The New Life Of Krystal Meyers escrita por Alien
Já era tarde, Krystal, dedicou grande parte do seu tempo organizando a papelada
da audição.
Ela ficou muito exausta, e resolveu ir deitar, quando seu telefone tocou.
- Eu não vou atender!- disse ela virando de costas para a sua escrivaninha
- Ah, o que custa atender...- pegou o telefone, apertou o botão, e disse:
- Alô?
Uma voz grossa e baixa respondeu:
-OLá Krystal, espero que tenha dado tudo certo na audição. Quero que você vá
amanhã até o balcão abandonado da rua 15, assim que terminar a aula. Estarei
esperando...-E desligou, sem dar chance para que ela perguntasse quem era o
dono da voz que a ligou em um horario tão proibitivo.
''Estranho. Isso deve ser brincadeira do Jackie.'' pensou ela, enquanto se ajeitava
para ir dormir.
~x~
No dia seguinte, Krystal se apressou em ir pra escola.
Claire, sua mãe, estranhou a pressa da filha, de ir tão cedo pra aula.
- Por que a pressa Krystal?
- Ah mãe, eu vou voltar um pouco mais tarde hoje, tenho que encontrar um
colega na saída do colégio.
-hummmmm....é o que eu to pensando?
- Eu não sei o que você está pensando...
- OK, vou fingir que acredito. Você tem até o anoitecer pra voltar.
- Antes disso eu ja estou em casa. Vamos logo.!
- Entra no carro, preciso ir buscar minha carteira. é rapido.
Krystal entrou no carro. Estava tão apressada, que não parava de bater o pé no
chão, até que sua mãe entrou e dirigiu até a escola de Krystal.
Chegando lá, se despediu rapidamente dela, e entrou quase correndo no colégio.
Krystal procurou Jackie em todos o lugares, até que o encontrou no pátio
conversando com outros garotos.
- Jackie!! - Gritou Krystal, fazendo um gesto com os desdos, como se estivesse
chamando-o.
- Oi Krys, tudo bem?
- Sim, olha Jackie, você me ligou ontem á noite?
- Não... Que eu lembre, não..
- Hum...estranho.
- Você quer me conta alguma coisa?
- Bem, vamos pra um lugar mais tranquilo.
Krystal e Jackie se afastaram um pouco dos outros alunos, e começou a contar o
que tinha acontecido.
- Eu acho melhor voce ir com alguém, só por garantia.
- A unica pessoa que sabe disso é você, então?
- Sim, eu vou.
Em nenhuma aula, Krystal conseguiu se manter atenta.
Ela estava com medo de ir, e ao mesmo tempo curiosa,com medo de arriscar a
sua vida e a vida de Jackie, ao mesmo tempo, achava que fosse apenas uma
brincadeirinha de mal gosto.
E o sinal tocou. Era hora de irem para suas casas.
Krystal encontrou Jackie na saída do colégio.
- Você sabe onde fica esse tal balcão?
- Sei sim krys, só que a gente vai ter que andar muito pra chegar até lá.
E foi como Jackie disse, os dois andaram bastante, até avistarem o balcão
abandonado.
Lá, era um lugar onde as pessoas costumavam guardar cereais, ervas.
As teias de aranha predominavam o local.
Krystal começou a caminhar pelo o local, procurando a tal pessoa.
Até que encontraram uma sombra, de alguem em pé, sentado em um caixote de
madeira do lado de um dos sacos de cereais.
Só que nao conseguiram identificar a pessoa, pois o local era muito escuro.
- Olá?!?!- Disse Jackie, conseguindo ouvir a sua voz ecoar pelo o local.
- Krys, eu acho melhor a gente ir embora. Esse lugar é muito esquisito.-
sussurrava ele puxando Krystal para trás.
- Jackie, tem alguém ali, eu to vendo. Oii?- disse ela se aproximando e fazendo
com que Jackie se aproximasse involuntariamente também.
A pessoa estava de costas, era alta, gorda.
Depois de uma pausa curta, resolveu responder:
- Vejo que trouxe um amigo. Ou será que é mais que um amigo?
