Like Another Fairytale escrita por Mariia_T


Capítulo 27
26.


Notas iniciais do capítulo

Oi!!! 02:22 da manhã e eu TIVE que postar isso aqui sadkasjdhçask
Espero que gostem!
As notas finais são importantes, hein!



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Justin’s POV

    Cruzei os braços quando meu relógio indicou dez minutos exatos após o término das aulas. Sabia que não deveria ter matado a última aula para esperar ansiosamente pela princesa. Eu me sentia como um cachorrinho obediente, mais pela minha vontade que pela vontade dela, de qualquer forma. Eu simplesmente não conseguia me conter, parecia precisar estar ao redor dela tanto quanto precisava de ar.

    Para mim, era claro: ela era a minha nova droga. Era tão fácil esquecer a merda do mundo quando estava com ela.

    Isso era o que me mantinha na ativa, tentando sempre estar com ela, sempre que podia. Mesmo que aquilo fosse causar algum futuro problema para nós dois... Bom, eu certamente podia tomar conta disso depois. Depois de estar com ela mais uma vez.

    Troquei a perna que me apoiava contra o carro e olhei para o céu, ainda claro, o tempo relativamente frio. Quando voltei a olhar para frente, afastei-me do carro, mal acreditando que ela realmente veio.

    Ou apenas veio dizer não pessoalmente. Karen provavelmente nunca me deixaria esperando para sempre, ela era muito educada para isso, ela era boa demais para isso, boa demais para mim.

    - Eu espero que você me leve ao melhor restaurante da cidade, Evans. – Ela murmurou ao passar por mim, indo em direção à porta do passageiro. Não contive a pequena risada que escapou de mim enquanto também entrava no meu lado do carro.

    - Vou me esforçar. – Falei antes de ligar o motor do carro e manobrei o carro para sair do estacionamento traseiro da escola. Karen estava quieta, olhava tudo que passava do seu lado da janela. Fitei a rua à minha frente, de repente me sentindo meio desesperado. Eu não havia planejado nada demais para aquele jantar. Digo, eu só queria estar com ela!

    - O que você quer comer? – Perguntei, minha voz saindo um pouco mais fina por causa do nervosismo. Pigarreei. Ela riu um pouco, o que me fez relaxar também.

    - Fast-food. – Respondeu tranquilamente, abrindo um sorriso para mim.

    Assenti, girando a mão com o volante para fazer a curva. O McDonald’s apareceu à nossa direita, as cores amarelas e vermelhas chamativas fazendo meu estômago roncar de repente. Não sabia que eu estava com tanta fome. Estacionei na primeira vaga que vi, que era um pouco longe do lugar, mas eu sabia que mais perto não haveria chance de estacionar.

    Saí do carro rapidamente e corri para abrir a porta para Karen, que me lançou um olhar indecifrável ao sair. Nenhum de nós falou nada enquanto andávamos lado a lado em direção à lanchonete, nossos ombros esbarravam-se às vezes e nossas mãos também.           Quando elas esbarraram de novo, eu segurei sua mão contra a minha, entrelaçando nossos dedos em seguida. Eu podia sentir os olhos dela em mim, mas permaneci olhando para frente, um sorriso pedindo para ser mostrado em meu rosto, mas não me permiti. O contato físico era tão bom, sua mãozinha parecia tão moldada na minha.

    Abri a porta do McDonald’s para ela e entramos.

    - O que você vai querer? – Perguntei, sentindo-me idiota por perguntar algo daquele tipo pela segunda vez. Ela franziu o cenho, provavelmente se dando conta da mesma coisa que eu, mas não disse nada sobre.

    - Não sei... O que você pedir está bom para mim. Não tenho muita experiência com isso. – Ela encolheu os ombros, o gesto fazendo sua inocência aumentar, seus olhos brilhando e suas bochechas levemente coradas também.

    - Vou comer um BigMac. Tem certeza? – Cruzei os braços, soltando sua mão no processo e, logo em seguida, sentindo falta do contato.

    - Tenho. – Sorriu um sorriso que me fez derreter por dentro. – Eu consigo.

    Arqueei uma sobrancelha, mas não falei mais nada. Apenas dei mais um passo ao caixa, nós éramos os próximos a serem atendidos.

    - Pega uma mesa. – Pedi, olhando a lanchonete. Ela assentiu e foi para a mesa mais afastada, num canto perto de um grande pôster de um milk-shake de morango.

    - Boa noite. – A moça disse e eu lhe dei nossos pedidos.

    Não demorou muito e eu estava sentado à frente de Karen, abrindo o saquinho de papel com meu guardanapo para pegar o sanduíche. Ela me olhava em expectativa, tomando um pouco de seu refrigerante.

    Como eu disse antes, a inocência em seus olhos...

    - Então...? – Ela começou, largando o canudo e pegou uma batata frita. – Isso aqui é muito bom!

    - É... A primeira vez que você come? – Perguntei.

    - Não, Jolie e eu tivemos um pequeno lanche semana passada, mas... Nunca perde a graça. – Karen abriu aquele sorriso estonteante novamente. Impossível não sorrir com ela.

    - É um prazer agradá-la, minha Alteza. – Acenei com a cabeça, fazendo-a revirar os olhos.

    - Não me chama assim. – Pediu, enfiando uma batatinha inteira na boca.

    - E por que não?

