Ever And Forever escrita por Priih _ ncesa


Capítulo 7
Ex-atual-namorada


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada... MUUUITO obrigada Monstrenga do Lago pela recomendação! Nem sabe o quanto fez essa autora feliz! Obrigada e obrigada! Bem... Eu acabei de chegar do shopping e meus pés estão me matando! Mas vou postar o capítulo antes de dar uma massagem neles e os fazer voltarem a vida hahahahaha espero que gostem do capítulo e conversaremos mais nas notas finais!
Enjoy~



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Capítulo VI

Ex-atual-namorada

-

Vai saber para onde estávamos indo?

Desejo-lhe amor, eu desejo-lhe sorte.

Para você o mundo simplesmente se abre,

Mas é tão difícil dizer adeus.

I'll Always Remember You, Miley Cyrus.

-

Kakashi não perdeu tempo. Assim que saiu do escritório de Jiraya, partiu para a biblioteca.

Algumas coisas que Jiraya havia falado ainda martelavam na sua cabeça. Uma delas era o fato de Jun ter sido deserdada por sua causa. O amor deles havia sido tanto que ela havia suportado essa consequência para ficar junto dele. E agora, ele nem conseguia se lembrar dela. A vida era muito irônica mesmo.

Ainda confuso com tudo o que havia acabado de escutar, adentrou no grande aposento que era a biblioteca daquele departamento. Cumprimentou a senhora atrás do bacão e foi em busca dos livros.

Ao ir para um próximo corredor de livros arfou.

De tudo o que previra que poderia passar nesse primeiro dia fora de casa, aquilo era o que ele menos esperava. Por tudo no mundo ele não esperava encontrar era aquela pessoa ali. Logo ela.

- Kakashi? – A voz dela preencheu seus ouvidos e ele sentiu o chão desaparecer abaixo dos seus pés.

Anko.

Mitarashi Anko.

A sua ex-namorada, mas que na sua cabeça ainda continuava ser a sua namorada, já que ele não se lembrava deles terem rompido.

- Yo Anko, como vai? – Tentou ficar neutro, porém sentiu suor se acumular nas suas mãos.

- A quanto tempo Kakashi! Soube que você sofreu um acidente... – A mulher se aproximou lentamente, um livros nas mãos. – É verdade que você não se lembra dos últimos cinco anos? – Kakashi assentiu e Anko abriu um belo e amplo sorriso. – Uma pena! – O sorriso dela não condizia com o que ela dizia, não que Kakashi houvesse percebido isso.

Com certeza não parecia uma pena para ela, dado o amplo sorriso que ela tinha no rosto, mas Kakashi deixou isso para lá. Estava muito nervoso para conseguir pensar em detalhes.

- Para mim parece que foi outro dia que nos vimos... – Murmurou. E era verdade. Para ele eles havia se visto a poucos dias atrás. Suspirou. Aquela não era uma boa situação.

- Ah Kakashi! Você continua o mesmo! – Anko riu e se aproximou um pouco.

O cabelo dela que antes ficava amarrado em um rabo de cavalo espetado não estava mais assim. Ela havia o cortado e agora o rabo de cavalo não existia. O cabelo estava com um corte curto, deixando apenas a franja repicada jogada sobre o rosto, como Kakashi se lembrava. Embora o cabelo estivesse diferente, os olhos castanhos claros continuavam os mesmos, e a boca que sorria para ele também.

Engoliu em seco. Aquela era uma péssima situação.

- V-Você também... O cabelo está um pouco diferente, mas continua a mesma. – Engoliu com dificuldade, vendo Anko se aproximar cada vez mais.

- Ah... Você reparou? – A jovem de madeixas arroxeadas passou os dedos pelo curto cabelo. – O mantenho nesse corte desde o ano passado.

- Ficou muito bom.

- Obrigada! – Disse feliz.

Agora ela só estava a menos de um metro dele. Aquela proximidade o estava matando.

- Doo itashimashite... – Murmurou, abaixando seu olhar e encarando seus pés. Não conseguia a encarar. Pelo menos não a conseguia encarar sem que uma enxurrada de emoções o invadissem.

