zayn a espancar o Alex que estava inconsciente e com a cara toda ensanguentada.

- Zayn, pára, por favor. - Supliquei, chorando. 

O Zayn continuava a bater-lhe, enraivecido e eu peguei-lhe na mão, obrigando-o a parar e ele olhou para mim. Ao ver o meu estado, ele largou o Alex e abraçou-me.

- Desculpa. Ele merecia e eu não me consegui controlar. - Sussurrou ele contra o meu cabelo. Abracei-o forte, tanto agradecida como triste por ele ter espancado o Alex daquela maneira.

- O QUE RAIO É QUE TE PASSOU PELA CABEÇA PARA ESPANCARES ASSIM O MIÚDO, ZAYN?! - Gritou o Louis, completamente chocado.

- Ele violou a Nikky, ok? Mereceu cada murro e se voltasse atrás repetia isto tudo. - Disse ele. E depois sussurrou só para mim: - Se voltasse atrás, espancava-o mesmo antes de ele te fazer isto.

E eu chorei abraçada a ele, feliz por o ter ali a defender-me, mesmo que ele não tenha chegado a tempo para impedir que aquilo acontecesse.

- ELE FEZ O QUÊ?! - Foi a vez da Ash e da Aria gritarem, chocadas.

- E-Ele disse que o cancro e-era só um-uma maneira p-para me ter de volta, que era menti-ira. E... Ele violou-me... - Disse eu, soluçando, ainda abraçada ao Zayn que me acariciava ao de leve as costas, numa tentativa de me acalmar.

- Acabou, este miúdo vai porta fora e vou chamar a polícia. Tem muita sorte de não termos sido nós as primeiras a descobrir o que ele fez porque podes ter a certeza que ele estaria morto a esta hora. - Disse a Ash, saíndo do quarto do Alex para ir ligar à polícia. Em menos de 10 minutos, a polícia chegou. Depois de me interrogarem, pediram-me que eu fosse ao hospital fazer um teste de violação. Assim fiz e voltei para casa. Os meninos não saíram do meu lado nem por um segundo, a não ser quando fiz o teste.

- O Alex vai ser preso. - Disse a Ash quando chegámos a nossa casa e os polícias foram embora com ele.

Assenti, demasiado exausta para reagir de outra maneira. Só sabia que me sentia nojenta, suja por dentro. E queria que isso parasse. Queria que esta situação horrível desaparecesse.

- Zayn... - Murmurei.

- Sim, diz, Boo. - Disse ele, com o braço à volta da minha cintura.

- Podes... Podes dormir aqui comigo? - Pedi num sussurro. - Tenho medo... 

- Medo do quê?

- Que ele volte... - Uma lágrima caíu do meu olho.

- Claro, Boo. Eu passo a noite contigo. - Disse ele.

Despedi-me do pessoal e fui para o meu quarto, em poucos segundos, o Zayn seguiu-me e deitou-se ao meu lado. Quando ele me tocou, eu retraí-me instintivamente, lembrando-me de como tudo começara com o Alex.

- Desculpa... - Disse o Zayn.

- N-Não. Desculpa eu. - Disse eu, abraçando-o e deitando a cabeça no seu peito.

- Desculpa não ter chegado mais cedo... - Pediu ele e eu pude ouvir a culpa na sua voz.

- Não tiveste culpa, não sabias... - Disse eu. E era verdade. Ele não tinha culpa de eu ter sido violada. Eles não me ouviam, não podiam ouvir. Estava demasiado barulho na sala, com as conversas e o entusiasmo que ia ali como era costume quando se conhecia pessoal novo, e mesmo que eu gritasse eles não me podiam ouvir.

- Não vou deixar que mais nada de mal te aconteça, prometo. - Disse ele, beijando-me o topo da cabeça.

- Eu sei... És o meu anjo da guarda. - Disse-lhe à medida que me entregava à escuridão oferecida pela inconsciência que eu agora agradecia por poder fugir a esta realidade cruel e poder deixar de me sentir tão nojenta como sentia agora. Só queria que aquilo parasse.

- Sempre. Eu amo-te. -  Ouvi-o dizer antes de adormecer.


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Notas finais do capítulo

Este capítulo foi um tanto... Pronto... A minha imaginação hoje está um pouco mórbida. Espero de coração que tenham gostado, apesar de tudo.
Até ao próximo!



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