Like Another Fairytale escrita por Mariia_T


Capítulo 24
23.


Notas iniciais do capítulo

OIEEEEEEE! Olha quem tá aqui hahaha eu devia estar estudando pra quando as aulas voltarem mas passei a noite acordada escrevendo isso sdhakgçds espero que gostem :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/245212/chapter/24

    - Srta. Alexandrine? – A recepcionista do hotel me chamou antes que a porta do elevador se fechasse. – Está tudo bem? – Ela apareceu na porta, segurando-a com o braço, os olhos fixos no rosto de Justin. Abri um meio sorriso, olhando de Justin para ela.

    - Está sim. – Menti. – Ele caiu no treino do basquete hoje. – Menti de novo e, por mais que eu me achasse péssima nisso, ela pareceu comprar minha mentira.

    - Ele precisa de gelo, alguma pomada ou algo do tipo? – Ela insistiu, parecendo realmente preocupada. O tom maternal estava presente ali e caía bem nela, que parecia ter seus quarenta anos de vida.

    - Um kit de primeiros socorros seria bom. – Sorri gentilmente para ela, que assentiu e rapidamente me disse que eu receberia a caixinha no meu quarto. Agradeci e enfim, ela deixou a porta do elevador se fechar.

    Encostei-me à parede do elevador e suspirei, aliviada por ela não ter chamado a polícia. Ou era normal, em Nova Iorque, as pessoas aparecerem por aí com hematomas do tamanho de uma maçã no rosto? Eu acho que não.

    - Eu não caio em treinos, só para salvar minha reputação. – Justin falou pela primeira vez desde que chegamos ao hotel. Encostou-se à parede do elevador oposta a mim e cruzou os braços. – Eu sou incrível.

    - E muito humilde, como todos podemos perceber. – Revirei os olhos.

    - O que eu posso fazer? – Não precisei olhar para saber que ele estava sorrindo. Por mais que ele estivesse sorrindo por um motivo não muito nobre, eu gostava do fato de que ele estava.

    - Você não está incrivelmente sexy com esse olho roxo. – Rebati.

    Ele veio até mim, um sorrisinho arrogante em seus lábios, os olhos cerrados. Prendi a respiração quando ele se aproximou de mim e não parou até seu nariz estar longe apenas alguns poucos centímetros do meu.

    - Então você está dizendo que eu sou sexy nas outras horas?

    Cruzei os braços, encarando-o fixo agora. Essa mania dele de trocar de assunto quando eu tentava arrancar alguma coisa estava começando a me irritar profundamente. E, por mais que fosse novo esse sentimento de irritação, eu não gostava de ficar irritada. Ele suspirou.

    - Você faz perguntas das quais não quer saber a resposta, princesa. – Afastou-se de mim e parou em frente à porta, um segundo antes dela se abrir. – Qual é o quarto?

    - Você faz perguntas das quais não quer saber a resposta, Evans. – Imitei seu tom enigmático e cansado, passando por ele com a chave do quarto na mão. Ouvi-o suspirar, mas não dei muita atenção. Abri a porta do quarto sem pressa e entrei, largando minha bolsa e casaco no sofá da pequena sala e fui para o quarto em si.

    - O kit chegou. – Justin disse, do outro lado da porta, tão perto que por um instante achei que ele fosse entrar, o que fez meu sistema nervosa congelar. Vesti rapidamente a primeira blusa que encontrei, que foi a blusa do Giants que ganhei no jogo, e troquei o jeans por um short esportivo que Jolie comprou para mim. Meu quarto estava uma bagunça. Minha mentora comeria meu fígado com um bom vinho se visse isso.

    Saí do quarto rapidamente e encontrei Justin sentado no pequeno sofá de dois lugares, desenrolando um pouco de gaze, tirando algumas pomadas da caixa e cantarolando alguma música enquanto fazia tudo isso. Sentei-me ao seu lado, tirando a gaze de sua mão e peguei uma pomada.

    - Eu tive algumas aulas de primeiros socorros. – Sorri, simpática, enquanto passava um pouquinho do creme no leve tecido.

    - Não acho que suas algumas aulas sejam mais eficientes que minha experiência nisso. – Ele revirou os olhos, tirando a gaze de minha mão. Olhei para ele, chocada.

    - Experiência? Você já apanhou antes? – Perguntei, sem conseguir acreditar, sem conseguir imaginar ele nesse estado outras vezes.

    - Não é tão ruim assim como você acha...

    - Não é ruim? Então você apanha desse jeito, faz alguns curativos e a vida segue assim, tranquila? O que sua mãe acha disso?!

    - Não! – Ele gritou e cobriu minha boca com sua mão, os olhos arregalados, o rosto pálido. – Ela não sabe. Não pode saber.

