The Olimpians – Livro 1: True Bloods escrita por Lilliel Sumire Eucaristia


Capítulo 16
Canadá: Uma Aposta Perigosa


Notas iniciais do capítulo

Olá para todos.
Passando para avisar os recém chegados e leitores antigos que a série The Olimpians é composta por 4 livros atualmente.
Sendo eles:

Livro 1 - The Olimpians: True Blood
(Concluída/Revisão/Reescrevendo?)

Livro 2 - The Olimpians: Boodlines Time
(Concluída/Revisão)

Livro 3 - The Olimpians: The Other Side Of Time
(Concluída/Revisão)

Livro 4 - The Olimpians: The Last Corwn
(Em andamento)

Sim, o livro 4 está sendo escrito/postado nesse momento aqui mesmo no Spirit e no Nyah!, então se você acompanha qualquer uma das fics e quer saber o termino das aventuras dos personagens não deixe de acompanhar o lançamento de The Last Crown.

O livro 1 será reescrito em breve, para ser postado como uma nova versão e o original vai ficar no ar como um rascunho (sim, terá duas versões do mesmo livro, uma de dez anos atrás e outra revisada, corrigida e reestruturada que vai ser a oficial (quando ficar pronta)).

Dúvidas pelos comentários ou MP.



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Annabeth



Havia um mês que haviamos nos encontrado com minha mãe e Poseidon.

Um mês desde que soubemos da decisão se Galatea e Rigardo. Um mês desde que Teresa abriu mão de interferir nas escolhas deles e nós não pudemos fazer nada.

 

Desde então eu não sei de muita coisa.

Meu corpo não me obedece direito a quase um mês e desde então não fico mais em pé sem apoio. Por isso pedi para Teresa e Thalia ficarem o máximo de tempo que pudessem ao meu lado. O que não é muito considerando que tenho dormido durante quase todos os dias nas duas últimas semanas.

 

Sempre pergunto para Thalia o tempo de gestação para me manter o mais atenta o possivel ao tempo, mesmo estando ausente a maior parte dele. Hoje completei quase seis meses de gestação segundo Teresa.

 

Percy havia cortado parcialmente relações com Galatea e Rigardo, mas devo admitir que suas tentativas frustrdas de parecer indiferente a irmã eram tão engraçadas que sempre que conseguia presencia-las eu ria muito.

 

Ele ainda não deve ter percebido que não consigo andar por mim mesma e mesmo que tenha percebido não tem demonstrado, por isso sei que estou cometendo um erro fatal ao negligenciar nosso tempo juntos.

 

==========X ==========

 

Nesse exato momento não sei aonde estamos e acho que Percy também não, estamos mudando de acampamento novamente. A única coisa que sei é que precisei por minhas roupas de frio.

 

==========X==========

 

Acordei assustada ouvindo uma voz animada que logo percebi ser da única pessoa capaz de agir assim: Teresa.

 

—Bom chegamos. -Ouvir aquela animação naquele frio horrivel era no minimo irônico e eu gosto dela. -Ei! Não me olhem com essas caras. Pode parecer ruim por causa do clima, mas é melhor ficarmos aqui por hora.

 

—Aqui onde? Afinal aonde nós estamos? -Ouvi Thalia perguntar um pouco irritada.

 

—Estamos meio do Canadá. Mas estamos mais seguros aqui no momento do que nos Estados Unidos. -Para minha supresa quem respondeu foi Galatea.

 

Me mexi desconfortavel e para minha surpresa quem me carregava era Percy e não Teresa.

 

—Preciso esticar as pernas. Meu corpo está doendo.

Percy me deixou descer mas continuou apoiando meu corpo para que eu pudesse ficar de pé. A maneira como ele fazia isso parecia inconciênte, mas quando olhei para Teresa seu olhar me disse claramente para deixar de ser idiota e tentar sorrir nos próximos minutos.

 

Não sei o que se passa na cabeça de Teresa, mas normalmente sei que é melhor seguir suas instruções.

 

Notei que estavamos parados na varanda de um chalé grande de dois andares em volta um tipo de jardim com uma cerca de madeira adornada com pontos brilhantes dourados e outras coisas estranhamente familiares.

 

Teresa bateu na porta que foi aberta quase imediatamente pela última pessoa que eu esperava ver: meu pai.

