The Rose Of Darkness escrita por Pye


Capítulo 8
Capítulo 5 – A dor daquele que peca.


Notas iniciais do capítulo

Bom, sei que a história tá uma droga, mas vai melhorar. Espero que gostem dessa primeira parte.

Dedico a minha nova leitora Chydori e a minha linda SamanthaVane que já terminou aquela linda fanfition.

Não esqueçam de ver as música de abertura e encerramento e as imagens extras do capítulo.

Obrigado e até mais, otomes.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/245164/chapter/8


Capitulo Cinco - A dor daquele qe peca - Part 1.



Música de abertura


"Um dia você vai estar sozinho, vai fechar os olhos e tudo estará negro. Os números da sua agenda passarão claramente na sua frente e você não terá nenhum para discar. Sua boca vai tentar chamar alguém, mas não há alguém solidário o bastante para sair correndo e te dar um abraço, nem te colocar no colo ou acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar. Nessa fração de segundos, quando seus pés se perderem do chão, você vai se lembrar da minha ternura e do meu sorriso infantil. E se você bater na minha porta ela estará muito trancada, se aberta, mostrará uma casa vazia. Seus olhos se encherão de lágrimas, aquelas que eu te disse que ardiam tanto. O nome do enjôo que você vai sentir é arrependimento, e a falta de fome que virá chama-se tristeza."


~ ~







A lua já se encontrava bem exposta naquele céu azul safira, podendo-se ver claramente a bela noite.


Por enquanto.


Julieta andava apressadamente pela rua deserta de um certo ponto daquela cidade. Apressava os passos com certo medo, por já ser tão tarde da noite.




Apertou mais os cadernos contra o peito e continuou a andar, passando bem ao lado de vários becos extremamente escuros.




Subitamente uma mão a agarra com uma força surpreendente pela cintura, a puxando com rapidez para a entrada de um dos becos.


Ela puxou o ar para dentro da garganta, assustada. Moveu devagar os olhos para cima, chegando a sua vista um rapaz sensualmente atraente, com seus cabelos negros e olhos um tanto perigosos.

Ele a segurava com certa força, como se estivesse a alertando que não sairia tão cedo de seus braços. Não naquele momento.

— Que prazer em conhecê-la, senhorita. – Ele disse no pé do ouvido da garota, que sentiu as pernas tremerem no mesmo momento.

— Quem é... você? – Perguntou olhando-o mais a fundo, na tentativa de descobrir por aqueles olhos perigosos sua verdadeira identidade.

Ele soltou uma risadinha curta e zombeteira.

— Eu serei, esta noite, – Começou abaixando lentamente seu rosto próximo ao dela, falando perto de seu ouvido de modo malicioso. — seu maior pesadelo.

Ela arregalou os olhos, aterrorizada.

Queria ir pra casa, pra bem longe daquele cara estranho.

Estava com medo.

— Por favor... me deixe em paz...

— Mas oque é isso senhorita? Eu mal comecei.

Ele se afastou alguns centímetros e a encarou. A encarou como se a estivesse analisando.

— Você é um pervertido? – Ela perguntou estreitando os olhos.

Ele riu.

— Talvez. – E olhou diretamente para seus olhos, encarando logo em seguida seu pescoço, deixando cair um pouco a cabeça e apreciando aquele pescoço afeminado que estava-lhe seduzindo cruelmente. — Até que você não é tão ruim, sabia? – Sorriu. — Poderíamos nos divertir... um pouquinho.

Ela manteve os olhos arregalados com tal expressão de horror, empurrando naquele momento seu peitoral com força diante de suas palavras, tentava se livrar com todas suas forças daquele homem. Não podia permanecer ali, com aquele pervertido que a olhava como se ela fosse um pedaço de chocolate irresistível.

Era amedrontador.

— Me solte... – Ela suplicou com lágrimas preenchendo seus olhos.

Ele sorriu.

— Quanto maior o medo, melhor o divertimento.

Ele então a puxou para dentro daquele beco negro, quase em uma escuridão, a menos se não fosse por um pequeno lampião ao fundo, fazendo clarear apenas um pouco.

Ele a empurrou com brutalidade, a fazendo se chocar com uma parede imunda.

Ela gemeu de dor com o impacto, fechando os olhos cor de avelã em seguida.

Ele prendeu um de seus braços em sua cintura, juntamente com a outra mão encostada na parede, ao lado da cabeça da garota.

Ele agachou a cabeça apenas um pouco, beijando-lhe o pescoço.

