Like Another Fairytale escrita por Mariia_T


Capítulo 23
22.


Notas iniciais do capítulo

Gente, é bem curtinho, mas eu acho bem denso dsakdçgajda



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    Ainda era cedo para algum espetáculo começar. A Broadway estava aberta naquele dia, havia até uma pequena fila do lado de fora, esperando pelo início da venda dos ingressos. Paguei ao motorista a corrida e saí do carro, incerta do que Justin queria comigo. Ali. Respirei fundo e dei o primeiro passo em direção à entrada, esperando por algum sinal dele, mas não conseguia reconhecer ninguém.

    Sendo assim, me dirigi á lateral do prédio, tomando um cuidado especial de não chamar muita atenção enquanto batia na pequena porta de metal fundido que dava acesso ao backstage. Fui rapidamente recebida pelo mesmo senhor que nos deixou entrar da outra vez.

    - O que o Justin está achando que isso aqui é? Só porque a mãe dele... – E dizendo isso o homem sumiu em alguma direção mais movimentada.

    Olhei para a parte escura que estava atrás de mim. Eu sabia que daria para um corredor e, de alguma forma, sabia que deveria ir para ali. Ele não me esperaria no lugar mais movimentado para conversar, certo? Segui por aquele corredor mesmo, tateando a parede à minha volta, tentando me guiar e não cair.

    Minha mão chegou a uma porta, fria e rugosa, provavelmente mal pintada. Procurei a maçaneta e passei pelo portal quando a porta se afastou. Continuei meu caminho, sempre devagar e com meus braços estendidos à minha frente.

    De repente a claridade irritou meus olhos e eu tive que piscar algumas vezes para me acostumar com ela. Vi Justin de costas para mim, a mão no interruptor. Estávamos em um camarim, com poucas roupas, algumas cadeiras espalhadas, um estojo de maquiagem de frente para um espelho e um pequeno divã encostado à parede.

    - Senta. – Justin disse, apontando para o divã, ainda sem se virar para mim. O pequeno móvel rangeu quando eu me sentei e então tudo ficou escuro de novo. Ouvi os passos dele chegarem mais perto e senti o estofado do divã afundar quando ele se sentou.

    - Pode me dizer o porquê disso? – Eu perguntei, tentando ajustar minha visão ao escuro, mas era completo breu, eu não poderia distinguir nada de nada.

    - Eu... Queria privacidade. – Gaguejou um pouco, parecendo desconfortável.

    Dentro de mim, em algum lugar, alguma coisa reagiu a isso.

    - E... O que você queria conversar?

    - Sobre hoje, mais cedo...

    - Justin... Não. Não faz isso. Não precisa, é sério. – Levantei as mãos, tentando impedir qualquer declaração constrangedora, mas acabei acertando o queixo dele sem querer e rimos um pouco. Puro nervosismo.

    - Eu e a Jennifer... – Suspiro. – Não estamos juntos de verdade. – Outro suspiro. – É complicado.

    - Tudo bem...

    - Não. Não está tudo bem, Karen! – Justin grunhiu, soltando em seguida um som estranho com a boca, frustrado. – Estava tudo bem. Tudo perfeito. Até você chegar. – Meu queixo caiu. Já era a segunda vez que alguém me dizia aquilo e, meu Deus, como causava uma sensação ruim. – E você chegou e... Droga, eu não consigo tirar você da minha cabeça. E isso não é bom...

    - Desculpe? – Pedi, meio incerta do que ele queria que eu fizesse.

    - Não! – Segurou meu rosto entre as mãos, eu não podia ver, mas podia sentir sua respiração a centímetros do meu rosto. – Não se sinta na obrigação de pedir desculpas, não é... Não é sua culpa... – Suspiro. – Tem tanta coisa acontecendo e... Droga.

    Senti meu coração diminuir de tamanho. Ele parecia tão frustrado e resignado, a urgência de fazê-lo sentir melhor me tomou. Levantei as mãos, colocando-as em cima das dele em minhas bochechas. Respirei fundo, sentindo todo aquele misto estranho de sentimentos que me assaltavam naquele momento.

    - Me conta. – Pedi, um fio de voz. Era muito mais do que simples curiosidade. Era a resposta para um milhão de perguntas sobre todo aquele maldito mistério que todo mundo fazia sobre o passado deles.

    Ele suspirou. De algum modo, mesmo na escuridão, eu sabia que os olhos dele estavam procurando os meus. Senti seus lábios tocarem de leve os meus, enquanto fazia algum carinho em minha bochecha. Parti os lábios, deixando-o dar início a um beijo de verdade, mais rápido, porém ainda terno. Uma mão desceu para minha cintura, embaixo da minha blusa, impedindo-me de pensar racionalmente. Os lábios dele eram precisos e ao mesmo tempo delicados contra os meus, fazendo-me suspirar entre o beijo e ele sorriu com isso. Levei minha mão até sua nuca, acariciando, traçando um caminho até sua bochecha. E foi tecnicamente ali que eu parei, afastando-me dele.

    - Você está chorando? – A pergunta apenas escapou, sem minha consciente permissão. Ouvi Justin xingar baixinho. – Justin? – Passei meu polegar de novo onde estava molhado e ele se encolheu debaixo do meu toque. Não houve resposta.

    Não aguentando mais nada daquilo, levantei-me e tentei chegar ao interruptor da melhor maneira que pude, tropeçando um pouco, mas cheguei. Sem cerimônias e sem avisar, apertei o pequeno botãozinho e tudo ficou claro de novo. Foquei meu olhar em Justin, que estava de costas.

    - Justin, vire para mim. – Pedi, calma. Mas ele não me obedeceu. – Justin!

    Ele suspirou e se virou para mim, o olhar em qualquer lugar menos em mim.

    Prendi a respiração enquanto olhava, estática, o líquido vermelho escorrendo do supercílio em direção ao queixo, fazendo dupla com o grande hematoma que estava se formando em volta de seu olho esquerdo. 


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Notas finais do capítulo

E aí? Genteen dshdjçsds a porrada come solta em NY tá achando o quê? shdkçsd
Bom, me digam o que acharam ;D xxx



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