 

Assim que me viu ele me abraçou e olhou surpreso para minha barriga, mas devo admitir que ela estava bem grande. Além disso da última vez que vi meu pai eu estava mais que saudável e ainda não sabia que estava grávida.

 

Meu pai olhou para Percy e Teresa um pouco bravo antes de convidar todos a entrar. Não sei quem falou com ele ou o quanto falou mas o simples fato de poder vê-lo me fez bem.

 

Assim que entramos vi que o chalé estava impecavel, o que queria dizer que meu pai estava sozinho e havia chegado a menos de um dia.

 

—Coloque-a na cadeira de balanço perto da lareira. As instruções que recebi sobre a casa eram bem claras sobre isso. Também não devemos mover nenhum móvel do lugar. -Aquelas ordens vindas do meu pai pareciam um tanto engraçadas.

 

Justamente o homem mais desoganizado do mundo dizendo aquilo. Eu comecei a rir baixo.

 

Percy me ajudou a tirar o casaco grosso e pessado que eu vestia antes de me sentar na cadeira indicada.

 

—Está bem? -Percy falou baixo no meu ouvido.

Olhei para ele ao meu lado sorrindo carinhosamente e não resisti em lhe dar um beijo. Quando fiz isso me dei conta de que fazia um século desde a última vez que nos beijamos, mas principalmente desde nosso último beijo tranquilo que aconteceu no acampamento.

 

—Estou bem. Só achando graça em como vocês tem se comportado, principalmente você.

 

Acariciei seu rosto e quando passei a mão ao lado do seu olho esquerdo vi uma marca roxa, notei uma careta de dor surgir em seu rosto.

 

—Essa é nova. Quando aconteceu?

—Ontem. Comecei a discutir com a Téa e o Rig. Nico ficou cuidando de você enquanto Teresa e Thalia tentavam apartar a briga. Nem sei bem ao certo como ou quem me nocauteou, mas está doendo.

 

—Não sabe quem foi? Por favor Percy, não sou burra.

—Foi a Teresa, mas eu mereci. Depois que dela conseguir acalmar os dois eu continuei comprando briga e sem excitar ela me deu seu gancho de direita mais forte. Acho que contra uma deusa sob pressão extrema mesmo minha invulnerabilidade pode não ser o suficiente.

 

Comecei a rir e ele ficou com o rosto vermelho de vergonha.

—E-Eles estão bem? -Percy acariciou minha barriga com o sorriso mais meigo que eu já tinha visto.

Nem um segundo depois os bebês se mexeram e um deles chutou exatamente o lugar que a mão dele estava.

 

Fiz uma careta por que aquele chute podia ser muito lindo, mas também tinha doído.

—Que sincronismo. Nem eu faria com tanta precisão. -Resmunguei

—O que aconteceu? Ouvi você falar em sincronismo? -Teresa apareceu com um cobertor e deitou no sofá de três lugares do lado oposto da lareira.

 

—Nada. Mas acabei de levar um chute forte de um dos dois menos de um segundo depois do Percy perguntar se eles estavam bem.

 

—Mesmo? Isso é bom. -Teresa levantou com um expressão curiosa e veio até onde eu estava. -Posso? -Ela apontou em direção a minha barriga.

 

—Sim.

No instante em que sua mão tocou minha barriga os bebês se mexeram novamente só que mais devagar e sem chutes. Quando olhei para Teresa vi um sorriso extremamente feliz e calmo em seu rosto, além de seus olhos se tranquilizarem.

 

—Graças aos deuses. Ainda bem que eles estão bem. Com isso você vai melhorar um pouco Annabeth.

 

—Então está funcionando. Realmente deu certo, nem acredito nisso. -Percy pareceu ainda mais aliviado que Teresa.

 

Aquela situação parecia tão estranha e calma que fiquei preocupada.

—Será que vocês podem me explicar o que está acontecendo?

Teresa pousou a mão na minha testa e depois de alguns segundos começou a falar.

 

—Seu estado de saúde ficou muito ruim nas últimas duas semanas por isso nós ficamos realmente preocupados. Não só os que estão viajando conosco, mas os deuses também. Por isso eu decidi arriscar uma possibilidade. Pedi que a Dionísio e Heféstos para construirem essa cabana atendendo a diversas especificações para torna-la o mais indetectável o possivel mesmo cheio de semi-deuses. Por isso esse lugar tem muito bronze celestial no meio da estrutura

 

"Depois pedi para Ártemis mandar um pequeno grupo de lobos guardar a região durante nossa estadia. Seu amigo Grover enviou um destacamento de sátiros para cuidar dos suprimentos que vamos precisar. Depois pedi que Atena falase com seu pai explicando a situação para que ele viesse até aqui servir de contra peso. Por conta disso acho que sua madrasta pode estar um pouco brava com você."

