The Rose Of Darkness escrita por Pye


Capítulo 2
Capitulo 2 – O recomeço do desabrochar.


Notas iniciais do capítulo

Bem meus amores, como eu disse bem no começo; não se assustem com nossa pequena Mellanie, ela é meio estranha e fora do normal, haha.

Estarei dedicando esse capitulo pra minha escritora preferida, Mary, (SamanthaVane) hehe ♥

Esse capitulo vai falar mais do 'inicio' de tudo, então não deixem de ler por causa do gigantesco capitulo ou se tiver muito chato, vão por mim, vai ficar bem melhor!

PS; todo capitulo terá uma imagem ao topo do texto, em alguns capítulos as imagens serão semelhantes com a história, terão a ver com a escrita, já em outras serão somente para dar um ar descontraído.

ATENÇÃO: NÃO SE ESQUEÇAM DE OUVIR A MUSICA DE ABERTURA E ENCERRAMENTO, E DE VER AS IMAGENS EXTRAS DO CAPITULO. Obrigado e boa leitura.



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Capítulo Dois,




O Recomeço do Desabrochar.


Música de abertura







"Onde estou?



Para onde devo ir?

Meus pés não encontram o caminho, e pareço estar perdida.

Os rastros de sangue perseguem minhas memórias,

E onde você está agora?

Um estranho bateu em minha porta,

E agora quer me levar para longe de tudo que já vivi aqui,

Mãe?

Para qual caminho estou indo?

Quero novamente um abraço teu,

Um abraço longo e sufocante de Dez anos atrás,

Diga bem perto do meu ouvido agora:

Uma nova vida está chegando?

Ou novamente pegadas sangrentas irão me perseguir?

Mãe.

Onde estou?"


O começo da manhã estava frio e por alguns momentos Mellanie podia sentir seus pés congelarem. Ela se encontrava em pé com os pulsos encostados no parapeito molhado da janela, que estava assim devido a intensa chuva que cairá a madrugada passada.


Mellanie agora estava com seus Dezesseis anos de idade, tinha longos cabelos castanhos e grandes olhos verdes, além da altura mediana, na verdade, um tanto baixinha e corpo esbelto. Seu tom de pele era alvo e delicado, como a neve que ela adorava ver caindo no inverno.





Ela ficou certo tempo observando por sua grande janela o balanço das árvores do lado de fora. Estava pálida e um pouco assustada devido a seu sonho nada agradável que tivera naquela madrugada chuvosa.





Mas porque ela ainda não conseguira se acostumar com eles? Ela os tinha a tanto tempo que nem conseguia se lembrar da primeira vez que começou a tê-los.


Já fazia muito tempo dês do último que lhe perturbara. Já fazia cinco anos.

Porque eles tinham que voltar justo agora?

Mellanie sempre teve os mesmo sonhos, e neles sempre as mesmas coisas, mesmas pessoas, mesmas... Perturbações.

Mas nesse último que a levou a se levantar com o susto e ficar horas olhando pela janela aflita, foi totalmente diferente dos de costume;

Dessa vez ela se encontrava uma pequena menininha no meio de uma neve intensa e branca. Mas no meio de toda aquela branquidão havia algo incomum; Duas rosas vermelhas jogadas no chão. A menininha que era ela em questão, olhava fixamente para aquelas duas rosas, como se estivesse procurando algo que faltasse nelas. Mas quando ia se aproximando, um Rapaz com estranhos e pesados casacos apareceu. Mas quem era ele afinal? Ela não sabia. Seu rosto não era revelado.

Maldito sonho, mostre-me seu rosto!

Ele então, num ato inesperado estendeu uma das mãos, como se estivesse chamando-a. Ela estava confusa. Quem ele era? Porque queria tanto que ela o seguisse, afinal?

A pequena menininha sorriu e caminhou em passos curtos até o misterioso rapaz, mas foi ai que uma linda mulher apareceu atrás de Mellanie. Sua mãe.

Mas que diabos sua mãe estaria fazendo naquele sonho? Isso estava deixando-a confusa.

Sua mãe sorria com uma pequena lágrima ao canto das rosadas bochechas, fazendo a menina ficar ainda mais aflita. Quem ela seguiria naquele momento, o Rapaz ou a própria mãe morta há dez anos?

