Things Ill Never Say escrita por Lady Dark Moon


Capítulo 20
Cap. 20 - O que foi que eu fiz?


Notas iniciais do capítulo

Suspense no final do capítulo...



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[PIERRE’S POV]

O tempo estava passando talvez rápido demais sem que a gente percebesse e isso era uma coisa ótima, pois estava louco para voltar para casa e ver minha Roxy. Já era Março, início da primavera e o último mês havia sido bastante corrido. Tínhamos passado um mês em turnê pela Europa e infelizmente nossas namoradas, no caso a minha e a de Seb, não tinham vindo junto porque elas também tinham uma vida não é? Elas tinham coisas a fazer no Canadá, o que era triste porque me doía o coração ficar longe da minha pequena. O telefone e a internet ajudavam bastante nisso, matava a saudade. Cada vez que eu e Seb íamos para o computador para falar com elas, David se afastava de nós, sei que ele ainda não tinha superado essa história da Amy e me deixava bastante triste porque ele era meu melhor amigo e eu não queria ver ele sofrer, mas David um dia iria entender que as pessoas mudam, o tempo passa e a gente tem que começar a se acostumar com isso.

Chegamos em Montreal ainda de madrugada, fui direto para casa dormir. Passei a manhã toda matando a saudade da Roxy e decidi que de tarde iria dar uma passada em uma pista de Skate que ficava próxima a nossa casa. Precisava de um momento de lazer. Sei que eu não tinha mais idade para sair brincando desse jeito, mas só porque eu já passei dos vinte não significa que eu não tenho mais jeito para a coisa.
– Dave, me empresta teu skate? – disse para ele quando passei em sua casa, que ficava a caminho da pista
– Pega, mas onde que está o seu? Que eu lembre tu também tem um...
– Tinha, dei de presente pra uma fã em Berlin.
– Sério cara? Tu é louco?
– Ah, depois eu compro outro. – não via problema nenhum em presentear alguma fã. Se nós ganhamos presente delas, porque elas não podem ganhar presentes nossos também?
– Isso é só pra quem pode. – Jeff disse aparecendo na porta de casa
– É, o vocalista sempre tem mais dinheiro que nós. Por isso que até hoje eu não aprendi a dirigir.
– Menos, Chuck. Tu não aprendeu por preguiça mesmo. – eu disse rindo dele
- Isso é verdade. – ele disse caindo na gargalhada - Mas agora a Videl vai me ensinar, então tá tudo perfeito!
– Falando em Videl... – eu disse
– É... – David continuou
– Vocês tão namorando? – Jeff gritou da porta entrando novamente na conversa
– Ai seus curiosos. – Chuck respondeu com as bochechas ficando levemente coradas - Não vou contar! Vocês são piores que velhas fofoqueiras.
– Ahhhhhhh... Tá apaixonado... Tá apaixonado... – gritamos todos juntos ao redor de Chuck, dando leves tapinhas de brincadeira em suas costas.
Ficamos ali zoando Chuck mais um pouco e então peguei o skate de David e sai. Como era bom estar de volta em casa. Não que eu não gostasse do assédio das fãs, mas era bom ser tratado como uma pessoa normal de vez em quando, principalmente aqui, onde todo mundo me conhecia e eu podia sair livremente sem me preocupar em voltar com um olho roxo ou sem um braço pra casa, a não ser que eu caísse do skate hoje. E hoje não era um bom dia para acidentes. Nenhum dia é bom para isso, mas é claro que não aconteceria nada.

Quando cheguei no parque a pista estava praticamente vazia. Era um parque grande que eu costumava brincar quando criança com os meus amigos. Fiquei ali sozinho fazendo algumas manobras enquanto pensava sobre a vida. Vir aqui me trazia boas lembranças e me lembrava quem eu realmente era longe dos holofotes e das câmeras. Eu continuava sendo o mesmo Pierre de sempre. Uma galera chegou ali e veio me cumprimentar, fui atencioso, pois alguns haviam sido meus colegas de escola. Que bom encontrar velhos amigos! Conversamos um pouco e quando todos foram embora fui sentar em um banco próximo para descansar um pouco antes de fazer o caminho de volta para casa.