— P-Por favor, não me machuque...

Ele retirou seus lábios de seu pescoço apenas por um breve momento, a fitando com olhar frio.

— Não deveria ter saído na rua a essa hora da madrugada, senhorita. – Ele sorriu novamente e voltou a beijar o pescoço dela, agora com ainda mais intensidade, tocando-lhe com a ponta dos dentes.

Ela batia em seus braços com toda a força, na fracassada tentativa de se livrar.

Ele apertou com brutalidade sua fina cintura, prestes a abocanhar de uma vez só seu pescoço, mas fora interrompido quando uma criatura alta de cabelos negros apareceu.

Seus olhos verdes brilhavam meio aquela escuridão.

— Vejo que não perdeu tempo, querido. – Meredy sorriu, olhando em seguida para a garota e fazendo uma careta.

— Você demorou. Conseguiu convencer o seu “amadinho” a se ausentar? – Falava em tom irônico, distanciando seu rosto do pescoço da garota.

— Claro que sim. – Ela se encostou na parede. — Acabe logo com isso, temos muito oque fazer.

Ele assentiu com certo sorriso maroto, prendendo sua atenção logo em seguida no pescoço da menina á sua frente.

Ela se contorceu, o empurrando e gritando.

— Que sua morte seja doce, senhorita. – Ele murmurou em seu ouvido, abaixando os lábios logo em seguida para seu pescoço, por mais uma vez.

— S-Seus o-olhos... – Ela disse ao olhar brevemente para o rosto dele.

Seus olhos haviam se tomado rapidamente em um vermelho intenso e perigoso.

Um vermelho... Esse vermelho...

Seus lábios se encostaram em seu pescoço, prendendo-o em uma mordida longa e dolorosa.

Ela sentiu suas pernas bambas, fechando os olhos calmamente, sentido que perderia a consciência a qualquer momento.

Seu sangue escorria pela pele, deparando-se com sua blusa ao final, formando cada vez mais uma enorme mancha vermelha.


Sangue.





Ele apertava cada vez mais sua cintura, provando daquele prazer que somente ele podia sentir.







Aquele sangue.






Não demorou muito para que ela finalmente fechasse os olhos. Estava morta.





Ele desprendeu os lábios daquele pescoço manchado e a soltou no chão com brutalidade, limpando os lábios com o colo da mão em seguida de forma calma e paciente.




A mulher encostada na parede suspirou.


— Você foi um menino malvado por hoje, Dylan. – Ela sorriu fazendo uma cara de pena diante a situação da garota, que estava estirada no chão.

Ela se aproximou com passos pesados, fazendo seu salto estrondar em um barulho infernal.

Ele a puxou rapidamente pela cintura, encostando sua boca ao canto da dela de forma sensual.

— Eu não fui tão mal assim.

E então a beijou.

Um beijo amargo pelo sangue, um beijo completamente sem cabimento algum.

Um beijo... Sem sentimentos doces. Nada além de interesse de ambas as partes.

Ela terminou o beijo passando a ponta da língua em volta dos lábios, provando daquele pouco sangue que havia pegado dele durante o beijo.

— Muito bem. – Começou com um sorriso medonho, tirando de seu bolso uma pequena faca. — Vamos começar.

Ele retribuiu o sorriso e a observou apressar os passos para perto daquela garota, logo se agachando e a endireitando de barriga para cima no chão. Estendeu a faca para ela, cortando bem devagar seus braços, fazendo escorrer aquele vermelho cada vez mais...

A cada corte um sorriso de satisfação.

Ela cortava cada vez mais seus braços, todos os dois. Em seguida descendo para a barriga e mutilando, pouco a pouco... Em seguida as pernas, deixando somente o rosto livre de cortes.

Ela se levantou, olhando com certa admiração, como se aquelas pequenas facadas fossem sua obra de arte.

Ela logo tomou em mãos uma pequena fita vermelha. Um laço.

Agachou-se novamente e pôs aquele pequeno laço vermelho ao lado da vitima, com um pequeno sorriso.

— Então, qual nosso próximo passo?

Ela se aproximou dele, apertando-lhe o queixo.

— Vamos começar o jogo.


~~




O sol começava a transparecer naquelas finas cortinas brancas de seu quarto.


Mellanie conseguira voltar a dormir tranquilamente, sem nenhum outro sonho ruim.