M-Mamãe?” A menininha disse surpresa.

Ela ficou parada observando aquela linda mulher, mas em um piscar de olhos ela sumiu, deixando em seu lugar uma outra rosa vermelha. Mas espere... A rosa estava coberta por algo... Sangue.

O chão estava coberto por um vermelho escarlate não muito incomum, e a menina parecia não se impressionar, apenas se abaixou e pegou a rosa, sem nenhum medo.

Não deveria ter feito isso... Pequena Mellanie.” O rapaz disse-lhe ainda com a mão estendida.

A menininha então se virou, e o casaco do rapaz estava coberto por sangue. Mas... Por quê?


As outras duas rosas ainda se encontravam no chão, naquele branco imenso. Então, sem mesmo pensar, ela jogou a flor que estava em suas mãos, agora se encontrando junto daquelas duas. “Agora está melhor.” A menina disse sorridente enquanto encarava de novo o menino á sua frente. Ele balançou a mão que esperava cansada, ele continuava na expectativa de que a pequena menininha a pegasse. Ela parecia não ter medo, foi se aproximando lentamente de encontro aquele misterioso menino.


Mas quando as mãos quase se tocaram, um outro ser com dentes pontiagudos a agarrou por trás e a arrastou para uma escuridão perturbadora, acabando finalmente o sonho.




Aquilo era estranho demais para ser somente um simples sonho em uma noite qualquer. Aquilo era algo importante, ela sabia disso. Afinal, quem sonha um mesmo sonho a vida toda?




Ela balançou a cabeça na intenção de afastar os pensamentos obscuros, ela estava se esforçando para se lembrar daquele maldito rosto... Quem era aquele rapaz, afinal? Porque ela não conseguia se lembrar dele?



Só oque lhe vinha à cabeça era aquela maldita noite de natal, a qual caia uma agradável neve. A noite terrível que levou sua mãe para a escuridão, para longe.




Mellanie afastou seus pulsos do parapeito e olhou para o céu, que estava com uma cor mista de azul turco a um laranja leve. O sol estava a ponto de ‘acordar’ finalmente.





Ela soltou um longo suspiro e caminhou pelo quarto, disposta a trocar de roupa e descer para tomar seu café da manhã e encontrar com sua tia.



Mellanie Hana Yukino era uma garota de uma personalidade forte, não deixava transparecer a tristeza para ninguém, era orgulhosa e odiava palpites em sua vida. Não tinha mais de cinco amigos, oque lhe deixaria triste se não fosse totalmente diferente das outras garotas.



Ela abriu finalmente seu guarda-roupa e escolheu mais uma de suas estranhas combinações de roupas; Um vestido curto em tom violeta com um decote mediano, o qual deixava a mostra seu medalhão de ouro deixado por sua mãe, e um All-Star preto cano longo, como de costume.





Abriu a porta do quarto, mas antes que descesse por fim, encarou sua escrivaninha onde se encontrava um porta retrato com uma amável menininha um tanto baixinha ao lado de uma mulher com cabelos ondulados e pretos, ao qual as duas sorriam docemente. Era ela aos seus cinco para seis anos de idade acompanhada de sua mãe. Essa foto já fazia dez anos.








Ela sorriu de canto e abaixou a cabeça com certo olhar triste, fechou a porta e saiu, cruzando o corredor.








Sua tia estava de frente para o fogão preparando mais um de seu delicioso omelete de queijo recheado com presunto, era o preferido de Mell.





Lunna H. Yukino. Uma mulher muito jovem, com seus Vinte e cinco anos de idade. Ela assumiu a responsabilidade de cuidar da pequena Mellanie quando tinha apenas Quinze anos, naquela fria noite de natal quando sua irmã havia sido assassinada friamente. Dês de então se encontra na responsabilidade de ser a guardiã da garota.



Mellanie se sentou à mesa para esperar o café da manhã. Abaixou a cabeça e encarou o celular em sua mão, balançando-o para lá e para cá.




— Oque aconteceu dessa vez? – Lunna se pronunciou e virou, encarando a expressão de tristeza da sobrinha, pôs as duas mãos na cintura e a olhou desconfiada. — Fale logo, sabe que não sou mulher nada fácil de enganar.




