My World Is You. escrita por Amanda Souza
Notas iniciais do capítulo
Capitulo dois ai.
“Justin! Justin! Justin!” gritou um coro.
Mas quem diabos eram Justin? – pensei gougre.
Os gritos em coro continuaram. Abri os olhos. Precisei de alguns instantes para reconhecer o quarto de hotel e interpretar os gritos. Olhei no relógio no relógio no criado-mudo. MAIS QUE PORRA ERA ESSA? Sete e meia? SETE-E-MEIA? Ta de brincadeira né?
“Justin! Justin! Justin!” Continuaram. Ah! Porcaria! Essas garotas não paravam? Precisei levantar e ir até a janela olhar o que estava acontecendo. Uns grupos de fãs com cartazes e pôsteres de Justin gritavam pelo o mesmo. Alguém pode me dizer qual era a produtividade de acordar com as galhinnhas e ficar gritando o nome de um astrozinho metido?
Joguei-me na cama novamente.
Elas vão parar – pensei convicta. Elas tinham que parar!
Porra! Qual era a produtividade disso? Já eram oito-e-meia e elas não pararam, pior, só haviam aumentado. Tirei o travesseiro colocado sobre a cabeça em vão e me levantei exasperada e fui até o quarto de Justin ao lado e bati com o punho na porta.
– Justin! – chamei e esperei por uma resposta.
Nada.
Bati o punho na porta com mais força.
– Justin seu viadinho abra essa porta! – gritei.
Justin inesperadamente abriu a porta num rompante. Eu tropecei e fui impelida para dentro do quarto.
– O que foi Liesel? Você me acordou! – reclamou sonolento.
– Serio? Porque suas fãs me mantiveram acordada dês das sete! – acusei entre os dentes.
– E daí? – perguntou despreocupado, fechando a porta e seguindo para o quarto da suíte.
Eu o segui.
– E daí? – repeti. – E daí que eu to a fim de dormi sabe! – disse irritada.
Justin se deitou na cama. E continuou imóvel nela. Semi-serrei os olhos pra ele sentindo minhas narinas inflarem de raiva. Fui até ele marchando e puxei sua coberta. Justin se estremeceu e se enroscou numa bola. Notei que ele estava de regata e bermudas.
– Justin Bieber, não me faça te tirar dessa cama! – ameacei.
Ele abriu os olhos, impaciente.
– E o que você quer que eu faça? – indagou.
– Fale com elas – sugeri. – Além de elas ficarem satisfeitas, vão calarem a matraca!
Justin se levantou com um suspiro e foi até a varanda do quarto. Os gritos só aumentaram.
– Por favor – pediu, tentando cessar os gritos abanando as mãos. – Por favor – pediu mais alto.
Olhei em volta do quarto e vi um mega-fone sobre uma mala. O peguei.
– Justin – chamei.
Justin se virou pra mim e eu balancei o mega-fone nas mãos. Ele estendeu a mão e eu levei pra ele.
– Por favor, faça um pouco mais de silencio. Grite mais baixo – disse ele incoerente no mega-fone. Ri por debaixo da respiração. – Tem hospedes querendo dormi. E eu também. Espero que compreendam. Obrigado! – E voltou para dentro do quarto.
– Gritem um pouco mais baixo – repeti. – Geniously!
– O que é? Foi o melhor que pude fazer – disse na defensiva, cruzando os braços.
Vi Justin me analisar. Foi desconfortável.
– Hmm, de bolinhas – observou rindo.
Meu pijama. Pois é. Era cheio de bolinhas vermelhas. Minha mãe o comprou pra mim quando tinha 13 anos e ele era tão confortável que eu não deixei de usar. E daí que ele estava um pouco curto demais e eu estivesse um pouco velha demais pra ele? Não me importava, só vestia pra dormir mesmo. É, mas se torna desconfortável quando você pega um garoto te analisando e quando você esta com ele.
– Cala a boca! – revidei dando as costas pra ele.
– Um obrigado às vezes cai bem – gritou as minhas costas.
– Não fez mais que sua obrigação – disse saindo do quarto.
Voltei ao meu ao meu quarto e deitei novamente. O barulho tinha cessado um pouco, mas ainda ouviam-se vozes. Perguntei-me se eu estava condenada a essa rotina.