Kakashi estava feliz e nervoso por encontrar Anko, e estava cada vez mais difícil de se lembrar que agora ele não tinha mais nada com ela e era casado. Casado com Jun.

Se lembrar da sua jovem esposa fez com que sua mente confusa clareasse um pouco.

Inspirou e expirou. Decidindo-se fazer a pergunta a Anko que o incomodava a muito. Pergunta essa que ninguém havia sido capaz de lhe responder. Mas antes que pudesse abrir a boca e falar, Anko e fez.

- Você realmente não se lembra dos últimos cinco anos Kakashi? – Kakashi levantou a cabeça para encará-la. Os olhos castanhos arregalados o encaravam na expectativa de receber a resposta.

- Não, não lembra...

- Qual é a última coisa que você se lembra?

- Hmmm... – Kakashi pensou um pouco. Já havia tido essa mesma conversa com Jun e seu médico. – A última coisa que eu lembro é de mais ou menos uma semana antes do semestre letivo de 2007 começar.

- Oh! – Exclamou a mulher e levou as mãos a boca. – Nessa época nós ainda estávamos namorando! – Um sorriso se espalhou pela face dela. – Então isso quer dizer que você não se lembra da Jun?

Kakashi não estava gostando do rumo que aquela conversa estava tomando. Anko parecia feliz, muito feliz na verdade, em saber que ele não tinha memórias sobre a esposa.

- Não, eu não lembro. – Disse e deixou um suspiro escapar. Essa conversa não ia terminar em boa coisa.

- E como está sendo morar com ela? Alias, você está morando com ela ou continua no seu velho apartamento? – Anko continuava com os claros olhos castanhos arregalados, curiosa tal como uma criança. Kakashi não conseguia não respondê-la.

- Meu apartamento foi vendido antes do meu acidente. E sim, eu estou morando com Jun, minha esposa. – Deu ênfase nas duas últimas palavras. Não sabia se aquela ênfase era para lembrar a Anko que agora ele era casado, ou se aquela resalta era para ele próprio. Provavelmente era os dois.

- Hmmm... – Murmurou a mulher e deu alguns passos para trás. – Deve ser estranho morar com alguém de quem você não se lembra.

- Bem, ela é minha esposa. – Deu de ombros. A conversa estava cada vez mais se desviando para um assunto em que ele não queria entrar, ainda mais com Anko.

- Mas você não se lembra! – Exclamou. – Você deveria estar perto das pessoas de quem você se lembra. Começar a vida de novo, e não ficar preso ao passado.

- Esse é o problema Anko. Eu não tenho passado ao qual ficar preso, já que eu não me lembro dele. – Deu um meio sorriso, e continuou antes que ela lhe interrompesse. – Mas eu tenho uma coisa para lhe perguntar.

- Pergunte o que quiser Kakashi. Não tenho segredos para com você! – Anko voltou a se aproximar.

- Eu queria saber o motivo de termos rompido. – Despejou de uma vez antes que se arrependesse.

- Ah... – A mulher levou um dedo ao queixo, pensando. – Você pediu um tempo.

- Pedi um tempo? – Kakashi enrugou a testa. Não conseguia se imaginar pedindo um tempo, ele era do tipo direto. Ou queria ou não queria. Detestava meios termos.

- Sim, um tempo. Você andava meio estranho naquela época. – Anko deu de ombros. – Depois de um tempo eu terminei com você, achava que você não me amava mais. – A mulher deu um sorriso triste. – Não imagina o quanto eu me arrependi.

Aquela explicação era meio estranha. Mas era a única que Kakashi tinha, por isso decidiu aceitá-la. Finalmente poderia dar um ponto final aquilo, pelo menos assim ele esperava.

- Que pena que nosso relacionamento terminou desse jeito...

- Mas ele poderia recomeçar! – Disse animadamente Anko.

- Como? – Kakashi não havia entendido o que ela quisera dizer. Na verdade, ele a havia entendido, mas acha melhor se dar de desentendido.

