Things Ill Never Say escrita por Lady Dark Moon


Capítulo 22
Cap. 22 - Isso não pode estar acontecendo!


Notas iniciais do capítulo

Muita correria e com pouco tempo para postar a fic, mas acho que agora as coisas vão se acalmar mais...
Continuem acompanhando que vem surpresas por ai.
Bjos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/24502/chapter/22

[ROXY’S POV]

– NÃO! – eu gritei sentindo que meu coração saltaria pela minha boca, pois tamanha era minha dor
– Acorda Roxy! – ouvi a voz de Amy dizer perto de meu rosto
– Está tendo um pesadelo? – abri os olhos e enxerguei Videl diante de mim
– Não! O Pierre não! Por favor... Pierre não. – eu chorava compulsivamente diante de minhas amigas. Era só um sonho, mas eu sentia que havia algo errado.
– O que tem o Pierre?
Ignorei a pergunta de Avril e me levantei meio atordoada. Talvez a preocupação por Pierre não ter chegado em casa ainda me fez imaginar coisas. Peguei o telefone e disquei o número de seu celular, ouvi o telefone dele tocar e constatei que estava em cima da mesa. Ele não havia levado. “Merda!” Disse em voz alta, fazendo as meninas se sobressaltarem. Bufei e olhei no meu relógio de pulso, faltavam dez minutos para a meia noite, era impossível que ele não estivesse em casa ainda, ele saiu de casa às duas horas da tarde... Como não voltara ainda? Peguei o celular de Pierre e comecei a procurar freneticamente o número do telefone dos outros caras da banda pra ver se eles tinham alguma notícia dele. Não me importei com os olhares apavorados das meninas, daqui a pouco faria um buraco no chão de tanto caminhar de um lado para o outro. O telefone de casa de repente tocou e eu saí correndo para atendê-lo, ansiando por uma notícia boa de Pierre, ah se fosse ele... Ele iria se ver comigo quando chegasse em casa.

- Eu quero uma explicação Pierre. Onde você está? – disse assim que atendi ao telefone.

- Alô. É da casa do senhor Pierre Charles Bouvier?

- Sim. – eu respondi assim que ouvi a educada voz masculina do outro lado da linha. Quem seria àquela hora? E quem o chamaria pelo nome completo?

- Você é algum tipo familiar dele?
– Eu sou a namorada dele. Meu nome é Roxy. E você quem é?
– Meu nome é James, sou médico e estou transferindo seu namorado para o hospital Saint Louis.
– Hos-pi-tal? – falei meio hesitante, sentindo minhas pernas amolecerem – O que aconteceu com ele? – vi as meninas se aproximarem de mim ao ver que eu não estava bem depois do que tinha ouvido
– Nada de mais. Não precisa se preocupar.
– Como eu não vou me preocupar? – eu gritei para o médico - Ele está indo para um hospital não pra um parque de diversões!
– Calma, minha senhora. Uma moça não-identificada que estava junto a ele foi atropelada. Talvez na ânsia de seu namorado tentar salvá-la, o carro o atingiu também. Estamos na ambulância levando-o ao hospital para realizarmos alguns exames complementares para avaliar o seu estado. Se você quiser pode ir até o hospital, nós estaremos lá dentro de alguns minutos. Assim poderemos explicar melhor a situação.

Larguei o telefone e me apoiei no braço do sofá sem ter forças para me levantar sozinha. Videl pegou minhas coisas e Amy e Avril me levaram até o carro para irmos até o hospital. Eu precisava saber como Pierre estava.

A única coisa que não me conformava era a tal “moça não-identificada” que estava com ele. Só de pensar nisso fez meu coração acelerar. Será que ele estava me traindo? Respirei fundo, não era hora para pensar em besteiras.