O tempo havia passado rápido sem que eu percebesse, pois era quase noite e Roxy deveria estar preocupada comigo já que eu havia esquecido o celular. Eu ia deixar ela louca quando chegasse em casa. Estava pronto para ir quando um par de mãos tapou meus olhos. Será que era ela que tinha vindo me buscar? Ela sabia exatamente onde eu estava, mas as mãos não eram as delas. Eu reconheceria suas pequenas mãos. Porém, as mãos que cobriam meus olhos eu conhecia também, só não lembrava de onde.
– Quem é?
- Adivinha! – uma voz feminina falou as minhas costas
– É uma mulher, mas não sei quem é! E tenho a impressão de que conheço... Não é nenhuma fã...
- Se você quiser, eu posso ser!
Tirei as mãos de meus olhos e me virei para ver quem era. Era Lachelle! Como eu não imaginei, ainda mais pelo jeito que se ofereceu para mim. Meu Deus, cinco anos que não estávamos mais juntos e ela continuava dando em cima de mim. Quando isso ia acabar?
– O que tu tá fazendo aqui? Não faz um dia que eu cheguei e tu já tá atrás de mim? – falei me levantando rápido, ela tinha o dom para me irritar
– Ah, por que fala assim comigo? Eu não fiz nada...
– Ah, não fez. Tá lembrada da confusão do chalé? Eu te disse depois que a gente saiu de lá que eu não queria mais te ver se o teu interesse fosse algo mais que ser apenas minha amiga...
– Ai, Pierre. Eu já estou em outra. Eu quero ser só tua amiga... – ela disse dando de ombros
– Acho bom! Agora, com licença que estou indo pra casa! – disse virando às costas para ela

- Pierre! – ela me chamou e eu me virei para ver o que ela queria, já me preparando para xingar ela caso fosse algo que eu não gostasse – Posso te acompanhar? Eu também estou indo para casa.

Contra a minha vontade aceitei sua companhia e isso era uma coisa que eu nunca deveria ter feito, não queria ter que me incomodar em casa depois caso ela fosse desagradável, mas ela disse que estava em outra então, queria ver se era mesmo verdade.

Estávamos perto de seu apartamento que ficava a algumas quadras de minha casa e paramos para conversar civilizadamente. Olhei para cima observando a sacada do andar dela para ver se enxergava o Patrick, já que eles dividiam o apartamento, mas não o vi. Achei melhor não perguntar sobre ele, pois com certeza ela iria dizer para eu entrar e conversar com ele também. E sabendo que horas eram eu não queria demorar mais para retornar para casa. Era uma rua movimentada e havia muito barulho, tínhamos que gritar um pouco para escutar um ao outro... Quem olhasse ia pensar que éramos loucos. Whatever! Achei muito estranho o jeito que ela estava agindo, mas achei melhor como ela estava agora. Em nenhum momento ela demonstrou estar interessada em mim novamente, o que foi um alívio, pois pelo menos assim eu salvava meu namoro com a Roxy. Eu estava super curioso para perguntar com quem ela estava saindo, mas não o fiz, ela me diria quem era o felizardo (ou não) quando ela estivesse pronta para me contar.
Me encostei no muro atrás de mim e deixei o skate em frente aos meus pés, balançando-o de um lado para o outro. Ficamos conversando por um tempo, e percebendo que era tarde, lembrei que tinha que ir para casa.
– Lachelle, a conversa tá boa, mas eu tenho que ir embora.
– Já? Tá bem deixa eu me despedir de ti antes que você vá. – fiquei estático quando ela disse isso, mas rapidamente Lachelle completou a frase – Com um beijo no rosto, óbvio.
Me inclinei um pouco para frente para dar um beijo no rosto de Lachelle, por educação, já que ela mesmo disse que era no rosto, não havia maldade nenhuma. Quando fui pra frente ela me empurrou de volta para o muro e tentou me beijar a força. QUE CACHORRA! Eu, sem pensar, empurrei ela para longe... mas essa foi a pior besteira que eu fiz em toda a minha vida. O skate, que estava entre nós, serviu de apoio para o pé dela... um erro. Quando ela pisou no skate, seu corpo foi jogado para trás, fazendo-a cair em direção à rua. Fiquei chocado ao observar lentamente seu corpo sendo jogado ao alto. Escutei a freada brusca do carro, mas não a tempo suficiente de evitar o acidente... Joguei-me para frente também, tentando salvá-la... De repente tudo ficou preto!


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Notas finais do capítulo

E então... o que acharam?



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