O Dia Em Que Tudo Mudou. escrita por Naruna Uzumaki


Capítulo 4
Um coração triste é um coração rancoroso.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo para vocês, em especial para PotterUchiha e Jéssica Bennoda. Boa Leitura...



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Olhou ao redor, aquele era um apartamento caro demais para as economias da garota. Sabia disso porque tomara conta de sua poupança durante sete anos e não autorizou o gerente do banco a entregar um iene¹ sequer a garota. Levantou uma das sobrancelhas ao fazer tal constatação, já haviam adentrado no apartamento há uns cinco minutos e tudo o que via era as costas da Haruno. O silêncio estava-o sufocando e por esse motivo resolveu quebrá-lo.

– Sakura, o que faz aqui? – Arriscou começar a conversa com essa frase. – Porque raios saiu de Nova Iorque sem avisar a ninguém?

– Porque eu quis! – Foi curta e grossa. – O que diabos você faz aqui? Já não me enlouquecem o suficiente lá aí resolveu de uma hora para outra me enlouquecer aqui, foi isso?

– Não fale comigo nesse tom! Eu sou seu irmão!

– Não, você não é! – Disse Sakura irritada. – Só porque cuidou de mim por sete anos e eu te aceitei como um irmão, não significa que temos uma ligação sanguínea. Seus irmãos são o Gaara e a Temari, preocupe-se com eles.

– Escute garota, eu te ajudei a superar isso tudo, te acolhi na minha casa e cuidei de você. – Agarrou o braço da garota. – Não venha me dizer com quem eu devo ou não me importar.

– Me larga!

– Não, você vai me ouvir. – Foi grosso e apertou ainda mais o braço de Sakura. – Eu dediquei os últimos sete anos a sua total recuperação, ao seu treinamento e a sua mudança de personalidade. Você mudou muito, perdeu inclusive a sede de vingança... O que aconteceu com essa garotinha?

– Ela cresceu! – Disse Sakura irritada. – E por falar nisso e nunca pedi que você cuidasse de mim. Você podia ter recusado, mas não o fez porque não quis.

– O que pensa que vai fazer? Se vingar? – Disse irônico. – Vai se tornar o que Nagato quer que você seja, vai acabar morrendo e dessa vez não vai haver nenhum amigo seu para te proteger, não vai ser como naquele dia!

Ouve-se um barulho. Ele está com o rosto virado e ela esta com a mão erguida e com o rosto abaixado. Shikamaru observava tudo escondido, resolveu não se meter na confusão antes mesmo de deixar o banheiro. Ou pelo menos era o que pretendia, quando Sakura deu a tapa ele percebeu que a coisa estava ficando seria demais.

– Não fale de coisas que você não entende. – Falou sem levantar o olhar. – Você não viu o que eu passei, não fale que eu fui salva por um amigo porque eu não fui. Meus amigos me atacaram e eu só pude contar com o Sasuke, só pude contar com o garoto que eu odiava! – Levantou o rosto e olhou para aquele que viera ao seu encontro só para magoa-la. – Vá embora antes que eu acabe falando coisas que eu não quero que você saiba.

– Tipo o que? – Perguntou curioso. – O motivo de ter voltado tem haver com aquela carta que você recebeu não é?! Agora faz sentido, o que tinha nela?

– Nada.

– O que tinha nela? – Perguntou novamente, mas dessa vez agarrou o outro braço da garota.

– Largue o braço da garota Kankuro.

– Ora, ora... Nara Shikamaru é com esse cara que você está morando? – Perguntou sem olhar para a garota. – É esse idiota que vai te ajudar a se vingar do Nagato?

– Kankuro cala a boca e vai embora! – Ordenou Sakura.

– Eu vou mais eu volto. – Disse e retirou-se do apartamento.

Shikamaru aproximou-se de Sakura e fez um sinal para que ela sentasse ao seu lado no sofá. Olhou para a garota e viu sua expressão se tornar derrotada, ele sabia que tudo aquilo havia acontecido por causa de uma carta que a garota recebeu uma semana antes de resolver viajar. Ele nunca perguntou o que tinha na carta, mas se Kankuro suspeitava que tivesse haver com essa ideia fixa de vingança ele iria descobrir o que era.