Mellanie levantou a cabeça e suspirou, encarando em seguida sua tia.


— O sonho, outra vez. – Ela respondeu com ar desanimador. — Cada vez que os tenho fico tão nervosa que me sinto na obrigação de levantar e pensar o resto da noite toda sobre isso, não agüento mais.

Lunna suspirou e desligou o fogão, indo logo em seguida na direção de sua sobrinha, puxando uma cadeira e se sentando ao lado.

— Eu não entendo porque você sonha tanto com isso. É muito estranho. – Ela segurou no ombro da garota, que agora a encarava com olhar indiferente.

— Lunna... – Ela começou. — As pessoas... Não tem sonhos diferentes?

Lunna não conseguia encontrar resposta para aquela pergunta, afinal, as pessoas tinham sonhos diferentes? Talvez tivessem, mas em que essa maldita resposta iria ajudar?

— Eu não sei pequena Mell. – Ela disse forçando um sorriso e acariciando as maçãs de seu rosto. — Talvez elas tenham sim, mas sabe, nem sempre é bom ter sonhos diferentes todas as noites.

A garota levantou o olhar e a encarou com surpresa e apenas suspirou, dando um fim aquela conversa que só a deixaria mais confusa.

— Então sua enrolada, onde está minha omelete super deliciosa para reforçar minha inteligência hoje, hein? – Ela esboçou um sorriso e deu alguns tapinhas no ombro de sua tia ao seu lado. — Ande, ande. Não quer que eu morra de fome, quer?

Lunna apenas balançou a cabeça negativamente e riu da atitude da sobrinha, afinal, ela sempre era pra cima e nunca se deixava abater, nem por esses sonhos iria se deixar abater.

Lunna correu até a frigideira e tirou a omelete com uma espátula qualquer que estava em cima da pia e pôs em um prato para a menina, correndo novamente até a mesa.

— Aqui está a minha super omelete, pra minha sobrinha mais linda! – Ela entregou-lhe o prato e se sentou novamente, pegando uma maçã e mordendo.

— Obrigado tia Lunna. – Ela sorriu e começou a comer seu café da manhã e olhando sua tia morder a maçã. — Você está se saindo bem com o novo trabalho no centro?

Lunna a olhou com uma certa felicidade. Ela agora estava trabalhando ao lado de uma mulher muito mais velha que ela, estava cuidando de flores nos jardins da cidade. Ela regava, tratava e podava todas elas, entre rosas e lírios até as mais brutas. Ela amava flores e seu sonho era trabalhar cuidando de todas, isso era oque a fazia feliz.

— Estou sim, a mulher é um doce em pessoa. – Ela sorriu bobamente se lembrando como a senhora brincava e fazia piadas como criança pequena enquanto as duas trabalhavam. — Consegui até um extra hoje, irei trabalhar perto do seu colégio. Sabia que tem um lindo jardim lá?

Mellanie apenas sorriu, ela se sentia feliz com a felicidade de sua tia, nunca a viu tão animada com um trabalho antes.


Passaram-se quase vinte minutos, Mellanie estava atrasada. Olhou no relógio de parede e arregalou os olhos assustada.


— Nossa, estou muito atrasada! – Ela disse se levantando da mesa as pressas e beijando Lunna na testa. — Até mais tarde tia.




— Quantas horas você vai voltar pra casa hoje? – Perguntou enquanto segurava a garota pelo braço.




— Talvez mais tarde, vou passar na casa da Hikka-chan. – Disse sorrindo e finalmente caminhando para perto da porta. — Até mais tarde titia querida. – Ela riu e finalmente girou a maçaneta, saindo em seguida.


Lunna deu risadinhas e se levantou da mesa, a arrumando rapidamente para não se atrasar para o trabalho.

~~

Faltavam apenas três minutos para o sinal bater, anunciando o começo da primeira aula. Mellanie estava chegando ao grande portão de entrada da sua escola, estava praticamente morta de cansaço de tanto correr para chegar a tempo.

— Rá, não foi dessa vez que você conseguiu me barrar, Lawliet! – Ela gritou em tom de vitória se encostando na parede onde ficava o vigilante do portão do colégio, eles já haviam apostado várias vezes de que ela não conseguiria chegar a tempo. Oque sempre ele perdia, já que ela fazia questão de correr o tanto que fosse pra não se atrasar e ser barrada por ele.