    - Ela não sabe?! Justin! Você apanha por aí e ela não sabe? Ela é sua mãe! – Bati as mãos nas pernas, frustrada.

    - Para de dizer a palavra “apanhar”, eu tenho uma reputação a zelar. – Bufou.

    - Sua reputação está bem estampada no seu rosto então eu digo que você apanhou, sim! – Rebati, apontando para o olho roxo.

    - Eu bati também ok?! O outro cara deve estar bem pior do que eu! – Defendeu-se, abrindo um sorrisinho arrogante no final.

    - Era uma briga? Você se meteu em uma briga? Justin!

    - É por isso que eu não deixo minha mãe saber! Se você está assim, imagina ela? Justin! Justin! Justin! – Ele me imitou, de um modo mais zombeteiro e pejorativo.

    - Bom, me desculpe se eu estou tentando acompanhar tudo o que está acontecendo! Se você não está me evitando, me aparece com um olho roxo! Quem sabe se você me contasse alguma coisa eu não ficaria tão chocada tentando entender!

    Silêncio. Justin me olhava, surpreso, talvez um pouco atônito, provavelmente não esperava por minha explosão. Mas nesse momento eu não podia me importar menos com o que ele estava achando.

    Ouvi-o suspirar e ele, num gesto delicado e carregado, levantou sua mão, trazendo-a para minha bochecha. O toque fez meu coração acelerar, tão delicado era, tão suave. Fez uma leve pressão ali, como que pedindo que eu me aproximasse, colando nossas testas.

    - Eu adoro o seu sotaque, sabia? – Ele riu fraquinho, o polegar acariciando minha bochecha, roçando delicadamente com minha pele.

    - Não... – Fechei os olhos, exasperada. – Você está tentando mudar de assunto?

    - Está funcionando?

    - Não. – Respondi e tentei me afastar, mas ele não deixou. – Me conta, Justin! – Implorei.

    - Não é seguro para você ficar perto de mim. – Disse, baixinho.

    Calma. Eu já ouvi isso em algum lugar...

    - Seguro? – Franzi o cenho.

    - É, Karen. – A respiração dele estava superficialmente controlada.

    - Então você... Apanhou por minha causa?

    - Não. Isso não tem nada a ver com essa droga de olho roxo. – Murmurou, afastando-se de mim rapidamente.

    - Então tem a ver com o quê?

    - Você está com fome? Eu estou morrendo de fome. – Ele se colocou de pé rapidamente e foi para o telefone do hotel.

    - Para de fugir! Mas... Que coisa! – Soltei um grunhido de frustração. – Quer saber? Se você não quiser me contar, tudo bem! Eu só estou cobrindo essa sua maluquice, te dando um teto, não é como se eu tivesse direito de saber, não é? Eu vou dormir, se você não se importa, boa noite.

    Não esperei a resposta dele e fui para o quarto, fechando a porta atrás de mim. Minha respiração descontrolada; uma pequena sensação que somente Justin conseguia me dar. Tirei minhas sapatilhas e fui até o banheiro. Parei em frente à pia, olhando meu reflexo no espelho. Eu estava um caco. Curvei-me e molhei um pedaço da toalha com água morna da torneira, passando-a em seguida em meu rosto. A sensação era ótima.

    - Depois que eu tentei parar com... Bom, eu me compliquei. – Justin apareceu na porta do banheiro, atrás de mim. Olhei para ele pelo espelho, assustada pela presença dele.

    - Parar com o quê?

    - Na festa do Gabe...

    - Entendi. – Cortei-o, sem querer que ele dissesse aquilo em voz alta. – Que bom que você parou.

    Recebi um sorriso sem graça e ele trocou o peso do corpo nos pés.

    - É uma dívida. – Falou, por fim.

    - Dívida? Tipo... Traficantes? – Perguntei, virando-me para ele, preocupada.

    - É. – Suspirou. – Eles estão cobrando... Sabe... A gente fumava muita erva.

    - Eu... Entendo. – Comprimi os lábios, meio incerta. – Então isso é uma confusão com traficantes? – Peguei a toalha molhada e me aproximei dele, limpando o corte delicadamente. Ele se encolheu embaixo de minha mão. Sorri para ele, tentando confortá-lo.

    - É.

    - Por isso que não é seguro para mim. – Deduzi, mas estava mais que óbvio.

    - Também. – Ele disse, parecendo inseguro.

    - Também. – Repeti, sentindo a frustração me alcançar de novo.

    - Karen. – Justin chamou, passando seus dedos pelo meu braço, depois subiu para meu ombro e então parou em meu pescoço.

    - Eu estou cansada desse mistério todo, Justin! Eu só quero entender, só quero que alguém me diga o que está acontecendo e porque nunca é seguro estar com você. – Olhei para ele, séria, esperando que ele dissesse alguma coisa. Ele, porém, manteve seus olhos no chão, sem dizer uma palavra. Arqueei as sobrancelhas, sentindo-me uma idiota por ter praticamente implorado por alguma luz.