[PIERRE’S POV]

Com dificuldade consegui abrir meu olhos, mas não conseguia ver muita coisa. Apurei um pouco meus ouvidos e escutei uma sirene. Isso é uma ambulância? O que será que aconteceu? Pedi ao médico que está junto a mim para falar com Roxy, mas ele diz para eu ficar quieto, pois seria melhor para mim. Não entendia o que estava fazendo ali se quem foi atropelada era a Lachelle, ela é quem deveria estar sendo cuidada. Tentei falar com ele novamente para ver onde estava Lachelle e chamar Roxy para dizer que estava tudo bem comigo, mas senti uma picada em meu braço e adormeçi novamente.

Acordei horas depois em um quarto de hospital, desatordoado e com dor. A única coisa que eu pensava era que, seja lá o que tinha acontecido comigo, se eu fosse morrer, eu gostaria de dizer para Roxy que eu amava muito ela, independente do que fosse. Eu não estava pronto para partir e deixá-la. Eu não queria perdê-la...

[ROXY’S POV]

Cheguei ao hospital Saint Louis e corri para a recepção. A enfermeira me mandou ter calma e esperar o médico dar alguma notícia, mas como eu iria ter calma numa hora dessas? Onde será que estava Pierre? Será que ele havia se machucado na pista de skate? Não! Deixa de ser boba, Roxy! Uma mulher não-identificada foi atropelada e ele também se machucou... Mas quem seria essa mulher? Essa era a pergunta que não queria calar!

– Onde que está o Pierre? Eu quero ver ele!

– Calma, David! Vamos esperar um médico! – Chuck disse tentando acalmar o amigo, ele estava quase tão nervoso quanto eu.
– Mas o que eu vou fazer se meu melhor amigo morrer?
– Ele não vai morrer... – Pat disse sentando-se com ele em um dos bancos da recepção
– Amy, como é que a Roxy tá?
– Ai Seb. Bastante assustada. – ouvi Amy dizer para Sebastien - Espero que o Pierre esteja bem, senão não sei o que vai acontecer com ela.
Fiquei observando como todos gostavam de Pierre. Todos os amigos deles estavam ali esperando alguma notícia. Procurei por Videl e vi que ela estava abraçada em Chuck. Que lindo que eles ficavam juntos. Senti um pouco de inveja ao pensar que eles estavam ali juntos e eu estava longe do meu Pierre sem saber se o abraçaria novamente. Encostei-me na parede tentando me acalmar, rezando para ter alguma notícia o mais rápido possível.

Depois de algumas intermináveis horas esperando vejo Pierre vindo em nossa direção pelo corredor. Não consigo conter a felicidade e corro para abraçá-lo, mas paro imediatamente ao me lembrar o que o médico havia dito sobre ele, mais cedo.

- Olha Roxy, na verdade o Pierre está bem, comparando com a menina que foi atropelada. Imaginamos que pelos ferimentos dele, ele tentou salvá-la e acabou caindo também – o médico dizia enquanto eu tomava um copo de água para me acalmar – Ele bateu na lateral do carro, de acordo com o relato do motorista e caiu no chão. Ele teve pequenos cortes no rosto, torceu o pulso e está com uma costela trincada. Ele apenas precisará ficar com uma tala no pulso pelas próximas duas semanas e caso ele sinta algum tipo de dor na região do abdômen, basta apenas medicá-lo com os remédios que indicarei. A dor no abdômen será normal, passará depois de alguns dias, mas se persistir pode trazê-lo que examinaremos novamente.

- E a moça que estava com ele... Vocês já sabem quem ela é? – perguntei sentindo meu coração saindo pela boca – Como ela está?

- Seu estado é grave. Infelizmente ainda não sabemos seu nome, não havia documentos junto a ela. Vamos ter que esperar Pierre acordar para termos mais informações. Só não se esqueça de uma coisa, quando o ver, evite abraçá-lo forte, a não ser que você queira que ele tire alguns dias de férias aqui no hospital com alguma costela quebrada. – ele completou rindo e eu sorri também

Cheguei perto de Pierre e passei meus braços em torno de seu pescoço evitando apertá-lo, mas fui surpreendida por um abraço forte vindo dele. Não pude conter as lágrimas e comecei a chorar ali mesmo.
– O que foi meu amor? Por que está chorando?
– Felicidade... Apenas felicidade. – consegui balbuciar entre os soluços
Fomos ao encontro dos outros e todos ficaram muito felizes ao ver Pierre bem, principalmente David, que considerava Pierre como um irmão. Estava com o coração apertado, pois ainda tinha uma pergunta que não queria calar e eu perguntaria para Pierre.