— Sorte. Apenas sorte. – Ele disse.

— Vamos ver a sorte amanhã então, quando eu te vencer mais uma vez, certo? – Ela piscou de um olho e mandou língua. — Até mais, idiota.

As aulas se passaram lentamente durante aquela manhã chuvosa, Mellanie já estava a ponto de enlouquecer e arrancar todos os fios de seu cabelo quando o último sinal finalmente soou.


Obrigada senhor” Foi oque ela pensou levantando as mãos e pegando seu material na carteira, logo saindo em seguida da sala.




Sua melhor amiga Hikka não havia ido para a escola hoje, oque a preocupou um pouco, mas não se importou tanto, pois iria passar em sua casa para saber do motivo de sua falta logo logo.





Saiu da escola e foi seguindo seu caminho até a casa de sua amiga, que não ficava tão distante da sua.






Quando se deu conta, já estava de frente ao grande portão de madeira da casa dela, que em compensação, tinha uma família bem rica.







Chamou várias vezes até ela aparecer, finalmente.





— Por um momento pensei que estivesse morta. – Ela disse rindo e abraçando a garota de cabelos azuis. — Oque aconteceu?


Hikka suspirou e a encarou.

— Meus pais discutiram de novo, tive que ficar em casa. Vai que eles tentam se matar, não é? Eu tenho que estar por perto pra abaixar o fogo desses dois loucos. – Ela riu em um tom bem humorado.

Hikkaru já havia se acostumado com as brigas repentinas de seus pais, mas houve uma vez que teve que levar os dois para o hospital devido ao seu pai que estava com um corte na testa, por ter levado um vaso na cabeça e sua mãe, que estava nervosa demais e por sua pressão estar a mais alta possível.

— Não sei como você consegue brincar com uma situação dessas, eles podem estar se matando que você nem se importa. – Mellanie deu risadinhas e balançou a cabeça de um lado pro outro em ato de reprovação.

— Não me importo nem um pouco, sou a única sã naquela casa. – Hikka disse se sentando na calçada e olhando a amiga. — Mas então, oque aconteceu? Você tá horrível.

Mellanie a encarou surpresa e esboçou um suspiro pesado, logo se sentando na calçada também.

— Não foi nada. – Ela disse olhando de canto a amiga, que estava com os olhos estreitados de desconfiança. — Foi só um sonho bobo.

Hikka arregalou os olhos.

— Aquele que me contou há algum tempo atrás? – Mellanie assentiu. — Mas já faz tanto tempo... Cinco anos?

Mellanie sorriu sem humor.

— Eu não entendo... Porque o mesmo sonho?

Hikka torceu o nariz como se estivesse querendo dizer; “Não faço idéia”.

— Talvez esse sonho esteja querendo te mostrar algo que irá acontecer em um futuro não tão distante.

Mellanie riu com ar debochado.

— Você acha mesmo? Eu não acredito nessas coisas. Pra mim isso é coisa de algum demônio que cismou em me perturbar. – Ela disse com algumas risadinhas, fazendo a amiga rir tão alto que qualquer um que estivesse dormindo pelas redondezas acordaria.

— Um demônio apaixonado, talvez. – Ela disse animadamente tentando entrar no clima da história. — Mas vamos deixar esse assunto estranho de lado e vamos falar de outra coisa... Garotos?

Mellanie fechou o sorriso e revirou os olhos.

— E eu quero saber dessas pestes?

— Tem muitos interessados em você no colégio, talvez até aquele esquisito do Lawliet... – Ela esboçou um sorriso malicioso.

Mellanie não se interessava por garotos, talvez raramente achasse algum interessante, mas nunca era de sua faixa etária. Ela não se animava em falar desses assuntos bobos, talvez ela fosse somente esquisita, ou talvez ela fosse uma garota especial... Esperando por algo especial.

Lawliet é um idiota, não tenha tanta imaginação, Hikka. – Ela sorriu dando um tapinha de leve em seu braço. — Odeio esses hipócritas que só sabem pensar em si mesmos e magoar as garotas, não conseguiria conviver com animais tão ignorantes. Jamais.

Hikka apenas sorriu e se calou.