Não sabia se encontraria o misterioso rapaz de cabelos esbranquiçados quando descesse as escadas. Não sabia nada a seu respeito, mas sentia que, ele poderia ser um ótimo amigo. Isso, talvez uma nova boa amizade estivesse se iniciando... Ou apenas mais uma de suas ilusões a respeito das pessoas.





A garota soltou um bocejo e saltou da cama. Era sexta-feira, finalmente o final da semana estaria prestes a chegar.





Ela trocou a roupa como costumava se vestir diariamente e desceu as escadas rapidamente, não se importando em tropeçar algumas vezes.




— Bom dia Mell. – Cumprimentou sua tia, com um largo sorriso. — Já vai?


— Vou pegar uma maçã e ir andando devagar. Onde está Kaien?

— Ele teve que resolver assuntos na cidade.

Hum. – Mellanie pronunciou sem muito interesse enquanto pegava uma maçã no cesto em cima da mesa. — Zero não está aqui?

Lunna suspirou, olhando para o sofá e o vendo completamente arrumado.

— Não o vi quando acordei. Ele é estranho, não acha?

Mellanie apenas sorriu descontraída.

— E eu deveria achar alguma coisa? – Suspirou. — Ele parece ser um bom cara, só isso.

Lunna riu e andou com alguns passos para perto da sobrinha, acariciando brevemente sua cabeça.

— Hoje vou começar a trabalhar perto daqui, eu adorei a localização. Muitas flores, isso me agrada.

Mellanie a olhou, observando com cuidado aquele sorriso e um certo olhar brilhante. Ela estava feliz com tudo isso. Bem, pelo menos era oque transparecia. Mas não era muito confiante acreditar apenas em um sorriso alegre, não é verdade? As vezes um sorriso alegre vale por mil tristezas ocultas no coração.

Mellanie se despediu e atravessou aquela porta, segurando a maçã na mão direita e andando com certa pressa ao canto daquelas ruas silenciosas. Aquelas ruas que um dia temeu tanto gostar.


Não demorou muito e chegou à escola. Miha a esperava com certo olhar apreensivo.




— Oque foi dessa vez, Miha? – Perguntou a garota com um suspiro.




— É a Mary. – Começou abaixando a cabeça com tom preocupado. — Aconteceu mais uma vez, Mell.


Mellanie a olhou com certa raiva, mas logo mantendo a calma e sorrindo. A levou para dentro da escola finalmente, encontrando com Nathaniel que segurava uma espécie de palta — novidade — com alguns documentos.


A primeira aula correu até lenta demais.




Quando finalmente bateu o sinal para a próxima, Mellanie se escorou no ombro de Maryana e a olhou pensativa.




— Você não me parece bem, Mary-chan. – Falou cutucando com o dedo em seu braço, de forma que a irritasse.


A garota de cabelos loiros sorriu.

— Não se importe comigo, sabe que odeio isso, não é?

Mellanie suspirou derrotada e sentou na carteira ao ouvir um aluno ao fundo gritar algo assemelhado a “Professor”, como típico sinal de alerta.

A garota fitou a porta um tanto curiosa, pronta para a chegada do tão esperado professor de história.


Quando ele finalmente adentrou a sala, todos ficaram bem atentos, menos Mellanie. Ela estava estática e imobilizada. Foi uma grande surpresa.




O homem aparentava ter uns trinta anos, podendo claro, ter bem mais que isso. Vestia-se muito estranhamente, com tons de um preto bem forte e elegante. Seus cabelos mantinham em um negro com alguns fios jorrados sobre a testa. Parecia misterioso e de fato, bem atraente.




— Bom dia, alunos. – Ele disse paciente, se sentando em sua mesa.


Mellanie piscou várias vezes os olhos sem acreditar.

Era ele.

O elegante e sensual homem que havia lhe levado á enfermaria um dia antes.

Era ele então o tão esperado professor...

Quem poderia imaginar?

A garota acompanhava cada movimento daquele homem, fitando-o atentamente com os olhos estáticos e com certo aperto no coração.

Mas, porque?

Maryana olhava-o de forma estranha. Não foi a reação esperada pela garota, que havia pedido aos Deuses um homem atraente como educador.

Ela estava com olhos apertados em cima daquele homem, fitando-o com emoções frias.

Mellanie abaixou a cabeça e sorriu.

Porque aquele sorriso?

Um sorriso disfarçadamente frio.

O professor olhou cada aluno dentro daquela sala, chegando a seu alcance logo a pequena e delicada criatura de grandes olhos cor de rubi e longo cabelo acastanhado.