    - Porque... Eu estou me libertando disso. – Deu de ombros.

    - Não pode fugir do que você é.

    - Eu sei que não, mas, por algum tempinho, quero ser só a Karen.

    - Ok, só Karen.

    Caímos em um silêncio após aquilo, não muito desconfortável, mas ela parecia pensativa e um pouco retraída. Não era bom sinal e aquilo me preocupava de alguma forma. Digo, eu era o idiota aqui, com certeza ela estava reagindo de alguma forma ao modo como eu estive me comportando e toda essa frieza com certeza era reflexo disso.

    Observei-a discretamente enquanto ela comia. A urgência de me aproximar dela e a beijar quase me dominava. Karen era tão linda, quase um anjo, com seus cabelos loiros e a pele branquinha, mas não pálida, era como se ela fosse feita de porcelana. O modo como ela se movia, o modo como olhava para tudo com admiração e curiosidade, o modo como seu sorriso era sempre tão genuíno. Aquilo tudo me fascinava. Eu queria saber mais, mais e mais sobre ela. Cada momento, cada sonho, cada medo, cada detalhe que me fizesse necessário e importante.

    Como que sentindo meus olhos sobre ela, Karen parou de olhar em volta e me fitou, as bochechas começando a corar quando percebeu que eu encarava.

    Reprimi um sorriso mordendo o meu último pedaço do hambúrguer e tomei um pouco do refrigerante para dar algum tempo entre uma ação bizarra e outra.

    Eu nunca era assim com garotas. Todos meus movimentos eram naturais, o instinto hormonal falando mais alto que qualquer coisa, mas, com Karen, eu era calculista e preciso, sempre com a cautela de não errar. Nunca me perdoaria por magoar uma garota como ela. Seria a gota d’água para mim.

    - Fiquei surpreso por você ter vindo. – Soltei sem querer.

    - Eu também. Você não está merecendo...

    - Eu sei. – Cortei-a, sentindo-me culpado e infeliz por minha teoria estar correta.

    - Eu acho que você me deve algumas respostas. – Karen tirou o hambúrguer da caixinha e deu uma pequena mordida antes de olhar para mim, esperando. Limpei a garganta e, por um segundo, ponderei a ideia de contar tudo para ela, mas, no momento, não queria e nem podia. Quanto mais ela soubesse, pior.

    - O micro-ondas era uma máquina de tortura na época da Guerra Fria. – Falei, tentando desviar o assunto, mas ela continuou me encarando daquele jeito que me fazia ter certeza de que ela não estava caindo na minha conversa.

    - Você sempre faz isso. – Disse, por fim, voltando sua atenção ao copo de refrigerante.

    - Faço o quê?

    - Muda de assunto. – Ela tinha um tom cansado, quase derrotado.

    Encolhi os ombros, fazendo-me de desentendido. Ela me fitou por alguns segundos antes de soltar o copo na mesa e se colocar de pé bruscamente, chamando a atenção de algumas pessoas que estavam perto.

    - Para mim já chega. Eu quero ir para casa. – Falou ela, olhando a parede oposta à qual nos encontrávamos.

    - Karen...

    - Justin Evans, eu exijo que me leve para casa agora e não vou tolerar a rebeldia de um plebeu! – O tom dela ficou duro de repente, eu quase podia tocar as notas. Ela girou nos calcanhares e saiu do recinto com passos duros. O jeito como ela falou me atingiu em cheio, pegando-me totalmente desprevenido. Eu nunca havia visto Karen falar com tamanha autoridade na voz.

    Eu poderia ter o orgulho ferido ao ser chamado de plebeu, mas eu sabia que aquilo só saiu de sua boca por minha inteira culpa.

    Justin, seu merda.

    Levantei-me da cadeira e saí da lanchonete, colocando-me ao seu lado e assenti, tirando a chave do carro do bolso. Olhei seu rosto de relance e quase me amaldiçoei por ser tão estúpido; os olhos dela estavam vermelhos, o lábio inferior tremia um pouco.

    Reprimi o impulso de bater minha cabeça contra a parede.

    Por que você só ferra com tudo, cara?!

    Segurei seu braço delicadamente, puxando-a para um pequeno abraço. Senti seu corpo pequeno estremecer debaixo de meus braços e a apertei um pouco mais.

    Eu não posso continuar com isso.

    Desse jeito eu vou perder Karen para sempre!

    Afastei-a pelos ombros, apenas alguns centímetros para que eu pudesse olhar em seus olhos. Respirei fundo e me preparei para dizer algo que, nunca, em um milhão de anos, eu recomendo que alguém diga em um encontro. Espere para dizer algo assim depois do casamento ou coisa do tipo.

    Lá vai.

    - Eu matei uma pessoa. 


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Notas finais do capítulo

Uuuuuh! Final trágico! Hahahaha
Espero que tenham gostado!
Então, vamos às novas: estou postando a fic no AnimeSpirit. Quem quiser acompanhar por lá, fique à vontade. Eu decidi fazer isso para facilitar a vida de algumas pessoas porque eu reparei que algumas de vocês só estão aqui no Nyah! por causa da LAF, então :D
E eu vou continuar postando por aqui porque nem todo mundo tem conta no Anime e não é algo que eu recomendo porque eu particularmente acho super difícil mexer lá etc.
Bom, é isso. Obrigada por tudo ♥
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