A conversa não se estendeu além dali, Mellanie então decidiu voltar pra casa, estava exausta.


Olhou as horas em seu celular e arqueou uma sombracelha surpresa; Ela chegaria uma hora mais cedo em casa, isso seria ótimo. Daria tempo de arrumar a bagunça de sua humilde casinha, além de comer seu almoço dos deuses.




Já estava quase perto de virar a esquina de sua casa quando sentiu um vento forte balançar seus cabelos.Ouviu-se um barulho de passos não tão longe, oque era estranho até porque naquela hora aquela rua estaria completamente deserta.




Repentinamente parou de andar, ficou plantada no meio da calçada olhando para frente sem motivo algum, o vento não parava e o céu estava em um tom de cinza bem escuro, anunciando que viria uma chuva bem forte a qualquer momento.


Quando se virou, viu um homem do outro lado da rua ao lado de uma árvore. Vestia-se com um estranho e aparentemente pesado casaco, o qual continha um capuz longo que encobria a metade de seu rosto, sendo impossível a identificação. Somente seus lábios e alguns fios pretos de seus cabelos apareciam à vista, e ele parecia esboçar um sorriso. Mas espere, não era um sorriso qualquer... Era um sorriso malicioso e um tanto perigoso.

Mellanie mordiscou o lábio inferior e prendeu uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, olhou um pouco mais a fundo aquele ser e se virou bruscamente, voltando a andar agora em passos mais largos e rápidos em direção a sua casa.

Ta legal, isso foi estranho.” Ela pensou alto enquanto virava a esquina de sua casa, logo abrindo seu portão e entrando.

Com certeza aquilo era algo incomum. Oque aquele homem estava fazendo do outro lado da rua observando uma estudante do colegial no trajeto de sua casa? Talvez pudesse ser um pervertido, ou... Ou uma pessoa que a conhecesse, mas quem?

Quando fechou a porta atrás de si encostou-se na parede ao lado e agachou até o chão, e milhares de pensamentos ocultos percorriam sua mente.

Mas logo se fez ao trabalho de espantar tudo aquilo, não precisava ficar pensando bobagens naquela hora. Já estava no começo da tarde, precisava se alimentar em vez de ficar pensando bobagens.

Depois que almoçou um pedaço de frango e algum sanduíche qualquer, decidiu começar a arrumação; era hora da missão impossível (ou quase impossível).


Atravessou a sala e se deparou com calcinhas e sutiãs jogados em diversos cantos da casa, aquilo seria estranho se não fosse normal.




Sua tia Lunna deixava suas peças intimas pela casa, isso já era de costume. E quem arrumava e catava tudo depois? Mellanie, a escrava.




Isso era extremamente tediante, mas era oque ela tinha que fazer.


— Você seria louca se não fosse minha tia. – Ela soltou uma risadinha e começou a missão de juntar todas as calcinhas e sutiãs e colocá-los dentro de um cesto de roupas sujas que estava em baixo de seu braço.


Estava quase terminando a arrumação quando avistou o ultimo sutiã, que por sua vez estava em baixo do grande sofá na sala. Ela suspirou e deixou cair os ombros como sinal de cansaço e desanimação.

Mas que tipo se ser humano deixa um sutiã em baixo de um sofá? Que droga tia Lunna...” Ela reclamou enquanto se abaixava no tapete da sala, ficando de barriga para baixo e estendendo o braço em baixo do sofá na tentativa de pegar o maldito sutiã, mas parecia que seu braço não o alcançava...

Quando seus dedos já estavam quase tocando-o, ouviu-se a porta de entrada se abrir, assustando a garota que levantou o olhar na tentativa de ver quem havia chegado.

Era sua tia, ouvia-se a voz dela falando coisas confusas... Mas o outro sofá que estava ao seu lado deixava impossível ver a porta e quem que estivesse lá. Ela revirou os olhos, já abrindo a boca para gritar o nome da mulher, mas antes que pudesse falar qualquer coisa, ela ouviu também outra voz, e isso ela podia ter certeza; sua tia nem em um milhão de anos teria uma voz tão grossa.

— Você já sabe, não é Lunna? – Falou a voz misteriosa, era um homem.

— Mas... eu não entendo. – Dessa vez foi sua tia que se pronunciou, sua voz parecia tremula.