 

—Por que meu pai? Como assim contra peso? -As coisas tinham caminhado muito rápido nas últimas semanas e eu tinha perdido muita coisa pelo visto.

 

—Por ser seu pai, ele tem uma energia similar a sua e nós precisavamos de alguém com essa caracteristica por perto durante nossa estadia aqui. Não se preocupe que nada do que fizemos vai afetar ele, no máximo vai afetar os outros ou eu.

 

—Acredite, quando Teresa mencionou esse plano e as chances dele dar certo ficamos em dúvida se valia a pena tentar.

 

—Por que? O que poderia deixar dúvidas?

—As chances de tudo sair como planejamos até o fim são de menos de 30%. Ainda assim era nossa melhor saída.

 

—O que mais vocês fizeram?

Teresa parecia em dúvida se falava tudo ou não, mas acabou cedendo:

 

—Pedimos a Hera, Deméter, Afrodite, Perséfone, Héstia e Hécate para jogarem um poderoso encantamento de vida nesse chalé. Um que deve reagir somente com você e os bebês e assim te manter viva. Para que isso funcione como se deve nenhum dos protetores pode sair do terreno e um mortal portador do mesmo sangue que você deve permanecer no local desde o momento que o encantamento foi conjurado.

 

"Seu pai chegou ontem ao meio dia, no exato instante que ele entrou na casa o feitiço foi conjurado. Em teoria toda essa preparação deve aguentar um mês e meio, mas acho melhor acreditar só em um mês se tivermos sorte. Depois disso Ares vai nos guiar em fuga até um lugar seguro ou pelo menos esse é o programado. Não tenho como garantir se tudo que planejei para depois desse lugar vai dar certo, mas é o melhor no momento."

 

—Se qualquer um sair do terreno cercado lá fora os encantamentos já eram. Se o encantamento de vida falhar um segundo encantamento que retira um pouco de energia de todos os não-humanos é ativado, só que ele dura uma semana. Além disso desde que foi feito o encantamento de vida está pronto para falhar. -Percy segurava minha mão enquanto falava.

 

—E mesmo assim vocês arriscaram? Teresa, você é idiota? Não foi você que falou que só podiamos pedir a interferência dos deuses duas vezes até que eles nasçam?!

 

Eu não sabia se estava realmente brava com o que tinham feito ou com a quantidade de informações claras que tinham escondido te mim até aquele momento. Por que eu sabia que ainda tinha mais coisa e não importa o que possa ser, foi o bastante para Teresa pedir muitos auxilios aos deuses, incluindo Heféstos. O bastante para Percy arriscar uma falha completa desde o ínicio.

 

—Qual era o meu real estado de saúde nessas últimas duas semanas? Não quero ouvir uma única mentira agora. Você me disse que eu estava normal nesses últimos dias e agora me diz que minha saúde estava frágil, por que Teresa?

 

Ela sentou no chão e respirou fundo.

—O aumento do sono realmente acontece, mas ele chegou um mês antes do que deveria e com isso a velocidade com que sua vida sumia aumentou. Isso não é normal. Nas duas vezes anteriores, quando eu nasci e na vez em que todos morreram, quando as mães começavam a dormir muito havia um aumento de vida nelas.

 

—Por isso eu e a Téa começamos a "doar" energia para você nas últimas semanas. Só que a quantidade não estava ajudando nada e a Teresa estava ficando mais cansada a cada dia. Se não arriscassemos você morreria a qualquer instante. -Percy agora mantinha minha mão perto de sua boca e me olhava como se pedisse para eu ficar calma.

 

—Você já estava debilitada o bastante para arriscarmos esperar mais. Além disso os bebês estavam ficando mais agitados e correndo risco de serem afetados pela falta de energia para mante-los vivos. Eu já comentei que ambos tem que nascer, mas nunca disse por que, falei? -Teresa olhava fixo em meus olhos.