- Trouxe o Jackie por precaução, afinal, voce desligou na minha cara e nao me
deu chance de perguntar qual seu nome.
Assim que Krystal, terminou de pronunciar essas palavras, o homem vira de frente
para os dois. Krystal se aproxima um pouco mais, e se surpreende com o que vê.
- Robert?- disse ela pegando na mão de Jackie, que naquele momento apertou a
mão de Krystal o mais forte que pôde.
- Podem fechar as portas meninas.- disse Robert, apontando para a saída.
Duas jovens saíram do 2º andar do balcão, desceram algumas escadas
enferrujadas, e se dirijam para a porta, depois de fecharem todas as saídas,
caminharam e cada uma se posicionou do lado de Robert.
- Katie, JUlie? O que voces querem?- Gritou Jackie já ficando nervoso.
- Katie, Julie, mãos á obra.
Julie pegou no braço de Krystal, e a mesma tentou escapar, mas foi inevitável.
Foi amarrada á uma cadeira, com uma faixa na boca.
Jackie, recebeu ordens de Robert para ficar sentado, sendo que foi obrigado á
obedecer, pois estava sob a pressão de um revolver na sua cabeça.
Robert pediu para que Julie segurasse a arma, e se ajoelhou na frente de Krystal.
- Você o ama?- perguntou Robert encarando a face de Krystal, com apenas alguns
milímetros de distancia.
- RESPONDAA!- E socou uma das bochechas de Krystal.
Jackie tentou se levantar, mas Julie pressionou ainda mais o revolver contra sua
testa.
Krystal fez um gesto afirmativo com a cabeça.
- E você seria capaz de dar a sua vida por ele?
Krystal demorou para responder, olhou de relançe para Jackie, viu que seus olhos
estavam cheios de lágrimas.
Robert novamente a socou, e assim seguiu por mais alguns minutos.
Robert perguntava, Krystal debilitada, demorava para responder, e ele a batia.
Até que em um certo momento, Krystal desmaiou.
Robert se agachou, e ficou fitando Krystal por algum tempo.
E sem que Robert percebesse, Jackie havia conseguido desacordar Julie e tomar
posse do revolver, que agora estava apontado para Robert.
- Não toque mais um dedo nela.- disse Jackie vagarosamente enquanto dava
alguns passos para trás.
- Senão o que?
Quando Robert se virou, e viu Jackie com a arma, arregalou seus olhos e começou
a morder seu lábio superior.
- Desamarra ela, agora.
Robert começou a se tremer,quanto mais ele tentava desamarrar os nós, mais
amarrados eles ficavam. Até que depois de alguns minutos, conseguiu desfazer
todos.
Com uma mão Jackie apoiou o braço esquerdo de Krystal no seu ombro e com a
outra mantinha o revolver apontado para Robert.
Jackie jamais teria coragem de atirar em alguem, mas aquela era a unica saída
pra salvar a vida de Krystal.
Dirigiu-se até a saída.
- Aqui! Abra isso aqui agora!
Katie abriu os portoes imediatamente.
- E só mais uma coisa, vocês não vão sair dessa ilesos. Não vão, mesmo.
Robert começou a gritar, e pôr as suas mãos no rosto, enquanto Katie e Julie
puxaram Robert para dentro do Galpão e disseram:
- Voce nos disse que tudo sairia como planejado! E olha só no que deu! Seu
idiota! Como a gente pode confiar em um idiota como voce!
- Calem a boca! Voces jamais saberão o que é amar alguem de verdade!
- Quer saber? Voce é doente! è melhor a gente ir embora, antes que sejamos
ferradas junto com você!
~x~
Enquanto isso, Jackie caminhava com Krystal no seu ombro durante aquela longa
estrada.
Já estava anoitecendo, o lugar estava ficando cada vez mais escuro.
Na metade do caminho, Krystal despertou lentamente.
Jackie resolveu parar um pouco, e encostou Krystal em uma árvore.