— É ele, ele está atrás da garota novamente. – Ele disse após um longo suspiro. — E dessa vez ele não está para brincadeiras.

Mellanie ainda se encontrava deitada no chão, já havia deixado sua mão em uma posição normal enquanto ouvia atentamente a conversa um tanto estranha dos dois, seus olhos estavam bemabertos. Estava assustada com aquilo tudo. Oque era isso? Ou melhor, quem era ele?

— Eu estou cansada de fugir desse monstro, oque ele quer afinal? Mata-lá? Não agüento mais esse pesadelo. – Lunna disse com a voz nervosa.

— Você não entende Lunna! – O homem quase gritou, estava tão nervoso quanto à moça ao seu lado. — Pode haver mortes, e não serão poucas se ele alcançar vocês duas. Ele é perigoso, e está disposto a tudo para chegar até Mellanie. Você tem que fugir, e logo.

Não se ouviu mais nada. Lunna parecia pensativa e desciam lágrimas constantes sobre suas bochechas.

— Está certo, irei dar um jeito. – Ela limpou as lágrimas e sorriu levantando a cabeça e o encarando firme. — Obrigada por sempre estar ao nosso lado, Kaien–san.

Mellanie estava assustada com aquela conversa estranha, ainda se encontrava na mesma posição dolorosa.


Quando se ouviu a porta bater ela chegou à conclusão de que o “visitante” havia ido embora, finalmente.





Ouviu-se então um suspiro da parte de Lunna, rapidamente Mellanie esticou o braço e pegou o Sutiã de baixo do sofá, em seguida levantando com tudo encarando a tia com um sorriso indiferente e um tanto assustador.







Com o pulo que a garota deu de repente do chão, Lunna tomou um susto tão grande que chegou a se reencostar na parede atrás de si, botando a mão do peito em seguida.





— Quer me matar do coração, Mell? – Ela disse nervosa soltando uma respiração abafada. — Saiu do chão foi?


Mellanie a encarou séria, por nenhum momento havia passado por sua cabeça que aquele homem era um desconhecido, até porque, sua queria titia era uma moça muito respeitosa e decente.

— Quem. Era. Aquele. Homem. Lunna? – Disse bem devagar cada palavra, deixando os seus grandes olhos verdes bem abertos esperando uma resposta convincente.

Lunna apertou os punhos e trincou os dentes nervosa, como responderia agora?

— Ele... – Ela mediu bem as palavras. — Ele é um grande amigo, Mellanie.

A garota se aproximou da tia ainda mais desconfiada.

— E que história toda foi essa que ele falou? – Ela perguntou com os olhos entreabertos curiosa. — Quem diabos está me caçando?

Lunna olhou para o chão e pensou bem antes de olhá-la novamente. Mellanie estava extremamente nervosa e não terminaria essa conversa antes de saber de tudo. Cada detalhe.

— Ele veio aqui pra nos alertar, Mell. – Ela disse olhando os grandes olhos da garota. — O assassino de sua mãe voltou, e está atrás de você. E, creio que não vai desistir tão fácil até encontra-lá.

Mellanie fechou bem os olhos verdes, não queria acreditar no que ouvia. Não podia acreditar que aquele animal estaria querendo estragar sua vida novamente, será que o pesadelo nunca deixaria de atormentá-la? Estava virando um grande inferno.

Seus punhos estavam doendo com a tamanha força com que ela os fechava, e quando seus olhos verdes se abriram novamente, pôde ver sua tia com expressão preocupada.

— Oque vamos fazer agora? – Mellanie perguntou séria a encarando fixamente.

— Vamos nos mudar, para bem longe.

Mellanie abaixou o olhar e deixou escapar uma lágrima. Aquilo só poderia ser um pesadelo, e ela sabia que não terminaria tão cedo. O jogo só estava começando...


**





Música de Encerramento




[Imagem Extra do Capitulo ~ Lawliet ]































































 






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Notas finais do capítulo

Bom, espero vocês alegremente nos Reviews. Comentem, critiquem, complementem. Beijos e até o próximo. *manda beijo*

Anunciando que todos os capítulos a partir deste terão imagens extras especiais, sendo sobre a história ou foto de personagens, ou até pistas sobre oque vai acontecer seguintemente... haha.