Vamos se dizer que depois de tudo eu ainda consegui tirar um cochilo.
Acordei oficialmente às dez e meia e imaginei que todos estivessem tomando café da manhã no hotel. E como imaginado, Scooter, Alfredo e os dois outros que eu havia conhecido ontem, Dan Kanter e Kenny, tomavam café da manhã juntos em uma mesa. Juntei-me a eles.
– Bom dia, Liesel. Dormiu bem? – perguntou Scooter.
– Não mesmo – respondi ríspida.
– Parece que alguém aqui acordou de mau-humor – provocou uma voz irritantemente conhecida passando pela minha cadeira.
Fuzilei Justin com os olhos.
– Sabe, as fãs de alguém aqui não me deixaram dormir direito – disse entredentes.
Justin revirou os olhos e sentou-se. Alfredo Flores riu ao meu lado.
– É sempre assim, já estamos até acostumados – comentou Alfredo.
Estiquei-me para pegar uma maçã enquanto.
– E é melhor você se acostumando também – acrescentou Scooter.
Mordi a maçã. Acostumar-me? Haha.
– Justin, você tem passagem de som ás três – lembrou Kenny para Justin.
Justin assentiu.
“Baby, Baby, Baby, Oh” O coro de garotas cantando atravessaram meus fones de ouvido. Tirei os mesmos deixando junto com o iPod quando levantei da cama para ir até a janela.
“Thought you'd always be mine” dessa vez foi a voz de Justin que cantou no mega-fone. Ele interagia com as fãs que estavam ali. Legal de sua parte até. “Eu amo vocês. Obrigado!” disse ele e elas gritaram. Sorri sem perceber.
Três batidas na porta me assustaram.
– Entre – respondi as batidas.
A cabeça de Scooter apareceu na porta entre aberta.
– Liesel, a gente vai à passagem de som do Bieber, você vem? – perguntou ele.
– Aham, espere só um segundo – pedi.
– Tudo bem – concordou e fechou a porta.
Peguei meu iPod e coloquei minha coturnos. Eu não estava indo porque queria, estava indo para não ter que ficar sozinha.
Todos estavam reunidos no Hall do hotel, Tay James, o DJ de Justin também haviam se juntado a eles e formavam uma pequena roda.
– Ok, vamos fazer um seguinte, Alfredo, Dan, Tay e eu vamos na frente para despistar as fãs e os fotógrafos que tem lá vorá, Justin, Liesel e Kenny vão depois. – instruncionou
– Hm, Scooter. Liesel também vai? – perguntou Dan.
– Sim – respondeu Scooter.
– Você não acha melhor se ela fosse com a gente? – sugeriu. – Se visse ela com o Bieber... Você Sabe...
Franzi o cenho.
– O que aconteceria? – perguntei confusa.
– A imprensa ainda não sabe de você, daí distorceriam tudo, apenas – explicou Alfredo.
– Eca! – disse enquanto Justin fazia um som de repulsa.
– Ok, novo plano. Eu, Justin e Kenny, vamos na frente para despistar, e Dan, Alfredo e Tay e Liesel, vão depois para seguirem tranqüilos – murmurou Scooter como se fosse uma informação valiosa.
Todos assentiram.
Fizemos como o combinado. Justin, Scooter e Kenny foram na frente para aliviar a barra e depois Tay, Dan, Alfredo fomos atrás no carro de vidros escuros.
Saímos do estacionamento rapidamente, desacelerando quando algumas fãs e um ou dois fotógrafos foram até o vidro de trás pra ver quem ocupavam o carro.
– Abaixa! – gritaram os três alarmados.
Curvei-me rapidamente e me encolhi. Dan e Alfredo que estavam no banco de trás comigo se espremiam contra mim. Alfredo colocou o cotovelo nas minhas costas. O que ele estava tentando fazer? Camuflagem?
– Mete o pé, Tay! – gritou Dan para Tay James que dirigia.
Os pneus cantaram no asfalto.
– A barra ta limpa – avisou Tay.
– Meu Deus! – arfei me encostando-se ao banco.
– Ufa! Essa foi por pouco – ofegou Alfredo alívio.
