Seven – I Don't Understand This Thing Called Love...

S e o y a n g

O que é amor?

Sinceramente, eu não entendo porque tantas pessoas acabam com suas vidas e estragam a de outras por esse sentimento.

Chega a ser estupido de vez enquando.

Perguntei isso para Lin uma vez.

Ela riu e perguntou porque eu queria saber. Eu dei de ombros.

Ela continuou sorrindo e respondeu como uma mãe que conta para a filha como ela e o marido se conheceram, com um olhar sonhador.

- Não é algo que podemos colocar em simples palavras, Seoyang... Apenas quando sentir vai saber e provavelmente, no começo, vai ficar confusa e não entender o que esta se passando... Mas acredite... Estar com uma pessoa que se ama muito é a melhor coisa do mundo e você anseia pelo momento de ve-la novamente...

- Essa explicação já é o suficiente... Mas eu não entendo, Lin... Porque algumas pessoas estragam suas vidas por isso? Ou até mesmo as dos outros? Não faz sentido. Eu nunca faria isso por ninguém...

Ela riu como se já esperasse essa resposta.

- Um dia você vai mudar de ideia... Se sentir alguma coisa por alguém, algo diferente, me diga ok? Eu quero ver quando isso acontecer... – sorriu matreira.

Nunca pensei que procuraria Lin para falar sobre isso novamente.

Não era como se eu estivesse apaixonada por alguém, mas eu sentia uma coisa estranha por aquela pessoa. Na sessão de fotos eu percebi...

Depois daquela conversa que tive com Aron, passei a querer saber mais sobre ele, quase que automaticamente começei a prestar mais atenção nele naquela sessão de fotos e mais cedo eu havia tentado descobrir alguma coisa sobre ele na internet.

Não era como se eu já não tivesse procurado sobre todos eles, mas prestei muito mais atenção no que falavam sobre Aron.

Quase nada extremamente relevante.

Além do mais, era apenas curiosidade, nem mesmo tinha porque eu estar procurando por Lin, mas mesmo assim, eu não parava.

Depois das fotos, descemos para uma lanchonete no andar de baixo.

As bandas só não sentaram separadas por insistencia de Lin, Ren e Deyun, que juntaram as mesas antes mesmo de pensarmos em qualquer coisa.

De um lado estavam sentados os garotos (em ordem: Minhyun, JR, Aron, BaekHo e Ren) e do outro estavamos nós (Deyun, EM, Vicky, eu e Lin).

Olhei para Vicky ao meu lado, esta parecia um pouco mais tensa que o normal. Estava daquela forma desde que saira para ir não sei a onde e depois voltara subitamente, arrastando EM pelo braço.

Queria perguntar o que era, mas estava com a impressão que era melhor perguntar quando estivessemos só nós três.

Comemos em silêncio e eu me levantei, pedindo licença e indo procurar o banheiro sozinha.

Má ideia.

Para começar, meu senso de direção já não era muito bom, de modo que eu provavelmente fui para o lado oposto ao que deveria e segundo lugar, o que eram todas aquelas salas e corredores?

Tinham muitos mesmo.

De qualquer forma continuei dobrando vários corredores sem prestar atenção e quando olhei para trás percebi que seria mais dificil sair dali do que eu pensava.

Suspirei.

As meninas sabiam dessa facilidade que eu tinha de me perder, então logo viriam atras de mim.

Achei melhor não sair do lugar.

Fiquei encostada na parede por um tempo, quando ouvi passos ao meu lado.

Virei-me e tive que olhar para cima, já que o individuo era bem mais alto que eu, para poder ver o rosto de Aron.

- Ah, você esta ai... – ergui as sobrancelhar e murmurei um “não, é meu carma que veio te assombrar” – O que?

- Nada... O que você faz aqui?

- Bem, carma – ele tinha ouvido – As meninas da sua banda estavam doidas atras de você e eu quis dar uma volta pra escapar dos gritos de sua amiga EM com Minhyun. Coitado...

Suspirei.

- Algum problema? – perguntou ele, se curvando para frente, ficando da minha altura, o que me levou a pensar que eu sou quase uma criança perto dele.

Aron já tinha seus 18 anos, enquanto eu tinha apenas 15. Podia não parecer tão grande a diferença entre nós, mas ainda assim ele era mais velho e no conceito, mais sábio que eu.

Me passou pela cabeça a ideia de que ele talvez pudesse me explicar sobre o negocio de amor que Lin não havia conseguido definir direito para mim.

- Eu só estava pensando... Você veio de um lugar onde as coisas acontecem mais rapido do que aqui, certo? – começei, vendo como ele se apoiava na parede, erguendo as sobrancelhas grossas, como se pedisse que eu continuasse – Então, você sabe bem mais do que eu em todos os assuntos e aspectos... Bem... É que eu fiz uma pergunta para Lin, mas ela não soube responder...

Eu não conseguia olhar diretamente para seus olhos, de modo que mexia nervosamente em meus anéis e pulseiras, olhando em volta.

- Que pergunta?

- Você... Saberia definir o amor, direito, para mim?

E foi então que ele desatou a rir.

Corei com sua reação, pensando se a minha pergunta havia sido um tanto idiota ou coisa parecida.

- Q-Qual a g-g-graça? – perguntei.

- Você realmente não sabe nada sobre isso, não é? – respirou fundo parando de rir e me fazendo bufar.

- Como assim? Vai me dizer que para saber eu tenho que sentir e que é uma coisa boa demais para se colocar em palavras? – falei, cruzando os braços e revirando os olhos.

- Não exatamente... Depende de como você se sente no momento. Tem gente que não entende ao certo o que se passa em sua mente, então não sabe explicar. – deu de ombros.

- E você saberia? – perguntei, colocando alguns fios de cabelo atras de minha orelha, nervosamente.

- Se fosse algum tempo atras, sim, saberia... – respondeu ele, se encostando na parede a minha frente – Mas agora já não sei mais...

Inclinei a cabeça para o lado, estreitando os olhos.

- Por que?

- Porque as coisas mudaram, eu mudei, ela mudou – suspirou – Em resumo, agora eu não posso te explicar, pequena...

- A-Araso¹... – murmurei.

- Bem – disse ele se afastando da parede e sorrindo levemente para mim – É melhor voltarmos, antes que a sua amiga pule no pescoço de Minhyun... Ou melhor, voe, porque com a altura que tem, só assim pra alcança-lo.

Acabei rindo com a ultima frase, que ele provavelmente havia dito para descontrair. Era a verdade, fazer o que?

EM era do meu tamanho, talvez até mais baixa. E com a pose de durona em certar situações fica até mesmo engraçado.

Segui Aron, que caminhava tranquilamente, com as mãos no bolso da calça.

Antes de qualquer coisa, fiquem sabendo: EM me da medo de vez em quando...