    Dei meia volta, pretendendo ir para a cama e só olhar na cara dele na manhã seguinte. E era exatamente isso o que eu ia fazer se ele não tivesse segurado meu cotovelo e me puxado para ele, colando nossos lábios em seguida. Tentei afastá-lo de mim, mas ele apertou mais o abraço em volta da minha cintura para me deixar ir. Segurei firme o colarinho de sua blusa de malha, mas ele achou que aquilo era um incentivo para me apertar mais contra ele. Como ele ousava me beijar quando eu estava tão brava com ele?!

    Derrotada, suspirei, e decidi me deixar levar por aquele beijo que ele estava impondo e eu tentava inutilmente evitar, muito embora algo gritasse dentro de mim que aquilo era o que eu mais queria. E era. Envolvi seu pescoço com meus braços e dei um passo adiante, sentindo o calor que irradiava do corpo dele, assim como seus lábios ágeis sobre os meus, cada vez mais vorazes, como se qualquer hora eu fosse sumir. Justin girou e me colocou contra a parede gelada de azulejo do banheiro, pressionando cada vez mais seu corpo contra o meu, se fosse possível.

    - Beijar você só vai ficando melhor. – Ele murmurou contra meus lábios e com um pequeno sorrisinho antes de me dar um selinho. Abri meus olhos e olhei para cima, encontrando seu olhar.

    Eu não sabia direito o que dizer, minha cabeça estava cheia de muitos pensamentos para formular algo coerente. Deixei minha cabeça tombar em seu ombro, escondendo meu sorriso. Ele passou a mão pelo meu cabelo, respirando calmamente agora.

    - Você devia ir dormir, princesa. – Ele sussurrou, pousando os braços em minha cintura, descansando.

    - Eu estou bem. – Murmurei contra sua camisa, guardando em minha memória cada detalhe daquele momento; seu peito indo e vindo com sua respiração, o calor de seus braços ao meu redor e o cheiro. Principalmente o cheiro.

    - Não. – Ele riu. – Você não está nada bem. Você está exausta. – Começou a passar as mãos pelas minhas costas, fazendo-me contorcer e arrepiar. – Faz cócegas? – Ele riu comigo. Balancei a cabeça.

    Justin não disse nada, passou um braço por debaixo das minhas pernas e me tirou do chão, levando-me até a cama. Jogou alguns livros, que eu havia deixado ali na noite anterior, no chão e me colocou no colchão macio com calma. Soltei-me dele e deitei.

    - Boa noite, princesa. – Sorriu, puxando o cobertor para me cobrir.

    - Onde você vai dormir? – Perguntei, prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo baixo.

    - Eu me viro na sala...

    - Aquele sofá é muito pequeno! – Fiz objeção, preocupada. Eu não conseguia apenas não me importar com Justin.

    - Isso é um convite indireto para eu dormir aqui com você, princesa? – O sorrisinho presunçoso estava lá de novo. Senti minhas bochechas queimarem.

    - Não, eu só estava preocupada com suas costas. Você já tem um olho roxo... Ainda quer dor nas costas? – Apontei para seu olho.

    - E o que você espera que eu faça? Durma no chão? – Ele parecia cansado, talvez ainda mais que eu. Decidi não questionar mais para evitar desgastes e, por mais que minha barriga parecesse ter uma reação extremamente exagerada à ideia, propus a ele:

    - A cama é grande o suficiente para nós, Justin. – Falei, sem conseguir olhar para ele.

    - Tem certeza? – Eu não precisava ver para saber que ele estava sorrindo.

    - Uhum. – Murmurei.

    Ele riu um pouco e deu a volta na cama, deitando ao meu lado, devagar. Afastei-me de onde ele estava deitado, tentando colocar alguma distância entre nós. Afundei a cabeça no travesseiro e fechei os olhos, esperando que meus esforços para ignorar a presença dele me deixassem dormir, mas quando senti a mão dele em minha cintura, eu entendi que seria impossível ignorar a presença dele naquela noite. Fui puxada até estar colada em seu peito, seu braço me prendendo junto a ele.

    - Por que você está fugindo de mim, princesa? – Sussurrou em meu ouvido, provocando-me um arrepio. – Boa noite. – Deu um beijinho em meu ombro e ficou em silêncio.

    


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? HAHAHA AS COISAS ESTÃO SE ACERTANDOo o o :D
Bom, espero que tenham gostado, vou responder os reviews de vocês agora haha xxo ♥
ps: boa sorte pra quem vai comprar ingresso AGORA pra BT õ// Eu não vou, mas pelo menos vi ele em 2011 né hahaha ~não consola do mesmo jeito :c
x



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Like Another Fairytale" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.