- Você poderia deixar a Jun e voltar a ficar comigo. Tenho certeza que você não está se sentido confortável ao lado dela. Eu te conheço, posso ver isso estampado na sua testa! – Anko falava como se fosse fácil. Ela falava como se ele pudesse esquecer o já esquecido relacionamento que ele tinha com Jun. Ele não poderia simplesmente deixar a garota, ainda mais se a sua memória voltasse. Aquilo era uma loucura.

- O que nós tivemos já acabou Anko... – Nem ele mesmo acreditava nas suas palavras. Mas ele tinha que ser forte. Era Jun que estava ao lado dele agora, e não Anko. E ele tinha que ter isso bem claro na sua mente, ou se não ele cairia em tentação, e não poderia fazer algo desse tipo com a menina que estava velando por ele a mais de seis meses.

- Mas poderia recomeçar! – Anko se aproximou, colando seu corpo no de Kakashi. – Para você nem seria um recomeço, seria a continuação de algo que nunca deveria ter acabado.

- Anko... Se afaste! – Ele disse, a avisando.

- Já lhe passou pela cabeça que você talvez não lembre do seu passado porque você não quer? Talvez você se arrependa das decisões que fez e sua mente apagou tudo. E não é engraçado que tenha apagado a época da sua vida onde conheceu a Jun? – Ela se aproximou mais, sua boca a poucos centímetros da de Kakashi. – Você está se dando um novo começo, um novo começo onde Jun não está...

- Pare! – Exclamou e se afastou. Ele não queria escutar aquilo, principalemente pelo fato dele própria já ter pensado em algo do gênero. Mas escutar aquilo vindo da boca de outra pessoa, ou melhor, vindo da boca de Anko era pior ainda. – Eu quero me lembrar!

- Não é o que parece. – Anko cruzou os braços sobre o peito e o encarou. – Sabe Kakashi, você ainda está meio confuso. Quando sua mente clarear e você perceber que eu sou a mulher certa para você, me procure. Meu telefone e endereço continuam os mesmo. E agora eu tenho uma sala aqui, nesse prédio. Sala 403. Me procure assim que estiver pronto...

Anko não esperou uma resposta de Kakashi, apenas lhe deu as costas e virou num dos corredores formados pelas estantes de livros. Sumindo da sua vista.

Kakashi finalmente pode respirar mais aliviado, mas nem tanto, pois as coisas que Anko havia falado para ele, o haviam abalado. E abalado muito.

Suspirando, Kakashi se pôs a procurar os livros que Jiraya o havia indicado, tentando a todo custo tirar aquela maldita conversa da sua mente. Não podia ficar se dando ao luxo de pensar em Anko, não quando ele tinha uma esposa dedicada a ele o esperando.

Falando em esperar, Kakashi deu uma olhada no seu relógio de pulso. Eram vinte para meio dia. Deveria se apressar se quisesse se encontrar na hora com Jun.

Minutos mais tarde um apressado Kakashi estava saindo do prédio da faculdade de inglês, carregado de livros. Só esperava não estar atrasado para se encontrar com Jun. Carregado de livros, Kakashi foi a passos incertos para onde achava que era o ponto de encontro. Muito mal deu mais dois passos escutou a voz de Jun.

- O que pensa que está fazendo Kakashi! – A voz dela veio autoritária, e lhe tomou dois terços dos livros que tinha nas mãos. – Você sabe que não pode fazer muito esforço!

- Ei Jun! – Kakashi correu para alcança-la. – Me devolva esses livros, está pessado.

- Eu é quem devo lhe dizer isso! – Ela se virou para ele, a face sempre tão meiga agora demonstrava um pouco de impaciência, como se ele fosse um garotinho fazendo birra. O que era que ele estava fazendo, lá no fundo. – O médico disse nada de esforço!

- Ok, ok kaa-san... – Murmurou contrariado arrancando um risinho de Jun. Ela realmente estava se sentindo uma mãe esses dias.

Continuaram a caminhar a passos largos até o carro, ao qual com certo esforço Jun desarmou o alarme e o abriu, pondo os livros no banco de trás. Kakashi a seguiu e fez o mesmo.

- Prontinho! – Ela bateu as mãos, e ia dar a volta no carro parra se assentar no asento do motorista quando teve uma vertigem.