 

—Não. Sempre pareceu que você não queria falar. -E era verdade, ela sempre desviava do assunto.

 

—Realmente, mas isso era para não preocupar ninguém antes da hora. -Ela respirou fundo três vezes. -Se uma das crianças morrer antes de nascer, a mãe, a outra criança, os protetores... enfim, todos morrem e eu vou passar 100 anos presa no tartáro.

 

Não consegui falar nada. Eu já tinha imaginado essa possibilidade, mas acho que até aquele momento não havia considerado ela como real para os semi-deuses e cruel para Teresa.

 

Percy percebeu como eu fiquei e segurou minha mão mais firme.

—A única pessoa para quem Teresa contou essa parte fui eu. Ninguém mais sabe disso até agora. Se o plano da Teresa sair como deve vamos ficar aqui durante um mês o que deve ser o bastante para você se recuperar e aguentar os dois meses que ainda teremos pela frente.

 

—Nós sabemos que é arriscado e que você está brava por termos escondido tanta coisa, mas não podiamos arriscar te sobregarregar naquele momento. Não sei se notou mas desde que chegamos você melhorou quase instantaneamente, isse é o poder do encanto de vida que reside aqui. -Teresa levantou e voltou para o sofá deitando no mesmo.

 

—Por hora estamos vendo as especificações que os deuses nos deixaram sobre a casa e o terreno. Logo já saberemos tudo o que precisamos seguir enquanto ficamos aqui certo. -Percy sentou em uma poltrona ao meu lado.

 

A poltrona estava tão próxima que só quando ele se sentou nela direito notei sua existencia.

 

—Por hora vamos descançar nossos nervos e depois comer alguma coisa. -Teresa disse levantando novamente do sofá. -Acho que tem um MP3 na minha mochila. Aproveito e aviso os outros que você melhorou.

 

Percy ainda segurava minha mão, na verdade a ponta dos meus dedos com os seus. Apesar de ainda estar brava com ele, Teresa e os outros não podia deixar de sentir uma estranha felicidade.

 

Tinham sido poucas as vezes que vi Percy tão preocupado não só comigo, mas com nossos filhos como a poucos minutos e isso me deixou feliz, muito mais do que eu poderia ter sonhado. Apesar de ainda ver sua preocupação com o perigo que eu corria desde o começo, mas a sombra negra que surgiu em seus olhos quando teve provas de que eu poderia morrer havia se distanciado.

 

Fechei meus olhos ainda votados para Percy e fiquei ouvindo a movimentação da casa. Teresa dando broncas em todos. Galatea e Rigardo devorando o estoque de chocolate, leite e biscoito. Thalia subindo as escadas para dormir um pouco. Nico brigando com meu pai para tomar banho antes dele. Teresa voltando para o sofá com o MP3 no ouvido tão alto que eu podia ouvir perfeitamente a música, ora agitada ora calma.

 

Do meu lado ouvi Percy respirar pesada e lentamente. Abri os olhos para encontrar seu rosto tranquilo em um sono profundo. Sua expressão estava tão calma que tive certeza que ele tinha esquecido todos os nossos problemas recentes.

 

Fechei meus olhos e dormi.

 

Continua...

 

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Próximo Capítulo:

Canadá - A Donzela e o Demônio

Chances de confusão: 100%


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Notas finais do capítulo

Olá para todos.
Passando para avisar os recém chegados e leitores antigos que a série The Olimpians é composta por 4 livros atualmente.
Sendo eles:

Livro 1 - The Olimpians: True Blood
(Concluída/Revisão/Reescrevendo?)

Livro 2 - The Olimpians: Boodlines Time
(Concluída/Revisão)

Livro 3 - The Olimpians: The Other Side Of Time
(Concluída/Revisão)

Livro 4 - The Olimpians: The Last Corwn
(Em andamento)

Sim, o livro 4 está sendo escrito/postado nesse momento aqui mesmo no Spirit e no Nyah!, então se você acompanha qualquer uma das fics e quer saber o termino das aventuras dos personagens não deixe de acompanhar o lançamento de The Last Crown.

O livro 1 será reescrito em breve, para ser postado como uma nova versão e o original vai ficar no ar como um rascunho (sim, terá duas versões do mesmo livro, uma de dez anos atrás e outra revisada, corrigida e reestruturada que vai ser a oficial (quando ficar pronta)).

Dúvidas pelos comentários ou MP.



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