Eram 4 horas da manhã quando o telefone da casa dos Morello tocou, o Sr.Rubens atendeu ainda desnorteado:

–Alô.

–É da casa de Simone Morello? - Uma voz grossa respondeu do outro lado da linha.

–Sim, sim, aqui é o pai dela.

–Sr. Rubens Morello?

–Sou eu mesmo.

–O senhor poderia comparecer aqui no IML?

–No IML? Para que? - A voz do Sr.Rubens demonstrou preocupação.

–Acho que o senhor ainda não foi informado. - Aquela voz grossa do outro lado da linha, se tornou calma. - Simone Morello foi encontrada morta em um ponto de ônibus.

–Morta? - Rubens deu um grito de preocupação - Isso só pode ser engano, minha filha está aqui em casa, aliás ela está dormindo, não tem como ela ter sido encontrada morta em um ponto de ônibus, isso só pode ser engano, só pode ser engano.

–Senhor, os documentos dela diziam que ela era Simone Morello.

–Espere um instante...

Rubens foi até o quarto de Simone tentou abrir a porta, mas ela estava trancada, então ele bateu e começou a chamar por Simone, e nada de abrir. Então ele só achou uma solução, arrombar a porta.

Quando ele entrou no quarto de Simone não encontrou ninguém lá, seu coração quase saiu pela boca.

–Não é possível, isso só pode ser um sonho, isso não é verdade. - ele dizia para si mesmo.

Quando percebeu que a janela estava aberta e que tinha uma corda feita com lençol para fora. Ele correu e voltou para o telefone.

–Onde fica o IML?

Ao desligar o telefone, Natália e a Sra.Sônia Morello, estavam paradas olhando assustadas para ele.

–O que aconteceu com a Simone? Ela esta bem? - Sônia dizia com lágrimas nos olhos.

–Vamos para o IML, me ligaram falando que a Simone foi encontrada morta.

–O que? - Natália falou espantada, e sua mãe caiu no choro.

...

Os três chegaram ao IML, a Sra. Sônia foi chorando e caminho inteiro. Saindo do carro já havia um homem na porta a espera deles.

–Sr. Rubens? Sra. Sônia? - O homem perguntou.

–Sim. - Rubens respondeu.

–Eu sou o delegado Martins, e irei cuidar do caso da filha de vocês, mas primeiramente vocês precisam reconhecer o corpo.

–Tudo bem.

Eles entraram no IML, uma senhora descobriu um dos corpos. Sônia olhou e na hora desabou no choro e gritava.

–Minha filha, minha filhinha, quem vez isso com ela?

–É ela sim - disse Rubens com lágrimas nos olhos - É a Simone Morello, minha filha.

A senhor já ia cobrir o corpo quando Natália falou.

–Eu posso ve-lá? - A senhor fez que sim com a cabeça, Natália chegou perto - Simone... Quem fez isso com você? - Ela sussurrou, Simone estava pálida, com os olhos fechados, havia cortes em seus braços, e um corte no peito, provavelmente de uma facada, Simone estava com o vestido em que ela ia a festa de Lorrany. Natália segurava o choro, mas uma lágrima escorreu de seu rosto e pingou no rosto de Simone.

–Natália, posso falar com você um instante? - O delegado falou, Natália se virou e fez que sim com a cabeça. - Sei que no momento você está muito abalada, mas quando você chegar em sua casa tente lembrar de alguém que tivesse algum motivo para matar sua irmã, amanhã vou até sua casa conversar com seus pais e vamos dar uma olhada no quarto de Simone. Então você pode me ajudar?

–Sim, lógico.