Chegamos finalmente ao local da passagem de som. Dan e Tay foram preparar os instrumentos enquanto Scooter e Justin vieram falar comigo e Alfredo.
– E ai? Ocorreu tudo bem? – quis saber.
– Sim. Exceto pelo fato de alguns curiosos que viram cercar o carro, mas não deixamos que vissem Liesel – respondeu Alfedo.
– Uau! – foi à única coisa que Scooter conseguiu dizer.
– Vem cá, quando pretende contar sobre, Liesel? – perguntou Justin.
– Em breve – respondeu Scooter, mas pareceu indeciso.
– Oh! Não! Obrigada. Prefiro não participar disso – recusei.
– É melhor contar antes que descubram – aconselhou Justin. – Você sabe... Isso não vai permanecer em segredo por muito tempo.
– Mas não podemos fugir do fato que será um choque pra todos – comentou Scooter pensativo.
Ok, pausa para o momento: Eu me sinto uma negação.
Justin e Alfredo se afastaram.
Joguei-me no sofá branco que havia logo ali pronta para esperar um longo tempo.
– Hm... Você vai ficar ai, certo? – presumiu Scooter. – Qualquer coisa, estarei logo ali.
Assenti e ele também se afastou. Coloquei os fones e coloquei na opção aleatoriamente. Beatles começou a tocar.
Em menos de uma hora depois, abri os olhos. Eu havia dormido? Oh, merda! Sentei-me e os fones foram arrancados de meus ouvidos. É, resultado de uma noite mal dormida. Esfreguei os olhos e me espreguicei. Olhei em volta. Ainda estava vazio por ali.
Escutei a voz de Justin começar a cantar uma nova canção. Fui até lá dar uma espiada. Justin estava sentado à beira do palco e cantando para um grupo de fãs. Caraca! Elas estavam por toda parte? Dei os ombros e sentei no mesmo sofá de antes, pretendendo não dormi. Justin apareceu minutos depois.
– Você viu minha Sprite, Liesel? – zombou quando passou por mim.
– HÁHÁ! Engraçado você, Justin. – Fingir rir, falando as suas costas.
– Você e o Bieber não se dão muito bem, né? – notou Alfredo sentando-se ao meu lado.
– Acho que não – disse pegando meu iPod.
– Vocês vão voltar para o hotel? – se aproximou Scooter.
– Vocês eu não sei, mas eu sim! – disse Justin.
– Eu também! – assinalei me pondo de pé.
– Você e o Bieber não podem ser vistos juntos – lembrou Alfredo.
Meus ombros caíram.
– Não é possível que ainda há gente lá, já é quase hora do show – disse Scooter.
– Ah, qualquer coisa agente coloca a Liesel no porta-malas – provocou Justin sorrindo de lado.
– Qual quer coisa a gente joga o Bieber pela janela – revidei.
– Ok, vocês vão! Eu vou ficar mais os garotos para organizar as coisas por aqui. Vou chamar Kenny – avisou e se afastou.
A ida até o hotel foi tranqüila. Justin e eu permanecemos o tempo todo afastados. Ele estava numa ponta do banco traseiro e eu na outra. Justin falou algo assim que chegamos ao estacionamento do hotel, foi preciso tirar os fones para escuta-lo.
– Hãn?
– Você não vem? – disse de novo.
– Ahm... Não! Melhor prevenir – disse cautelosa. – Vou depois.
– Ah, tudo bem. Ninguém vai nos ver. – Por reflexo, ele esticou o braço para pegar minha mão e me puxar. Uma corrente elétrica percorreu meu corpo.
Eu no mesmo instante puxei minha mão debaixo da dele. Justin recolheu o braço.
– Melhor não... Vou... Depois – garanti um pouco desconcentrada.
Olhei pra frente.
– Tudo bem – concordou e saiu do carro.
Ai, santo Deus! O que tinha sido aquilo? Ainda bem que Kenny já não estava mais no carro.
Eu odeio o Bieber. Eu odeio o Bieber. Eu odeio o Bieber – repeti debilmente, tentando mentalizar isso e convencer a mim mesma.
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pfvr, comentem vcs que estão acompanhando não que seja um "amei" ou "continua". Agradeço!