A garota estava com marcas de socos por todo o rosto, Jackie pegou um lenço
que sempre levava no bolso, e começou a enxugar o sangue dos ferimentos de
Krystal.
- Jackie- Disse Krystal abraçando o garoto.
- A gente já conseguiu sair de lá, só que precisamos ir na delegacia.
- Sim.
Os dois caminharam mais um pouco, até que um táxi passou por eles.
Jackie fez sinal para que ele parasse.
Abriu a porta do carro, sentou Krystal no banco de trás e entrou junto.
- Pra delegacia , por favor.
~x~
O celular de Krystal, nao parava de vibrar no seu bolso direito.
Claire, sua mãe, nao parava de telefonar para a garota.
Estava preocupada, afinal, já era 6 da noite, e a filha nao havia chegado.
Resolveu que iria esperar mais um pouco.
Depois de alguns minutos Jackie chegou na delegacia.
- Eu quero fazer uma denuncia.- disse Jackie com Krystal ainda apoiada no seu
ombro, mas totalmente consciente.
- Certo, só preciso das identidades.
Jackie procurou puxou sua identidade da carteira, e Krystal tirou a sua do bolso.
- Me acompanhem por favor.
Os dois entraram em uma sala, havia um homem gordo e pálido, sentado
bisbilhotando pilhas e pilhas de papéis, provavelmente processos que ainda
seriam levados á juri.
- Então, qual o problema?- perguntou o homem, acendendo um cigarro.
Jackie começou a contar toda a história, indicou o local aonde foram, e como
sabia o endereço de Robert, disse tambem para o delegado.
- Hum... Bom rapaz, voce vai fazer o seguinte, leve a garota para o hospital, e
fique tranquilo.Esses três vão pagar pelo o que fizeram.
- Obrigada senhor.
- De nada garoto, agora vá. Ela não parece muito bem.
Jackie saiu da delegacia com Krystal, pegou outro Táxi e foi para o hospital mais
proximo dali. No caminho pediu que Krystal ligasse para a sua mãe, contando o
mais breve possivel, o que aconteceu e pra onde iriam.
- Mãe..?
- Onde você está meniina??? Eu já estava ficando preocupada!
- Mãe, aconteceu um acidente, e eu to indo pro hospital agora.
Claire agora estava mais preocupada do que antes.
- Me conta isso direito Krystal Meyers!
- Olha mãe, eu to indo pra aquele hospital que fica na esquina do seu
trabalho.Acho melhor voce ir pra lá. Fica mais facil de te contar.
Quando Krystal disse isso, sua mae já estava ligando o carro.
- Certo minha filha, chego em no maximo 15 minutos. Quem está com voce?
- O Jackie. Cheguei no hospital mae, vem logo. tchau.
~x~
Passado alguns minutos, Claire chegou no hospital onde a filha estava.
Assim que entrou,viu um garoto, sozinho sentado na Recepção.
-Você é o Jackie?
- Sim, e a sra deve ser a mãe da Krystal.Bom, ela está fazendo alguns curativos
naquela sala.
- Obrigada.
Claire se dirigiu rapidamente para a porta da sala onde estava Krystal.
Uma enfermeira estava limpando alguns ferimentos da face da garota.
- Oh meu Deus minha filha...O que fizeram com voce...
Naquele instante, Krystal começou a relatar tudo que havia acontecido, e com
grande brilho nos olhos disse que se não fosse por Jackie, ela estaria em
situações piores.
Depois de mais alguns curativos, Krystal foi pra casa com Claire.
Jackie ganhou uma carona das duas.
Antes que o garoto entrasse em casa, Krystal espontâneamente deu-lhe um beijo.
-Te vejo depois.- disse ela virando de costas e entrando no carro.
Jackie nao conseguiu fazer nada, a nao ser sorrir.
A partir daquele dia, Krystal teve certeza de tudo que sentia por Jackie.
Teve certeza do que ele sentia por ela, e não teria mais o que temer.
Sua alma agora estava, tranquila, um pouco abalada com tudo que aconteceu,
mas aliviada ao saber que Jackie salvou a sua vida, por amor.
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