– O que aconteceu?
– Pra falar a verdade eu não me lembro de muita coisa... – ele coçou a cabeça com a mão livre
– É... Mas tem uma coisa que eu espero que você se lembre...
– O que Roxy, meu amor? – ele disse passando a mão na minha cintura em conduzindo para um banco próximo
– Quem é a tal moça não-identificada que estava com você?
– Moça não-identificada? – ele perguntou sem entender nada
– Isso mesmo! A que foi atropelada! – eu não agüentava mais a ansiedade
– Ah, era a Lachelle. Agora consigo me lembrar vagamente o que aconteceu.
– A Lachelle? E o que vocês faziam juntos? – senti meu sangue subir. O que “aquelazinha” fazia com o Pierre?
– Bem... – ele começou relatando o que havia acontecido

Pierre me contou tudo desde o princípio... Desde a pista de skate, a tentativa de um beijo forçado, o atropelamento e a hora que ele acordou no hospital. Ele disse que acreditava que Lachelle tinha mudado, mas desde o início eu desconfiei. Como Pierre podia ser tão ingênuo? E quando Lachelle iria se dar valor e parar de correr atrás do namorado das outras? Eu sei que era egoísmo de minha parte, mas eu me sentia um pouco feliz com a situação que ela estava agora, talvez esse fosse um bom castigo e quem sabe assim ela esquecesse Pierre de uma vez.

- Vamos embora? – disse impaciente, já que o médico não trazia notícias dela. A essa altura já havíamos dito para os outros quem era a “moça não-identificada”. Pat estava bem abalado com a situação, já que ele e Lachelle eram super amigos. O único que ela tinha para falar a verdade, só Pat tinha paciência com Lachelle e para mim isso tinha outro nome que não era apenas amizade.

- Esperem um pouco. – Pat disse – Eu quero ver se o médico traz alguma notícia, não quero ficar aqui sozinho.

Decidimos esperar mais um pouco, afinal, sempre que precisávamos Pat estava ali conosco, então essa não seria uma hora adequada para abandoná-lo. Pierre sentou-se ao lado dele e o abraçou para mostrar que estava ali com ele caso precisasse. Os dois pareciam irmãos.

– Vocês são familiares da paciente Lachelle Farrar? – ouvimos o médico dizer sem perceber que ele havia se aproximado de nós.
– Não! Somos “amigos”. – Avril disse frisando a palavra amigos - Os pais dela moram em Toronto.
– Alguma notícia doutor? – Pierre perguntou, levantando-se.

– Aconteceu alguma coisa com ela? Ela vai ficar bem? – Pat quis saber levantando-se também

- Bem... - o médico continuou – Ela se encontra em estado grave, no momento a paciente está na Unidade de Tratamento Intensivo. Lachelle acabou de sair da sala de cirurgia e é possível que fique na UTI pelos próximos dias.

- E como ela está agora? Ela vai se salvar? – Pat disse já com um tom de desespero na sua voz

- Ela teve traumatismo craniano e múltiplas fraturas. – o médico continuou – Ela perdeu muito sangue e, por causa da batida, ela corre o risco de perder o rim esquerdo. No momento ela está em coma induzido, devido a duas paradas cardiorrespiratórias que ela teve na Sala de Operação. Como eu disse, o estado dela é grave. Nada de visitas. E infelizmente eu não posso garantir que ela se salve. Desculpem-me, mas fizemos tudo o possível, agora nos resta esperar que ela reaja aos tratamentos.

Recebi a notícia com um pouco de choque, mesmo não gostando dela, era horrível saber que Lachelle podia morrer a qualquer momento. Olhei para o lado para falar com Pierre, mas apenas tive tempo de ver Patrick caindo ao seu lado...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Things Ill Never Say" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.