Capítulo 04: Sem vida.

Uma semana depois

Uma semana se passou e nada de Sakura.

As perguntas que se passavam em sua mente eram sempre as mesmas:

Ela teria fugido? Ou teria sido seqüestrada? Ou simplesmente fugiu com um amante? Só de pensar nessa possibilidade seu coração doía. Doía, doía muito.

- Onde você estava no dia que sua mulher foi seqüestrada? – alem de ter perdido o amor de sua vida, acusavam ele pelo desaparecimento dela.

Mais não interessava se ele estava sendo acusado ou não, o que realmente interessava era: Onde estava a mulher que amava? Onde?

Porque isso estava acontecendo com ele?

Por quê? Aquilo não podia ser real. Ele estava sonhando, tendo um pesadelo ruim e esperava acordar. Acordar e vê-la ao seu lado...

- Sasuke Uchiha – o chamou. Ele olhou-o furioso.

Sua mãe, Itachi, Naruto e Hinata estavam na sala, já tinham sido interrogados, e pela milésima vez interrogavam Sasuke.

- Estava trabalhando, já repeti isso mil vezes! – ele respondeu com ódio na voz.

- Bem, você disse que a ultima vez que viu sua esposa foi de manhã, umas oito horas, certo? – Sasuke aspirou o ar com força, procurando uma calma que não sentia. Sua vontade era de socar aquele investigador e ir procurar Sakura, o pensamento de que ela estava rondando o mundo a fora, sozinha estava deixando-o louco.

- Não eu não disse isso e você sabe. Eu sai de casa mais ou menos umas nove horas.

O investigador Kabuto Yakushi consultou seu caderno de notas.

- Oh, sim. E verdade. – tornou a fitar Sasuke – Mais disse que costuma sair as oito para o trabalho.

De repente Sasuke explodiu:

- E verdade! – tomou fôlego e continuou – Olha aqui seu idiota vou repetir apenas uma vez. Eu amo minha mulher, semana passada foi nosso primeiro aniversario de casamento, sai mais tarde porque a levei pra cama, entendeu?

Kabuto o olhou segurando uma risada, mais continuou firme.

- E verdade, eu sou uma testemunha. – Naruto se pronunciou.

- Já chega de perguntas não e Yakushi? – Itachi falou o encarando. – Já e o suficiente.

- Sasuke, você entende que temos que perguntar não é? Afinal você e policial. – Sasuke sentiu a falsidade em seu tom de voz.

- Entendi que você que me culpar pelo desaparecimento da Sakura, afinal você me culpando seu trabalho esta acabado. Mais isso não encontrará minha mulher. – cerrou os punhos e bateu com força na mesa. – Não entende? Isso mesmo estou louco e com um medo mortal. Se puser a culpa em mim não irão procurá-la.

- Bem, se foi seqüestro não acha estranho o fato de não pedirem resgate ate hoje? – O investigador encarou-o de novo. Sasuke pareceu pensar, mais antes que ele se pronunciasse ele continuou... – Ou simplesmente não haver provas o suficiente?

Paciência era o que Sasuke pedia a Deus.

Mais definitivamente não tinha, e muito menos com aquele investigador.

- Provas? Já não basta os pratos quebrados e o sangue? – ele gritou.

- Você podia muito bem ter feito isso. – Já era o resto da paciência de Sasuke, mais antes que ele matasse o Yakushi ali mesmo ele continuou. - Mais considerando o fato de ter sido um seqüestro, você tinha inimigos? Porque já que você é policial, podia ter alguém querendo se vingar de você e seqüestrou a sua noiva!

Sasuke pensou. Não, ele não tinha inimigos.

Ele era policial, mais ainda estava em treinamento, nunca tinha batido ou prendido alguém...

- Não. – ele respondeu. – Não tenho inimigos.

- Estranho não acha Uchiha? – Kabuto falou. Sasuke fechou o punho, não passando despercebido pelo investigador.

Kabuto riu. Sasuke era agressivo e por isso voltou a provocá-lo:

- Então ta, digamos que a culpa não e sua, você não tem inimigos e não sabe quem a seqüestrou, a única explicação então e que sua esposa fugiu com outro homem! – agora sim Sasuke o mataria com todo o prazer.

- Claro que não! – foi a vez de Hinata explodir. – Sakura amava Sasuke mais que tudo, sei disso porque ela era minha melhor amiga. – ela abaixou a voz ao perceber que todos a olhavam. - Sei que aonde quer que ela esteja não foi por conta própria!  

Kabuto encarou Hinata, ele percebeu que ela estava com raiva. Assim como Naruto que o olhava com ódio e Itachi que balançava a cabeça. Mais mesmo assim continuou:

- Vai saber né? Possibilidades! – Sasuke já estava para levantar e dar uma surra em Kabuto quando apareceu uma secretaria o chamando.

Ele saiu e logo depois a mãe de Sasuke entrou.

Ela chamou Itachi num canto afastado da sala.

- Alguma coisa filho? – perguntou.

- Nada, o pai continua com as buscas mais nenhum sinal dela. – ele respondeu com o olhar frio.

- E o Sasuke? Ele ainda esta sendo acusado? Tem como prenderem ele? – ela continuou perguntando aflita.

- Não, não tem provas o suficiente contra o Sasuke, todos da delegacia do papai viram o Sasuke no dia do desaparecimento e ainda tem o depoimento do Naruto e de Hinata que falou com a Sakura logo depois de Sasuke ter saído de casa e isso ajudou muito. Não tem perigo dele ser preso.

- Graças a Deus, pelo menos uma noticia boa.

- Mãe. – ele a chamou.

- Sim.

- E melhor levar Sasuke para casa, ele não esta bem e ainda mais ficando sozinho na casa dele com a Sakura. – ele disse, fazendo Mikoto encarar Sasuke.

Sasuke estava quieto, frio e olhava para o canto da parede, não se mexia e quase não piscava...

- Sasuke? – Mikoto a chamou. – Filho, volta para a mansão, por enquanto que não a encontram...

- Não! – ele respondeu ainda olhando a parede, sem encara-lá.

- Sasuke eu também concordo que você deveria ir. E melhor, cara você não ta bem. – Naruto disse com o olhar preocupado.

- Não, eu não vou! – ele disse alterando a voz.

- Sasuke e melhor pra você larga de ser teimoso. – Itachi insistiu.

- Não! - ele falou se levantando - Será que da pra vocês me deixarem em paz?

Ele deu uma ultima olhada para todos. E sobre o olhar preocupado de sua mãe saiu.

Quando entrou em sua casa ainda tinha a esperança de que ela estivesse lá.

Mais não estava.

E como sempre, quando viu o silencio da casa, dos cômodos, seu peito apertou.

A dor veio novamente.

Chegou à sala e se sentou no chão.

Sua cabeça doía. Mais nada doía mais que a dor de não vê-la ali, ao seu lado.

Sua vida dês de seu desaparecimento estava sem cor.

Sem ela ele era sem cor.

Sem ela ele era sem vida.

Fim do capítulo 04.