– Sakura, o que tinha naquela carta? – Arriscou perguntar.

– Nada...

– Tem certeza? – Perguntou novamente.

Silencio. Shikamaru resolveu desistir de perguntar, virou-se e ia adentrar no quarto quando uma frase chegou aos seus ouvidos. Uma frase carregada de dor e angustia que ele sabia que era verdadeira essa frase o pegou tão desprevenido que de repente ele começou a chorar com a garota.

– Meus pais... – Não segurou mais as lagrimas. – Eles estão mortos, Nagato os matou.

– Como assim? – Estava estático. – Como você sabe disso?

– A carta... – Começou a rosada entre soluços. – Na carta dizia que ele havia feito isso, e que a próxima seria eu. Não sei quem mandou a carta, mas sinto que essa pessoa quer me ajudar.

Dito isso Sakura voltou a chorar. Chorou ate não ter mais lagrimas para derramar, depois de tanta tristeza e tanta dor ela acreditava que voltando a Konoha tudo poderia passar já que iria rever seus pais. O que não esperava era que recebesse uma carta avisando da morte de seus pais, e o pior era que ela não esteve lá para protegê-los. A garota decidiu que deveria parar de chorar e assim o fez, levantou o rosto e sorriu para Shikamaru, sairia para comprar comida para os dois.

– Bom, eu vou comprar algo para comermos, o que vai querer? – Disse tentando transparecer tranquilidade, o que não deu certo.

– Um prato de sopa da verdade. – Foi irônico e grosso. – Você não é assim, pare de fingir que está tudo bem porque não está!

– Eu não estou fingindo, só quero seguir adiante e me vingar.

– Tá vendo? – Disse irritado. – Pare com isso, pare de tentar cumprir promessas que você não pode realizar!

– Promessas... – Sussurrou. Era verdade que havia feito promessas e uma delas era que iria esquecer o passado, mas assim como as outras era apenas uma promessa vazia.

– Não precisa fazer isso Sasuke... – pediu mais uma vez. – Eu me viro sozinha. Você está mais machucado do que eu e se esforçar assim não é bom.

– Pare de falar besteiras. – Disse com dificuldade. – Eu vou viver o suficiente para ver os seus filhos nascerem... Eu prometo que nunca vou morrer se você prometer que nunca vai se meter em confusões. Promete?

– Eu prometo... – Sakura tinha que admitir que desde que se escondera no esconderijo de Sasuke, a presença do garoto não a irritava mais. Estavam dividindo o teto por mais ou menos um mês e o cerco estava se fechando, ela iria embora de Konoha no final da tarde e ele ficaria para apagar as pistas de sua localização. Iria se esconder em Nova Iorque por uns tempos e Kankurou iria lhe ajudar. Mas alem da promessa de não se meter em confusões, Sakura havia feito uma promessa para si mesma: iria voltar e agradecer a Sasuke por tudo o que ele lhe fez.

Balançou a cabeça com tal lembrança. Era raro essas coisas acontecerem quando estava acordada, mas a lembrança que teve era de longe desagradável, ela tinha que admitir que estava se apegando ao Uchiha.

– Você prometeu que não se meteria em confusão, que esqueceria a vingança... – Disse Shikamaru desapontado.

– Eu prometi e tentarei cumprir... – Disse já saindo do apartamento. – Vou comprar comida, volto em vinte minutos.

Estava irritada e precisava relaxar, iria comprar comida e estava torcendo pelo lugar estar vago, pois não queria se encontrar com ninguém conhecido. É Sakura, você não sabe o que te espera nesse restaurante.



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Notas finais do capítulo

1-Iene é a moeda japonesa (só para os que não sabem XD)

Mereço reviews? Pedradas?

Comentem!

Inner: Por favor joguem pedras nessa maluca!

Eu: Inner cala a boca...