Ele sorriu em sua direção, logo se sentando e abrindo alguma caderneta com vários documentos e anotações.

Maryana, Mellanie, Lysandre e Castiel se encontravam nas quatro últimas carteiras ao fundo da sala, um atrás do outro.

Castiel encontrava-se em uma posição um tanto ousada na cadeira, completamente nem ai para oque os outros iriam pensar. Com seus fones no ouvido e olhos fechados, pés pra cima da mesa com cadernos completamente fechados.

Lysandre cutucou Mellanie a sua frente, afastando todos seus devaneios.

— Ei, Mell! – Ele disse, quando ela finalmente se virou com olhos curiosos. — Sabe, descobri que o nome dele é Sebastian. Curioso, não?

Mellanie olhou o professor ao canto dos olhos e voltou sua atenção para Lysandre.

— Ele não me é estranho.

Lysandre a olhou tombando a cabeça com curiosidade.

— Já conheceu a figura? – Ele disse sorrindo.

— Digamos que ele me salvou, mais ou menos. – Ela disse séria, batendo silenciosamente a ponta da unha na mesa dele. — Me levou na enfermaria quando eu estava sangrando.

Maryana se virou rapidamente, com expressão rude.

— Não confio nesse cara. – Começou. — Não se aproxime dele, Mellanie.

Seus olhos estavam com um brilho diferente. Aquele brilho...

O brilho de sua intuição investigativa piscando em alerta de perigo.

Mellanie sorriu.

— Iremos descobrir isso com o tempo, fique tranqüila.

Subitamente se foi ouvido um grande estrondo vindo logo a frente, não tão longe. Vinha da mesa daquele professor. Ele havia dado um soco forte na mesa e se levantado em um pulo, olhando fixamente para uma certa carteira ao fundo daquela fileira.

Castiel.

Ele era seu alvo.

— Sente-se como gente, rapaz. – Falou finalmente de forma um tanto alta e agressiva, despertando o ruivo.

— Está falando comigo? – Castiel balançou um pouco os cabelos para o lado, falando de forma irônica e divertida.

O homem sorriu de forma controlada e tranqüila.

Como ele conseguia?

— Você me ouviu bem. – Falou apoiando as palmas das mãos na mesa. — Agora se sente como gente, se for possível, claro.

— Eu pareço algum tipo de animal pra você? – O ruivo arqueou uma das sombracelhas, com um certo sorriso ao canto dos lábios, como em um desafio.

— Interprete como quiser. Agora, abra o caderno e comporte-se como um aluno normal.

Castiel riu de forma zombeteira, tirando os fones e colocando-os no bolso da calça.

— E se eu não quiser? Oque o senhor vai fazer? – Ele falou de forma calma em tom de provocação.

Sebastian se levantou calmamente, o olhando com um sorriso.

— Saia daqui. – Ele começou novamente, olhando-o fixamente. Aquele olhar era um olhar de ameaça. — Não estou aqui pra suportar pestes como você.

Castiel fechou a cara, mas foi algo breve. Logo se levantou, pegando grosseiramente sua mochila do chão e abrindo um sorriso ao canto dos lábios. Aquele sorriso irritante e debochado que a garota tanto odiava, agora estava atingindo até o professor de história. Isso era terrível.

Ele começou a andar entre as fileiras, passando por Lysandre e finalmente já ficando próximo a carteira de Mary. O professor o acompanhava com o olhar atentamente.

— Anda logo, não tenho o dia todo. – Sebastian apontou para a porta.

Subitamente Mellanie bateu os punhos em sua mesa, não tão forte, mas foi claramente ouvido por toda silenciosa sala de aula. Ela se levantou e fitou o professor, variando o olhar entre os dois.

— Não! – Começou ela com certo tom de irritação, mas bastante calma. — Por favor, professor, perdoe-o. Ele não fará novamente.

Sebastian agora a fitou com certa surpresa.

— Como posso acreditar em você, senhorita? – Ele aproximou apenas dois passos, a olhando com um sorriso.

Ela suspirou, encarando o ruivo bem a sua frente, ao lado da mesa de Maryana.

— Eu dou minha palavra.

Sebastian soltou ar pela boca, permanecendo o sorriso.

— Confiarei em você, senhorita Yukino. Cuide bem dele. – Falou em tom debochado, se rendendo e se sentando finalmente em sua mesa.

Castiel se virou rapidamente, a olhando mortalmente.

— Eu não preciso da sua ajuda, sua...

