Harry

Lá estava eu de novo, saindo de um show. Estávamos em um cidadezinha da Espanha. Ao fim do show, eu e os meninos estávamos exaustos.

–Puta que pariu, quero baaaaaaanho!- disse Louis.

–Pode deixar que eu vou com você meu amor.-eu respondi com uma voz sensual.

–Seus gays!- reclamou Zayn revirando os olhos.

–Não fale nada seu metrossexual amante do espelho!- retrucou Niall. E todos rimos.

No final dos shows era sempre assim. Não só no final dos shows, todo dia, toda hora. Louis, Niall, Zayn e Liam eram meus 5 gays favoritos.

Fomos para o hotel, tomei banho desci para o jantar. Já estavam todos lá embaixo. Jantamos e depois os meninos, morrendo de sono, subiram para seus quartos dormir. Ficou apenas eu e Paul no imenso salão.

–Harry, já venho. Vou ao banheiro ali ao lado. -disse meu segurança e eu apenas assenti enquanto ele ia em direção ao corredor.

Eu estava terminando de tomar meu sorvete quando dois garçons passaram por mim e foram até uma porta de ferro enorme, cujo eu não tina percebido, num canto do salão. Ignorei e voltei a saborear minha sobremesa. Barulhos de corrente me assustaram. Ouço sussurros. Sussurros em outra língua, como uma língua morta. Mais barulhos de corrente. Fiquei apreensivo e olhei para trás. Seja o que aquilo fosse não estava mais acorrentado, estava solto. E olhava para mim.

A criatura era muito grande. Tinha uma cabeça de águia, enormes asas e um corpo musculoso de leão, o que me deixou bem confuso. A águia-leão soltou um barulho e investiu em mim. Saí correndo. Como sou tolo, não sabia o que fazer.

Paul então, para minha alegria, entrou correndo brandindo um... arco-e-flecha? Não, não é possível.

–Fique onde está Harry!-gritou o brutamonte.

Fiz o que ele me mandou, mesmo contra minha vontade. Então uma flecha zuniu e atingiu o olho da criatura, que gritou de aflição. Logo depois, juro que ouvi a criatura dizer algo como Você deve morreeeeeeer semideus.

–Fique onde está Harry!- porra, eu já tinha entendido. - Eu vou matar o Grifo, não se assuste.

Fiz a melhor cara que pude que saiu como Meu Deus, eu vou morrer! Mata logo essa merda. Paul fez algo que me surpreendeu: pulou sobre o Grifo -Grifo né?- e cravou uma espada (?) em suas costas. O animal se transformou em pó. Sem hesitar, o segurança arqueiro começou a soprar o pó, como se tentasse afastá-los o máximo possível. Eu estava paralisado, ainda com aquela cara maravilhosa e super corajosa.

Paul me olhou preocupado e colocou o indicador sobre os lábios, indicando que era para eu não contar a ninguém. Tentei avisar sobre os garçons malignos, mas não consegui. Olhei em volta, procurando-os. Para meu alívio, eles já tinham zarpado. Sentei em uma cadeira qualquer e chorei. Não sei por que, mas chorar fez com que eu me sentisse bem melhor e menos assustado.

Meu segurança voltou para o banheiro e disse para eu esperar um instante, pois logo voltaria. Ele demorou muito, então resolvi ir atrás dele. Entrando no banheiro, vi Paul agachado na frente de uma torneira semiaberta. Ele falava com alguém. Parei e fiquei em silêncio para ouvi-lo sussurrando.

–Mas agora ele está sob ameaça, não adianta mais. Não poderemos adiar, já rastrearam seu cheiro. - como assim, eu fedia?

Paul aguardou e ouvi uma voz muito baixa respondendo algo que não pude decifrar. Logo o arqueiro voltou a falar:

–Ok, vamos até o acampamento pela manhã. - o brutamonte se virou. Tentei me esconder, mas ele me viu.

–Ãr... Me desculpa.- falei envergonhado.

–Não faz mal Hazza. Venha, temos muito o que conversar, mas não temos tempo. Suba para seu quarto e descanse.

Queria fazer mil perguntas, mas decidi subir para o quarto, estava cansado. Paul então concluiu:

–Pela manhã vamos partir para o acampamento Meio-sangue.