- Jun! – Kakashi a segurou pelo ombros antes que ela fosse ao chão. – Você está bem?

- Sim... – Jun engoliu em seco. Não pela vertigem e sim por Kakashi a estar tocando. A última vez que eles havia se tocado fora quando Jun o ajudara a subir as escadas no primeiro dia de Kakashi fora do hospital. Aquela proximidade com ele fez com que o seu coração disparasse. – Deve ter sido o sol...

- Tem certeza? – Kakashi perguntou, preocupado. Não era a primeira vez que Jun sofria de vertigem. Ele havia percebido isso antes. Vez por outra ele a via se segurando nas paredes ou móveis, sempre pensara que era algo bobo, cançaso ou algo do tipo. Mas vê-la tão fraca e pálida nos seus braços fez com que se preocupasse.

- Sim! Estou ótima! – Jun se soltou de Kakashi e se afastou, dando uma pirueta. – Estou perfeitamente ótima! – E sem dar tempo para Kakashi comentar alguma coisa, ela se enfiou no banco do motorista, ligando o carro.

Kakashi apenas suspirou e entrou. Depois pensaria nisso.

- Para onde nós vamos? – Perguntou quando o carro já estava em movimento.

- Um restaurante brasileiro que tem aqui por perto... – Respondeu Jun sem tirar os olhos da rua a sua frente.

- É algum restaurante que costumávamos ir?

- Não. – Jun riu. – Na verdade esse é um restaurante novo. Ele inaugurou a pouco tempo. – Sabe Kakashi... – Ela o olhou pelo canto dos olhos. – Nem tudo o que eu faço é uma tentativa de lhe fazer ter suas memória de volta.

- Tenho percebi isso... – E era verdade. No começo Kakashi pensava que tudo o que Jun fazia tinha alguma relação com as suas memórias. Pensava que cada ação dela para com ele era alguma forma que ela tentava recuperar a sua memória. Mas estava tremendamente enganado. Ele havia percebido que tudo o que Jun fazia era dar-lhe meios de continuar com a sua vida normalmente, recuperando ou não suas memórias.

- Eu quero muito que você recupere suas memórias, mas não posso te colocar em situações que te deixem constrangido ou algo do tipo. – Jun manobrou o carro para o estacionar. – Quero que você consiga viver sua vida normalmente. Quero que se adapte acima de tudo. Mesmo que suas memória nunca voltem.

- Mas elas vão voltar!

- Espero... – Suspirando, Jun terminou de estacionar o carro e o desligou, retirando o cinto de segurança. – Chegamos!

Kakashi e Jun saíram do carro para a calçada e pararam em frente ao um pequeno e adorável restaurante.

- Burajiru no Ryori? – Kakashi leu o letreiro do estabelecimento que traduzido significa ‘Culinária Brasileira’. – Será que é bom?

- O cheiro sempre é ótimo, mas se você não quiser, tem um restaurante italiano virando a esquina. – Jun deu de ombros.

- Não. Vamos experimentar essa tal culinária brasileira. Se for ruim, comemos uma pizza. Combinado? – Kakashi sorriu e piscou para Jun, vendo um tom de rosado cobrir-lhe a face.

- Uhum... – Jun assentiu sentindo o rosto esquentar. Por algum motivo desconhecido estava corando. Não sabia o porquê. A jovem só queria que o rosto esfriasse e que Kakashi não houvesse percebido que ela estava envergonhada. Mas era tarde demais para isso. Kakashi havia percebido, e seu coração falhou uma batida ao ver o rosto vermelho da jovem.

O grisalho engoliu em seco. Aquilo havia sido extremanente fofo.

- Vamos?

- Vamos!

E entraram.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Ok, ok, eu sei que eu mereço tiros, mas as coisas vão melhorar, eu garanto! Muuuuito obrigada a toooodas as reviews e recomendações! Mais uma vez, obrigada ao Tobi-kun e a Graciele-chan (Vulgo, Monstrenga do Lago) pelas recomendações! Fiquei muuuuito feliz com elas!
Ja nee~