Mellanie revirou os olhos, interrompendo-o nas palavras e o puxou pela jaqueta de couro, o fazendo cambalear e se aproximar bem perto de sua carteira.

Lysandre fora perguntar alguma coisa para Sebastian, então a garota arrastou o ruivo para sua própria mesa, enquanto ela mesma se sentava logo à frente, no lugar de Lysandre.

— Não seja cabeça dura, garoto. – Ela disse seguidamente de um suspiro, o olhando como em uma ameaça. — Você não faz idéia de quem esse cara possa ser, então eu só to te ajudando a não arrumar confusão. Você não viu como ele te olhou? Ele é diferente dos outros troxas que você responde.

Castiel sorriu debochado, e em um ato rápido se aproximou bem, inclinando a cabeça bem próxima a ela.

— A dama está protegendo o seu vagabundo?

Mellanie arregalou os olhos, virando o rosto em seguida, completamente envergonhada com tais palavras.

Que ruivo abusado.

— V-Vou ficar de olho em você... Então... Tente não arrumar confusão. – Ela disse se embolando nas palavras, saindo daquele lugar e voltando rapidamente para o seu.

Lysandre voltou e se sentou a frente de Castiel, que já estava com a cara fechada como de costume e com o caderno aberto, fingindo fazer alguma coisa.

Mellanie olhou para frente, fitando de imediato o machucado na nuca da amiga.

Aquele covarde havia feito outra vez.

Isso não saia de sua cabeça.

— Não consigo parar de pensar nisso... – Ela sussurrou com a cabeça baixa, arranhando sutilmente a borda da mesa.


As aulas passaram rápido, ela finalmente foi pra casa.




Chegou e fez seu almoço, como de costume. Não havia ninguém em casa, até alguém agarrar uma mecha de seus cabelos por trás, enquanto ela mexia sua macarronada na panela.




— Estou com fome, mamãe. – O rapaz de cabelos brancos sorriu, falando com certa ironia.


Ela tremeu de susto, se virando com a colher de pau em mãos.

— Você me assustou, Zero! – Ela disse dando um pequeno tapa em seu braço, oque o fez rir.

Foi-se ouvida uma trovoada ao lado de fora.

Parecia que naquela cidade não se dava uma trégua nunca.

Continuava a chover loucamente lá fora, as árvores balançavam junto aquele temporal.

— Isso é oque eu sei fazer de melhor. – Ele disse com um sorriso, andando rapidamente para sala e se deitando preguiçosamente no sofá. — Dar sustos.

Mellanie sorriu e abocanhou de uma vez só um pouco daquela macarronada em seu prato, andando até o sofá em seguida.

— Seus cabelos são estranhos. – Ela sorriu ao terminar de engolir. — Seus olhos também... São bonitos.

Zero olhou para cima, afastando uma mecha de seu cabelo dos olhos. Ele sorriu sem jeito.

— Você ainda vai descobrir muito mais sobre mim, além de meus cabelos ou olhos, acredite.

Mellanie colocava outra garfada na boca, enquanto o olhava curiosa.

Resolveu deixar para lá.


O vento atravessava aquela janela como algo sobrenatural. Estava gélido e molhado, fazendo a pele da garota se arrepiar.




Passou a mão pela nuca em modo de cessar o frio, mas logo arqueou a cabeça com um brilho perigoso nos olhos. Uma idéia perigosa e nada boa havia corroído sua cabeça. Mas porque não? Era o único, talvez a única forma de acabar com toda essa palhaçada de uma vez só.




Ela sorriu diabolicamente e encarou o rapaz logo em baixo, deitado confortavelmente no sofá.


Ela suspirou em tom alto, chamando-o a atenção.

— Zero, - Ela começou passando a ponta dos longos dedos nos ombros do rapaz, que parecia em dúvida. — gostaria de se divertir... Um pouquinho?

Ele manteve os olhos semi-cerrados, mas logo esboçou um mesmo semelhante sorriso malicioso.

Música de Encerramento, Comatose - Skillet.

[Imagem Extra do Capitulo ~ Sebastian]

[Imagem Extra do Capitulo ~ Mary-chan]

Fim da parte um.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem. Complementem. Deem opiniões. Me ajudem. Acompanhem. Me alegrem. Mandem Reviews. Espero que tenham gostado e até a próxima parte, que ainda estou a escrever e que vai demorar um pouco por causa da minha falta de internet. Mas quando eu voltar prometo postar o capitulo seis também. Espero mais leitores. Até.